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Leitura e Produção Textual - A1 a A4

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Prévia do material em texto

“Será que todos que aprendem a ler e a escrever, de fato 
sabem ler?” 
 
A primeira etapa da leitura é a decodificação dos símbolos, assim 
classificando os códigos pode-se entender as palavras e frases escritas. Quem 
tem apenas esse conhecimento é chamado de analfabeto funcional. Mas a 
leitura abrange mais do que simplesmente conhecer letras e sílabas, deve-se 
entender e compreender o texto apresentado. Interpretar o texto é de fato saber 
ler. 
As escolas que possuem ensinamentos engessados a antigos padrões não 
contribuem para o conhecimento em interpretação de texto e solucionar 
problemas. Sendo assim, ensinam seus alunos a ler e escrever de forma 
mecânica, não aprofundando o conhecimento. 
O contexto inserido deve ser levado em conta, pois interfere na 
interpretação de textos. Em sua grande maioria a falta de conhecimento e acesso 
a diversos conteúdos pode afetar na sua interpretação. Como por exemplo, 
textos jurídicos que possuí uma linguagem com termos específicos de Direito. 
Textos médicos que possua nomes de remédios e doenças não conhecidas de 
forma abrangente pela população. Textos específicos levam a leitura sem a 
interpretação de texto. 
No geral deve-se levar em conta o que o texto transmite e para qual leitor, 
sendo assim podemos identificar a melhor forma de produzir um texto. Sabendo 
o conhecimento de mundo do leitor e identificando o fato de ser capaz de 
interpretar o texto chegamos a um individuo que realmente sabe ler. 
Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
Tome como base o texto: 
 
O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. 
O hospital estava lotado e não havia vaga para a internação do enfermo. 
 
O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela 
sequenciação inerente ao texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo 
melhor transmitiria uma ideia de progressão entre as três frases do texto? 
 
Resposta Selecionada: 
por isso – entretanto 
Resposta Correta: 
por isso – entretanto 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A 
resposta é a letra “d”, “por isso – entretanto”. Observe como a primeira, 
uma locução conjuntiva, e a segunda, uma conjunção, conectam, 
respectivamente, a primeira frase na segunda, e a terceira, na terceira, 
criando uma relação de explicação e, em seguida, de oposição de 
ideias. 
 
 
• Pergunta 2 
0 em 1 pontos 
Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da 
linguagem;[...] O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados[...] 
concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da 
atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as 
finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo 
estilo da linguagem, ou seja, pelaa seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e 
gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua construção composicional. 
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, 
p. 261. 
 
 
Como os termos selecionados no texto da questão 32 correlacionam os elementos 
do textos e promovem sua progressão? 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Eles o fazem por meio de estruturas sintáticas representativas. 
Resposta Correta: 
Eles o fazem por meio de marcadores verbais que transmitem a 
ideia de progressão do texto. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a 
letra “b”, “Eles o fazem por meio de marcadores verbais que 
transmitem a ideia de progressão do texto”. Não é apenas a estrutura 
sintática, mas os elementos selecionados. Os adjetivos caracterizam a 
personagem, não a progressão da narrativa. Mesma coisa com os 
substantivos. Há uma progressão temporal, mas ela é perceptível 
exatamente pelo uso dos verbos. 
 
 
• Pergunta 3 
0 em 1 pontos 
A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de 
dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e 
saber, cifrando, de modo suficiente, elementos para que um deslocamento 
apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro. 
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90 
 
Thiphaine Samoyault traz a metáfora da “biblioteca” para referenciar toda a 
formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o 
dialogismo é a característica inerente da linguagem de 
 
Resposta Selecionada: 
se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza. 
Resposta Correta: 
se mostrar monológica. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a 
letra “a”, “a característica inerente da linguagem de se renovar de 
acordo com o indivíduo que a utiliza”. A línguagem não é monológica, 
pois sempre é resposta a outro. Se atualiza não apenas de acordo 
com o meio social, ma também o contexto o tempo e, tendo como 
elemento em comum, o indivíduo que a utiliza. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
TEXTO I 
 
 
Trecho do poema de “Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade 
 
“Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.” 
 
