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APOSTILA TERAPIA ANTIMICROBIANA

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Terapia Antimicrobiana 
Prática 
Antibióticos e quimioterápicos 
Felipe Carniel 
 
PRINCÍPIOS PARA A UTILIZAÇÃO DA 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
REGRA 1: Escolha do antibiótico pela identificação e caracterização 
do patógeno, determinação da sensibilidade antimicrobiana, 
características e localização da afecção e espectro de ação do 
antibiótico. 
REGRA 2: Obtenção de concentrações efetivas. Esquema 
terapêutico correto (dose, frequência, tempo de tratamento, via de 
administração, necessidade ou não de associação e/ou infusão) e 
localização da infecção (meningoencefalite, prostatite). 
REGRA 3: Respeitar as contra-indicações e analisar os possíveis 
efeitos colaterais como nefro, hepato e neurotoxicidade. Cuidado 
com gestantes, lactantes, jovens, neonatos e idosos. 
REGRA 4: Fornecer terapêutica de suporte como fluidoterapia, 
apoio nutricional, transfusão sanguínea, oxigenoterapia e correção 
de outros distúrbios concomitantes. 
RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS 
Fatores que favorecem a seleção e disseminação de resistência: 
Uso abusivo de fármacos, uso indiscriminado e incorreto, pacientes 
imunossuprimidos, uso de antimicrobianos em ração animal. 
O ideal seria concentrar estratégias preventivas como não utilizar 
antimicrobianos se possível, antimicrobianos de última geração 
somente quando só eles vão funcionar, utilizar cultura e 
antibiograma sempre, utilizar toda informação disponível para 
otimizar os protocolos de tratamento, minimizar a exposição da 
população bacteriana ao tratamento com antibióticos e utilizar 
registros de tratamento e os resultados para otimizar esquemas de 
antimicrobianos. 
 
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QUIMIOTERÁPICOS ANTIMICROBIANOS 
 
 
QUIMIOTERÁPICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
SULFONAMIDAS 
Bacteriostática. É 
potencializada com 
o trimetoprim 
(outro 
bacteriostático) 
para tornar-se 
bactericida. 
Ex.: Sulfametoxazol, 
sulfadimetoxina, 
sulfadiazina. 
Competem com 
PABA (não 
consegue se 
multiplicar). 
Em formação de 
pus NÃO é 
indicado, pois tem 
muito PABA – o ATB 
consegue inibir o 
PABA, então vai 
formar ácido fólico 
(precursor DNA 
bacteriano). 
Bacilos G- 
Cocos G+ 
Clamídias 
Toxoplasma 
Coccídeos. 
Leptospira, 
Klebsiella e 
Pseudomonas 
são resistentes 
naturais. 
Pode ter 
resistência 
cruzada (a outros 
fármacos da 
mesma classe). 
Boa absorção oral. 
Parenteral: IV. NÃO USAR 
IM/SC: pode causar 
irritação local, toxidez 
sem benefício 
terapêutico. 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL na forma ativa – 
significa que pode ser 
usado para infecção renal 
– mas sobrecarrega o rim. 
E: LEITE respeitar período 
de carência. 
Necrose hepática aguda, 
anemia macrocítica, 
cristalúria renal (terapia 
longa), trombocitopenia e 
ceratoconjutivite. 
Aves: diminui postura e 
ovos com casca fina e 
enrugada. 
Cães e gatos Infecções 
urinárias, toxoplasma, enterite 
por Salmonella, parvovirose 
(enterite bacteriana 
secundária) e 
broncopneumonia. 
 
Bovinos 
Actinobacilose, Actinomicose e 
Pausterelose. 
 
Ovinos e caprinos 
Abscessos no casco, enterite, 
poliartrite e infecções 
respiratórias. 
 
Aves 
Enterite, no TR, coccidiose. 
 
 
 
DERIVADOS DO 
NITROFURANO 
São 
bacteriostáticos. 
Nitrofurazona, 
nitrofurantoína e 
furazolidona (único 
sistêmico). 
Inibem a acetilCoA 
bacterina (não inibe 
nos mamíferos). 
G + 
G– 
Trypanossoma 
Giárdia e 
Trichomonas. 
Proteus, 
Pseudomonas 
aeruginosa e 
Klebsiella. 
 
 USO PROIBIDO PARA 
ANIMAIS DE PRODUÇAO 
 resquício (subdose) na 
carne/leite 
Nitrofurantoina é de aplicação 
tópica em feridas e para 
infecções do trato urinário 
inferior. Não chega a 
concentração adequada no rim. 
Furazolidona é usada para 
enterite bacterinana. 
123 
 
QUIMIOTERÁPICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
 
 
 
 
 
QUINOLONAS 
São bactericidas de 
amplo espectro e 
preferenciais GRAM 
NEGATIVOS. Só 
contra aeróbico. 
Penetra bem em 
barreiras orgânicas 
(BHE, BO, BP). 
Ex.: Enrofloxacina, 
ciprofloxacina, 
marbofloxacina, 
orbifloxacina e 
difloxacina. 
Inibem a DNA 
girasse, causando 
morte bacteriana. 
Amplo espectro, 
mas é 
preferencial G – 
Atua apenas 
contra aeróbicos. 
 
