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Conhecimentos básicos sobre o tabagismo e suas modalidades
Thaynara Oliveira da Silva
O que é tabagismo?
 refere-se ao abuso do tabaco e ao conjunto das perturbações fisiológicas e psíquicas devido a esse abuso
Tabaco: Nicotiana tabacum
Nicotina (princípio ativo)
Terebentina
Formol
Amônia
Naftalina
Etc..
Outros nomes populares:  erva-santa, fumo.
Também usada em homeopáticos. Vendidos para ajudar a parar de fumar, angina peitoral, diarreia. 
Fica aí o questionamento!
Não há evidências científicas que comprovem a superioridade de homeopáticos ao feito placebo.
Consumo dos derivados do tabaco
Tabaco fumado: consumido a partir da sua queima (gerando “fumaça”). O principal representante deste grupo é o cigarro industrializado, que conta ainda com os cachimbos, charutos, cigarros de palha e narguilé. 
Fumo desfiado
Fumo de corda
Bidi (cigarro indiano)
 kretek (mistura de folhas de tabaco)
Charuto
Cigarros de sabores: levam apelo de serem naturais, conterem um menor teor de substâncias tóxicas e serem menos danosos à saúde. 
ANVISA proibiu, por meio da RDC 14/2012, o uso de aditivos que conferem aroma e sabor aos produtos derivados do tabaco. Tornam mais atraentes e palatáveis.
Tabaco não fumado:
É toda forma de tabaco consumido sem a sua queima (portanto, sem gerar “fumaça”). O tabaco pode ser deixado no vestíbulo labial (superior ou inferior), mascado, inalado ou aplicado sobre a pele (FIORE et al., 2008).
 Ao contrário do que se possa pensar, o uso de tabaco não fumado também se relaciona a diversos problemas de saúde, incluindo câncer (especialmente em cavidade oral) e dependência à nicotina (CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2009). 
Tabagismo é doença!
O tabagismo é uma doença crônica que surge devido à dependência da nicotina, uma droga psicoativa que constitui o princípio ativo do tabaco. Logo, o tabagismo está inserido, desde 1997, na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificado no grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas.
Mais de 4.700 substâncias já foram identificadas na fumaça do cigarro, sendo que mais de 60 delas são cancerígenas. Os efeitos gerados estão diretamente relacionados à duração e ao grau de exposição à fumaça do cigarro, apesar de pequenas quantidades ainda se relacionarem a diversas doenças, não existindo níveis seguros estabelecidos de consumo (ACHUTTI; ROSITO; ACHUTTI,2004, WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
ALIANÇA DE CONTROLE DE TABAGISMO 2011
A fumaça do cigarro
Fase gasosa: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína entre outros
Fase particulada: nicotina e alcatrão. 
O impacto do tabagismo no Brasil
Apesar da queda progressiva do seu uso, o tabaco ainda gera um alto custo social e econômico para o País, somando custos diretos de assistência e indiretos por redução da produtividade com absenteísmo, aposentadoria por invalidez e morte prematura. A partir de dados de prevalência de 2008, o gasto calculado em saúde atribuído ao tabagismo foi R$ 20,68 bilhões (destes, R$ 15,71 bilhões para o sexo masculino). O tabaco foi responsável por 13% do total de mortes no Brasil, reduzindo a expectativa de vida do brasileiro fumante em cinco anos em relação ao não fumante (ALIANÇA DE CONTROLE DO TABAGISMO, 2012)
Usuário? dependente químico de tabaco?
 Tabagista? Regular? Fumante? 
ex-fumante? fumante leve? Fumantes não dependentes?
 Moderado? Fumantes com alto grau de dependência? Ocasional?
 Social? Situacional? Fantasma?
 dentre outras dimensões e definições relacionadas.
Alguns conceitos
(apesar de não serem consenso na literatura)
Nunca fumantes: aqueles que não fumaram ou fumaram menos de 100 cigarros durante toda a vida.
Fumante regular: o tabagista com consumo superior a 100 cigarros na vida e que continua fumando. 
Fase de experimentação: Consumo inferior a 100 cigarros na vida.
Ex-fumante: A pessoa com consumo superior a 100 cigarros na vida e que interrompeu o uso. 