ANDRADE, C.D. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 58 
 
TEXTO II 
 
Trecho do poema “Até o fim” de Chico Buarque 
 
“Quando nasci veio um anjo safado 
O chato do querubim 
E decretou que eu estava predestinado 
A ser errado assim” 
BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989 
 
Tendo como base os processos de relação intertextual, construção e reconstrução 
de sentidos, pode-se dizer que o poema “Até o fim”, de Chico Buarque 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
Resposta Correta: 
promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A 
resposta é a letra “c”, promove uma continuidade irônica com “Sete 
Faces”, de Carlos Drummond de Andrade”. O poema de Chico 
Buarque revisita e promove uma visão irônico da predestinação 
apresentada no poema de Carlos Drummond de Andrade. 
 
• Pergunta 5 
0 em 1 pontos 
. 
O lobo e o leão 
 
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, 
chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que 
enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco 
de ser interrompido por alguém. 
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de 
rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita 
conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. 
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu 
oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o 
direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" 
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou 
em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o 
inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com 
desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá 
o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" 
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 
 
O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa 
fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor 
moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, 
pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
repete as relações sociais que envolvem os mais fracos 
reclamando com os mais poderosos. 
Resposta Correta: 
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, 
por consequência, sobre o sistemajudiciário. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a 
letra “d”, “o diálogo entre o leão e o lobo promove uma discussão 
irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o 
sistema judiciário”. Embora a fábula aborde possíveis relações sociais, 
o tema principal envolve a noção de “certo” e “errado” e, por sua vez, 
 
de direito. Não se pode falar em relações comerciais uma vez que o a 
ovelha fora roubada/capturada em mais de um momento, sem 
enfatizar na questão da propriedade privada. Da mesma forma não é 
mera simetria entre fracos e poderosos, já que o lobo é tomado de 
coragem para criticar o leão e exigir direitos. 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
A progressão referencial é realizada por intermédio da introdução de novos 
referentes no texto, por meio de elementos do contexto – que envolvem os 
elementos de coesão – ou ainda, anáforas e catáforas. A realização de 
referenciação, por meio de elementos do próprio texto, criam as cadeias 
referenciais que, uma vez presentes no enunciado, “garantem não só a 
progressão e a continuidade referencial, como exercem papel de relevância na 
orientação argumentativa do texto, e, por decorrência, na construção textual do 
sentido” (KOCH, 2014, p. 127) 
KOCH, I. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2014, p. 127 
 
Ao considerarmos os apontamentos de Koch, é possível observar que a 
progressão textual constrói 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é 
interrompida por uma sequência de acontecimentos. 
Resposta 
Correta: 
 
uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é 
interrompida por uma sequência de acontecimentos. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A 
resposta é a letra “a”, “uma ideia de interrupção, de modo que a ação 
da personagem é interrompida por uma sequência de 
acontecimentos”. Sua ação inicial de se movimentar é subitamente 
interrompida pela sua incapacidade de agir. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
. 
Impotência 
 
Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele 
telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para 
o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um 
automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não 
dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e 
desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo 
esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava 
paralisado, como um grande monstro débil. 
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, 
p. 14 
 
Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão 
narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o 
 
sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, 
mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por 
Resposta Selecionada: 
“porém”, mantendo o valor contrastivo. 
Resposta Correta: 
“porém”, mantendo o valor contrastivo. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A 
resposta é a letra “a”, “porém, mantendo o valor contrastivo”. A 
coesão textual cria uma oposição linguística entre os termos, entre 
querer fazer algo, mas um contratempo. 
 
 
• Pergunta 8 
0 em 1 pontos 
O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou 
uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses 
termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em 
outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele 
apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias 
manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A 
literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa 
relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de 
suas origens. 
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9. 
 
A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, 
de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de 
intertextualidade 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
conecta textos e enunciados, resgatando relações semântico-
simbólicas. 
Resposta Correta: 
resgata significados e/ou significantes, associando novos 
sentidos à elementos anteriores. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a 
letra “d”, “resgata significados e/ou significantes, associando novos 
sentidos a elementos anteriores”. Os textos podem possuir uma 
associação, mas nem sempre pelo mesmo campo semântico, e não se 
resumem a um resgate de relações semÂntico-simbólicas. Por isso 
que essas conexões não são tão explícitas. De igual forma, um texto 
contemporâneo não necessariamente pode ser compreendido a luz de 
interpretações anteriores mas, sim, enunciados anteriores. Cada 
interpretação tem seu tempo e momento de constituição. 
 