Em geral tem 
pouca resistência. 
Possui 
RESISTÊNCIA 
CRUZADA com 
cefalosporinas 
cloranfenicol e 
tetraciclinas. 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL (exceto 
difloxacina, que também 
é eliminada 50% via biliar 
– não aconselhada pra 
infecção de TU) 
Teratogenia em fêmeas 
prenhas. Filhotes de raças 
pequenas (até 8 meses) e 
grandes (até 18 meses) 
tem erosão na cartilagem 
articular. Associação com 
AINE causa excitação no 
SNC. Com warfarina, 
sangramento. Com Zn e 
Mg, absorção 
inadequada. (adm 2h 
antes ou depois). Com 
flotril 10% inflamação na 
derme quando é feito SC 
(só IM). 
Infecções ósseas como 
osteomelite por gram–. 
Infecção respiratória por gram 
– (Atinge concentração 
adequada na secreção 
brônquica e dentro do osso). 
Infecções do TU, enterites, 
prostatites, piodermites, 
meningoencefalites (com e sem 
inflamação) e endocardites. 
 
 
 
NITROIMIDAZOIS 
Metronidazol é 
mais conhecido na 
veterinária. 
É bactericida (só 
contra anaeróbicos) 
e protozoaricida 
(giárdia 
principalmente) 
Inibe replicação, 
inativa o DNA 
 VO ou IV apenas. 
 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL 
Muda cor da urina  
castanha clara 
Pode causar teratogenia. 
Nistagmo, 
comportamento 
compulsivo, perda da 
noção do equilíbrio, 
cabeça pendida, 
convulsão. (IV muito 
rápida ou em 
superdosagem). 
Infecções bacterianas 
anaeróbicas, supercrescimento 
bacteriano intestinal por 
enterite bacteriana secundária 
a parvovirose, pancreatite 
aguda e giardíase. 
A principal causa de colite são 
as bactérias do gênero 
Clostridium. 
 
 
 
124 
 
ANTIBIÓTICOS 
 
 
ANTIBIÓTICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
 
 
 
CEFALOSPORINAS E 
ANÁLAGOS 
1ª geração: 
cefalexina, 
cefalotina e 
cefazolina. 
2ª geração: 
ceftiofur, cefoxitina 
e cefuroxima. 
3ª geração: 
ceftriaxona e 
cefotaxima. 
4ª geração: 
cefovecina 
(CONVENIA). 
CUIDADO! ÉTICA! 
 
 
Penetra a parede 
celular. 
1ª geração: G+ 
2ª geração: G– 
3ª geração: amplo 
espectro. 
Atua nos 4 
quadrantes e 
penetra barreiras 
orgânicas. 
 M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL 
 1ª geração: utilizadas para 
piodermites (atingem altas 
concentrações na pele). 
3ª geração: metrite pós parto, 
infecções urinárias, pré e trans 
cirúrgico e fraturas. 
 
 
 
AMINOPENICILINAS 
(PENICILINAS 
SEMISSINTÉTICAS) 
São bactericidas. 
Ampicilina (IV) e 
amoxicilina (ótima 
absorção oral). 
Penetra a parede 
celular. 
G– e G+, mas é 
preferencial G+. 
Atua nos 4 
quadrantes. 
Klebsiella, 
Proteus, 
Pseudomonas. 
Amoxicilina e 
ampicilina 
apresentam 100% 
de resistência 
cruzada. 
M: HEPÁTICO 
 
E: 100% RENAL! Cuidar 
com nefropatas. 
Absorção 100% intestinal 
(exceto em cavalos). São 
boas para tecidos moles e 
não atravessam barreiras 
orgânicas. 
 
 
Hipersensibilidade, 
doença renal crônica. 
Leptospira. 
Atinge ótima concentração em 
pulmão e bile (bom para 
hepatite). Não atinge 
concentração tão boa na pele. 
Utilizadas também para 
gastroenterite,pneumonias 
(principalmente G+) e profilaxia 
para neutropênicos. 
125 
 
ANTIBIÓTICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
 
 
AMINOGLICOSÍDEOS 
São bactericidas. 
Ex.: neomicina, 
gentamicina, 
tobramicina e 
estreptomicina. 
Bloqueia o RNAt e 
RNAm 
G– aeróbicos. 
Não atravessa 
bem as barreiras 
orgânicas. 
Anaeróbias 
obrigatórias, 
Listeria. 
Via parenteral ou tópica! 
VIA ORAL NÃO! 
E: 100% RENAL ativa 
Nefrotoxicidade (ordem 
mais tóxico/menos 
tóxico): neomicina, 
gentamicina, tobramicina 
e estreptomicina. 
Se associar com AINE ou 
Fe aumenta a 
nefrotoxicidade. 
Septicemia, bacteremia, artrite 
séptica e infecções 
respiratórias. 
 
