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1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS EDUCAÇÃO AMBIENTAL - MEIO AMBIENTE JOYCE DE SOUZA MARROCOS JULIANA GOMES DE OLIVEIRA THAÍS DE SOUZA COSTA CLIMA E SAÚDE - EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA SAÚDE (APLICAÇÃO NO AGLOMERADO DA SERRA, BELO HORIZONTE) BELO HORIZONTE 2019 2 JOYCE DE SOUZA MARROCOS JULIANA GOMES DE OLIVEIRA THAÍS DE SOUZA COSTA CLIMA E SAÚDE - EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA SAÚDE (APLICAÇÃO NO AGLOMERADO DA SERRA, BELO HORIZONTE) Projeto de Educação Ambiental apresentado ao Curso Técnico de Meio Ambiente (subsequente) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG, como parte da disciplina Educação Ambiental, no terceiro bimestre de 2019. Professora: Raisa Sant’Ana BELO HORIZONTE 2019 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................... ....05 2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................05 3. PÚBLICO ALVO................................................................................................ .....06 4. OBJETIVOS....................................................................................................... ....07 4.1. OBJETIVO GERAL....................................................................................... .......07 4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................07 5. METODOLOGIA.....................................................................................................07 5.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO......................................................07 5.1.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL............................................08 5.2. ORGANIZAÇÃO GERAL DO EVENTO................................................................09 5.3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................09 5.3.1. ATIVIDADE FÍSICA RELACIONADA.....................................................09 5.3.2. PALESTRA............................................................................................09 5.3.2.1. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................09 5.3.4. DINÂMICA E MESA REDONDA.............................................................13 6. COMUNICAÇÃO DO PROJETO............................................................................15 6.1. CONTATO EXTERNO.........................................................................................15 6.2. DIVULGAÇÃO.....................................................................................................16 7. CRONOGRAMA.....................................................................................................17 7.2. DIA ESCOLHIDO.................................................................................................17 8. EQUIPE E PARCERIA...........................................................................................17 8.1. MATRIZ DE RESPONSABILIDADES.................................................................17 9. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS..........................................................................18 4 10. FONTES DE FINANCIAMENTO..........................................................................19 11. INDICADORES.....................................................................................................19 11.1. MODELO DE QUESTIONÁRIO.........................................................................19 11.2. RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO.............................20 12. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO....................................................................21 12.1. PERFIL E PERSPECTIVA AMBIENTAL DOS PARTICIPANTES......................21 12.2. DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES...........................................................22 13. CONCLUSÃO.......................................................................................................24 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................25 5 1. INTRODUÇÃO As mudanças climáticas, no contexto da atual globalização, deixam efeitos preocupantes para toda a humanidade presente e para as futuras gerações. Essa problemática começou a ser debatida com mais fervor a partir dos encontros marcantes acerca do desenvolvimento sustentável com a criação da UNFCCC (Convenção