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Barreira Fisica A barreira física é a primeira das três linhas de defesa do organismo; A pele intacta representa uma eficiente barreira contra a infecção microbiana, entretanto, micróbios podem invadir o corpo através de lesões cutâneas; Vale ressaltar que a cicatrização garante que essa barreira seja rapidamente reparada; Em superfícies corporais, como nos tratos respiratório e gastrointestinal, mecanismos de defesas físicas simples realizam os processos de “autolimpeza”, como a tosse, espirro e o vômito. Imunidade Inata A imunidade inata, ou natural, atua em média de 12 horas após a infecção; Ela garante uma resposta inespecífica ao patógeno, que não aumenta conforme a exposição repetida ao mesmo, uma vez que, esse sistema não apresenta qualquer tipo de memória e cada episódio de infecção é tratado da mesma forma; A imunidade inata permite o reconhecimento de microrganismos patogênicos e faz o possível para reduzir o número dos mesmos e elimina-los; Ela atua a partir da ação de fagócitos, células dendríticas, células natural killers e proteínas do sistema complemento; Os fagócitos possuem receptores que reconhecem o componente LPS da parede celular do agentes microbianos, o que os estimula a agir; Vale ressaltar que é a imunidade inata quem ativa a resposta da imunidade adquirida. Imunidade Adquirida A imunidade adquirida, ou adaptativa, é representada pelos linfócitos (B e T) e pela proteína anticorpo; Ela só começa a agir de 1 à 5 dias após a infecção e possui um reconhecimento de estruturas muito maior; A resposta da imunidade adaptativa é especifica ao microrganismo e pode ser aumentada conforme a exposição repetida ao patógeno (memória); Suas ações são divididas em: - imunidade humoral: extracelular - imunidade celular: intracelular A imunidade humoral consiste no mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares mediada pelos anticorpos produzidos pelos linfócitos B ativados; Os anticorpos podem: - recobrir os microrganismos; - reconhecer o antígeno sobre as células e ativar as que forem natural killers; - associar-se ás toxinas (complexo imune); - reconhecer fagócitos para a eliminação de microrganismos; - impedir o acesso das toxinas as células e tecidos; A função geral da imunidade humoral é bloquear as infecções e eliminar os microrganismos extracelulares. A imunidade celular é ativada em doenças provocadas por parasitas intracelulares e é representada pelos linfócitos T; Os linfócitos T podem: - ativar os fagócitos que estiverem com microrganismos em suas vesículas; Eliminar qualquer célula que possua microrganismos em sei citoplasma. A imunidade ativa é ativada quando o organismo é exposto a um microrganismo estranho; Ela é responsável por proteger o corpo a partir de uma resposta gerada pelo próprio hospedeiro; Já a imunidade passiva é garantida a partir da administração de soro com anticorpos de indivíduos imunes a indivíduos não infectados; Esse soro garante ao receptor imunidade ao patógeno sem nunca ter sido exposto ao mesmo; É importante ressaltar que a imunidade ativa cria memória, enquanto a passiva não. A resposta imune especifica (RIE) é comumente tida como referência em termos de sobrevivência e evolução; Uma de suas propriedades é a memória, que melhora a capacidade de defesa do organismo a cada encontro com o mesmo microrganismo; Essa memória é possibilitada graças à presença de linfócitos de memória, o que torna os mecanismos de eliminação mais rápidos e eficientes; Resposta Imunologica Primaria A resposta imunológica primaria consiste na primeira participação dos linfócitos virgens na resposta imunológica primária; Alguns desses linfócitos permanecem viáveis por anos; Resposta Imunologica Secundaria A resposta imunológica secundaria é utilizada em infecções persistentes e recorrentes, já que em cada encontro mais linfócitos de memória são gerados; A resposta secundaria é especifica, já que os anticorpos produzidos depois de repetidas inoculações apresentam melhor capacidade de se ligar e neutralizar a toxina do que aqueles produzidos nas primeiras respostas imunes. Etapas da R.I.E. Fase de reconhecimento: - inicia com o reconhecimento do antígeno realizado pelos linfócitos através dos receptores de membrana; - para serem ativados os linfócitos precisam de dois sinais: o antígeno e uma molécula produzida por uma célula da imunidade inata. Fase de expansão clonal: - se inicia a partir do reconhecimento dos sinais do patógeno; - os linfócitos entram em sucessivas divisões (clonagem) para aumentar o número de células especificas contra esse patógeno; Fase efetora: - nessa fase algumas células se diferenciam durante o processo de clonagem e recebem o nome de células efetoras; - isso faz com que anticorpos diferenciados produzidos pelos linfócitos B apareçam; - esse processo ocorre em outros linfócitos, como se todos eles assumissem a função de destruir o patógeno; Fase de declínio: - nesse período o número de patógenos cai e muitos linfócitos morrem por apoptose, mas mesmo assim há uma garantia de que sobre um número viável de linfócitos no corpo, visto que alguns são insensíveis ao estimulo de apoptose; - esses linfócitos remanescentes permanecem em estado de repouso por anos, mas são rapidamente ativados caso o mesmo patógeno entre novamente no organismos (células de memória); Principais características das Respostas Imunes Adaptativas Especificidade: garante que a resposta imune a um microrganismo seja direcionada àquele microrganismo/ antígeno; Diversidade: permite que o sistema imune responda a uma grande quantidade de antígenos; Especialização: gera respostas que são ótimas para a defesa contra diferentes tipos de microrganismos; Não reatividade ao próprio: previne a lesão ao hospedeiro durante as respostas aos antígenos estranhos.
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