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EXERCÍCIOS TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 		 INST. DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA 		 CAMPUS: SOROCABA
DISCIPLINA:TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL TURMA TUTELADA 2021-1
PROFESSOR: Maria Aparecida S. Crisóstomo DATA: 06/02/2021 
NOME: Andréia Laís dos Santos RA: B548JE-1
EXERCÍCIOS
Questão 1[footnoteRef:1] [1: Questão 20 – Enade 2006.			] 
Estudos antropológicos indicaram que em alguns grupos culturais não ocorre o período da adolescência. Isto significa que
A. também não ocorre a puberdade, que é necessariamente um fenômeno cultural.
B. os indivíduos desse grupo estão em atraso em relação aos de outros grupos culturais, já que a adolescência é um fenômeno universal.
C. os critérios de definição da adolescência podem variar em função do grupo cultural, gerando distintas transições da infância para a vida adulta.
D. os diferentes hábitos culturais interferem na adolescência, mais do que na puberdade.
E. nos grupos em que não ocorre o período da adolescência, os indivíduos não ultrapassam a infância.
1. Introdução teórica 
Fenômenos, processos e construtos psicológicos, entre os quais, processos básicos (cognição, motivação e aprendizagem), processos do desenvolvimento, interações sociais, saúde psicológica e psicopatológica, personalidade e inteligência
Adolescência e Puberdade
Adolescência e puberdade são conceitos que, embora intimamente relacionados, não são sinônimos. A puberdade é um fenômeno biológico e universal, em grande parte independente de cultura. Trata-se de um período no qual os seres humanos sofrem modificações físicas, resultantes de mudanças hormonais, como o desenvolvimento das mamas e o início da menstruação nas meninas e o aumento do pênis e dos testículos nos meninos. Tais modificações hormonais, geneticamente determinadas, definirão as características físicas da pessoa adulta.
O conceito de adolescência, por sua vez, também identifica o processo de transição entre a infância e a vida adulta, mas é uma produção social e é historicamente construído. O que se denomina adolescência é um período psicossocial determinado culturalmente; ela não é universal e, portanto, nem toda as sociedades a reconhecem.
 
2. Indicações bibliográficas
 
· PALÁCIOS, J. O que é adolescência. In: COLL, C.; PALÁCIOS, J.; MARCHESI, A. (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia Evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
Questão 2[footnoteRef:2] [2: Questão 17 – Enade 2006.			] 
Um psicólogo pesquisador expôs um de seus pacientes com quadro clínico depressivo a um novo tratamento. Registrou a frequência com que ocorriam os comportamentos depressivos em três momentos: antes de iniciar o tratamento, durante o tratamento e após interrompê-lo. O gráfico abaixo representa hipoteticamente os resultados obtidos.
A partir desses resultados, o tratamento aplicado mostra-se:
I. seguramente eficaz, pois a redução constante dos comportamentos depressivos ao longo do tratamento é clara e inequívoca.
II. possivelmente eficaz, pois a redução dos comportamentos depressivos já ocorria antes mesmo do seu início.
III. provavelmente eficaz, pois os comportamentos depressivos reduziram-se durante o tratamento.
IV. certamente eficaz, pois os comportamentos mantiveram-se baixos mesmo após a sua interrupção.
É correto APENAS o que se afirmar em:
A. I.
B. III.
C. I e IV.
D. II e III.
E. II e IV.
1. Introdução teórica
Fundamentos, métodos e técnicas de coleta e análise de informações para investigações científicas e avaliação de fenômenos psicológicos
 
Gráfico de linhas no registro dos resultados de um tratamento de quadro depressivo
Ao avaliar a eficácia de uma intervenção, seja de que tipo ela for – educacional, clínica ou social, por exemplo – estamos querendo saber se com ela obtemos os resultados pretendidos. No caso aqui descrito, a eficácia da intervenção clínica pôde ser melhor avaliada graças à utilização de um gráfico de linhas para registro dos dados obtidos num estudo sobre comportamentos depressivos. O gráfico de linhas é uma representação gráfica de dados obtidos em um estudo determinado. Ele exibe uma série num conjunto de pontos conectados por uma única linha. As linhas de gráfico são usadas para representar grandes quantidades de dados que ocorrem num período de tempo contínuo. O eixo x (na posição horizontal) é denominado “eixo das abscissas”, e o eixo y (na posição vertical), “eixo das ordenadas”.
