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1) Descreva a irrigação do abdômen. No abdômen temos como fonte de irrigação principal a aorta abdominal que emite ramos. Na irrigação dos derivados da porção abdominal superior, a aorta emite o tronco celíaco, que por sua vez emite 3 ramos, sendo eles: a artéria esplênica, que irriga o baço e o pâncreas, a artéria gástrica esquerda que irriga a curvatura menor do estômago e a artéria hepática comum, que por sua vez vai gerar novos ramos. A artéria hepática comum emite 2 ramos, sendo eles a artéria gástrica direita que irá se anastomosar com a artéria gástrica esquerda, contribuindo na irrigação da curvatura menor do estomago, e o outro ramo, a artéria gastroduodenal que lança 2 ramos, a artéria gastromental direita, que irriga a curvatura maior do estomago ao se anastomosar com a gastromental esquerda emitida pela artéria esplênica, e a artéria pancreaticoduodenal, que irá irrigar o pâncreas e o duodeno. Após a emissão dos ramos das artérias gástrica direita e gastoduodenal, a artéria hepática comum passa a ser chamada de artéria hepática própria, que posteriormente solta 3 ramos, a artéria cística, que irriga a vesícula biliar, a artéria hepática direita, que irriga o lóbulo direito do fígado e a artéria hepática esquerda que irriga o lóbulo esquerdo do fígado. Na drenagem dessa porção do abdômen, temos que a veia gastromental esquerda e a veia mesentérica inferior drenam seu sangue para a veia esplênica. Já a veia gastromental direita e a veia pancreaticoduodenal são drenadas para a veia mesentérica superior, que ao se unir com a veia esplênica dá origem a veia porta, que recebe diretamente as veias gástricas direita e esquerda. Na irrigação da porção inferior do abdômen, temos no lado direito a emissão de um ramo da aorta denominado artéria mesentérica superior que emite a artéria cólica média, que irriga o colo transverso, a artéria cólica direita, que irriga o colo ascendente e a artéria ileocólica, que irriga o ceco, o colo ascendente e íleo, e emite artérias ileais e jejunais. A artéria ileocólica também emite a artéria apendicular, que irriga o apêndice vermiforme. Já no lado esquerdo, temos a artéria mesentérica inferior, que emite a cólica esquerda que irriga colo descendente, as artérias sigmoideas que irrigam colo descendente e colo sigmoide e a artéria retal superior, que irriga o reto. Essas artérias se anastomosam, formando o arco justacólico, composto pela artéria marginal. Na drenagem no lado direito, temos a veia ileocólica, a veia cólica direita e a veia cólica média que desembocam conjuntamente na veia mesentérica superior. No lado esquerdo temos a veia retal superior esquerda e direita, veias sigmóideas e retosigmóideas e veia cólica esquerda desembocando da mesentérica inferior, que por sua vez desemboca na veia esplênica e se junta com a veia mesentérica superior, formando a veia porta. 2) Descreva o fígado: A) Em sua relação com o peritônio, divisões, estruturas e vascularização: O fígado normal se situa-se profundamente as costelas e ocupa o hipocôndrio direito, o epigástrio superior e pequena parte de hipocôndrio esquerdo. Tem uma face diafragmática, recoberta por peritônio visceral exceto na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma, e uma face visceral, também recoberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e no espaço portal do figado. É dividido em 4 lóbulos, sendo eles o lóbulo hepático direito, o lóbulo hepático esquerdo, o lóbulo caudado e o lóbulo quadrado. Contém também um espaço denominado fossa da vesícula biliar. É composto pelo ligamento falciforme que divide os lóbulos em direito e esquerdo, ligamento redondo do fígado que é um remanescente fibroso da veia umbilical, ligamento coronário e ligamento triangular esquerdo. Também tem um hilo por onde passa a tríade portal. Tem irrigação dupla, com sangue proveniente em 80% da veia porta e o restante proveniente das artérias hepáticas direita e esquerda. É drenado através das veias hepáticas. B) Em relação com sua histologia: O fígado é separado em lóbulos hepáticos através de uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, suas células, os hepatócitos. Fibras reticulares dão suporte as hepatócitos e aos capilares sinusóides. O espaço entre os hepatócitos delimita os canalículos biliares, e dessa forma a bile flui do centro para a periferia dos hepatócitos. Já a corrente sanguínea flui da periferia para o centro, onde cai na veia centrolobular e é direcionada para as veias hepáticas. No seu espaço portal estão localizados: veia porta, artéria hepática e ducto biliar. As células de Kupffer são macrófagos presentes na parede dos capilares, responsáveis por metabolizarem hemácias velhas, digerir hemoglobina e secretar proteínas relacionadas a processos imunológicos. No espaço de Disse se encontram as células de Ito que são ricas em vitamina A, armazenam lipídeos, são responsáveis pela captação, armazenamento e liberação de retinóides, e secretam proteínas da matriz extracelular e proteoglicanos. 