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Atividade Objetiva 3 - Antropologia

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Atividade Objetiva 3
· Entrega 18 fev em 23:59
 
· Pontos 1
 
· Perguntas 5
 
· Disponível 3 fev em 0:00 - 18 fev em 23:59 16 dias
 
· Limite de tempo Nenhum
 
· Tentativas permitidas 2
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	Tentativa 1
	5 minutos
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Pontuação desta tentativa: 1 de 1
Enviado 13 fev em 14:25
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Pergunta 1
0,2 / 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
 
O racismo distingue-se do etnocentrismo por não se referir de forma abstrata a bairros ou comunidades distantes desprezadas ou temidas; em geral, aplica-se a grupos com quem a comunidade de referência convive – grupos esses associados a regras de sangue ou de descendência. O etnocentrismo pode expressar desprezo por outra comunidade, mas aceita a inclusão de indivíduos dessa comunidade, ao passo que o racismo considera que o sangue afeta todos os elementos da comunidade em questão.
 
Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.14
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre etnocentrismo e racismo, analise as afirmativas a seguir:
 
I. Racismo e etnocentrismo não são sinônimos, embora ambos definam grupos e indivíduos como inferiores em relação a outro grupo específico.
 
II. O autor afirma que racismo e etnocentrismo são posicionamentos que geram julgamentos apenas a determinados indivíduos, sendo que tais julgamentos não são passíveis de prévia generalização para grupos.
 
III. O racismo é uma posição cientificamente válida, uma vez que é comprovada a diferença entre raças no interior da espécie humana.
 
IV. Racismo e etnocentrismo são noções que designam posições legítimas em sociedades democráticas, uma vez que são meras opiniões individuais, sem qualquer relação com violências estruturais praticadas sobre determinados grupos humanos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
Correto!
  
I
 
Esta alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é verdadeira.  Tanto o termo racismo quanto etnocentrismo evocam posicionamentos de antagonismo em relação a grupos e indivíduos específicos. Entretanto, como o autor apresenta no texto, não são sinônimos, uma vez que obedecem a processos específicos de marginalização e da aceitação da diferença. A afirmação II é falsa, pois racismo e etnocentrismo são formas de segregação de identidades alheias, tanto em relação a indivíduos, quanto a grupos. A afirmação III é falsa, pois não é possível comprovar a existência de raças distintas entre os seres humanos. A diversidade dos grupos é, antes de tudo, de ordem cultural e social. A afirmação IV é falsa, pois o racismo estrutural necessita de legitimação e naturalização dos posicionamentos racistas. Dessa forma, julgamentos racistas particulares acabam contribuindo indiretamente com a ampliação da marginalização de grupos considerados inferiores.
  
II, III e IV.
 
  
III e IV.
 
  
I, II, III e IV.
 
  
I e II
 
 
Pergunta 2
0,2 / 0,2 pts
Veja as imagens e leia o texto a seguir:
 
Figura 1:
Lasar Segall, Emigrante debruçado na amurada (1929), xilogravura, 18x24,5cm.
 
Fonte: https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr (Links para um site externo.). Acesso em 05 jul. 2019.
 
Figura 2:
Johann Moritz Rugendas. Navio Negreiro (Negres a fond de calle) (1830), gravura, 35.50 x 51.30 cm.
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg (Links para um site externo.). Acesso em 05 jul. 2019.
 
Texto:
 
Enquanto o estrangeiro via no trabalho assalariado um simples meio para iniciar “vida nova na pátria nova”, calculando libertar-se dessa condição o mais depressa possível, o negro e o mulato convertiam-se em um fim em si e para si mesmo, como se nele e por ele provassem a dignidade e a liberdade da pessoa humana. Introduziam, portanto, elementos morais no contrato de trabalho, altamente desfavoráveis em uma ordem social que timbrava por despojar a relação patrão-assalariado de obrigações e de direitos extra econômicos.
 
FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. v. I. São Paulo: Ática, 1978. p. 29.
 