Na abscissa foram registrados os dias do tratamento, e na ordenada foi registrada a frequência com que ocorreram os comportamentos depressivos. Observando o gráfico obtido a partir desse registro de dados, verificamos que os valores registrados na ordenada variam de 0 a 300 comportamentos depressivos.
A partir dos valores registrados na abscissa o gráfico evidencia que os dias de tratamento foram classificados nas categorias pré-tratamento, tratamento e pós-tratamento.
O gráfico de linhas possibilita acompanhar a evolução do número de comportamentos depressivos ao longo dos dias de pré-tratamento, tratamento e pós-tratamento:
Podemos perceber que durante o pré-tratamento, nos quatro primeiros dias, o número de comportamentos depressivos decresceu de aproximadamente 270 para aproximadamente 180. Durante o tratamento, entre o 4º e o 13º dia, o número de comportamentos depressivos decresceu de aproximadamente 180 para aproximadamente 55, apresentando oscilações a partir do 7º dia. Na fase de pós-tratamento, houve um aumento do número de comportamentos depressivos no 14º dia, seguido de uma diminuição desses comportamentos no 15º dia e de um retorno aos aproximadamente 55 comportamentos depressivos observados no último dia do tratamento.
2. Indicações bibliográficas 
· MALAMAN, B. Estatística e Psicologia: relações e aplicações. São Paulo: Caderno de Estudos e Pesquisas da UNIP, 1999. 
· MICROSOFT OFFICE ONLINE (Brasil) (Ed.). Tipos de gráficos disponíveis. Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt br/help/HA012337371046.aspx#LineCharts>. Acesso em: 12 de abr. 2010.
Questão 3[footnoteRef:3] [3: Questão 16 – Enade 2009.			] 
A análise de prontuários de crianças e de adolescentes que apresentam dificuldades no processo de escolarização encaminhadas aos serviços indica que a psicanálise é o referencial hegemônico dos psicodiagnósticos e as questões escolares estão pouco presentes nos roteiros de entrevistas psicológicas.
PORQUE
Os testes são os instrumentos principais de avaliação psicológica, e os encaminhamentos desconsideram ações no campo educacional. Tais dados indicam a necessidade de se repensarem as práticas psicológicas frente aos encaminhamentos por problemas escolares. 
SOUZA, M. P. R., 2005 (adaptado).
Com base na leitura dessas frases, é CORRETO afirmar que 
A. A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. 
B. A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa. 
C. As duas afirmativas são falsas. 
D. As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
E. As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
1. Introdução teórica 
Fundamentos, métodos e técnicas de coleta e análise de informações para investigações científicas e avaliação de fenômenos psicológicos 
Queixa escolar
A queixa escolar – predominantemente caracterizada por descrições de comportamento agressivo, dificuldades de aprendizagem e apatia – inclui-se entre os principais motivos de encaminhamento de crianças e adolescentes para as clínicas-escola, os consultórios particulares e a rede pública de atendimento à saúde mental. 
Os roteiros de entrevista psicológica e de anamnese utilizados para a realização do diagnóstico psicológico reúnem tópicos relativos à história de vida da criança, enfatizando aspectos referentes ao parto, às doenças, aos processos de desenvolvimento e aos acontecimentos traumáticos. A estrutura desses roteiros evidencia que os dados considerados relevantespara compreensão da queixa privilegiam características pessoais da criança e sua história individual, menosprezando fatores dos contextos sociais por ela integrados. As possíveis causas sociais e ambientais dos “distúrbios” são menosprezados, ou mesmo ignoradas.
As medidas de inteligência e de desenvolvimento psicomotor têm sido instrumentos privilegiados de avaliação psicodiagnóstico de crianças e adolescentes com queixa escolar. Esses instrumentos, nem sempre validados para os segmentos populacionais brasileiros, desconsideram fatores ambientais, sociais e culturais ao avaliarem a performance do avaliado, conduzindo, pois, a resultados pouco confiáveis. Nesse contexto de avaliação, as causas das dificuldades escolares são atribuídas à própria criança e, quando muito, a seus pais e/ou professores, dado não serem consideradas as variáveis do sistema educacional e mesmo do sistema sócio-político-econômico aos quais essa criança pertence.
2. Indicações bibliográficas 
· SOUZA, M. P. R. Prontuários revelando os bastidores do atendimento psicológico à queixa escolar. Estilos da Clínica.  São Paulo,  v. 10,  n. 18, jun.  2005. Disponível em:<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 01 de out. 2010.