das Nações Unidas sobre mudança climática), e as Conferências das Partes (COP). Segundo o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, entre 1900 e 2100 a temperatura do planeta pode aumentar entre 1,4 e 5,8ºC, o que pode apresentar um sério risco para toda a biota. Epidemias de doenças vetoriais, crescentes casos de doenças respiratórias etc, são exemplos de como as mudanças climáticas tem interferido cada vez mais na qualidade de vida da sociedade. Sendo essa relação intrínseca entre o meio ambiente, as mudanças climáticas e a saúde de toda a população mundial, é de interesse dos alunos do curso técnico em meio ambiente subsequente desenvolver um projeto de educação ambiental no município de Belo Horizonte acerca do assunto. O projeto proposto contou com a presença de pessoas que já participam de exercícios físicos no local escolhido – CRAS – Vila Fátima, com o intuito de inspirar maiores preocupações com a saúde e também de modo a alcançar maior público por já ser uma atividade frequente do local. Além da atividade física, que foi anterior ao desenvolvimento do projeto, houve a palestra sobre as relações entre mudanças climáticas e saúde e, uma roda de discursão de possíveis ações, individuais e coletivas, que ajude o meio ambiente evitando maiores complicações à saúde humana. 2. JUSTIFICATIVA O descaso com as problemáticas ambientais é grave e persistente em diversos locais do mundo, pois, todas as atividades humanas causam impactos ao meio ambiente, mas, muitas das vezes, grande parte dos cidadãos não tem consciência dos efeitos que essas atividades podem causar à própria população. Dessa forma, inúmeras atividades como: desmatamento, alta industrialização e urbanização, utilização de combustíveis fósseis, má administração de resíduos, ou até mesmo 6 hábitos de consumo ou estilo de vida são atividades totalmente conectadas à saúde humana, gerando principalmente complicações respiratórias e aumento de doenças vetoriais, dentre outros problemas à saúde. Isso ocorre porque esses usos intensivos dos recursos naturais ou descuido com eles geram principalmente poluentes atmosféricos e alterações no clima, que não se tratam apenas de problemas locais, pois mesmo quando são gerados em um determinado local, podem afetar áreas a grandes distâncias. Dessa forma, evento Clima e Saúde se baseou em um conjunto de atividades com a visão de estimular os participantes a pensar sobre o tema “EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA SAÚDE - APLICAÇÃO NO AGLOMERADO DA SERRA, BELO HORIZONTE” de modo inicialmente individual para então alcançar o pensamento coletivo (sobre a sociedade e também sobre os problemas mais complexos como o desmatamento, industrialização etc.). O foco no tema saúde relacionada à qualidade do ar, se dá devido ao fato de ser mais facilitada a compreensão de um problema quando o mesmo atinge diretamente as órbitas privadas das realidades em que cada pessoa vive. Sendo assim, tocar no ponto saúde, que é essencial para a qualidade de vida de todos, traz o problema qualidade do ar para o âmbito particular. Desse modo, torna- se mais fácil sensibilizar as pessoaslevando-as, portanto, a reflexões profundas e então motivar mudanças de atitudes diárias, com o foco em diminuir os agravantes das atividades humanas ao meio ambiente e, consequentemente, melhorando a qualidade do ar. 3. PÚBLICO ALVO As atividades propostas pelo projeto Clima e Saúde foram abertas ao público, ou seja, qualquer pessoa que quisesse poderia participar. No entanto, teve um enfoque maior nos moradores do Aglomerado da Serra, que já participam de alguma atividade no CRAS Vila Fátima, pois foi complementar a outra atividade de saúde que já ocorre no local. 7 4. OBJETIVOS Os objetivos do projeto visaram a ampliação da consciência ambiental dos participantes, acompanhada da tentativa de motivar as pessoas a preocuparem-se com a saúde ambiental do meio em que elas se inserem a partir do enfoque inicial no tema saúde. 4.1. Objetivo Geral Promover a conscientização da comunidade quanto a relação entre meio ambiente (mudanças climáticas) e a saúde. 4.2. Objetivos Específicos Realizar atividades físicas que promovam a melhora da saúde (parceria); Realizar uma palestra interativa sobre a relação das mudanças climáticas com alterações na saúde; Fazer uma roda de debate (mesa redonda) com foco na saúde ambiental e suas relações em todas as práticas que constituem evento; 5. METODOLOGIA 5.