3) Descreva o pâncreas em relação com: A) Em sua relação com o peritônio, divisões, estruturas e vascularização: O pâncreas é uma glândula acessória, alongada e retroperitoneal, que situa-se atrás do estômago, com o duodeno a sua direita e o baço a sua esquerda. É dividido em cabeça, colo, corpo e cauda. O ducto pancreático principal tem início na cauda do pâncreas e termina na cabeça do pâncreas, onde se une ao ducto colédoco para formar a ampola hepatopancreática. O pâncreas também tem o ducto pancreático acessório. Sua irrigação ocorre através da artéria esplênica e pancreáticaduodenal, que emitem artérias pancreáticas e sua drenagem ocorre por meio da veia esplênica e da veia mesentérica superior. B) Em relação com sua histologia: O pâncreas é uma glândula mista, com porção exócrina e porção endócrina. Uma cápsula delgada de tecido conjuntivo reveste o pâncreas e envia septos para o seu interior, separando-o lóbulos. Sua porção exócrina é formada por ácinos serosos, com composição parecida com a da parótida, exceto pela ausência de ductos estriados e presença de ilhotas pancreáticas. As células acinosas tem formato piramidal, são polarizadas, com núcleo esférico, com polo basal basófilo e polo apical acidófilo. As células centroacinosas correspondem as células ductais, e compõe os ductos intercalares. Na sua porção endócrina, suas células têm pouca afinidade a corantes e são as ilhotas pancreáticas são compostas por células alfa que secretam glucagon e células beta que secretam insulina. O pâncreas tem como funções principais a produção de enzimas digestivas, de secreção de bicarbonato de sódio para neutralização do quimo e produção de hormônios que serão liberados na corrente sanguínea. 4) Quanto a musculatura relacionada a mastigação, responda: A) Quais são os músculos da língua, suas classificações e como eles atuam? Os músculos na língua se dividem em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos da língua são o m. genioglosso, m. hioglosso, m. estiloglosso e m. palatoglosso, e tem origem fora da língua e se fixam a ela. Eles movimentam a língua, alterando também seu formato. Os músculos intrínsecos são o m. longitudinal superior, m. longitudinal inferior, m. transverso e m. vertical são limitados à língua. Eles têm suas fixações completamente na língua e não estão fixados a osso. Os músculos longitudinais superior e inferior atuam juntos para tornar a língua curta e grossa e para retrair a língua para dentro da boca. Os músculos transverso e vertical atuam simultaneamente para tornar a língua longa e estreita, o que pode empurrar a língua contra os dentes incisivos ou colocar a língua para fora com a boca aberta. B) Como ocorre a mastigação e quais músculos estão envolvidos? Os músculos da mastigação são o m. temporal, o m. masseter, o m. pterigóideo lateral e m. pterigóideo medial. Os músculos temporal,masseter e pterigóideo medial elevam a mandíbula, enquanto o pterigoideo lateral protrai a mandíbula e abaixa o queixo. Os músculos digástrico, estilo-hiódeo, milo-hiódeo e geno-hióideo também auxiliam no abaixamento da mandíbula. 5) Disserte sobre a histologia do estômago A mucosa gástrica é formada por epitélio glandular com fossetas gástricas, que são unidades secretoras tubulares e ramificadas. Cada região tem suas fossetas com formatos diferentes, mas todos com lâmina própria, com células musculares lisas separando da submucosa e células linfoides. Seu epitélio é colunar simples e suas células secretam muco alcalino, e contam com junções de oclusão entre si. A porção da cárdia tem suas fossetas menos profundas e com poucas ramificações, e conta com células secretoras de muco e lisozimas, mas também apresenta poucas células parietais. O fundo e o corpo do estômago contam com glândulas tubulares que se abrem nas fossetas, que são mais profundas e menos ramificadas, com 3 a 