· ANCONA-LOPEZ, M. Características da clientela de Clínicas-Escola de Psicologia de São Paulo. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 1, n. 35, p. 78-92, 1983.
Questão 4[footnoteRef:4] [4: Questão 27 – Enade 2009.			] 
Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles estão sentados individualmente em carteiras enfileiradas e são chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um carimbo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo” ou “excelente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra quem fez e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro receberá um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a tarefa deverá fazer durante o horário do recreio. 
A conduta desse professor é corretamente interpretada pela abordagem 
A. comportamental, que preconiza a modelagem do comportamento da criança pelo reforço positivo dos comportamentos adequados e pela extinção dos inadequados. 
B. gestáltica, a qual destaca a correção do erro e o controle do comportamento como necessários para que o aluno estabeleça a distinção figura e fundo, criando a boa forma, favorecendo insights (introvisão) e raciocínios específicos sobre os problemas dados na tarefa. 
C. piagetiana, que preconiza a aprendizagem como envolvendo processos de assimilação e acomodação de novos conteúdos à estrutura cognitiva do aluno, tornada possível, enfatizando o erro cometido. 
D. rogeriana, a qual compreende a conduta do professor como um convite à heteronomia do aluno como pessoa humana, pois a punição do erro deve acontecer num clima de afetividade e empatia. 
E. sócio-histórica, que enfatiza o papel do parceiro mais experiente como muito valorizado para a aprendizagem, o que faz com que a correção do erro pelo professor favoreça a zona de desenvolvimento proximal. 
1. Introdução teórica 
Fenômenos, processos e construtos psicológicos, entre os quais, processos básicos (cognição, motivação e aprendizagem), processos do desenvolvimento, interações sociais, saúde psicológica e psicopatológica, personalidade e inteligência. Abordagens do processo ensino-aprendizagem
Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia Comportamental
A toda prática educativa subjaz uma concepção de aprendiz e de processo de aprendizagem. Assim, é possível identificar pressupostos subjacentes às situações planejadas de ensino-aprendizagem, mesmo que o educador que neles fundamenta sua ação profissional não tenha clareza a respeito disso.
O enunciado da questão descreve uma estratégia de ensino-aprendizagem na qual alguns comportamentos, como o de realizar corretamente uma tarefa, são elogiados, enquanto outros, como o de não realizar a tarefa, são punidos com a retirada de uma circunstância apreciada, como a de ir ao recreio. A esse arranjo de contingências ambientais com o objetivo de modificar comportamentos subjaz a teoria de aprendizagem característica da Psicologia Comportamental.
Segundo a abordagem comportamental, determinadas consequências ambientais reforçadoras, contingentes à emissão de certos comportamentos aumentam a probabilidade desses comportamentos voltarem a ocorrer no futuro. Outras consequências, como a retirada de um benefício ou a introdução de uma ocorrência desagradável, tornam menos provável a repetição do comportamento que produziu determinado resultado indesejável. 
Ao longo do desenvolvimento, a criança vai tendo o seu comportamento modelado por consequências ambientais – prazerosas ou aversivas – de suas ações. Quando se trata da aquisição de repertório escolar, ocorre o mesmo processo: comportamentos “bem-sucedidos” tendem a se manter, enquanto outros, “malsucedidos”, tendem a desaparecer.
Segundo a abordagem comportamental, cabe ao professor o planejamento de contingências favoráveis à aquisição e à manutenção de comportamentos desejáveis e à extinção (eliminação) de comportamentos indesejáveis.
O enunciado da presente questão ilustra uma situação em que a criança recebe elogios quando se comporta da maneira desejada: uma frase elogiosa é carimbada na folha de seu caderno. Além disso, ela terá um acréscimo na nota se realizar todas as tarefas. O pressuposto que determina esse planejamento é o de que elogios e notas funcionam como reforçadores, aumentando a probabilidade de a criança, no futuro, realizar novas tarefas. Por outro lado, a criança que não realiza a tarefa, não tem a folha de seu caderno carimbada. O procedimento de não oferecer as consequências ambientais reforçadoras que mantêm um comportamento desejável deverá, conforme os postulados teóricos dessa abordagem, contribuir para a “extinção” do comportamento indesejável.