A cessação definitiva é a interrupção permanente do tabagismo (ou até que ocorra a recaída), sem que exista, porém, consenso do período de tempo necessário para se caracterizá-la.
O grupo de revisão sobre tabagismo da Cochrane considera a cessação para aqueles que permaneceram sem fumar seis meses após início da intervenção proposta
O consumo de tabaco é um hábito fortemente arraigado à vida cotidiana de cerca de um terço da população mundial adulta de acordo com a OMS. Dado esse preocupante uma vez que, segundo essa mesma fonte, mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano e mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
O tabagismo é, hoje, a principal causa global de morbimortalidade prevenível. O tratamento para cessação do tabagismo está entre as intervenções médicas que apresentam a melhor relação custo-benefício, superior inclusive aos tratamentos direcionados para hipertensão arterial leve a moderada, dislipidemia e infarto do miocárdio (BRASIL, 2001).
 A resolução da diretoria colegiada – RDC 46/2009, da ANVISA prevê a proibição da comercialização, importação e propaganda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar.
A justificativa é “a inexistência de dados científicos que comprovem a eficiência, a eficácia e a segurança no uso e manuseio de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico, em face da incidência do Princípio da Precaução”, conforme previsto na própria norma, que dispõe:
Art. 1º Fica proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, e-cigaretes, e-ciggy, ecigar, entre outros, especialmente os que aleguem substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou objetivem alternativa no tratamento do tabagismo.
Parágrafo único. Estão incluídos na proibição que trata o caput deste artigo quaisquer acessórios e refis destinados ao uso em qualquer dispositivo eletrônico para fumar.
A legislação brasileira atual proíbe a propaganda de produtos de tabaco em veículos de comunicação (televisão, internet, jornais, revistas, outdoors, rádios etc.)
Advertências sanitárias.
Embalagens padronizadas (genéricas ou simples)- No Brasil ainda em trâmite no congresso nacional.
Lei Antifumo nº 12.546/2011.
Além da proibição de fumar nos locais totalmente fechados, em todo o país, também impede o fumo nos locais parcialmente fechados em qualquer um de seus lados por uma parede, divisória, teto ou toldo. E nada de fumódromos. A lei vale também para áreas comuns de condomínios e clubes.
O que levam as pessoas a fumarem?
Há evidências de que a motivação para fumar seja multidimensional. Abrange várias facetas psicossociais.
Identificar os diversos fatores que levam as pessoas a fumar pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e controle do fumo, bem como para o desenvolvimento de estratégias personalizadas para a cessação do tabagismo.
Quando dizemos que o tabagismo é uma doença pediátrica:  maioria dos fumantes inicia o consumo de forma recreativa ou por influência de amigos, em uma idade imatura, na adolescência.
Infelizmente ainda ocorre a venda ilegal de cigarros e outros produtos derivados do tabaco a menores de 18 anos. 
Curiosidade, diversão e prazer – desperta interesse, facilita as interações sociais, está associado a bem-estar
Irreverência – necessidade de chamar a atenção e de se comportar como um “adulto”
Influência familiar – imitação de familiares fumadores e/ou presença de familiares com uma atitude reforçadora
Pressão dos pares – medo de rejeição e/ouimitação para se sentir incluído num grupo
Influência dos ídolos e mídia – passam uma imagem de poder e liberdade através do tabaco
Crenças distorcidas – associação do tabaco a “benefícios”: relaxa, emagrece, melhora a concentração…
Desvalorização dos riscos – apesar dos malefícios publicitados ainda há quem acredite que não será afetado
Comportamento socialmente aceito – é uma droga lícita
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, A; MUSSI, F. Tabagismo: conhecimentos, atitudes, hábitos e grau de dependência de jovens
BARBOSA, Arianne de Sá et al. Múltiplas definições de ser fumante e diagnóstico de tabagismo: uma revisão sistemática. Aletheia. 2014, fumantes em Salvador. Rev Esc Enferm USP, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : o cuidado da pessoa tabagista. Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
CEBRID- Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópricas - departamento de psicobiologia UNIFESP/EPM disponível em: https://www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/tabaco.htm

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