7 glândulas por fosseta. As glândulas contêm istmo, colo e base, com distribuição dos tipos celulares ao longo dessas porções. No istmo existem células mucosas em diferenciação que vão substituir o epitélio, células trono e células parietais. No colo estão presentes células tronco, mucosas do colo e parietais. Na base das glândulas estão localizadas células parietais e zimogênicas (principais). As células enteroendócrinas se encontram no colo e na base. Os 5 tipos celulares são divididos em células tronco, com alta taxa de mitose, migram e se diferenciam em mucosas do colo, parietais, zimogênicas ou enteroendócrinas; células mucosas do colo, com formato irregular, núcleos na base da célula, secretando mucina com propriedades antibióticas; células parietais de formato arredondado/piramidal, são responsáveis por produzir H+ e Cl- e têm estruturas tubulovesiculares que se abrem ao lúmem quando estimuladas por gastrina, formando os canalículos intracelulares, sendo também estimuladas por histamina; células zimogênicas com citoplasma com grânulos de pepsinogênio, e também, em menor quantidade, de lipase gástrica; células enteroendócrinas que são encontradas na base das glândulas e secreta diversos hormônios, tendo diferentes denominações, como células G, que secretam gastrina (abundantes no antro pilórico). No antro pilórico, existem glândulas pilóricas, com fossetas longas e glândulas mais curtas. As glândulas pilóricas secretam muco e lisozima. No piloro também existem células G, responsáveis por liberarem gastrina. A submucosa gástrica é composta por tecido conjuntivo moderadamente denso, com vasos, infiltrada com células linfoides e macrófagos. Sua camada muscular possui fibras ordenadas em direções, sendo elas externa longitudinal, média circular e interna obliqua. É revestido por uma serosa delgada. 6) Disserte sobre histologia do intestino delgado: A mucosa intestinal é composta por pregas permanentes, vilos e microvilos. Tem epitélio simples colunar com células absortivas e caliciformes, que tem continuidade com a criptas de Lieberkuhn, que contém células absortivas, caliciformes, enteroendócrinas, células de Paneth e células tronco. As células absortivas são colunares altas, com núcleos ovais. Tem microvilosidades que criam uma borda em escova. As células caliciformes se encontram entre as células absortivas, aumentando sua quantidade em direção ao íleo. Secretam mucina, que protege e lubrifica o intestino. As células de Paneth se localizam na porção basal das criptas, são células exócrinas, e secretam lisozima e defensina. As células tronco no terço basal das criptas e são responsáveis pela renovação celular das criptas. As células M são responsáveis por revestir a superfície das Placas de Peyer, com muitas invaginações, captando os antígenos por endocitose. Por fim, as células endócrinas podem ser tipo abert0 (comunicação com o lúmen), ou tipo fechado, podendo ter ação parácrina ou endócrina. O duodeno contém glândulas duodenais (Brunner) na sua submucosa, o que a diferencia de outras porções do intestino. As glândulas duodenais secretam muco alcalino para a proteção da mucosa duodenal. O íleo contém as Placas de Peyer, que são agregados linfoides, revestidos pelas células M. 7) Como ocorre a absorção intestinal de nutrientes? A absorção intestinal de nutrientes tem início com o desbalanço iônico gerado pela bomba de Na+/K+ que joga o sódio para corrente sanguínea e deixa as concentrações de sódio mais baixas na célula. Dessa maneira, o sódio do lúmen tende a ser absorvido, e pode entrar na célula por 3 maneiras: através de um cotransporte com glicose através dos transportadores SGLT, o que é de extrema importância para a absorção de glicose no corpo; por meio do cotransporte com aminoácidos, o que também na absorção de aminoácidos; e por fim, através do contratransporte sódio/hidrogênio, que libera H+ para o lúmen, que ao entrar em contato com o HCO3-, forma H2CO3, que se dissocia em H2O e CO2. Essa água formada é transportada por osmose e é de extrema importância pois auxilia no carreamento de micronutrientes, e o CO2 cai na corrente sanguínea, sendo expelido pelos pulmões. 