Outro arranjo de contingências descrito no referido enunciado refere-se à punição pela retirada de um reforçador disponível: crianças que não realizaram a tarefa devem permanecer em sala de aula, privadas do recreio. Essa consequência aversiva terá como resultado uma redução da probabilidade de ocorrência desse comportamento no futuro.
As abordagens gestáltica, piagetiana, rogeriana e sócio-histórica partem de outros pressupostos referentes à aprendizagem. Elas não se fazem presentes no enunciado da questão.
2. Indicações bibliográficas
 
· CASTORINA, J. A. (Org.). Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1988.
· MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
· POZO, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
· ROGERS, C. Liberdade de aprender em nossa década. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
· SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. São Paulo: EPU, 1975.
Questão 5[footnoteRef:5] [5: Questão 35 – Enade 2006.] 
Situação: casal recém-divorciado não consegue entrar em acordo com relação à guarda dos filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 3 anos. A mãe quer permanecer com os dois filhos com visitas e fins de semana alternados com o pai, mas este quer a guarda das crianças, com o mesmo sistema de visitas e fins de semana alternados, pois julga a mãe negligente com relação às crianças. Esta acredita que isto se deva ao ressentimento dele por ela ter solicitado a separação. Várias conversas foram tentadas e não foi possível chegar a um acordo. O juiz solicita a intervenção de um psicólogo.
O psicodiagnóstico que incluísse entrevistas e métodos projetivos poderia ser mais útil, neste caso, para
A. traçar um perfil de personalidade da mãe das crianças que permitisse confirmar ou descartar sua negligência.
B. avaliar a capacidade dos pais de lidar com fatores de sobrecarga emocional.
C. traçar um perfil de personalidade do pai mostrandoa possibilidade ou o impedimento para cuidar de crianças.
D. definir presença de transtornos depressivos, associados aos comportamentos descritos.
E. relacionar a influência de distúrbios do pensamento sobre a percepção da realidade.
1. Introdução teórica
Práticas profissionais nos principais domínios de atuação do psicólogo priorizando as intervenções nos processos educativos, de gestão, de promoção de saúde, clínicos e de avaliação 
Psicologia Jurídica
Nos processos de separação ou divórcio é preciso definir qual dos ex-cônjuges deterá a guarda dos filhos. Conforme o artigo nº 1.584, do Novo Código Civil, vigente desde janeiro de 2002, nos casos de separação consensual, será observado o que os cônjuges acordarem sobre a guarda dos filhos. Em não havendo acordo, a guarda será atribuída àquele que reunir melhores condições para exercê-la, o que não implica melhores condições econômicas ou materiais (BRASIL, 2003; LAGO et BANDEIRA, 2009, p. 1).
Altoé (2001, p. 1) questiona: “E como saber quem tem melhores condições? Quais os critérios para a avaliação realizada pelos psicólogos?” A autora afirma que o trabalho do psicólogo na área jurídica não deve se restringir à elaboração de pareceres para que o juiz possa aplicar a lei. Deve, sim, visar à resolução dos conflitos que conduziram a família ao poder judiciário. Conflitos não resolvidos produzirão a reincidência dos problemas que conduziram o caso à Justiça, e o processo tende a prolongar-se por anos, sem redução da dor dos envolvidos.
Ainda de acordo com a autora, antes da década de 1990 a função do psicólogo judiciário se restringia à realização de perícias e pareceres. Hoje seu trabalho inclui informação, apoio, acompanhamento e orientação pertinentes aos atendimentos realizados, dado haver preocupação com a saúde mental das pessoas envolvidas.
Refletir sobre o modelo pericial e articulá-lo à ideia de um trabalho interventivo significa considerar também que o encontro com a(s) pessoa(s) que faz(em) parte de um processo de Vara de Família não é mera condição de aplicação de instrumentos de avaliação que é demandada por um terceiro. Supõe considerar que essas pessoas procuram o Judiciário para resolver conflitos de família porque não encontraram outra forma de lidar com o sofrimento que advém deles. (SUANNES, 2008, p. 29).
Segundo Suannes (2008, p. 36) a perícia, entendida como uma forma de avaliação psicológica, deve assumir também um caráter interventivo: 
Embora não seja uma instituição de saúde mental, é o Judiciário o lugar que essas pessoas escolheram para tratar, viver e falar da dor da separação, dos rompimentos de vínculos, da desidealização da família e de si mesmas.
