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Infecções das vias aéreas superiores

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Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES 
 A OMS define doenças respiratórias como as doenças ou infecções que ocorrem no trato respiratório, tanto superior 
como inferior, nas quais há obstrução de passagem de ar em nível nasal, bronquiolar ou pulmonar. Elas variam desde infecções 
agudas, como pneumonias e resfriados comuns, a infecções graves como tuberculose. 
 As infecções das vias aéreas superiores compreendem todas infecções que acometem o trato respiratório acima da 
laringe. São situações muito comuns nos serviços de atendimento médico, acometendo adultos 2 a 5 episódios no ano, e crianças 
de 7 a 10 episódios no ano. 
 A gravidade da doença depende do patógeno causador da infecção, do 
ambiente e fatores do hospedeiro. Geralmente as IVAS são autolimitadas, 90% 
causadas por vírus, com quadros leves a moderados, e sua extensão é modulada 
pela idade, estado fisiológico e imunológico do paciente. 
 A prevenção de IVAS deve vir dos profissionais de saúde junto com famílias, ensinando a comunidade do autocuidado: 
➔ Higienização frequente de mãos. 
➔ Cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar com lenço de papel ou com o antebraço. 
➔ Não compartilhar utensílios de uso pessoas, como copos, garfos, pratos. 
➔ Manter ambiente bem ventilado e janelas abetas. 
➔ Lavar a mão antes e depois de tocar em olhos, nariz e boca. 
 Então é muito comum a busca de serviços médicos para IVAS, na qual o paciente chega queixando-se de obstrução nasal, 
rinorreia, tosse, doer de garganta, febre, cefaleia, espirros e prostração. As causas mais comuns são resfriado comum, gripe, 
amigdalite e rinossinusite. 
RESFRIADO COMUM: 
• Síndrome clínica: grupo de doenças benignas autolimitadas, tendo etiologia vários tipos de vírus. 
• Doença aguda mais comum no ano. Adultos têm de 2 a 3 vezes no ano, crianças podem ter mais 
• Mais de 200 vírus podem causar resfriado. 
o Rinovírus 30-50% - mais comum. 
o O coronavirus causa 10 a 15% dos resfriados (lembrando que este não é o SARS-CoV2) 
o Influenza e parainfluenza também podem fazer. 
o 20-30% são de etiologia não determinada. 
• Essas etiologias têm mesma clínica – impossível diferenciar. 
TRANSMISSÃO: 
• Contato com as mãos da pessoa infectada. 
Resfriado X Gripe 
- Resfriado: uma infecção, geralmente viral, que acomete apenas as vias aéreas superior. Pode causar tosse, espirros, voz 
anasalada, inapetência, coriza e obstrução nasal. 
- Gripe: é uma infecção mais grave que o resfriado, podendo causar febre, mialgias, cefaleia, dor de garganta, prostração. 
 Obs: Rinite é a inflamação da mucosa nasal, causa prurido, espirro, obstrução nasal. Pode ser alérgica ou viral 
(manifestação clássica do resfriado comum). 
Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
• Pequenas gotículas (espirros e tosse). 
• Grandes gotículas (contato interpessoal). 
• Superfícies contaminadas. 
• Período de incubação: 24 a 72 horas. 
FATORES DE RISCO: 
• Exposição a crianças que vão para creches/escolinha. 
• Estresse psicológico. 
• Sedentarismo; 
• Poucas horas de sono; 
• Doenças crônicas; 
• Desnutrição; 
• Imunossupressão; 
• Tabagismo. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
• Rinite, congestão nasal, rinorreia, odinofagia, tosse, espirros. 
• Mal estar leve, cefaleia. 
• Conjuntivite. 
• Febre é incomum em adultos, se tiver é baixa. 
 Obs: quando paciente aparece com 38,5°... febre altinha, então pensar em gripe. 
• Prurido nasal e rinorreia = hialina OU purulenta. 
• Tosse – pode até ser produtiva, porém por secreção de via alta (NÃO FAZ CRÉPITO – aqui seria VAI). 
• Duração: 3 dias a 10 dias. 
• Pode durar mais se paciente tiver comorbidades. 
 Obs: Reação imunológica – tudo depende da resposta imunológica àquele vírus. Nosso sistema consegue fazer o 
clearance viral sem muitos sintomas. Então depende dessa conserva entre vírus e sistema imunológico. 
DIAGNÓSTICO: 
• CLÍNICO! 
• História + exame clínico → conjuntivite, edema de mucosa nasal, congestão nasal, enantema em orofaringe. 
• “Não necessita de exames complementares” → isso até antes do COVID-19. Hoje, 2020, acabamos fazendo a sorologia 
rápida do COVID. Porem ainda não é necessário identificar qual é o vírus do resfriado, apenas afastar o covid19. 
DIAGNÓSTICA DIFERENCIAL: 
• Rinite alérgica: tosse, dor de garganta. 
• Faringite: odinofagia mais intensa, costuma poupar nariz. 
• Sinusite: sintomas adicionais. 
• Gripe: febre mais alta, maior acometimento de estado geral, cefaleia, mialgia. 
COMPLICAÇÕES: 
• Sinusite (0,5% a 2,5% dos adultos podem desenvolver sinusite bacteriana após resfriado); 
• Comprometimento no trato respiratório inferior – o vírus pode descer. 
• Otite média aguda (principalmente crianças) 
• Exacerbação de asma, DPOC. 
TRATAMENTO: 
• Doença autolimitada. 
• Sintomas leves – pode não ser necessária terapia para sintomas leves, pois você aumenta a chance de efeito colateral do 
remédio. 
Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
• Orientar o paciente que se não houver melhoras com tempo, ele precisa 
retornar. 
• Se for necessário, o tratamento é SINTOMÁTICO: 
o Analgesia: paracetamol, dipirona, AINEs. 
o Associação de anti-histaminico e descongestionante. 
o Cromoglicato sódico – spray nasal. 
o Lavagem nasal. 
o Xaropes, spray nasal, solução salina, expectorantes – benefício incerto. 
o Antibiótico, antiviral, vitamina = sem benefício. 
SINUSITE / RINOSSINUSITE: 
 Umas das afecções mais prevalentes das vias aéreas superiores, caracterizada por todo processo inflamatório da mucosa 
de revestimento da cavidade paranasal (cavidade nasal e seios paranasais). A rinossinute é uma doença muito comum, atingindo 
1 adulto em 7. 
• Causa mais comum de rinossinusite adquirida na comunidade: VÍRUS (geralmente em associação com resfriado comum). 
• Principal desafio: diferenciar de infecção bacteriana. 
 