 
• Pergunta 9 
0 em 1 pontos 
A maioria dos teóricos da paródia remontam a raiz etimológica do termo ao 
substantivo grego parodia, que quer dizer “contra-canto”, e ficam-se por aí. Se 
olharmos mais atentamente para essa raiz obteremos, no entanto, mais 
informação. A natureza textual ou discursiva da paródia (por oposição à sátira) é 
evidente no elemento odos da palavra, que significa canto. O prefixo para tem 
dois significados, sendo geralmente mencionado apenas um deles - o de “contra” 
 
ou “oposição”. Desta forma, a paródia torna-se uma oposição ou contraste entre 
textos. Este é, presumivelmente, o ponto de partida formal para a componente de 
ridículo pragmática habitual da definição: um texto é confrontado com outro, com a 
intenção de zombar dele ou de o tornar caricato. [...] No entanto, para em grego 
também pode significar “ao longo de” e, portanto, existe uma sugestão de um 
acordo ou intimidade, em vez de um contraste. É este segundo sentido esquecido 
do prefixo que alarga o escopo pragmático da paródia de modo muito útil para as 
discussões das formas de arte modernas[...]. Mas, mesmo em relação à estrutura 
formal, o carácter duplo da raiz sugere a necessidade de termos mais neutros 
para a discussão. Nada existe em parodia que necessite da inclusão de um 
conceito de ridículo, como existe, por exemplo, na piada, ou burla, do burlesco. A 
paródia é, pois, na sua irónica “transcontextualização” e inversão, repetição com 
diferença. Está implícita uma distanciação crítica entre o texto em fundo a ser 
parodiado e a nova obra que incorpora, distância geralmente assinalada pela 
ironia. Mas esta ironia tanto pode ser apenas bem-humorada, como pode ser 
depreciativa; tanto pode ser criticamente construtiva, como pode ser destrutiva. O 
prazer da ironia da paródia não provém do humor em particular, mas do grau de 
empenhamento do leitor no “vai-vém” intertextual (bouncing) para utilizar o famoso 
termo de E. M. Forster, entre cumplicidade e distanciação. 
HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia. Rio de Janeiro: Edições, 1985, p. 
47-48 
 
Com base nesses apontamentos de Linda Hutcheon sobre como o texto se 
constrói às vezes como paródia, é possível dizer que 
Resposta Selecionada: 
uma deformação do texto pode implicar na sua destruição. 
Resposta Correta: 
uma visita nova ao texto pode iluminar outros pontos. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a 
letra “c”,”uma visita nova ao texto pode iluminar outros pontos”. Não é 
a mera releitura ou reescritaque promove a deformação, mas a 
deformação implica, necessariamente, na destruição do texto, já que o 
faz para criar um novo significado. Dessa maneira, não é em toda 
releitura que se promove uma forma de intertextualidade. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro 
que enriqueceu 
entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do 
Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, 
ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados 
vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e 
quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o 
rapaz atirou-se 
à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, 
que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da 
própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de 
estopa cheio de palha. 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2 
 
 
Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que tratam-se de 
processos de 
Resposta Selecionada: 
coesão referencial e sequencial. 
Resposta Correta: 
coesão referencial e sequencial. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A 
resposta é a letra “a”, “coesão referencial e sequencial”. Os elementos 
textuais conectam o texto, resgatando a memória à medida que o 
fazem progredir. 
 
 
 