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O Local escolhido para a aplicação do projeto CLIMA E SAÚDE foi o CRAS VILA FÁTIMA, no bairro Serra, que é próximo à residência de uma das integrantes do grupo. Endereço: Rua Dona Benta, 145 - Vila Fátima Contato: (31) 3277-5351 3277-9913 3277-5106 E-mail: cras.vilafatima@pbh.gov.br Segundo a descrição do site da Prefeitura de Belo Horizonte, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) se trata de uma unidade pública da política de assistência social, de base local, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). As unidades de CRAS estão localizados em áreas com altos índices de vulnerabilidades e risco social, sendo que Belo Horizonte conta com 34 unidades e cada uma delas é referente a cinco mil famílias e atende no mínimo mil famílias por mailto:cras.vilafatima@pbh.gov.br 8 ano. Na capital mineira são mais de 150 mil pessoas atendidas nas nove regionais de Belo Horizonte. Se trata de um local que oferece o “Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) com a finalidade de fortalecer a função protetiva da família, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida” PBH (2019). Dessa forma, há o desenvolvimento de projetos e práticas culturais voltadas e de portas abertas para a comunidade. Dentre as atividades já desenvolvidas no local, encontram-se diversas “atividades coletivas como palestras, oficinas, campanhas, reuniões e grupos de reflexão, além de atendimento individual, visitas domiciliares e institucionais. Além do PAIF, os CRAS promovem também o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que atende a toda a família, desde a criança até o idoso” PBH (2019). Primordialmente, foi de fundamental importância a liberação do espaço sugerido ao projeto, o CRAS Vila Fátima, que é um ambiente de participação popular. O horário e a data foram decididos de acordo com a melhor disponibilidade da parceria. 5.1.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL Imagens 1: CRAS Vila Fátima 9 5.2. ORGANIZAÇÃO GERAL DO EVENTO A organização estrutural do evento contou com as seguintes atividades: uma palestra interativa com introdução ao tema do projeto (saúde relacionada a qualidade do ar) e um debate em formato de mesa redonda que possibilitasse refletir sobre mudanças de atitude. 5.3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 5.3.1. ATIVIDADE FÍSICA RELACIONADA A atividade física é essencial para o equilíbrio na saúde de qualquer cidadão, sendo que traz benefícios a curto e a longo prazo. A princípio, com o objetivo de dinamizar o projeto, uma das sugestões seria a integração com alguma atividade física, sendo essa aeróbica. 5.3.2. PALESTRA - Apresentação interativa (slide) Foram feitos questionamentos com exposição/demonstração de fotos e de notícias + dinâmica que levem à reflexão sobre o tema e que possibilitem a interação dos participantes. 5.3.2.1. REFERENCIAL TEÓRICO Roteiro de apresentação: Meio ambiente; Relação saúde e meio ambiente; Clima; Atividades humanas e suas consequências; Impactos de mudanças climáticas e seus efeitos (com demonstração de fotos/notícias); 10 MEIO AMBIENTE O Dicionário Online de Português traz o significado do termo Meio Ambiente como “reunião do que compõe a natureza, o ambiente em que os seres estão inseridos, bem como suas condições ambientais, biológicas, físicas e químicas, tendo em conta a sua relação com os seres, especialmente com o ser humano”. Ou seja, o termo se refere ao conjunto de interações e modificações nos ambientes em que os seres vivos se inserem. Dessa forma, meio ambiente se trata de um ambiente natural/ sem modificações, mas também de ambientes alterados devido aos resultados das interações no mesmo. Os seres humanos são os que mais causam modificações no meio ambiente devido à grande necessidade de utilização dos recursos naturais. Dessas utilizações destacam-se: Necessidade básica para a sobrevivência como alimentação (produção e distribuição de alimentos); moradia em que há a necessidade de adaptações para construção (desmatamento); para recebimento de água potável e de energia elétrica (produção; manutenção e distribuição de energia, sendo com a utilização de hidrelétricas, energia solar, energia eólica; ou nuclear); saneamento básico - redes e captação de esgoto (tratamento do mesmo e manutenção e distribuição das redes); além de descarte final de resíduos (se o ambiente estará preparado para o recebimento dos resíduos ou não); transporte (construção, manutenção de vias e