➔ Aguda: < 4 semanas. Sintomas resolvem completamente. 
➔ Subaguda: 4-12 semanas. Os sintomas resolvem completamente. 
➔ Crônica: >12 semanas. Ocorrência de sintomas persistentes residuais como tosse, rinorreia e obstrução nasal. 
➔ Recorrente: duram menos de 30 dias casa, com remissão completa nos intervalos por, no mínimo 10 dias. Caracterizada 
por 3 episódios em 6 meses ou 4 episódios em 12 meses. 
➔ Crônica agudizada: sintomas respiratórios residuais e sofrem agudizações, havendo remissão dos sintomas e 
permanência deles após tratamento. 
FATORES DE RISCO: 
• Idosos (faixa etária mais acometida: 45-64 anos). 
• Tabagismo. 
• Viagens aéreas; 
• Exposição a mudanças de pressão atmosférica; 
• Natação; 
• Asma e alergias respiratórias; 
• Imunodeficiência. 
• Doenças otondológicas. 
FISIOPATOLOGIA: 
• GRANDE MAIORIA É VIRAL. 
• Etiologias: 
o Rinovírus 15%. 
o Influenza 5%; 
o Adenovírus 2%; 
o Em relação a bacteriana adquirida na comunidade: Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae são os 
principais. 
• Sinusite viral: Rinite viral acomete de forma secundária os seios da face. 
• Sinusite bacteriana: 
o Complicação de um quadro viral. 
o Rinite alérgica; 
o Obstrução nasal. 
o A mucosa nasal inflamada pode comprometer a drenagem dos seios da face, formando um meio de cultura para 
bactéria. Se a bactéria infecta = inflamação. 
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
• Congestão nasal, obstrução nasal, secreção nasal purulenta. 
• Dor em face, cefaleia, sensação de “pressão em face” – piora ao abaixar cabeça. 
• Febre (pode estar presente em 50% dos adultos na rinossinusite aguda), 
• Os sintomas de viral e bacteriana se sobrepõem. Não existe critérios clínicos para 
distinguir com segurança, o que nos faz diferenciar é que o curso é diferente. 
o Se o quadro é mais prolongado (7 a 10 dias sem evidencia de melhora), 
penso em bacteriana. Além disso, os sintomas podem ser mais intensos. 
o Já o curso da viral costuma ser autolimitada com resoluçãoentre 7 a 10 
dias. Pode até durar mais, porém o paciente vem apresentando melhora. 
COMPLICAÇÕES: 
• Raras, e acometem etiologia bacteriana (estima-se que 0,5% a 2% das IVAS evoluem para rinossinusite bacteriana). 
• A infecção se estende além dos seios da face, podendo chegar até SNC, órbita, tecidos adjacentes. 
DIAGNÓSTICO: 
• Não existe indicação de exames de imagem em sinusite aguda não complicada clinicamente diagnosticada. 
o RX não tem nenhuma indicação. 
o TC tem indicação para pacientes que não respondem ao tratamento adequadamente, então rinossinusites 
crônicas ou recorrentes e complicações. Porém o valor da TC é questionável para esse diagnóstico pela alta 
sensibilidade e baixa especificidade desse exame. 
• Se você suspeita de complicações, como febre muito alta, queda importante de estado geral, sinais de sepse ou 
meningite; é necessário investigar. 
• SANAR: padrão ouro de diagnóstico de rinossinusite bacteriana aguda é cultura de secreção do seio acometido por 
punção ou endoscopia. Porém são métodos indicados apenas para casos recorrentes, crônicos ou de difícil resposta a 
tratamento. 
TRATAMENTO: 
 Tratamento preconiza desobstruir o seio e restabelecer a drenagem. 
➔ Hidratação adequada. 
➔ Umidificação do ambiente. 
➔ Evitar exposição a agentes que causem alergias. 
➔ Lavagem nasal com solução salina. 
➔ Se bacteriana, recomendado antibiótico por 10 a 15 dias. 
 Não adianta dar antibiótico empiricamente, pois é muito improvável que aquela sinusite seja bacteriana, e se for, é muito 
difícil complicar. Então se chega um paciente que você não consegue diferenciar se é viral ou bacteriana e tem poucos dias de 
sintomas, o melhor é esperar e observar a evolução do paciente, pra assim determinar a etiologia e o tratamento. 
➔ SINUSITE VIRAL: autolimitada. Tratamento sintomático. 
o Analgésicos/antipiréticos. 
o Irrigação nasal com solução salina. 
o Corticoide nasais (curto prazo, melhora sintomáticas). 
o Descongestionantes nasais, anti-histamínicos, mucolíticos = melhora subjetiva, sem envidencias. 
 