8) Explique como ocorre o reflexo da defecação. O enchimento das porções do intestino grosso, distende as paredes do mesmo e estimula terminações nervosas, que levam o estimulo para a medula, que envia de volta um reflexo de aumento das ondas peristálticas por todo o intestino grosso e um reflexo de relaxamento para a musculatura retal e para o esfíncter interno do ânus, causando o reflexo de defecação. Se o esfíncter anal externo estiver relaxado, a evacuação acontece, caso contrário, o indivíduo contrai o esfíncter externo do ânus, que é uma musculatura voluntária. O reflexo então desaparece e pode retornar minutos ou horas depois. 9) Explique como os hormônios colecistocinina e secretina atuam no trato gastrointestinal. A colecistocinina é secretada em momentos em que há muita gordura e proteína presente no duodeno, já a secretina é estimulada pelo pH ácido proveniente do quimo. Ambos os hormônios inibem moderadamente o esvaziamento gástrico. No pâncreas a colecistocinina atua estimulando a secreção enzimática das células acinosas enquanto a secretina vai estimular a secreção de bicarbonato de sódio pelos ductos das células acinosas. No fígado, a secretina aumenta a secreção de água e bicarbonato, mas não em tanta quantidade quanto no pâncreas e a colecistocinina estimula a liberação de bile diretamente, sem ser armazenada na vesícula biliar. Já na vesícula biliar, a colecistocinina estimula sua contração e o relaxamento do músculo esfíncter do ducto colédoco, permitindo a passagem de bile. 10) Explique o caminho da bile. O fígado é responsável por produzir a bile, e essa é direcionada através do ducto hepático comum, que se junta com o ducto cístico, formando o ducto colédoco. Ao fluir pelo ducto colédoco em períodos de não alimentação, encontra seu músculo esfíncter do ducto colédoco contraído, e sofre um refluxo para a vesícula biliar, onde será concentrada. Após a alimentação, a colecistocinina promove uma contração da vesícula biliar e o relaxamento do músculo esfíncter do ducto colédoco, permitindo que a bile flua através do ducto cístico, para o ducto colédoco se juntando com o ducto pancreático principal, formando assim a ampola do ducto hepatopancreático, desembocando na papila maior do duodeno, permitindo que essa secreção entre em contato com o quimo no duodeno. 11) Explique um pouco sobre a fenilcetonúria A fenilcetonúria é um erro inato do metabolismo proteico, de caráter recessivo, que ocorre pela mutação no gene FAH, localizado no cromossomo. O gene FAH é responsável por iniciar a transcrição da fenilalanina hidroxilase, e sua mutação impede a conversão de fenilalanina em tirosina, sendo acumulada nos tecidos neurais e seu excesso gera efeito tóxico, podendo ocasionarretardo mental. 12) Quanto a medicamentos do trato gastrointestinal: A) Quais medicamentos atuam na acidez gástrica e seus mecanismos: Na neutralização da acidez gástrica, temos os antiácidos, que são medicamentos, que ao reagirem com o HCl vão ocasionar uma reação de neutralização. Os principais antiácidos são bases fracas, uma vez que os sais fracos como o bicarbonato de sódio (H2CO3) ocasionam a liberação de CO2, causando certa distensão abdominal. O hidróxido de Magnésio tem boa eficácia, mas caráter laxativo, enquanto o hidróxido de Alumínio, tem caráter constipatório, isso faz com que eles sejam frequentemente associados em antiácidos. É interessante administrá-los fora de horário de outros fármacos, uma vez que ele pode diminuir a absorção de outros fármacos e alterar sua biodisponibilidade. Não tem grandes contraindicações, mas seu uso excessivo pode causar hipersecreção ácida rebote, em resposta a grande basicidade a qual o estômago tem sido submetido. Usados em casos de dispepsia e alívio sintomático de úlcera péptica. Os antagonistas do receptor de H2 atuam se ligando aos receptores H2 da célula ao invés da histamina, que estimularia a secreção ácida. Esses medicamentos atuam na secreção basal e por isso devem ser administrados a noite, ocasionando uma redução de cerca de 70% da secreção. Seus principais fármacos são a cimetidina, ranitidina, nizatidina e famotidina. São usados em casos de úlcera péptica e esofagite de refluxo. Os inibidores da bomba de prótons atuam impedindo a ação da H+/K+/ATPase. Eles são pró-fármacos, e ao entrarem em contato com o pH gástrico são ativados e entram nos canalículos das células parietais, bloqueando-os de maneira irreversível. Atuam na secreção de ácido estimulada, uma vez que a célula parietal e a célula enterocromafim são estimuladas pela gastrina diretamente em seus receptores CCK2, fazendo com a célula enterocromafim libere histamina para sensibilizar os receptores H2 da parietal e que a célula parietal libere diretamente H+. As células