utilização de combustíveis). Além dessas atividades citadas ainda existem outras como extrações de recursos minerais, de petróleo, de areia de rios para fazer vidro; queimadas, poluição, assoreamento de rios, descuidados e perdas de solo, e dentre outras. Todas trazem diversas consequências negativas ao meio ambiente, interferindo na biodiversidade e, consequentemente, geram complicações aos seres humanos. RELAÇÃO MEIO AMBIENTE E SAÚDE Como já foi visto, os seres humanos, como os demais seres vivos, constituem uma parte importante do meio ambiente e isso significa, mais especificamente, que além de fazerem modificações no meio devem se preocupar com as consequências causadas ao mesmo, pois essas os atingem também. Por haver a necessidade de 11 utilização dos recursos naturais, se os mesmos estiverem em falta, há complicações diretamente nas necessidades básicas humanas. Além dos diversos problemas causados pelas atividades antrópicas no meio, existem também os problemas que atingem diretamente a saúde humana. Dentre esses problemas é apontado na Revista Série Saúde Ambiental 1 - Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na saúde: cenários e incertezas para o Brasil- (2008), a propagação de doenças infecciosas, em especial aquelas de transmissão vetorial, aquelas com reservatórios animais em sua cadeia de transmissão e as de transmissão hídrica ou alimentar; os danos à saúde decorrente dos desastres de origem natural ou antropogênicos; doenças crônicas não infecciosas relacionadas às modificações ambientais e deficiências nutricionais. Estes efeitos são pouco perceptíveis em análises de curto prazo, exceto em situações de exposição aguda, como no caso de desastres, mas apresentam um grande potencial de intensificação, o que pode ser analisado por meio de séries históricas e com a utilização das ferramentas adequadas.CLIMA Clima refere-se às características da atmosfera, inferidas de observações contínuas durante um longo período de tempo (AYOADE, J.O, 1996). Cada local possui características climáticas diferentes de acordo com a vegetação, observações temporais e outros fatores típicos do local. Apenas no Brasil encontramos seis tipos de clima que são: Equatorial úmido, Tropical semiárido, Subtropical, Tropical, Tropical Atlântico e Tropical de altitude. Cada um desses climas, possuem características típicas, que, nos últimos tempos, devido a modificações drásticas em seus ambientes, tem sofrido alterações climáticas fortes. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS As mudanças climáticas podem afetar a saúde humana de diferentes maneiras. Podendo ser de forma direta, como no caso das ondas de calor, ou mortes causadas por outros eventos extremos como furacões e inundações. No entanto também ocorre 12 muitas vezes, desse impacto ser indireto, sendo mediado por alterações no ambiente como a alteração de ecossistemas e de ciclos biogeoquímicos, que podem aumentar a incidência de doenças infecciosas, mas também doenças não-transmissíveis, que incluem a desnutrição e doenças mentais (Série Saúde Ambiental. 1ª edição). Conforme é citado na 1ª edição da Série Saúde Ambiental, a partir também de estudos de outros autores, a variação de respostas humanas relacionadas às mudanças climáticas aparenta estar diretamente associada às questões de vulnerabilidade individual e coletiva como a idade, perfil de saúde, resiliência fisiológica e condições sociais. É dito também, segundo MORENO (2006) que as condições atmosféricas podem influenciar o transporte de microrganismos, assim como de poluentes oriundos de fontes fixas e móveis e a produção de pólen. Entre os efeitos das mudanças climáticas, há a problemática causada pela potencialização dos mesmos, que depende diretamente das características físicas e químicas dos poluentes e das características climáticas como temperatura, umidade e precipitação. De acordo com a OMS, 50% das doenças respiratórias crônicas e 60% das doenças respiratórias agudas estão associadas à exposição a poluentes atmosféricos. É possível observar essa relação com asma, alergias, infecções bronco- pulmonares e infecções das vias aéreas superiores (sinusite). Ou seja, a poluição é um dos maiores agravantes dos riscos associados às doenças respiratórias e cardiovasculares, assim como da mortalidade geral e específica associadas à exposição a poluentes presentes na atmosfera. Na seguinte figura são apontados os possíveis caminhos dos efeitos das mudanças climáticas sobre as condições de saúde: 13 Figura 1 – Possíveis caminhos dos efeitos das mudanças climáticas sobre as condições de saúde Fonte: Série Saúde Ambiental. 