➔ SINUSITE BACTERIANA aguda: pode ser autolimitada. 
o Terapia sintomática e avaliar a necessidade de antibiótico (o quadro pode ser autolimitado lembra?). 
o Um paciente imunocompetente com quadro não complicado e que pode fazer esperar e observar o paciente, 
mas se não houver melhora em 7 dias, entro com ATB. 
o Na prática, se o pct chega com mais de 10 dias com doença sem melhora, existem evidencias que seja uma 
sinusite bacteriana, então muitos médicos optam por entrar com ATB. 
o Se há melhora com ATB, continuar o uso por 5-7 dias. 
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o Em caso de piora ou não melhora é necessário afastar suspeita de complicação. Se a clinica sugere complicação, 
trocar ATB para 2ª linha. 
o Corticoides sistêmicos podem oferecer melhora em casos de sinusites agudas, mas importante pensar nos 
efeitos colaterais. Receitar se pct for muito sintomático em caso de bacteriana, para viral não tem indicação. 
OTITE MÉDIA AGUDA: 
 A otite média aguda foi diagnosticada em associação com 30% de infecções virais, principalmente em crianças e a 
disfunção de tuba auditiva é relativamente comum em pacientes com infecções de vias aéreas superiores. 
• A otite média aguda é a infecção/inflamação do ouvido médio – fluido no ouvido médio, vira um meio de cultura = 
inflamação de sua mucosa. 
• Uma das causas mais frequentes de uso de ATB (80% das pessoas vai ter um episódio de otite até os 6 anos de idade). 
• Existem complicações graves, porém raras (a mais frequente é a sinusite). 
• OMA é geralmente causada por bactéria: S. pneumoniae, H. influenzae, espreptococo, S. aureus. 
• Infecção viral é geralmente o evento inicial. 
FISIOPATOLOGIA: 
• Fisiologia: para escutarmos, o tímpano recebe as ondas sonoras e vibra. Os ossículos colados com o tímpano transmitem 
essa vibração para a cóclea, que consegue transformar uma informação vibratória em uma neurológica, que segue 
adiante pelos nervos. 
• A membrana timpânica normal é rosada, transparente, brilha e permite visualização dos ossículos através dela. 
 
