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1 Resumo de Clara Rêgo 
DERMATITIES (Eczema): 
 Dermatite são uma inflamação na pele. São divididas em classes: de contato, atópica e seborreica. 
 
DERMATITE DE CONTATO: 
 É uma inflamação causada pelo CONTATO entre a pele e um agente externo, que pode ser: 
➔ Um ALÉRGENO ou um IRRITANTE. Ex: alguma substancia tóxica para pele que gera irritação na nossa pele. 
➔ Locais mais frequentes: mãos, pés, face e pescoço – áreas mais expostas. Obs: se forem em áreas não expostas, 
precisamos pensar em algum medicamento/pomada que esteja irritando naquela área. 
➔ Evolui por surtos, a cada exposição ao contactante. 
➔ Caráter ocupacional: padeiros, químicos, pintores (à tinta), donas de casa (sabonete/detergente – “Eczema do lar”). 
CLASSIFICAÇÃO: 
➔ Dermatite de contato por irritação primária: 
o Principal causa de dermatite - 80% dos casos de dermatite de contato. 
o Irritantes absolutos: ácidos e bases fortes. 
▪ Ação cáustica das substâncias leva a aparecimento imediato da lesão. 
▪ Eritema a necrose e ulcerações. 
▪ Ex: contato com ácido clorídrico. 
o Irritantes relativos: geralmente ácido ou base fraca. 
▪ Não são tão graves como ou irritante absoluto, por isso é necessário exposição repetida durante 
meses/anos, até que leve à uma lesão. 
▪ Eritema e xerose (ressecamento da pele), podendo desenvolver liquenificações e hiperceratose. 
▪ Ex: solventes, sabões, detergentes – “Eczema do lar”. 
▪ Urina e fezes também são IP relativos – “dermatite das fraldas”. 
o Aqui não faz sentido fazer teste de alergia, porque o paciente não tem alergia (não há anticorpo), mas sim 
uma reação à uma irritação (liberação de mediadores inflamatórios). 
o Tente de contato ou epicutâneos NEGATIVOS. 
o Pesquisar na anamnese o que está gerando aquela dermatite: uso de luva, calor, lesão prévia na pele, baixa 
umidade (xerose). Quando temos quebra de barreira cutânea, favorece a penetração do irritante. 
 
 
Clássico ECZEMA NO LAR 
(dermatite de contato por irritante 
primário). Aqui há um subagudo 
por ter eritema intenso e 
descamação; já quando se torna 
crônico, perde o eritema tão 
intensificado e há aparecimento de 
liquenificação. 
 
 2 Resumo de Clara Rêgo 
 Esse é outro tipo de dermatite por irritante primário. É chamada de DERMATITE DAS 
FRALDAS. Geralmente acomete crianças menores de 2 anos, pelo uso das fraldas, onde há 
resíduo de rezes, urina, sabonete e outros. Conhecida como “assaduras”. 
 As lesões mais intensas na superfície convexas. DOBRAS SÃO POUPADAS (onde não 
há contato). 
 Podem complicar com infecções secundárias, principalmente candidíase. Como 
perceber isso? A lesão muda – reparar que começa a acometer dobras, pele brilhante com 
descamação fina, lesões satélites pápulo-vesico-pustulosas. 
 Evitar deixar o bebê com muito tempo da mesma frauda, fazer higienização certinha, 
e usar o hipogross, o qual evita o contato dos fatores extrínsecos com a pele, evitando a 
dermatite. 
 
➔ Dermatite alérgica de contato: 
o Contato com ALÉRGENO. 
o Envolve sensibilização e reação imunológica tipo IV (imunidade celular). 
▪ Formação de linfócito T específico contra a substância (antígeno) – contato do alérgeno provoca 
uma sensibilização. 
▪ Fase de indução ou sensibilização (via aferente): dura cerca de 15 dias – tempo que acontece a 
apresentação do antígeno ao sistema imunológico com a formação das células de memória. 
▪ Fase de sensibilização (elicitação – via eferente): 24 – 48 horas. Então há o contato repentino com 
a substancia que vai promover a migração de linfócitos previamente sensibilizados para o local do 
contato. 
o Alérgenos comum: cosméticos; luvas (látex), borracha, couro, esmalte, cosméticos. Nestes podemos ter 
níquel, cromo, látex, etc. 
 
Quadro clássico de dermatite de contato alérgica. Foto 1 pode 
ser pelo cinto; foto 2 comum em alergia à esmalte – ao coçar o 
olho; foto 4 desodorante/alguma camisa... 
Então perceba que o local da lesão nos faz pensar em 
determinada substância que está gerando aquela alergia. Ex: 
couro cabeludo – tintura de cabelo; face – cosméticos; orelha 
– brincos, perfumes; pés – calçados; 
 
➔ Dermatite de contato fototóxica: 
o Mesmo mecanismo da dermatite de contato por irritante primário, porém a 
substância para se tornar irritante precisa ter estrutura modificada pela luz solar. 
o Eritema; edema; bolha; hiperpigmentação; áreas expostas a luz. 
o Exemplo: fitofotodermatose por limão. 
 