2. Indicações bibliográficas
· ALTOÉ, S. E. Atualidade da Psicologia Jurídica. PsiBrasil: Revista de Pesquisadores da Psicologia no Brasil, Juiz de Fora, v. 1, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/psicologia_juridica.pdf>. Acesso em: 1 de set. 2010.
· Brasil. Lei n° 10.406/02. Código Civil. São Paulo: Saraiva, 2003.
· LAGO, V. de M.; BANDEIRA, D. R. A Psicologia e as demandas atuais do direito de família. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 29, n. 2, jun. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvspsi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200007&lng=pt&nrm>. Acesso em: 1 de set. 2010.
· SUANNES, C. A. M. A sombra da mãe: um estudo psicanalítico sobre identificação feminina a partir de casos de Vara de Família. 2008. 125 f. Dissertação (Mestrado). Departamento de Psicologia Clínica, PUC, São Paulo, 2008.  Disponível em:<http://www.caf.org.br/paginas/biblioteca/disserta_claudia_suannes.pdf>. Acesso em: 1 de set. 2010.
Questão 6[footnoteRef:6] [6: Questão 22 – Enade 2009.
] 
Uma paciente de 20 anos de idade, em uma entrevista inicial, relata um quadro diagnosticado como Transtorno de Pânico Sem Agorafobia (DSM IV 300.01): 
“Doutora, não sei o que eu tenho... estava na minha casa sozinha. Quando fui à cozinha, comecei a sentir mal! Senti como se algo horrível fosse acontecer. Senti como se estivesse morrendo... Minhas mãos começaram a formigar. Meu coração disparou, mal conseguia respirar. Nada estava acontecendo e eu não sabia o que me acontecia. Achei que meu coração ia parar! Comecei a chorar! O médico me disse que eu não tinha nada. Me receitou um ansiolítico e me mandou para casa. Isso foi há um ano. Isso ocorreu mais de uma vez e sempre de repente! Às vezes, quando menos espero. Eu estou apavorada! Não sei o que acontece, nem quando vai acontecer! Tenho medo de enlouquecer ou de ter um ataque cardíaco! E eu sou atleta! Sei que não tem nada a ver! Nunca tive nada disso! Nunca usei drogas! E o médico me disse que minha saúde está bem. Meus pais estão bem! Minha relação com eles é boa! Tenho namorado! Agora não consigo nem ir à aula na faculdade sem ter medo! Mesmo em casa fico preocupada! O que é que eu tenho? Tem tratamento?” Considerando-se a diversidade de abordagens em psicologia para compreender os quadros psicopatológicos e seu diagnóstico, são feitas as seguintes afirmativas: 
I. Para a psicanálise, os sintomas relatados são reveladores de complexos inconscientes relacionados à repressão cultural do corpo e do gênero, levando a um estado regressivo, cujo principal mecanismo de defesa é a projeção; portanto, a psicanálise tem validada sua descrição da psicopatologia no DSM IV. 
II. A abordagem comportamental procura, por meio da análise funcional, descrever, neste caso, as relações complexas entre os comportamentos, seus reforçamentos e condicionamentos, considerando que descrições de categorias nosológicas não são úteis, pois não revelam as relações entre variáveis de controle do comportamento. 
III. Na perspectiva da abordagem sistêmica, a complexidade dos quadros psicológicos não pode ser reduzida a classificações nosológicas, pois elas ocultam a relação complementar entre o sistema e o sintoma; logo, uma descrição centrada na psicopatologia não revela aspectos de recursividade e de circularidade sistêmicas. 
IV. Em uma perspectiva fenomenológica existencial, a classificação de quadros psicopatológicos elucida as vivências subjetivas, pois a classificação explica o sintoma e valida o relato do paciente. Assim, a descrição das vivências da paciente é objetivada. 
Estão corretas somente as afirmativas 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. II e III. 
D. II e IV.
E. III e IV.
 
1. Introdução teórica
Fenômenos, processos e construtos psicológicos, entre os quais, processos básicos (cognição, motivação e aprendizagem), processos do desenvolvimento, interações sociais, saúde psicológica e psicopatológica, personalidade e inteligência. 