parietais têm que ser então substituídas, o que demora de 2 a 3 dias. Dessa maneira são normalmente administrados pela manhã, 30 minutos antes das refeições. Suprime de 80% a 95% da secreção de ácido, e seus principais fármacos são o omeprazol, o lansoprazol, pantoprazol e esomeprazol. Úlcera péptica, esofagite do refluxo, componente do tratamento de H. pylori. O misoprostol é um análogo de prostaglandinas, que inibem a secreção de ácido por meio dos receptores de EP3 nas células parietais e suas prostaglandinas estimulam a proteção da mucosa gástrica. Entretanto causa muitas contrações uterinas em mulheres e é um potencial abortivo. Exemplo: Cytotec O sucralfato em ambiente ácido sofre uma ligação cruzada, produzindo um polímero que adere as células epiteliais e faz uma “barreira”, auxiliando ainda na produção de prostaglandinas. Como exemplo o sucralfilm. B) Como atuam os antieméticos, antidiarreicos e laxantes. O centro do vômito na medula é um local que controla o ato físico de vomitar, entretanto uma área denominda zona do gatilho quimiorreceptora é responsável por receber estímulos de diversos locais do corpo que induzem ao vômito. É nessa área que a maior parte dos antieméticos atua. A serotonina (5-HT) liberada pelas células enterocromafins estimula os receptores 5-HT a ocasionarem o vômito, nesse caso, os antagonistas de receptores 5-HT3 atuam interagindo com essas células e impedindo a ligação da serotonina. Os fármacos são a ondansetrona, granisetrona e palonosetrona. Os receptores muscarínicos e de H1 também são alvos que antagonistas de H1, como a prometazina e o dimenidrinato. Os antagonistas de D2 como a metoclopramida e a domperidona atuam no trato gastrintestinal, se ligando aos receptores de dopamina que inibem a estimulação colinérgica do musculo liso. Os fármacos antidiarreicos são opioides que exercem efeito constipativo, atuam inibindo nervos colinérgicos pré- sinápticos nos plexos submucoso e mioentérico, diminuindo a motilidade do trato gastrointestinal, entretanto seus opioides não atravessam a barreira hematoencefálica, sendo seus principais a loperamida e o difenoxilato, Os fármacos laxativos podem ser osmóticos, que por meio de compostos não absorvíveis, retém água no intestino por osmose, deixando o bolo fecal mais diluído, distendendo o intestino e facilitando a evacuação, como o hidróxido de magnésia. Podem ser também emolientes/surfactantes fecais e atuam reduzindo a tensão superficial das fezes e permitindo a mistura de substâncias aquosas e de lipídeos no bolo fecal, como o docusato de sódio. Também existem os estimulantes, como o bisacodil, que atuam estimulando diretamente o sistema nervoso entérico a aumentar sua motilidade. 13) Como ocorre a sinalização celular. A comunicação entre células é de extrema importância pra o organismo, dessa forma é necessário que o sinal extracelular que chega à membrana plasmática seja transmitido por meio da membrana até o citoplasma. Dessa forma alguns sinalizadores celulares são atuantes, como os hormônios lipossolúveis, que atravessam diretamente a membrana plasmática passivamente e os hormônios hidrossolúveis, que se conectam a receptores fazendo com que o domínio transmembrana do receptor sofra uma alteração conformacional e seu domínio citoplasmático libere um sinal, que resulta na produção de um segundo mensageiro solúvel. Os hormônios lipossolúveis que passam diretamente pela membrana são os tireoidianos, os esteroides derivados do colesterol, o ácido retinóico e a vitamina D. Os hormônios esteroides entram na célula, se ligam ao receptor de esteroides e são translocados até o núcleo, onde se ligam ao complexo regulador do DNA e estimulam o início de uma transcrição. Nos casos de glicocorticoides-cortisol no córtex da suprarrenal, o cortisol entra na célula e é carregado pela chaperona (seu receptor), que o carrega até o núcleo, mas não entra junto com o cortisol. Já no fígado, o cortisol entra no núcleo junto com seu receptor proteico intracelular. Para hormônios hidrofílicos, após a união com os seus receptores de membrana, segundos mensageiros são produzidos. Seus ligantes celulares podem ser: receptores acoplados a canais iônicos, receptores acoplados a proteína G e receptores acoplados a enzimas. Nos receptores acoplados a canais iônicos, sinalizadores como a acetilcolina se ligam abrindo o canal e permitindo a entrada de íons atuaram na célula. Os receptores acoplados a proteína G conhecidos com