Com o estudo da disciplina Leitura e Produção Textual estudamos até a 
unidade três um pouco sobre conversação e escrita, bases do processo de 
escrita, elementos estruturais e alguns pontos principais dos gêneros textuais. 
A proposta de pesquisa em cima de um texto da esfera jornalística levou a 
um texto sobre o assunto da atualidade, o Coronavírus, com foco nos 
acontecimentos no Brasil. Os textos escolhidos são do dia 27 de fevereiro até 27 
de março de 2020, e abordam o começo da doença no país, apontando possíveis 
causas para a rápida evolução, dramas médicos e algumas decisões 
controversas do presidente Jair Bolsonaro. 
A principal marca de um texto jornalístico é a apresentação de informações, 
que neste caso é um breve relato com os principais dados do coronavírus. Os 
textos escolhidos, além do relato, contém marcas como data do primeiro caso 
confirmado no Brasil e todos os textos apontam dados e estatísticas apenas 
desse país. Apontam também números de casos, em comparação a outros 
lugares do mundo, e informações sobre as situações de hospitais, como 
números de pacientes, falta de equipamentos e demora nos exames 
diagnósticos. A principal materialidade linguística é uso da linguagem formal e 
impessoal. 
Exemplos: 
“(...) Até o momento de publicação desta reportagem, o novo coronavírus, 
batizado de SARS-COV2, atingiu 50 países e territórios. São quase 82 mil casos 
confirmados da doença — chamada de covid-19 —, sendo 78.497 na China (ou 
97% do total). Há atualmente mais casos novos sendo registrados fora da China 
do que dentro do país. (...) 
Não adotar medidas como quarentenas, isolamento rápido de pessoas 
doentes e transparência na divulgação de informações pode agravar a 
disseminação da doença e levar à perda de controle sobre a cadeia de 
transmissão do vírus de uma pessoa para outra — estima-se que, no caso do 
novo coronavírus, uma pessoa infectada contamine até outras três, em média. 
(...)” Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51546235 
“(...) Para esses epidemiologistas, os escassos dados disponíveis apontam 
que a doença não é tão devastadora para a população em geral e, por isso, seria 
possível contê-la sem enfrentar as massivas perdas econômicas que o atual 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51546235
modelo de contenção pode causar. (...)” Fonte : 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52043112 
 Palavras usadas nos textos, cujo intuito é levar informação, não podem ser 
coloquiais, mas devem ser de uso comum para que a população entenda. 
Observa-se também nomes técnicos, utilizados normalmente por especialistas, 
como SARS-COV2 ou COVID-19. Palavras como “disseminação”, “escassos” e 
“massivas”, poderiam ter sido substituídas por “espalhamento”, “poucos” e 
“grandes”. 
A atividade proposta visa a aprendizagem de análise de texto de forma 
prática, fazendo o aluno exercitar o conhecimento adquirido. 
 
 
 
 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52043112
• Pergunta 1 
0 em 1 pontos 
Ficava gemendo na beira do rio. Um gemido que só ele próprio ouvia, se tanto. “Por quê?”, 
indagariam se pudessem escutar. Mas ninguém perguntava nada àquele homem que ordenhava 
no escuro do estábulo. E que lá mesmo dormia. Para ele, gemer nas margens da correnteza era 
tão natural quanto olhar a igreja na praça. Via pessoas limpando, varrendo. Pareciam querer 
espelhar os ambientes no prateado do rio. Entrou na água como se procurasse interromper a 
mania de olhar. Veio uma coisa mais pesada do que nuvem. A pálpebra da Lua. Que desceu. 
NOLL. Zé na Margem . 1999. 
 
O ser humano produz textos que lhe são significativos, dentre os quais, narrativos. Mesmo numa 
época de produção midiática e hipertextual, ainda nos prendemos a construção de narrativas, pois 
são uma forma de 
 
Resposta Selecionada: 
expor dados, descontruindo-os. 
Resposta Correta: 
reunir dados, ressignificando-os. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é “reunir 
dados, ressignificando-os”. As narrativas tendem a perpetuarem-se ao longo 
dos tempos, mas não são organizadas apenas com esse propósito, 
tampouco de desconstrução de informações ou padronização de dados. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
Esses gêneros textuais que emergiram no último século no contexto das diversas mídias criaram 
formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade 
e a escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente de ensino de 
língua. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino . Rio de 
Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 87. 
 
 
Os gêneros textuais são definidos de acordo com a função social exercida por determinado texto. 
Nas últimas décadas, as novas relações estabelecidas com os usos da linguagem, mediadas pelas 
novas tecnologias, deram margem para que novas formas de texto aparecessem. Foi assim que, 
por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, videoconferências e etc, passaram a fazer parte 
do cotidiano de grande parte das pessoas. Isso também se aplica, principalmente, aos gêneros 
textuais acadêmicos, os quais estão disponíveis em 
 
Resposta Selecionada: 
periódicos digitais para serem lidos por todos, livremente. 
Resposta Correta: 
periódicos digitais para serem lidos por todos, livremente. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“periódicos digitais para serem lidos por todos, livremente”. Os textos 
 
acadêmicos ganham o espaço de outros com a possibilidade da 
hipertextualidade, sendo utilizados, inclusive, em pesquisas por alunos da 
educação básica. 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
O texto pode ser considerado o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. (...) 
Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que 
preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de 
produção de sentidos. 
KOCH, I. ELIAS, V. Ler e compreender: os sentidos do texto . São Paulo: Contexto, 2006, p. 
10-11. 
 