➔ Dermatite de contato fotoalérgica: 
o Reação imunológica tipo IV depende do fotoalérgeno e radiação solar. 
o Ex: perfumes de uso tópico que ao tomar sol cria uma reação. 
 3 Resumo de Clara Rêgo 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
➔ Pelas morfotopografias das lesões, ou seja, olhar as características das lesões e o lugar delas. 
➔ DCIP: não faz sentido teste alérgico, só se faz pra fazer o diagnóstico diferencial. 
➔ DCA: teste de contato (PATCH TEST). 
➔ As lesões da DCA podem ultrapassar o local de contato e se estender à áreas distantes – fenômeno da 
autossensibilização. 
➔ Biópsia não tem muita utilidade quando falamos de dermatite, pois a biopsia apenas evidencia o eczema. 
 
 O mais importante aqui é descobrir o que está causando a 
alergia, então vamos identificar a causa para que o contato com ela 
seja evitado. 
 No teste de contato, colocamos na pele do paciente 
algumas substâncias que sejam comuns causarem alergia, onde 
ficam lá por 48 horas. Quando o paciente voltar, valos analisar se 
houve reações. Primeira foto não há nenhum eczema, na segunda 
há uma vermelhidão, mas não consideramos nada; no terceiro já 
consideramos alergia – eritema e pápulas. 
➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
o Dermatite seborreica, atópica e micoses superficiais. 
➔ Tratamento: 
o Afastar substancias irritantes ou alergênicas. 
o Proteção da pele. Ex: uso de luvas para quem tem alergia à detergente. 
o Hidrante. 
o Compressas úmidas com água boricada e corticoide tópico. 
o Corticoide oral por curto período em casos graves. 
 
DERMATITE ATÓPICA: 
 Doença inflamatória crônica da pele de causa multifatorial (tem herança genética, fator ambiental e fator 
emocional também). “A dermatite atópica é a Asma da pele” – Amalia. 
• Evolui em surtos: tendência a melhorar com o passar dos anos. 
• Associação: ASMA e RINITE; 
• Marcadores da doença: xerose cutânea associada ao prurido – 
o Barreira cutânea disfuncional (por isso paciente perde líquido e nas deficiência nas seramidas – hidratante 
cutâneo → causa a xerose). 
• Caráter hereditário – história familiar de atopia frequente. 
• Acomete 5 a 20% das crianças em todo o mundo e 1-3% dos adultos. 
o Maior incidência em áreas urbanas e em países desenvolvidos (síndrome do super limpo – nos países 
desenvolvidos as pessoas tem menos contato com patógenos, por isso que ter contato com algum estranho, 
desenvolve a reação). 
o Maior frequência nas ultimas décadas. 
• Pode ocorrer em qualquer idade após 3 meses de vida. 
o 85% dos pacientes que desenvolvem dermatite atópica são crianças com menos de 5 anos. 
o Somente 25% persiste na idade adulta. 
 
 4 Resumo de Clara Rêgo 
• Fatores imunológicos envolvidos: 
o Predomínio da resposta Th2 (humoral) na fase aguda e com a evolução se torna Th1. 
o Elevação de IgE principalmente quando presente manifestações respiratórias. 
o Depressão da imunidade celular – infecções secundárias: virais, bacterianas e fúngicas de repetição. 
o 75% - 90%: colonização por S. aureaus → muito comum nos pacientes com dermatite atópica. 
QUADRO CLÍNICO: 
➔ Tríade: xerose – prurido – eczema. 
➔ Piora com a sudorese. 
➔ Tem três estágios de evolução: infantil, pré-puberal, adolescência e adulto. 
 
1. Dermatite atópica infantil: 
o A partir do 3º mês de vida. 
o POUPA O CENTRO DA FACE. 
o É o quadro mais intenso, comparando com a pré-puberal. 
o Erupções vésico-crostosas. 
o Face, couro cabeludo e região extensora dos membros. 
o Não há liquenificação a despeito da coçadura.o Complicação mais frequente: infecção secundária. 
o Irritabilidade e agitação. 
 
2. Dermatite atópica pré-puberal. 
o 2 a 12 anos. 
o Pode ser continuação do eczema infantil ou não. 
o Surtos de agudização. 
o Placas liquenificadas com escoriações e crostas. 
o Regiões de dobras como fossas poplíteas, cubitais, punhos, 
tornozelos, dorso das mãos e pés. 
o Pelo quadro não ser tão intenso, é mais difícil ter infecção 
secundária. 
 