• Fisiopatologia: Obstrução → retenção de fluido → supuração da secreção retida. 
• O ouvido médio é drenado pela tuba de Eustaquio. Se o paciente tem rinite, sinusite ou outras IVAS e cavidade nasal 
inflamada, a tuba pode obstruir em decorrência de inflamação da mucosa e edema. 
• Em crianças, a tuba é mais frequente obstruída. 
• Rinite alérgica, outras IVAS. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
• Pode ser precedido de quadro de outra IVA ou rinite alérgica. 
• Otalgia (dor leve, moderada ou intensa - geralmente unilateral), diminuição da acuidade auditiva, pode ter zumbido. 
 Obs: o que tá fazendo doer é o aumento da pressão lá de dentro. 
• Se sair secreção do ouvido (otorreia) significa que a membrana timpânica rompeu. Se isso acontece, há melhora da dor. 
• Febre, desequilíbrio. 
• Cuidado para complicações! Ficar atento com febre alta, dor retroauricular intensa e paralisia facial. 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Clínica + otoscopia. 
Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
➔ Na otoscopia procuramos abaulamento da membrana timpânica, eritema, opacidade, nível hidroaéreo (significa que tem 
secreção), redução de mobilidade com otoscópio pneumático, bolhas (miringite bolhosa). 
TRATAMENTO: 
➔ Alívio sintomático!! 
➔ Febre, dor de ouvido, otoscopia alterada? Entra com ATB. Não melhorou? Troca ATB. 
➔ Antibiótico terapia: 
o Amoxicilina + clavulonato 875/125mg, 12/12 horas, 7 a 10 dias. 
o Na ausência de melhora com 48/72 horas é preciso reavaliar. 
➔ Falha inicial: Dose aumentada de amoxicilina + clavulonato por mais 10 dias; quinolona respiratórias (levofloxacino, 
moxifloxacino); 
➔ Se houver ruptura de membrana, acrescentar ATB tópico. 
 
