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Natureza Jurídica do Recurso Recurso é um prolongamento do direito de ação dentro do mesmo processo Tudo aquilo que for aplicável ao direito de ação, será aplicável ao recurso Princípios dos Recursos 1 – Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Duplo grau de jurisdição é a garantia de que a decisão será reanalisada por órgão hierarquicamente superior, seja na matéria de fato, seja na matéria de direito Não tem previsão explícita na CF A previsão é implícita – identifica-se quando a constituição cuida da competência recursal dos tribunais O princípio tem previsão expressa no art. 8º, 2, h do Pacto de San José da Costa Rica Quando um juiz comete um crime, ele é julgado pelo Órgão Especial o tribunal em que ele está inserido. Se ele for condenado, ele perde o direito ao Duplo Grau de Jurisdição com relação à matéria de fato (Súmula 7, STJ). 2 – Princípio da Voluntariedade Art. 574 do CPP A parte não é obrigada a recorrer, pois, o recurso serve apenas para melhoria de decisão A defensoria pública não é obrigada a interpor recurso – a voluntariedade aplica-se, também, à defensoria pública 1. Exceção: quando o recurso tem alta probabilidade de êxito, o defensor é obrigado a interpor – posição do professor 2. A diferença do advogado para o defensor público é a função pública – não pode ser exigida a interposição de recurso pelo particular A parte pode: 1. Renunciar ao direito de interpor recurso 2. Permanecer inerte 3. Desistir do recurso Atenuações ao princípio da voluntariedade – Reexame Necessário/Recurso de Ofício (hipóteses em que não vale o princípio da voluntariedade) 1. Condição de eficácia da coisa julgada – enquanto não for julgado o reexame necessário, não pode transitar em julgado 2. Só existe no primeiro grau 3. Hipóteses de reexame necessário: 3.1. Decisão do juiz que concede o HC – art. 574, I, CPP 3.2. Decisão do juiz que concede a reabilitação – art. 746, CPP 3.3. Indeferimento liminar da revisão criminal pelo relator – art. 625, 3, CPP 3 – Princípio da Disponibilidade dos Recursos A parte pode renunciar ou desistir do recurso Princípio não se aplica ao Ministério Público – art. 576, CPP Súmula 705, STF – A renúncia do réu ao direito de recorrer, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta -> se o réu assina o documento dizendo que não quer recorrer sem a assistência do advogado, o advogado pode recorrer mesmo assim – se o réu renuncia e está acompanhado do advogado, ele não pode mais recorrer 4 – Princípio da Fungibilidade Recursal – art. 579 Salvo a hipótese de má fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro Se o recurso errado for interposto no prazo do recurso certo, haverá fungibilidade recursal – não caracteriza má fé
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