 
3. Dermatite atópica do adulto: 
o Placas liquenificadas e descamativas e pouco eritema (lesão crônica). 
o Prurido intenso; 
o Áreas de flexão: cervical, antecubital, poplítea além dos punhos, mãos, mamilos, 
perioral e periorbital. 
o Infecção infrequente. 
DIAGNÓSTICO: Critério de Hanifin e Hajka: 3 critérios maiores e 3 critérios menores. 
 5 Resumo de Clara Rêgo 
➔ Sinal de Hertogue: raretação do terço distal da sobrancelha. 
➔ Prega de Dennie Morgan: prega dupla embaixo do olho. Crianças asmáticas, riniticas possuem. 
➔ Ptiríase alba. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Dermatite seborreica; 
• Dermatite de contato; 
• Micoses superficiais; 
• Psoríase; 
• Escabiose. 
TRATAMENTO: 
• Orientação aos pais sobre o carácter crônico e recorrente. 
• Cortar unhas: evitar maior inflamação pela coçadura. Além de evitar maior risco de infecção – “afinal nossa unha é 
suja”. 
• Afastar agravante: lã, sabões além da área de higiene, roupas sintéticas e etiquetas, banhos quentes e demorados, 
sudorese. 
• Hidratação cutânea; 
• Tratar infecção secundária, se houver; 
• Corticoide tópicas, imunomoduladores tópicos e anti-histaminicos orais → casos mais controlados. 
• Imunossupressores para casos mais difíceis de controlar. 
 
DERMATITE SEBORREICA: 
 Doença inflamatória crônica de causa desconhecida. Acham que o fungo Malassezia está relacionado, pois ao tratar 
este, a dermatite melhora. Esse fungo altera qualitativa do sebo (vemos essas alterações no couro cabeludo, pavilhão 
auricular externo... lugares ricos em produção de sebo). 
 A dermatite seborreica tem curso crônico e recorrente. 
• Fatores agravantes: situações que nos faz produzir mais sebo. 
o Calor. 
o Umidade. 
o Estresse físico ou emocional. 
o Drogas: arsênio, ouro, metildopa, cimetidina, álcool. 
o HIV, doença de Parkinson, obesidade, diabetes. 
o Alimentos condimentados. 
o Acontecem mais em homens do que mulheres. 
• Incidência bimodal: 
o Lactentes: primeiros 3 meses, produzida pelo estómilo dos andrógenos maternos – passado pelo leite. 
o Pode haver infecção secundária por bactérias ou leveduras. 
 6 Resumo de Clara Rêgo 
o Área das fraldas pode ser acometida – AQUI ACOMETE DOBRAS, diferente da dermatite da fralda. 
o Adultos: 4ª e 6ª década de vida. Pacientes com HIV muito provavelmente haverá lesões extensas. 
QUADRO CLÍNICO: 
➔ Placas eritematodescamativa com escamas branco-amareladas, 
graxentas e aderidas. 
➔ “Crosta láctea” em bebês – até 3º mês de vida. 
➔ Prurido discreto. 
TRATAMENTO: 
• Manter pele hidratada, limpar crostas e evitar infecção. 
• Lactente: limpeza e aplicação de emolientes nas crostas. 
Cetoconazol 2% e corticoide tópicos para casos mais graves. 
• Adulto: xampus e cremes antifúngicos, corticoide tópico e emolientes 
 
CASOS CLÍNICOS: 
1. Dermatite seborreica: vemos lesões crostosas (couro cabeludo – chamada de crosta láctea) até o 3º mês de vida. 
Relacionado ao aleitamento e a passada de andrógenos pelo leite. Os diagnósticos diferenciais seriam as outras 
dermatites e micoses. 
2. Precisamos perguntar se ela usa luvas/detergentes, se melhora as lesões ao parar de ter contato com a substância. 
Esse é um caso de dermatite de contato por irritação primária. Orientamos hidratação, retirar o elemento causador 
e sugerir uso de luvas. Para fechar diagnóstico, se ela tira o agente e as lesões melhoram, e ao voltar a usar o agente 
as lesões voltam → você sabe que aquilo é uma dermatite de contato. 
 7 Resumo de Clara Rêgo 
 Obs: surgiu dúvida na nossa turma sobre esse caso ser de uma dermatite alérgica. Segundo Amália: para 
eu ter uma dermatite alérgena eu preciso ter contato com um alérgeno e que gere resposta imune, a qual leva à 
uma lesão. Por exemplo, alergia ao brinco – contato com o níquel, produzo resposta imune, muito IgE. Já o sabão 
irrita a pele, mas nem todo mundo desenvolve alguma lesão, por estas pessoas já terem provavelmente contato 
com a substancia e não produzirem nenhuma resposta imune imediata. 
 
3. Dermatite atópica. Prurido, criança acima de 3 meses, região perioral e dobras. Na dermatite atópica aguda eu 
tenho eritema, xerose, edema, crosta – lesão bem exacerbada. Na lesão crônica vemos liquenificação (vemos isso 
na foto). É possível termos uma infecção secundária.

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