Psicologia e o diagnóstico de quadros psicopatológicos 
O primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) surgiu no âmbito da Medicina somente em 1952, elaborado pela Associação Psiquiátrica Americana. A essa primeira edição seguiram-se outras: DSM-II (1968), DSM-III (1980), DSM-III-R (1987) e DSM-IV (1994), atualmente em uso. O DSM apresenta a descrição de transtornos, relaciona sintomas e fornece dados sobre a prevalência de um quadro psicopatológico na população e atribui códigos numéricos aos diferentes quadros para possibilitar a comunicação entre os profissionais que fazem uso dele.
As considerações a respeito dos quadros psicopatológicos apresentados no DSM variam de uma abordagem teórica para outra. O enunciado da questão considera apenas algumas das abordagens que integram o conjunto de possibilidades do saber psicológico: as abordagens comportamental e sistêmica, a Psicanálise e a perspectiva fenomenológico-existencial.
Para a Psicanálise os sintomas, ao revelarem dinamismos inconscientes, atuam como porta-vozes do sistema psíquico e, por isso, não podem ser submetidos a classificações generalizantes, nem a uma apreciação crítica com vistas a sua classificação. Assim, segundo essa abordagem, as descrições e classificações do DSM não apresentam utilidade. Para a abordagem comportamental as categorias nosológicas também não se mostram úteis, dado queobjetiva identificar as variáveis presentes nos comportamentos e as relações estabelecidas entre elas. A abordagem sistêmica, por sua vez, dispensa totalmente o uso do DSM, pois, visando a identificar a relação complementar entre o sintoma e o sistema no qual ele se manifesta, considera que as classificações nosológicas prestam um desserviço, na medida em que contribuem para ocultar dinâmicas do sistema, ao atribuir as causas do sintoma a um único indivíduo, desconsiderando o contexto em que ele está inserido. Finalmente, a perspectiva fenomenológico-existencial também dispensa o uso do DSM por considerar que a classificação de quadros psicopatológicos em nada contribui para elucidar vivências subjetivas, que devem ser compreendidas e acolhidas, ao invés de serem rotuladas. 
2. Indicações bibliográficas
· BICALHO, C. F. S. Síndrome do pânico: angústia avassaladora? Quadro nosológico? Estud. psicanal., Belo Horizonte, n. 32, nov. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-3437200 9000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 de jun. 2011.
· FIRST, M. B.; WILLIAMS, J. B. W.; SPITZER, R. L. DSM-IV: Casos clínicos. Porto Alegre: Artmed, 2007, v. 2.
· GOMES DE MATOS, E.; GOMES DE MATOS, T. M.; GOMES DE MATTOS, G. M. A importância e as limitações do uso do DSM-IV na prática clínica. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre, v. 27, n. 3, dez. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010181082005000 300010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 de jun. 2011.
· LOPES, E. J.; LOPES, R. F. F.; LOBATO, G. R. Algumas considerações sobre o uso do diagnóstico classificatório nas abordagens comportamental, cognitiva e sistêmica. Psicol. estud., Maringá, v. 11, n. 1, abr. 2006. Disponível em: <http: //www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722006000100006 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 22 de jun. 2011.
· SIEBERT, G. Transtorno de pânico: investigação sobre alterações de relato em terapia analítico comportamental. 2006. Dissertação (Mestrado). PUC-CAMP, Campinas, SP, 2006.
· TENÓRIO, C. M. D. A psicopatologia e o diagnóstico numa abordagem fenomenológico-existencial. Universitas ciências da saúde, Brasília, v. 1, n. 1, p. 31-44, 2003. Disponível em: http://www.publicacoesacademicas.uniceub. br/index.php/cienciasaude/article/view/493/315. Acesso em: 20 de jun. 2011.
Questão 7[footnoteRef:7] [7: Questão 32 – Enade 2006.
] 
Foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto (SP), um levantamento preliminar dos psicólogos que atuavam tanto em Centros de Saúde como em outros serviços públicos, oferecidos à comunidade dessa cidade. O levantamento dos casos de crianças e adolescentes encaminhados aos psicólogos permitiu verificar que a maior parte deles apresenta queixas relacionadas a questões escolares (69%), confirmando que a atuação dos psicólogos nos serviços públicos de saúde está voltada para a resolução de problemas enfrentados na área da educação.
A tabela detalha as principais queixas escolares que motivaram os encaminhamentos, relatadas pelos psicólogos.
A partir dos dados apresentados e do seu conhecimento sobre Psicologia, conclui-se que:
A. a escola recorre com muita frequência ao psicólogo com queixas referentes a situações que lá ocorrem e as causas atribuídas por este profissional às dificuldades escolares corrobora a ideia de que o problema está no aluno.