1ª edição (Brasil, 2016) 5.3.4. DINÂMICA E MESA REDONDA (roteiro) I) Divisão de grupos: de forma que o número de participantes fosse proporcional ao número de pessoas envolvidas na dinâmica; II) Sorteio do impacto/ notícia (à saúde e ao meio ambiente) que seria abordado por grupo; - 3 temas/ notícias (ver tabela); http://adaptaclima.mma.gov.br/saude-no-contexto-da-mudanca-do-clima#b 14 III) Ler a notícia e pensar na primeira palavra que viesse a cabeça, para que houvesse uma breve explicação da notícia, através das palavras do grupo por meio de cada uma das ajudantes do grupo. (Joyce, Juliana e Tháis - cada uma ajudaria um grupo. IV) Debate entre os integrantes do grupo: cada grupo deveria pensar em alguma situação do cotidiano (que já foi vista no Aglomerado da Serra ou em algum lugar que os participantes conhecessem) que tivesse relação com o problema abordado. V) Propor alguma solução para essa questão e apresentar as ideias no círculo (mesa redonda) para os outros grupos. Para a dinâmica foram levantados alguns dos problemas ambientais que causam complicações diretas à saúde humana. A partir de então, houve a busca de imagens e notícias que relacionassem os principais problemas para refletir essas questões. Tabela de notícias 15 6. COMUNICAÇÃO DO PROJETO 6.1. CONTATO EXTERNO No primeiro momento, o contato foi feito através das informações disponibilizadas no site da prefeitura. Logo após esse contato por telefone, foi realizada uma visita ao Centro Cultural para conhecer melhor o local e as atividades que poderiam ser complementares ao projeto Clima e saúde. Houve então a indicação da atividade física como atividade complementar ao projeto. E, a partir de disso, foi feito o contato com a professora de educação física (Fernanda Lambertucci) responsável pelas atividades físicas do Centro Cultural e do CRAS Vila Fátima, que indicou o CRAS por haver maior quantidade de participantes. 6.2. DIVULGAÇÃO Como foi uma atividade no CRAS – Centro de Referência e Assistência Social (Vila Fátima) do bairro Aglomerado da Serra foi feita a divulgação por meio de cartaz (veja na imagem 1) no local. Além disso, para a divulgação foi de extrema importância a participação da Fernanda, professora de educação física, que realiza atividades físicas há 8 anos no local, pois motivou os alunos a comparecerem ao Seminário. Além disso, foi cogitado, inicialmente, a divulgação online, porém essa não provavelmente não atenderia o público alvo esperado. 16 Imagem 2: Cartaz de divulgação do Seminário utilizado dentro do CRAS 7. CRONOGRAMA 7.1. DIA ESCOLHIDO PARA REALIZAR A DIVULGAÇÃO O dia escolhido para realizar a divulgação foi dia 27 (vinte e sete) de setembro. Apesar de ter sido perto do dia de realização do evento, foi suficiente para os alunos que realizam atividade física na segunda, conseguisse ver e participar. 7.2. DIA ESCOLHIDO PARA APLICAÇÃO DO PROJETO O dia escolhido para a aplicação do projeto foi o dia 2 (dois) de outubro as 8:30h da manhã, pois conciliou com as atividades do local de realização e também com a disponibilidade dos integrantes do projeto. 17 8. EQUIPE E PARCERIA O trabalho contou com as integrantes do grupo, alunas do curso Técnico Subsequente em Meio Ambiente, e também com a participação de terceiros, que foram: I) os profissionais do Centro Cultural Vila Fátima (primeiro local de contato), que indicaram a atividade física como atividade complementar ao projeto. Assim, houve o contato com II) a professora de educação física (Fernanda Lambertucci) responsável pelas atividades físicas do Centro Cultural e do CRAS Vila Fátima, que indicou o CRAS por haver maior quantidade de participantes. No CRAS, a professora Fernanda se disponibilizou a contribuir para a realização do projeto, de forma, que cedeu uma parte do horário de aula (as aulas de atividade física acontecem segundas, quartas e sextas-feiras, tendo três turmas nos horários de 7, 8 e 9 horas), além de ter mobilizado e convidado os alunos para a palestra na quarta-feira, dia 02/10, às 8:30h. MATRIZ DE RESPONSABILIDADE ATIVIDADES Joyce Juliana Thaís Terceiros Pesquisa de notícias para a exposição (montagem da tabela de notícias) X X X Configuração das notícias para impressão X Impressão das notícias X X X Elaboração dos conteúdos abordado na palestra X X X Apresentação da palestra X Elaboração dos conteúdos da mesa redonda X X X Montagem dos materiais para divulgação X X Divulgação dentro do bairro X Atividade física X Manter contato com terceiros X Montagem dos questionários X Aplicação dos questionários X X X Monitorar o evento X X 18 9. