Buscar

Lombalgia: Causas, Classificação e Diagnóstico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Problema 2 – Abertura Módulo XIII - DOR 
 
 
 
Introdução 
 
Lombalgia é a principal causa de incapacidade no 
mundo todo, sendo um dos principais motivos de 
ausência do trabalho; 
A lombalgia acomete entre 58 e 84% das pessoas 
ao longo da vida; 
Está sempre na lista dos principais motivos de 
consulta, sendo que dor lombar sem irradiação é 
o terceiro sintoma mais relatado pelos pacientes 
após tosse e rash cutâneo; 
As revisões mostram que: 
1. A prevalência de lombalgia é maior em 
mulheres 
2. A prevalência de lombalgia aumenta com 
a idade até a faixa dos 60 anos, 
aproximadamente; após essa idade, a 
prevalência é menos estudada 
3. As patologias discais são prevalentes em 
indivíduos assintomáticos 
4. Estudos em gêmeos idênticos indicam que 
a influência genética na degeneração 
discal é tão ou mais importante do que 
idade e a sobrecarga mecânica. 
 
Classificação e Diagnóstico diferencial 
 
A maior parte das lombalgias, aproximadamente 
85%, não tem uma causa específica e não há uma 
forma única de classificar essa condição; 
As classificações usam como critérios a duração, a 
etiologia e a semiologia 
 
 
Algumas referências usam 6 semanas como 
parâmetro para lombalgia aguda. 
 
 
 
 
Algumas classificações usam o conceito de 
recorrente, uma vez que até 87% das pessoas 
terão novo episódio em até 1 ano (sendo que só 
se deve considerar um novo episódio se iniciar 30 
dias após o anterior ter terminado); 
 
Associação entre a lombalgia e trabalho 
 
Há evidência da relação entre a lombalgia com o 
trabalho pesado, em especial tarefas que 
envolvem elevação e vibração do corpo todo; 
Menos evidências foram encontradas para tarefas 
que exigem postura desconfortável (como flexão 
e torção do corpo) e esforço físico pesado 
(inespecífico); 
Problema 2 – Abertura Módulo XIII - DOR 
Não há evidência suficiente para relacionar 
trabalhos estáticos, como longo tempo em pé ou 
sentado, e dor lombar; 
Algumas profissões são mais estudadas, e a 
relação com lombalgia é mais estabelecida com 
trabalhadores da construção civil e enfermagem; 
É importante ter em mente que o risco atribuível 
é um dado fundamental; 
Quando houver suspeita de relação com o 
trabalho, é importante orientar evitar a elevação 
de objetos pesados e, quando isso ocorrer, usar a 
musculatura dos membros inferiores; 
Quando ocorre um evento desencadeador (como 
um movimento brusco) da dor, é mais fácil 
estabelecer a relação; 
A principal orientação é o retorno imediato ao 
trabalho, evitando por alguns dias movimentos de 
elevação e esforços físicos extenuantes; 
 
Anamnese 
 
A história deve tentar eliminar a chance de alguma 
patologia específica, procurando classificar a 
lombalgia em um de três grupos; 
É importante, durante a história, tentar responder 
a três perguntas-chave: 
 
A anamnese deve ser feita por meio de uma 
conversa, e as perguntas, elaboradas de acordo 
com o valor preditivo da resposta anterior, e não 
na forma de questionário fechado; 
 
 
Um dos principais objetivos da história é 
identificar sinais de alerta que indiquem alguma 
conduta específica ou urgência; 
Nem sempre a presença de sinais de alerta indica 
a necessidade de referenciar para urgência, mas 
sim que se deve seguir um protocolo específico; 
 
 
 
 
Com o advento dos medicamentos 
imunobiológicos para doenças reumatológicas, há 
a possibilidade de sobrediagnóstico ou mesmo 
erros diagnósticos de algumas doenças como 
espondilite anquilosante e artrite reumatoide, isso 
acontece devido a indústria farmacêutica 
pressionar para o aumento do seu uso; 
É fundamental identificar sinais de alerta amarelo 
que predizem risco de recorrência ou cronicidade; 
 
 
 
Problema 2 – Abertura Módulo XIII - DOR 
Exame físico 
 
A primeira tarefa do exame físico é localizar com 
mais precisão a dor e sua possível irradiação; 
Não é incomum a dor ser na realidade na região 
glútea, como no caso da síndrome do piriforme, e 
a história é descrita como sendo na região lombar; 
Em geral, o exame físico de qualquer paciente com 
lombalgia envolve os seguintes exames: 
• Inspeção para observar se não há 
abaulamento ou sinais de trauma 
• Flexão do dorso para avaliar limitação e 
funcionalidade 
• Palpação das apófises e da região dolorida 
para avaliar extensão da dor e 
possibilidade de patologia localizada e 
específica. 
Fraqueza é um sintoma com melhor especificidade 
para compressão radicular; 
Caso haja descrição ou suspeita de radiculopatia, 
é mandatório realizar os seguintes testes: 
• Teste da elevação da perna reta (Lasègue): 
dor neste membro a 30 a 60 graus 
• Teste de elevação da perna oposta: dor no 
membro não elevado a 30 a 60 graus 
Pode-se sensibilizar mais o Lasègue ao fazer uma 
dorsiflexão do pé: 
 
Outros testes que podem dar informações 
adicionais são: 
Suspeita de espondilite anquilosante: 
• Teste de Patrick ou FABER: posiciona-se o 
maléolo lateral de um pé encostado na 
patela contralateral e pressiona-se para 
baixo o joelho da perna fletida 
estabilizando a pelve contralateral com a 
outra mão; dor pode indicar origem na 
articulação sacrilíaca 
• Teste de Schober: com a pessoa em pé, 
marca-se um ponto na linha da coluna na 
altura de L5-S1 e outro ponto 10 cm acima 
deste; quando a pessoa se agacha, a 
distância aumenta 5 cm, ficando 15 cm no 
mínimo entre os dois pontos. O teste 
positivo (aumento inferior a 5 cm) pode 
indicar limitação funcional com a ressalva 
que idosos e obesos a possuem 
naturalmente 
Discopatia: 
• Levantar da cadeira em uma perna ou 
subir em banqueta de 18 cm com uma 
perna: essa avaliação do quadríceps 
diferencia lesão de L3-L4 e L5-S1; teste 
positivo sugere lesão de L3-L4 
• Reflexo de Aquileu diminuído: é 
importante notar que apenas 60% das 
pessoas assintomáticas e hígidas com 
mais de 60 anos têm este reflexo bilateral; 
teste positivo sugere lesão em S1 
• Dermátomo: testar a sensibilidade 
demanda tempo, a melhor estratégia é 
focar na simetria da dor provocada por um 
objeto pontiagudo nos dermátomos L4 
(face medial da perna), L5 (dorso do pé) e 
S1 (maléolo lateral) 
 
• Avaliação motora e sensitiva: fraqueza na 
dorsiflexão do tornozelo no teste contra a 
resistência do examinador e do hálux 
sugere lesão de L5 
 
Problema 2 – Abertura Módulo XIII - DOR 
Exames complementares 
 
EXAMES DE IMAGEM 
Não é necessário na avaliação inicial da pessoa 
com suspeita de lombalgia não específica; 
Radiografias normais não descartam causa 
específica, ao passo que muitas alterações não 
têm relação com a dor e constituem apenas 
achados casuais; 
Até 81% das pessoas assintomáticas possuem 
abaulamento, e até 56% possuem estreitamento 
discal; 
Nem sempre o achado radiográfico explica a dor 
se não houver correlação com a história e o exame 
físico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento

Outros materiais