B. a função político-social da escola é referida como tendo muita importância nas queixas escolares que motivam encaminhamento de criança para atendimento psicológico.
C. problemas emocionais são subvalorizados nos encaminhamentos para atendimento psicológico e estão na base de problemas de aprendizagem e de comportamento.
D. a capacitação do corpo docente é subvalorizada pelos psicólogos e é o fator mais importante na superação dos problemas de aprendizagem e comportamento.
E. a psicoterapia com orientação aos pais é a maneira mais indicada de tratamento a queixas escolares, uma vez que enfoca a dinâmica mental e familiar do aluno, maiores causas dos seus problemas.
1. Introdução teórica
Práticas profissionais nos principais domínios de atuação do psicólogo priorizando as intervenções nos processos educativos, de gestão, de promoção de saúde, clínicos e de avaliação
Atendimento à queixa escolar
Em que pese a concepção contemporânea de fracasso escolar, que considera as dificuldades de escolarização como decorrentes de problemas conjunturais de ordem econômica, política e social, ainda é comum, particularmente nos discursos de professores e psicólogos que atuam no âmbito da escola e do atendimento à queixa escolar, uma versão psicologizante, que culpabiliza o aluno pelas próprias dificuldades. Zucoloto (2007) propõe que se considere esse posicionamento como derivado das antigas explicações medicalizantes, próprias do movimento higienista brasileiro que, de meados do século XIX a meados do XX, bateu-se em defesa da implantação de normas e hábitos “higiênicos”, que contribuiriam para o aprimoramento da saúde individual e para o saneamento das cidades. Na esteira do Movimento Higienista brasileiro, assistiu-se a um movimento de crescente normatização da família e da escola, com o estabelecimento de padrões do que devia ser considerado sadio ou insano.
Sob essa perspectiva patologizante é comum que o fracasso escolar seja compreendido como resultante de deficiências biopsicológicas individuais que devem ser sanadas pela intervenção direta de um especialista. Tratar-se-ia, portanto, do sintoma de algo a ser diagnosticado e devidamente tratado. 
Angelucci (2004) realizou um levantamento das concepções de fracasso escolar presentes na produção acadêmica da Universidade de São Paulo entre 1991 e 2002 e concluiu que a culpabilização do aluno pelo fracasso não ocorre somente entre profissionais que trabalham diretamente com a queixa escolar, mas é corrente também entre pesquisadores da área. A pesquisadora examinou a produção de teses e dissertações do Instituto de Psicologia e da Faculdade de Educação da USP e constatou que alguns estudos compreendem a queixa escolar como resultante de problemas psíquicos ou “emocionais” da criança e/ou dos pais, que resultam em déficits intelectuais dos alunos. 
Algumas vezes, essa versão é nuançada pela consideração de variáveis escolares que podem estar associadas ao problema. Porém, nesse caso, as variáveis consideradas relacionam-se à “ineficiência dos professores para ensinar”. Assim considerado, o problema seria remediado através do aprimoramento técnico dos professores. Vê-se, portanto, que a responsabilidade pelo fracasso migra do aprendiz, que não aprende por ser portador de um distúrbio, para o professor, cuja formação é deficiente.
Diante da grande aceitação que têm recebido as explicações psicobiológicas do fracasso escolar e, somando-se a isso a ideia amplamente aceita da falta de preparo dos professores, não são surpreendentes os resultados da pesquisa referida no enunciado da questão. Instrumentalizados para detectar problemas de aprendizagem e destituídos de poder para saná-los, resta aos profissionais da escola a via do encaminhamento ao especialista.
2. Indicações bibliográficas
· Angelucci, C. B. et cols. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educação e Pesquisa USP, 30, 52-72, 2004.
· Andrada, E. G. C. Novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18 (2), 196-199, 2005.
· MACHADO, A. M.; SOUZA, M. P. R. S. Psicologia Escolar: em busca de novos rumos. 4. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
· PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
· ZUCOLOTO, P. C. S. V. O médico higienista na escola: as origens históricas da medicalização do fracasso escolar. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum.,  São Paulo, v. 17, n. 1, abr. 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822007000100014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 de abr. 2011.
