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ANTINEOPLÁSCIOS I Célula tumoral – é uma célula que sofreu modificações, logo ela tem estruturas e características semelhantes da célula que lhe deu origem. Logo, uma grande dificuldade da farmacologia é garantir estratégias que garantam certa seletividade. Por isso, os fármacos antineoplásicos são muito tóxicos para o paciente. Toxicidade seletiva – é base da seletividade dos antineoplásicos – tentativa de se utilizar alvos os vias das células tumorais em concentrações abaixo da necessária para afetar células normais. obs: quanto mais exclusivo, menor é a toxicidade, pois ele é mais seletivo para a célula que está combatendo, pois eles não atingem muito células “normais”. Seletividade relativa do antineoplásico está baseada na toxicidade seletiva. Ou seja, sabemos que as células neoplásicas apresentam alta taxa de divisão celular, assim, a maioria dos antineoplásicos vão buscar afetar as células que estão em divisão celular excessiva. ➔ Qualquer célula que precisa se dividir, deve sintetizar dna, logo, um dos mecanismos dos fármacos vai ser afetar essa síntese de dna e de proteínas. Sendo o objetivo final desses antineoplásicos, levar a célula a apoptose. ➔ Hipótese da mitotoxicidade: indica que as células tumorais são mais sensíveis aos fármacos quando elas estão progredindo no ciclo celular. Por isso, alguns tumores de crescimento lento não são tão sensíveis aos antineoplascios. Vale lembrar, que temos celulas ‘saudaveis’ que tambem proliferam rapidamente, como da medula óssea e mucosa intestinal. Porém, diferente das neoplásicas, quando sofrem a ação dos fármacos, elas se recuperam mais fácil e não sofrem apoptose, isso se deve a ação da p53, que controla o ciclo celular. Ou seja, quando há uma lesão no dna, por exemplo, a p53 para o processo com a finalidade de reparar o erro, e depois do reparo, o ciclo prossegue. Contudo, células neoplásicas, mesmo possuindo p53 funcionante, tem baixa capacidade de reparo, logo, quando a p53 percebe a lesão, ela tenta repara-la, mas esse reparo não acontece, o que vai levar a celula a apoptose. Ainda, existem células neoplásicas com mutações na p53, isso faz com que ela seja muito resistente aos fármacos antineoplásicos, uma vez que, como não possue p53 funcionante, não entra em apoptose. ➔ Existem 3 alvos principais que afetam a divisão celular: 1. Inibidores de síntese e integridade do dna: inibem por exemplo, síntese de purinas e pirimidinas – são ele os antimetábolitos, inibidores da via do folato e inibidores da topoisomerase 2. Agentes que causam lesão no dna: agente alquilantes, antibióticos antitumorais, complexos de platina – lesão direta no dna que causa a aoptose 3. Inibidores da função dos microtúbulos: afetam diretamente a divisão celular, são eles, alcaloides da vinca e taxanos Obs: de uma forma geral, esse fármacos levam a apoptose celular. ➔ Especificidade quanto ao ciclo celular ➔ Modelo de matança celular logaritimica: ele mostra como é a ação de um fármaco antineoplascio Obs: a medida que a celula se prolifera, ela vai sofrendo mais mutações, tornando-se cada vez mais heterogênea, podendo causar resistência aos fármacos. Obs: o crescimento das células é exponencial, logo, se nada for feito, acarreta na morte do paciente (curva A) Obs: a ação do fármaco é de primeira ordem, ou seja, cada ação dele vai destruir uma fração constante de células. Obs: observa-se, também, que após fazer o tratamento local, o paciente fica um tempo sem fazer o uso do fármaco, isso para que as células sadias que foram afetadas possam se recuperar, nesse período, algumas células neoplásicas que não foram combatidas continuam se proliferando. Depois de um tempo o tratamento é feito de novo, parte das neoplásicas morrem e das sadias tambem, ai o tratamento com o farmaco é pausado para que as células sadias possam se recuperar e as neoplásicas que ficaram acabam proliferando um pouquinho. Esse ciclo com uso e descanso do fármaco é feito até que se atinja a cura. Por conta dessas pausas, podemos observar que o gráfico fica como um zig-zag (curva C), uma vez que no período do tratamento com o fármaco as células neoplásicas diminuem, mas no tempo que o tratamento para a fim de que as células sadias se recuperem, as células neoplásicas que não foram combatidas acabam prfoliferando. Obs: o grande problema é que as células neoplásicas sofrem resistência, o que dificulta o tratamento, como mostrado na curva D. Obs: há casos em que o tumor é passível de cirurgia (curva B). ➔ Resistência aos fármacos: CLASSES DE FÁRMACOS: • Agentes alquilantes: ➢ Não são específicos de fases do ciclo celular; ➢ Causam uma lesão direta no dna – inicialmente, ele forma uma estrutura altamente reativa, que interage diretamente com o dna, fazendo a ligação covalente do grupo alquil com o dna (reação de alquilação), isso causa uma lesão no dna que pode levar a célula a apoptose. Esses se ligam a apenas uma fita do dna. Porém, há os alquilantes bifuncionais, que é a grande maioria, eles possuem dois agente alquilantes, isso é, dois grupos que se ligam ao dna, assim, a mesma molécula consegue se ligar de maneira dupla ao dna, formando a ligação cruzada dentro do filamento do dna. Pensando clinicamente, a diferença entre eles é que aqueles que são bifuncionais são mais efetivos, pois quando fazem essa ligação cruzada, levam as células a apoptose. Já os monofuncionais, levam apenas à mutação celular e não a apoptose, o que pode piorar o quadro da pessoa; além disso, esse feito mutagênico pode causar outros canceres no paciente. ➢ Outro problema desse fármaco é que podem afetar a medula óssea, lesão de mucosas, náuseas e vômitos, fibrose pulmonar, logo, isso limita a dose máxima do fármaco que pode ser usado (mielosupressão). Além disso, podem causar alopecia, amenorréia e azzospermia. ➢ Exemplos: mostardas nitrogenadas, nitrosureias, bussulfano, cisplatina (não é alquilante, mas tem um efeito muito semelhante) ➔ Na figura vemos que a guanina foi alquilada, a partir disso várias coisas podem acontecer: A. Ligação cruzada de dna - ruptura da função do dna B. Clivagem de dna C. Pareamento anormal de base (ligação da guanina alquilada por ponte de hidrogênio a timina) D. Excisão de quanina do dna Obs: esses podem ser fármacos citotóxicos (tóxicos a celula) ou mutagênicos.
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