A primeira imagem retrata a chegada de um emigrante europeu que possivelmente foi integrado às lavouras de café ou ao comércio urbano no Brasil durante o final do século 19 e início do 20. A segunda imagem apresenta as condições em que os negros sequestrados vieram para o Brasil entre os séculos 16 e 17 para serem integrados ao trabalho escravo nas lavouras de cana de açúcar. O texto de Florestan Fernandes, por sua vez, procura diferenciar o sentido que o trabalho livre passou a ter para os descendentes de escravos no Brasil. A propósito da situação do negro no Brasil, assinale as afirmativas corretas. A respeito das imagens e do texto, analise as afirmações a seguir:
 
I. As duas imagens retratam de maneira semelhante as dificuldades presentes na emigração europeia e na emigração africana para o Brasil.
II. A partir da leitura do texto de Florestan Fernandes e da obra de Rugendas é possível afirmar que os negros escravizados e seus descendentes foram incorporados de maneira desigual no mercado de trabalho em relação aos emigrantes europeus que vieram para o território brasileiro.
III. Após a abolição, ocorrida em 1888, descendentes de negros escravizados e europeus passaram a disputar posições em pé de igualdade no mercado de trabalho então emergente.
IV. O peso do passado colonial do negro escravizado em território brasileiro permaneceu presente quando da abolição, resultando em precarização e desigualdades que se estenderam mesmo quando do advento do trabalho assalariado no país.
 
É correto apenas o que se afirma em:
Correto!
  
II e IV.
 
Esta alternativa está correta, pois somente as afirmações II e IV são verdadeiras. A afirmação I está incorreta, pois na primeira imagem vemos um emigrante solitário no convés, enquanto a segunda apresenta a imagem de negros escravizados, seminus e açoitados no porão do navio. A afirmação II é verdadeira, pois o passado de escravidão vivido pelos negros africanos em território brasileiro teve efeitos sociais sobre seus descendentes, uma vez que estes foram incorporados em posições subalternas e precárias após a abolição. A afirmação III é falsa, pois, de acordo com o texto de Florestan Fernandes, os europeus tinham projetos particulares de ascensão na nova pátria, enquanto negros e mulatos tinham poucas perspectivas de prosperidade diante do racismo institucional que permaneceu fazendo parte da sociedade brasileira após a abolição. A afirmação IV é verdadeira, pois, conforme o texto de Florestan Fernandes, o horizonte de possibilidades de trabalho livre para os negros e mulatos após a abolição foi marcado por precarização das relações de trabalho e inseguridade social, marcas do passado escravista.
  
I, II e IV
 
  
I, II e III.
 
  
III e IV
 
  
I e III.
 
 
Pergunta 3
0,2 / 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
 
A diversidade genética é absolutamente indispensável à sobrevivência da espécie humana. Cada indivíduo humano é o único e se distingue de todos os indivíduos passados, presentes e futuros, não apenas no plano morfológico, imunológico e fisiológico, mas também no plano dos comportamentos. É absurdo pensar que os caracteres adaptativos sejam no absoluto “melhores” ou “menos bons”, “superiores” ou “inferiores” que outros. Uma sociedade que deseja maximizar as vantagens da diversidade genética de seus membros deve ser igualitária, isto é, oferecer aos diferentes indivíduos a possibilidade de escolher entre caminhos, meios e modos de vida diversos, de acordo com as disposições naturais de cada um. A igualdade supõe também o respeito do indivíduo naquilo que tem de único, como a diversidade étnica e cultural e o reconhecimento do direito que tem toda pessoa e toda cultura de cultivar sua especificidade,
pois fazendo isso elas contribuem a enriquecer a diversidade cultural geral da humanidade.
 
Fonte: MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. 05 nov. 2003. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf (Links para um site externo.). Acesso em: 05 jul. 2019).
A partir do texto, avalie a alternativa que está de acordo com os argumentos apresentados pelo autor:
Correto!
  
Quando se trata de diferenças entre seres humanos, a noção de raça não possui viabilidade científica, uma vez que o avanço da genética comprovou a irredutibilidade de características individuais e sociais a grupos geneticamente específicos.
 
	Alternativa A:
Esta alternativa está correta. Segundo o professor Kabengele Munanga, a diversidade genética é tão ampla que se torna impossível constatar a existência de grupos com padrões genéticos específicos que os caracterizam de maneira inquestionável. Desse modo, se compararmos dois indivíduos de uma mesma população, nascidos em um mesmo território, verificaremos uma enorme diversidade genética entre os dois, de maneira tal que se torna impossível afirmar que existem padrões genéticos que rigorosamente separam grupos humanos. Em outras palavras, as manifestações fenotípicas – por exemplo, a cor da pele, dos olhos etc. – não são adequadas para expressar a diversidade genética existente entre grupos humanos variados.
  
Existe uma diversidade genética demasiadamente ampla para que se definam poucos grupos como detentores de padrões biológicos específicos – as “raças”. Entretanto, é possível afirmar que as culturas humanas derivam de uma unidade cultural primária e empiricamente constatada.
 