 
Há toda uma literatura que aponta para a relação entre o texto e o sujeito, ou seja, num espaço 
interacional. Isso significa dizer que o sentido de um texto é produzido: 
 
Resposta Selecionada: 
antes dessa interação, nela se concretizando.Resposta Correta: 
antes dessa interação, nela se concretizando. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“antes dessa interação, nela se concretizando”. Há um planejamento textual 
visando um leitor pressuposto, mesmo que ele não exista fisicamente. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
O indivíduo não desenvolve a habilidade da leitura, mas sim a capacidade de estabelecer relações 
de significado, socialmente e culturalmente. Ele o faz identificando, reconhecendo, comparando, 
analisando e interpretando os códigos que lhe chegam, ou seja, o processo de intertextualidade. 
DARNTON, Robert. História da leitura . São Paulo: Editora Unesp, 1992, p. 18. 
 
O leitor cotidiano encontra várias formas de comunicação: sua leitura é colaborativa. Todo o texto 
com que trava contato contribui para produção de sentido, mesmo quando não lhe é perceptível. 
Isso ocorre devido ao fato de que esse leitor constrói uma 
 
Resposta Selecionada: 
relação entre os textos lidos, ressignificando-os a cada nova leitura. 
Resposta Correta: 
relação entre os textos lidos, ressignificando-os a cada nova leitura. 
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da 
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Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“relação entre os textos lidos, ressignificando-os a cada nova leitura”. Essa é 
a noção de leitura colaborativa, independente de ser um texto verbal ou não 
verbal, de maneira que passamos a entender melhor novas informações com 
base em leituras passadas, e vice-versa. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
Pode-se conceber uma história da leitura da maneira mais simples, enquanto mero relato da 
progressão cronológica das obras escritas. Essa acepção, ainda que singela, impõe de imediato 
certas condições; a primeira é a de existir a escrita, reconhecida pela sociedade enquanto um de 
seus possíveis meios de comunicação; outra, é a de obras produzidas terem se tornado públicas, 
vale dizer, socializadas. Da sua parte, essa socialização decorre de algumas providências, como a 
de possibilitar o acesso à escrita por parte dos membros da sociedade, o que implica também o 
estabelecimento de uma instituição encarregada de fazê-lo: a escola, que, de seu lado, carece de 
pessoal qualificado para desempenhar a tarefa de decodificar letras e alfabetizar - o que 
corresponde à leitura. 
ZILBERMAN, Regina. A Leitura no Brasil: sua história e suas instituições . Disponível em: 
< https://www.unicamp.br/iel/memoria/projetos/ensaios/ensaio32.html > 
 
Produzir conhecimento implica em realizar leituras. Entretanto, vivemos em meio a tentativa de 
moldar de novo uma geração mais reprodutora que criadora, que resume sua prática de leitura a 
uma série de recortes de informações, sem uma apreensão crítica. Mas, como aponta o texto de 
Zilberman, ler significa, também, a possibilidade de ler. No nosso cotidiano, isso implica um aporte 
didático do ato da leitura que seja 
 
Resposta Selecionada: 
lúdico, voltado para a dimensão ampla e plural do texto. 
Resposta Correta: 
lúdico, voltado para a dimensão ampla e plural do texto. 
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da 
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Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“lúdico, voltado para a dimensão ampla e plural do texto.”. Ter acesso a 
leitura significa, nesse caso, compreender e perceber o texto como algo 
significativo para o indivíduo, não no eminente, mas no transcendente, capaz 
de auxiliá-lo durante seu processo de crescimento e emancipação social. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal podendo ter uma causa alérgica em cerca de dois 
terços dos casos. A predisposição genética é decisiva. Fatores não alérgicos também podem 
precipitar e/ou agravar as rinites: poluição, fumaça de cigarro, odores fortes, ar frio, resfriados, 
mudanças climáticas, entre outros. O diagnóstico é realizado por meio de história clínica incluindo 
a predisposição familiar, exame direto das cavidades nasais (rinoscopia anterior), testes alérgicos 
cutâneos e/ou testes sanguíneos para detecção de anticorpos alérgicos IgE específicos (RAST). A 
rinite alérgica é fator de risco para asma. Cerca de 78% dos pacientes com asma têm rinite 
alérgica. 
BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel (orgs). Gêneros 
textuais e ensino . Rio de Janeiro: Lucerna, 2007, p. 23. 
 