FARINGITE AGUDA: 
 A faringite aguda ou faringomidalite é uma das doenças mais comuns na prática médica. 
➔ A etiologia mais comum é viral e autolimitada. Porém existem etiologias mais graves, como HIV, e etiologias bacterianas 
(principalmente por Streptococcus do grupo A), as quais muitas vezes tem sintomas muito parecidos com a viral. 
o Existe também faringites de origem não infecciosa: alérgica, tabagismo, irritativa. 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Tem pico de casos na infância e adolescência (50% dos casos são antes dos 18 anos). Após 40 anos a incidência da infecção 
reduz. 
➔ Na faringite bacteriana, a epidemiologia são crianças a partir de 3 anos, com pico de incidência entre 5 a 10 anos, mas 
podendo acometer qualquer idade. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
• Dor de garganta que piora na deglutição → essa é a marca da doença. 
• Linfadenopatia → cervical anterior principalmente. 
• Febre, cefaleia, astenia. 
• Geralmente não é possível determinar a etiologia por essa clínica = vírus X bacteriana. 
o FARINGITE VIRAL: a causa mais comum. 
▪ Causa mais comum (25 a 45% dos casos). 
▪ Adenovírus, rinovírus, coronavírus... 
▪ Geralmente, começa com outros sintomas de IVAS: acomete primeiro nariz (coriza, espirros, tosse, 
obstrução nasal, etc) para depois desenvolver a odinofagia. Raramente os vírus vão direto para 
garganta, quem faz mais isso são bactérias. 
o FARINGITE BACTERIANA: 
▪ Mais frequente: Streptococcus grupo A 
▪ Não se inicia com outros sintomas de IVAS, 
como acontece na viral. 
▪ Odinofagia forte de forma AGUDA + febre 
alta + edema orofaríngeo + exsudato 
tonsilar e adenopatia proeminente (cervical 
anterior). 
▪ Petéquias no palato e Rash escarlatiniforme. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 É importante o diagnóstico correto se é bacteriana ou viral. 
Casos de amigdalite estreptocócica, por exemplo, ao ser diagnosticados, 
começasse o tratamento que diminui o risco de doença reumática e de 
complicações supurativas. 
➔ Pela clínica conseguimos identificar amidalites estreptocócicas, porém existe a cultura de orofaringe que é consideradapadrão ouro. Contudo ela demora para ficar pronta e por isso não são feitas rotineiramente. 
➔ Já as de etiologia viral, quando o paciente chega com queixas respiratórias como coriza, obstrução nasal, tosse, etc, é 
muito provável que ele seja portador de amigdalite viral. 
 
COMPLICAÇÕES: 
➔ Existem complicações potencialmente graves, agudas (obstrução das vias aéreas) ou crônicas (glomerulonefrite pós-
estreptocócica). 
➔ Complicações SUPURATICAS: resultam na disseminação da infecção da mucosa faríngea para tecidos mais profundos por 
via direta ou indiretas (hematogênicas e linfáticas). 
Clara Rêgo 2020.2 - 5° semestre – aula Marina + Sanarflix 
➔ Complicações NÃO SUPURATIVAS: são mais tardias, causadas por ataques autoimunes induzido pela presença 
 
TRATAMENTO: 
➔ FARINGITE VIRAL = suporte: analgesia, hidratação e repouso. Os analgésicos podem ser sistêmicos ou tópicos, os AINES 
geralmente são mais eficazes. Ter cuidado com pastilhas e sprays analgésicos, pois eles podem diminuir a dor, mas usados 
repetidamente podem afetar o paladar. 
 
➔ FARINGITE BACTERIANA: 
o Analgésicos. 
o Anti-inflamatórios. 
o Corticoide. 
o Antibioticoterapia. 
▪ No Brasil o ATB mais usado é a amoxicilina para faringite 
estreptocócica. Por 7 a 10 dias. 
➔ O tratamento pode ser iniciado imediatamente ou adiado até resultado 
da cultura. Se o tratamento é iniciado empiricamente, ele deve ser 
interrompido assim que as culturas venham negativas. 
 
➔ AMIGDALECTOMIA: indicado para quem tem infecção por estreptocócico beta-hemolítico do grupo A repetidamente (>6 
episódios/ano, >4 episódios/ano por dois anos ou >3 episódios/ano por 3 anos) ou se a infecção aguda é grave e 
persistente mesmo após uso de ATB.

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