Questão 8[footnoteRef:8] [8: Questão 36 – Enade 2009.			] 
O psicólogo que trabalha com grupos atendidos pelo Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), atua no atendimento à população em situação de vulnerabilidade social. Os objetivos do PAIF são: a prevenção e o enfrentamento de situações de risco social; fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; promoção de aquisições sociais e materiais às famílias, visando a fortalecer o protagonismo e a autonomia das famílias e de comunidades. 
É CORRETO afirmar que, nesse programa, cabe ao psicólogo a análise
A. da demanda; caracterização do grupo; planejamento conjunto das atividades; escolha de técnicas de dinâmica de grupo que estimulem a participação; acompanhamento e avaliação das atividades grupais; e avaliação do programa social.
B. da integração regional das ações, no campo do micro e macrossistema de atendimento às populações em situação de vulnerabilidade, compatibilizando ações no campo da psicologia social e intervenções econômicas.
C. da normatização das atividades de atendimento às populações em situação de vulnerabilidade social e das contribuições dos movimentos sociais, identificando alternativas psicológicas de intervenção.
D. de políticas públicas dirigidas para o setor, conhecimento das características do bairro para definir o público-alvo; análise do cronograma de desembolso financeiro dos órgãos de fomento e definição de proposta avaliativa.
E. dos trabalhos desenvolvidos nos ambulatórios que dão suporte para a saúde da população atendida, bem como sua articulação com o planejamento de atividades.
1. Introdução teórica 
Práticas profissionais nos principais domínios de atuação do psicólogo priorizando as intervenções nos processos educativos, de gestão, de promoção de saúde, clínicos e de avaliação 
Psicologia Comunitária e intervenção psicossocial
A ampliação do espectro de ação profissional no campo da Psicologia Comunitária e da Intervenção Psicossocial possibilitou que psicólogos passassem a integrar equipes multidisciplinares e a participar do planejamento e da implementação de políticas públicas de proteção social básica.
Um deles é o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), que tem por objetivos a emancipação dos grupos familiares – unidades de referência do programa – e o rompimento do perverso ciclo de reprodução da pobreza ao longo das gerações. O programa, criado em 2004 pelo Governo Federal em conformidade com uma nova política assistencial de âmbito nacional, visa a substituir a prática tradicionalmente desenvolvida segundo modelos paternalistas por uma ação emancipadora, que possa conduzir ao pleno gozo da cidadania.
No que diz respeito ao atendimento oferecido às famílias, o programa prevê os seguintes passos: cadastramento das famílias; levantamento de suas necessidades; atendimento sócio-assistencial; encaminhamento para serviços comunitários; acompanhamento e avaliação de resultados dessas ações.
Além disso, no plano do acompanhamento da política assistencial, o PAIF procura mapear a disponibilidade de serviços voltados às comunidades e monitorar a qualidade de sua ação assistencial.
Se o trabalho desenvolvido pelo PAIF visa à autogestão e ao pleno exercício da cidadania de famílias que, em virtude da pobreza, da discriminação e/ou da exclusão social, encontram-se em situação de vulnerabilidade e privadas do acesso aos serviços públicos, a ação do psicólogo deve voltar-se para os mesmos fins. Em outras palavras, ele deve intervir proativamente, buscando promover mudanças efetivas na vida das pessoas e da comunidade. Nesse sentido, sua concepção a respeito da própria prática profissional deve afastar-se de modelos individualizantes e universalizantes. Além disso, é preciso que aceite os desafios inerentes a seu compromisso social.
2. Indicações bibliográficas
· ANSARA, S.; DANTAS, B. S. A. Intervenções psicossociais na comunidade: desafios e práticas. Psicol. Soc., Florianópolis, v. 22, n. 1, abr. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-7182 2010000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 1 de abr. 2011.
· NEIVA, K. M. C. Intervenção Psicossocial: aspectos teóricos, metodológicos e experiências práticas. São Paulo: Vetor, 2010.
· PAIVA, I. L.; YAMAMOTO, O. H. Formação e prática comunitária do psicólogo no âmbito do "terceiro setor". Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 15, n. 2, ago.  2010. Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1413-294X2010000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 1 de abr. 2011.
· Pastorini, A. A categoria "questão social" em debate. São Paulo: Cortez, 2004. 
· YAMAMOTO, O. H. Políticas sociais, "terceiro setor" e "compromisso social": perspectivas e limites do trabalho do psicólogo. Psicol. Soc.,  Porto Alegre, v. 19, n. 1, abr. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S0102-71822007000100005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:  1 de abr. 2011.
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