Observe como os pesquisadores organizam os dados para descrever um estado de saúde. Pode-
se dizer que, de acordo como o texto é apresentado, constitui-se uma narrativa científica porque 
 
Resposta Selecionada: 
sequencia dados específicos e os estrutura em uma explicação. 
 
https://www.unicamp.br/iel/memoria/projetos/ensaios/ensaio32.html
Resposta Correta: 
sequencia dados específicos e os estrutura em uma explicação. 
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da 
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Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“sequencia dados específicos e os estrutura em uma explicação”. Observa-
se a estrutura das informações em sequência, no qual se apontam o que (a 
rinite), como (causa alérgica) e o porquê (predisposição genética). Dessa 
maneira,o dados recebem uma organização didática baseada em dados 
específicos. 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
Em solo brasileiro, eles têm dinheiro e fama, espécie de blindagem que costuma inibir as 
manifestações mais explícitas de preconceito racial. Mas no anonimato do voo 951 da American 
Airlines , que ia de Nova York ao Rio de Janeiro no dia 16 de novembro, o músico Dudu Nobre e 
sua mulher, a modelo e atriz Adriana Bombom, disseram ter sido alvo de discriminação associada 
à cor da pele. Os artistas acusam os comissários de bordo da empresa aérea de ofensas, injúrias 
preconceituosas e lesão corporal e pedem R$ l milhão de indenização por danos morais. Eles 
alegam ter sido chamados de “macacos”, entre outros xingamentos, na frente de suas duas filhas, 
de seis e cinco anos, e dos demais passageiros. “O constrangimento de ter sido xingado de 
macaco, junto com minha mulher, e chamado para brigar na frente de minhas filhas é 
inesquecível”, desabafa Dudu, que se diz disposto a lutar incansavelmente pela punição dos 
responsáveis. “Se acontece conosco, imagina com quem não aparece na mídia”, completou 
Adriana. O incidente aconteceu exatamente na semana em que se celebra o Dia da Consciência 
Negra, quinta-feira 20. 
CABRAL, Renata. Músico Dudu Nobre afirma ter sido vítima de preconceito ao voltar dos 
Estados Unidos. ISTOÉ – ano 31, nº 2038. 
 
Embora a reportagem apresente dados, informações, dados e registros, o motivo dela estar 
estruturada no formato narrativo dá-se pelo fato de o texto, organizado dessa maneira: 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
possibilitar ao leitor compreender uma sequência de eventos de 
maneira organizada. 
Resposta Correta: 
possibilitar ao leitor compreender uma sequência de eventos de 
maneira organizada. 
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Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“possibilitar ao leitor compreender uma sequência de eventos de maneira 
organizada”. A repórter reúne diversas informações de maneira quase que 
espontânea e oral, e as estrutura por meio de uma narrativa significativa para 
os leitores. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
Todo texto presume, então, uma espécie de leitor empírico, presumível para todo e qualquer texto 
literário. Leitor por que é para ele que é direcionado, presumível na medida em que o autor trava 
um diálogo com o indivíduo que será seu “alvo”, uma imagem não física, mas prevista. 
 
ECO, Umberto. Seis passeios pelo bosque da ficção . 2004, p. 17. 
 
Ao nos apropriarmos da metáfora de Umberto Eco, para o qual o texto pode ser comparado a um 
bosque e, por isso, possui um leitor específico que adentra nele. As características demandadas 
ao leitor de um texto técnico compreende, assim, o domínio de determinados termos 
Resposta 
Selecionada: 
 