  
A diversidade humana é uma ilusão, pois do ponto de vista cultural há apenas uma única cultura.
 
  
De acordo com o autor, os caracteres adaptativos de cada indivíduo podem ser considerados de acordo com padrões únicos que enquadram a diversidade genética em gradações inferiores e superiores.
 
  
A raça humana é única, portanto, a diversidade cultural deve ser combatida.
 
 
Pergunta 4
0,2 / 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
 
Parece simples definir quem é negro no Brasil. Mas, num país que desenvolveu o desejo de branqueamento, não é fácil apresentar uma definição de quem é negro ou não. Há pessoas negras que introjetaram o ideal de branqueamento e não se consideram como negras. Assim, a questão da identidade do negro é um processo doloroso. Os conceitos de negro e de branco têm um fundamento etno-semântico, político e ideológico, mas não um conteúdo biológico. Politicamente, os que atuam nos movimentos negros organizados qualificam como negra qualquer pessoa que tenha essa aparência. É uma qualificação política que se aproxima da definição norte-americana. Nos EUA não existe pardo, mulato ou mestiço e qualquer descendente de negro pode simplesmente se apresentar como negro. Portanto, por mais que tenha uma aparência de branco, a pessoa pode se declarar como negro.
 
MUNANGA, K. Entrevista. Revista Estudos Avançados, v. 18, n. 50, 2004.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
 
1. A população negra brasileira majoritariamente sempre assumiu sua identidade étnica ao longo da história, a despeito da ideologia do branqueamento que prevalece no país.
 
PORQUE
 
2. A definição da identidade negra possui, sobretudo, fundamento étnico-semântico, político e ideológico, de modo que, nos Estados Unidos, a cor da pele não é o principal elemento que demarca quem é e quem não é considerado negro.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
Correto!
  
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
 
Esta alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Embora a atuação do movimento negro brasileiro seja bastante forte e presente, a ideologia do branqueamento da qual trata Kabengele Munanga está inculcada inclusive entre as populações negras. Como afirma Kabengele Munanga, a construção da identidade negra está relacionada com questões sociais e culturais mais do que com efetivos componentes biológicos. Assim, a separação entre quem é considerado negro, e quem não é, varia conforme diferentes contextos históricos e espaços geográficos.
  
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
 
  
As asserções I e II são proposições falsas.
 
  
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
 
  
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
 
 
Pergunta 5
0,2 / 0,2 pts
Leia o texto a seguir:
 
Os preconceitos quanto à ascendência étnica combinados com ações discriminatórias aumentaram significativamente nos séculos 19 e 20 com a expansão do nacionalismo. Esse novo ambiente ideológico começou afetando a Europa e o Oriente Médio, embora rapidamente tenha se espalhado para outras regiões do mundo. O nacionalismo estimulou novos projetos políticos que levariam à reinvenção ou à afirmação de identidades, além da divisão ou fusão de Estados organizados de acordo com a lógica imperial ou com a tradição local. A enorme reorganização política e social do período teve o seu impacto sobre preconceitos étnicos. A definição de inimigo ou inimigos se assentava nas discordâncias nacionais, que incluíam pressupostos acerca da religião e da raça.
 
Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 291.
A propósito da relação entre nacionalismos e preconceitos, é possível afirmar que:
  
O autor exagera ao associar o surgimento das ideologias nacionalistas com a intensificação de preconceitos étnicos, uma vez que na história contemporânea não ocorreram violências étnicas respaldadas por discursos nacionalistas.
 
  
Nacionalismo é um sentimento natural dos povos, uma vez que todos os indivíduos necessariamente devem se orgulhar das conquistas de suas ações, de modo que não se trata de uma ideologia, mas sim de um fato presente na composição psíquica de todos os seres humanos.
 
  
“Religião” e “raça” não são componentes presentes nos discursos nacionalistas modernos.
 
Correto!
  
O nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das identidades modernas que, entretanto, podem apresentar efeitos negativos no que diz respeito à identificação de grupos étnicos diferentes, compreendidos por certos grupos nacionalistas como inferiores.
 
De fato, como aponta Bethencourt, grupos nacionalistas ao longo dos séculos 19 e 20 se valeram de suas identidades para subjugar outros povos de origens étnicas distintas. O nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das identidades modernas que, entretanto, podem apresentar efeitos negativos no que diz respeito à identificação de grupos étnicos diferentes, compreendidos por certos grupos nacionalistas como inferiores.
  
Durante os séculos 19 e 20, a religião e a identidade étnica foram pouco mobilizadas para demarcar sentimentos nacionalistas.

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