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Para realizar as atividades foi necessário o levantamento de alguns materiais e equipamentos que seriam essenciais para fazer o Seminário. Para realizar tal levantamento foi de fundamental importância conhecer o CRAS Vila Fátima e o ambiente onde seria realizada a apresentação,observando a acústica e a visualização dos participantes. Além disso, foi pensado em uma lembrancinha para ser entregue aos participantes. A ideia foi um saco com sementes de girassol, uma bala e uma mensagem sobre o tema tratado. Outro ponto importante foi a quantidade de pessoas esperadas, foi feito esse levantamento com base na quantidade de pessoas que frequentavam o Centro na parte da manhã para fazer alguma atividade. Com base nisso, eram esperadas cerca de 30 a 50 pessoas. Diante de tais ideias, os equipamentos e materiais foram: Equipamento de projeção (cedido pelo Cras) Notebook; Notícias impressas; Questionários impressos; Saquinhos de plástico; Semente de girassol; Saco de bala. 19 Imagem 3: Lembrancinha entregue aos participantes 10. FONTES DE FINANCIAMENTO Para realizar o projeto com relação a, principalmente, equipamentos e materiais, foi necessário o investimento nos mesmos. Tanto o equipamento de projeção, quanto o notebook foram emprestados, ou seja, não precisou de ser gasto qualquer valor. Entretanto, os materiais para fazer a lembrancinha e as impressões foram pagos pelas alunas integrantes do projeto. Previamente, foi visto a possibilidade das impressões serem feitas pelo o CEFET, porém como a quantidade era pequena, foi decidido entre o grupo a quantia ser dividida. 11. INDICADORES 11.1. MODELO DO QUESTIONÁRIO Inicialmente, o principal indicador seria a aplicação de um questionário (talvez online devido à praticidade) e de um debate (mesa redonda) que avaliasse o que foi de mais interessante e se realmente o projeto sugerido cumpriu com seus objetivos. O modelo do questionário pode ser visto abaixo (imagem 4). Ele foi montado com objetivo de ser um questionário sucinto, que fosse de rápida aplicação, e que atendesse com os objetivos antes sugeridos. Entretanto, com o decorrer das 20 atividades, foi descartada a ideia do questionário online, pois não atenderia muito bem ao público esperado, sendo ao final um questionário impresso. Imagem 4 - Questionário aplicado como principal indicador Durante a aplicação do trabalho, não foi possível a aplicação do debate, pois o tempo de palestra se excedeu ao esperado devido às interações com o público. Esse de fato, também foi um indicador de sucesso, afinal foi possível perceber o interesse dos participantes e, com isso, também foram discutidas quais atitudes diárias podem ser repensadas de modo a contribuir com a melhoria da qualidade de vida relacionada à melhoria da qualidade do clima durante toda a palestra. 11.2. RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO Através do questionário aplicado entre os participantes, foi montado os três gráficos abaixo, cada um representado uma questão do questionário: 21 Além dos comentários feitos por alguns participantes: “Ajudou muito!”; “Edificante!”; “Nos ajuda a ver que não é uma notícia velha, e sim que é algo verídico”; “Ajudou”; “Já sabia, mas já ajuda mais”; “Ajuda a tomar mais cuidado”. 12. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 12.1. PERFIL E PERSPECTIVA AMBIENTAL DOS PARTICIPANTES Através do questionário, mais preciso na segunda pergunta (“Você acha que os impactos ambientais tem relação com a saúde da humanidade?”), e também observando a participação dos envolvidos é possível notar que os participantes estavam bem informados a respeito do tema antes mesmo do seminário e da discussão. 22 Uma das conclusões para tal questão é que o CRAS tem algumas atividades relacionadas com a preservação do meio ambiente, como a coleta seletiva, muito bem incentivadas inclusive pela professora Fernanda. O próprio local é um ambiente cercado por árvores e em bom estado de preservação. Apesar dos participantes terem noção do assunto, a palestra acrescentou na visão que eles tinham a respeito do clima e a saúde. Essa observação pôde ser feita com base na primeira e última pergunta (“O que você achou das atividades?” e “As atividades vivenciadas hoje te ajudaram a ter uma visão diferente sobre o assunto”), onde a maioria respondeu que acharam muito bom e todos responderam que as atividades acrescentaram na visão sobre o tema. Além também dos comentários feitos, que enfatizam mais ainda a conscientização dos participantes. 