tendo assim a capacidadede compreender um jargão, categoria ou 
conceito específico. 
Resposta Correta: 
tendo assim a capacidade de compreender um jargão, categoria ou 
conceito específico. 
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Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“tendo assim a capacidade de compreender um jargão, categoria ou conceito 
específico.”. Por ser um leitor específico, é limitado ao seu campo de estudo, 
mas possui capacidades interpretativas vastas nesse mesmo campo. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
Havia um sol abrasador no céu, e ela surgiu com um copo de água fresquinha para mim. Daí, veio 
uma região fria e escura, e ela surgiu de novo com luz e cobertas. Daí, eu me cansei, e ela trouxe 
folhas para que eu me deitasse. E até me acariciou antes que eu dormisse... Daí, eu acordei e 
havia frutas maravilhosas deixadas por ela... E eu adorei tudo aquilo. Sentia-me nas nuvens! E 
esse estado de sonho, essa alegria... eu devia a ela. Só a ela! E eu quis que isso durasse para 
sempre. E passei a respirar o ar que ela respirava, olhar pelos seus olhos, beber pela sua boca. E 
isso foi bom. Até que um dia... uma fruta que nunca... nem nunca comi... 
A fruta era uma delícia. Não sobrou nada e, naturalmente, quando ela chegou com as frutas de 
sempre, eu estava saciado. E eu conheci, então, uma mulher irada. Sim, ela queria que eu 
continuasse respirando só do seu ar, comendo só de seus frutos, bebendo só de sua água.Tudo 
isso muito bom! Mas e os outros ares, frutos e águas do mundo? E eu me dei conta de que 
também gostaria de que ela só respirasse o meu ar, comesse dos meus frutos e bebesse de 
minha água. Assustou-me a descoberta do egoísmo do amor. Mas todos os amores seriam assim? 
Ou só a primeira e arrebatadora paixão? O amor amadurece? Eu não queria ser destruído... ou 
destruir. E fui embora. Hoje eu me lembro dela e de tudo que vivi como um sonho. Um sonho bom, 
mas com gosto de saudade. Antes assim, Daqui a algum dia conhecerei outra e espero estar 
amadurecido para respirarmos, juntos, o ar de todas as outras criaturas. 
Souza, Maurício de. Raposão . Revista da Mônica, jul.1982. nº 147. 
 
Um texto, como um todo de sentido, é construído na medida em que produz, constrói, organiza, 
delimita e opta por determinados sentidos a serem produzidos. Essa seleção é feita por meio dos 
mecanismos constitutivos do sentido de um texto, os quais, por sua vez, delimitam sua 
interpretação. Como base nas opções lexicais feitas pelo autor do texto acima, pode-se dizer que 
se busca transmitia ideia de 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
saudosismo, visto que as escolhas lexicais utilizam recursos que 
apontam para um tempo passado, saudoso. 
Resposta Correta: 
 
saudosismo, visto que as escolhas lexicais utilizam recursos que 
apontam para um tempo passado, saudoso. 
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resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“saudosismo, visto que as escolhas lexicais utilizam recursos que apontam 
para um tempo passado, saudoso”. Há uma sequência de opções lexicais, 
como “frutas maravilhosas”, “adorei” e “durasse para sempre”, que 
transmitem esse sentimento. Isso é acrescentado com o uso constante de 
verbos no pretérito imperfeito do indicativo, transmitindo uma ideia de uma 
interrupção brusca, o que causa o sentimento de saudade. 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
[Os] gêneros textuais emergentes possibilitaram a redefinição de alguns aspectos centrais na 
observação da linguagem em uso. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino . Rio de 
Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 99. 
 
 
Há toda uma relação entre a renovação dos gêneros textuais e a produção científica cotidiana. 
Mas em que medida é possível dizer que o texto científico, o qual existe há séculos, pode também 
ser considerado, nos dias de hoje, um gênero emergente? 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Por reinventa-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas 
linguagens e meios de propagação. 
Resposta Correta: 
Por reinventa-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas 
linguagens e meios de propagação. 
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resposta: 
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é 
“Por reinventar-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas 
linguagens e meios de propagação”. Na medida em que esse texto científico 
interage com meios digitais, não se limita mais ao espaço acadêmico, o que 
suscita uma linguagem mais dinâmica para um meio tecnológico que tenha 
as mesmas características, fazendo surgir textos científicos voltados para um 
público mais leigo. 
 
 
 
	Leitura e Produção Textual - A1
	Leitura e Produção Textual - A2
	Pergunta 1
	 Pergunta 2
	 Pergunta 3
	 Pergunta 4
	 Pergunta 5
	 Pergunta 6
	 Pergunta 7
	 Pergunta 8
	 Pergunta 9
	 Pergunta 10
	Leitura e Produção Textual - A3
	Leitura e Produção Textual - A4
	 Pergunta 1
	 Pergunta 2
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	 Pergunta 9
	 Pergunta 10

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