GPCRs, são alvos de cerca de 30% a 50% das drogas terapêutica e seus ligantes controlam os componentes sensíveis a hormônios, odor, neurotransmissores. Suas moléculas de sinalização intracelular ocorrem através da fosforilação de compostos como o GDP, para ativá-lo, pela quinase ou desfosforilação do GTP pela fosfatase, para desativá-lo. Podem ter como segundos mensageiros o Ca+2, como a calmodulina, os IP3 e DAG, e os cAMP e cGMP. Os receptores acoplados a enzimas também são vias de sinalização, e podem ser, por exemplo, a tirosina quinase, que é um receptor de insulina. A insulina está diretamente relacionada com a colocação de receptores GLUT-4 na superfície muscular. 14) Discorra sobre os transportadores GLUT: O GLUT-1 é um transportador com Km 1-2 mM, portanto tem alta afinidade a glicose, sendo encontrado no cérebro (astrócitos), eritrócitos e endotélio. O GLUT-2 tem um Km que varia de 15-20 mM e por isso é pouco sensível a glicose, sendo necessárias altas concentrações para sensibilizá-lo, estando presente nos rins, intestino delgado, fígado e células beta pancreáticas. O GLUT-3 tem seu Km na faixa de 10 mM, sendo encontrado nos neurônios e na placenta, considerado um transportador de alta afinidade. O GLUT-4 tem sua faixa de Km a 5 mM para glicose, presente no músculo esquelético e cardíaco e no tecido adiposo, sendo um transportador que depende de insulina para serenviado até a superfície celular. 15) Como a secreção de insulina é controlada no pâncreas? Os receptores GLUT-2, presentes nas células beta pancreáticas, são sensibilizados a altas taxas de glicose sanguínea, por volta de 270 a 360mg/dl. Quando sensibilizados, a glicose entra na célula, sofre os processos de glicólise, ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidativa e seu ATP liberado impede o funcionamento dos canais de potássio. O potássio que saia da célula deixando a polarizada, positiva fora e negativa dentro, para de sair, fazendo com que ocorra uma despolarização e os canais de cálcio dependentes de voltagem sejam ativados. Esse Ca+2 que entra na célula ativa mecanismo de transporte de insulina, fazendo com que ela caia na corrente sanguínea. 16) Quanto ao desenvolvimento embrionário, explique como ocorre: A) A rotação do estomago: Durante a 4ª semana ocorre uma dilatação na porção distal do intestino anterior, originando o estômago primitivo, logo esse estômago primitivo cresce e se alarga ventrodorsalmente. Durante as próximas semanas, a margem dorsal cresce mais do que sua margem ventral, demarcando a curvatura maior do estômago. Esse crescimento desigual, assim como o alargamento dos órgãos adjacentes contribui para uma rotação de 90º do estômago, no sentido horário. Dessa maneira, a margem ventral se move para a direita, delimitando a curvatura menor e a margem dorsal se move para a esquerda, delimitando a curvatura maior. Sua porção caudal se eleva e se move para direita e sua porção cefálica se move para baixo e ligeiramente para a esquerda. B) A herniação fisiológica e rotação do intestino. À medida que o intestino se alonga, ele forma uma alça em formato de U, que se projeta para o interior do cordão umbilical, em um processo de herniação fisiológica, devido à falta de espaço na cavidade abdominal, devido o fígado volumoso e rins. Devido o crescimento maior da alça da porção cranial (intestino delgado), ocorre uma rotação de 90º no sentido anti-horário, na qual a alça cranial (intestino delgado) vai para baixo e a alça caudal (intestino grosso) vai para cima. A porção cranial, agora em baixo, se alonga e da origem ao jejuno e íleo primitivos. Durante a 10ª semana, os intestinos retornam para o interior da cavidade abdominal, possibilitado pelo alargamento da mesma. Assim, quando o intestino grosso retorna, ele sofre mais um giro de 180º no sentindo anti-horário, delimitando os colos ascendente, transverso e descentes, assim como um deslocamento para direita delimita o colo sigmoide. A onfalocele ocorre quando o intestino não retorna na 10ª semana para a cavidade abdominal, ficando no cordão umbilical. Ela é prejudicial uma vez que o giro de 180º no sentido anti-horário não ocorre, prejudicando a formação do intestino grosso. Já a gastroquise ocorre devido um defeito congênito na parede abdominal, o que permite a extrusão das vísceras abdominais, que podem entrar em contato com o líquido amniótico, causando uma inflamação nessas vis
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