12.2. DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES Ao decorrer das atividades alguns imprevistos aconteceram. Um dos principais foi que a participação na palestra foi tão proveitosa que demandou mais tempo do que estava previsto. Era previsto cerca de 15 a 20 minutos de palestra, que acabou prolongando para 40 minutos. Por consequência, não foi possível realizar a dinâmica sugerida, como já foi citado em indicadores. Outro aspecto foi que tinha cerca de 30 pessoas participando, porém os questionários respondidos totalizam 20. Isso aconteceu, pois nem todos os participantes estavam disponíveis para responder, por questão de tempo. Além também de que, apesar do questionário ter sido feito o mais sucinto possível, tinham só as três integrantes aplicando o, o que demandava um pouco mais de tempo. 23 Imagens 5 - Apresentação da palestra 24 13. CONCLUSÃO De acordo com o planejamento e execução do projeto “Clima e Saúde” de educação ambiental, é exequível concluir que foi possível integrar os assuntos meio ambiente e a saúde humana, propondo atividades que instigasse o debate no Centro de Referência de Assistência Social no bairro Aglomerado da Serra. Entre as atividades propostas foram palestra, dinâmica e mesa redonda. Tal projeto conseguiu atender praticamente todos os objetivos antes propostos. Isso porque foi possível promover a conscientização ambiental dos participantes por meio da palestra que apresentou aspectos ambientais importantes, sempre tentando a máxima interação e participação, visando estimular o pensamento individual, com o intuito de no final promover o pensamento coletivo. Outro objetivo atingido foi a atividade física que foi proporcionada por terceiros e que, por ser já de interesse dos participantes, contribuiu também para melhor relacionar o tema proposto com a visão de melhoria da saúde humana. Apesar do bom andamento do projeto não foi possível a realização da dinâmica proposta antes, por motivo de tempo. Porém, o debate de algumas notícias atuais que estavam relacionadas com o tema foi realizado com êxito. Por fim, o que foi de fato importante notar é como é fundamental instigar o pensamento crítico das pessoas. Muitas vezes, por motivos pessoais, pela rotina desses cidadãos, o debate sobre o que está acontecendo de fato com a natureza e sobre o que isto causará para os seres que nela vivem, fica de lado. O projeto sem dúvida enriqueceu os participantes de conhecimento, que poderá fazer a diferença, através de suas ações futuras. Mas, não só os participantes instruíram, os integrantes do projeto também aprenderam muito com os comentários e participação de todos os que estiveram envolvidos com o trabalho. 25 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AYOADE, J. O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. 4ª edição. Brasil, 1996. BARCELLOS, C. et all. Mudanças climáticas e ambientais e as doenças infecciosas: cenários e incertezas para o Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2009. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 49742009000300011. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na saúde: cenários e incertezas para o Brasil. Série Saúde Ambiental. 1ª edição, 2008. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.phpoption=com_docman&view=download&ali as=1486-mudancas-climaticas-e-ambientais-e-seus-efeitos-na- saudecenarios-e-incertezas-para-o-brasil-6&category_slug=mudancas- climaticas711&Itemid=965. Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos sobre a Biodiversidade Caracterização do Clima Atual e Definição das Alterações Climáticas para o Território Brasileiro ao Longo do Século XXI. Ministério do Meio Ambiente, SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS, 2ª ed., 2007. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/14_2_bio_Parte%201.pdf. Mudança Climática e Saúde: um perfil do Brasil. Brasília, DF: OPAS, Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, 2009. Série Saúde Ambiental 3. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mudanca_climatica_saude.pdf. Prefeitura de Belo Horizonte. 2019. Disponível em https://prefeitura.pbh.gov.br/
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