 
 
ANFENICOIS 
Ex.: cloranfenicol e 
florfenicol. 
Competem com 
RNAm na 
subunidade 50s, 
impedindo a 
síntese proteica. 
G+, G–, Clamídias, 
Mycoplasma e 
Rickettsias. 
Em geral tem 
pouca resistência, 
porém apresenta 
resistência 
cruzada com 
macrolídeos e 
lincosaminas 
(competem pelo 
mesmo sítio). 
Ultrapassam bem as 
barreiras (entra dentro da 
célula) e tem boa difusão 
tecidual. 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL E BILIAR 
Alta dose faz supressão 
na medula óssea de cães. 
Neonatos possuem fígado 
insuficiente em enzimas 
para metabolizar 
adequadamente. Fêmeas 
lactantes passam para o 
filhote. 
Florfenicol é indicado para 
meningoencefalite secundária à 
cinomose e pododermatite em 
ruminantes. 
Cloranfenicol tópico para úlcera 
de córnea (Moraxella bovis). 
 
 
 
TETRACICLINAS 
São 
bacteriostáticos. 
Inibe a síntese 
proteica no RNA 
(subunidade 30s). 
G+, G–, aeróbica, 
anaeróbica, 
Clamídias, 
Rickettsias, 
Epiroquetas, 
Mycoplasma e 
Erlichia. 
Bem baixa, porém 
tem resistência 
cruzada com as 
quinolonas. 
VO Esofagite, principalmente 
em felinos (administração 
em cápsulas). 
Micoplasmose, erliquiose, 
ceratoconjuntivite infecciosa e 
Rickettsia rickettsii. 
 
 
 
MACROLÍDEOS 
São 
bacteriostáticos. 
Ex.: eritromicina, 
azitromicina, 
tilosina e 
espiramicina 
Competem com o 
RNAm na 
subunidade 30s, 
impedindo a 
síntese proteica. 
Eritromicina: 
cocos G+, 
Mycoplasma, 
alguns G–, 
Pasteurella e 
Campilobacter. 
Tilosina: 
Mycoplasma 
Com anfenicois e 
lincosaminas. 
Eritromicina e tilosina em 
forma de drágea, devido 
à sensibilidade ao pH 
estomacal. São 
lipossolúveis, mas não 
penetram no SNC e nem 
no ouvido médio. 
Azitromicia (interior de 
leucócito). 
 Espiramicina: periodontite e 
gengivite. 
Cães: Campilobacteriose 
entérica. 
Suínos: artrite séptica e rinite 
atrófica. 
Bovinos: metrite. 
Aves: coriza infecciosa. 
126 
 
ANTIBIÓTICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
 
 
LINCOSAMINAS 
São 
bacteriostáticos. 
Ex.: clindamicina e 
lincomicina. 
 Competem com 
o RNAm na 
subunidade 50s, 
impedindo a 
síntese proteica. 
Atua nos 4 
quadrantes (G+, 
G–, aeróbicos e 
anaeróbicos. 
Atua também em 
protozoários e 
Mycoplasma. 
Resistência 
cruzada com 
anfenicois e 
macrolídeos. 
Clindamicina atua em 
bem ossos, tecidos moles 
e tendões. 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL ativa 
Bloqueio neuromuscular 
em cães, gatos e suínos, 
levando à paralisia 
flácida. 
Enterotoxicicidade em 
coelhos e equinos. 
Clindamicina: toxoplasmose, 
neosporose, osteomielites e 
periodontites. 
Lincomicina: ruminantes e 
suínos – Staphylococcus, 
Streptococcus e Mycoplasma. 
 
 
PENICILINAS E 
ANÁLAGOS (BETA-
LACTÂMICOS) 
Produzidas por 
fungos. São 
bactericidas. Boa 
penetração em 
tecidos moles e não 
penetra em 
barreiras orgânicas. 
Se administrar 
penicilina quando 
há inflamação, ela 
penetra, porém 
quando desinflama 
não penetra mais e 
gera resistência. 
Ex.: Penicilina G 
cristalina, G 
procaína e G 
benzatina. 
Lise osmótica 
celular, inibindo a 
transpeptidase de 
membrana. 
G+, cocos G–, 
aeróbicos e 
anaeróbicos, 
epiroquetas e 
actinomicetos. 
Bactérias que 
produzem beta-
lactamases 
destroem o anel 
beta-lactâmico. 
Bacilos G– 
M: HEPÁTICO 
 
E: RENAL 
 
Eficaz apenas quando 
administrada via 
PARENTERAL! 
Tem pouca ligação a PP. 
Quanto a duração: a 
benzatina é a que age por 
mais tempo e a cristalina 
por menos. 
Penicilina associada a 
AAS ou fenilbutazona 
gera toxocicidade 
(competem pelo mesmo 
sitio ativo de PP, 
sobrando ATB disponível). 
Elimina via leite e deixa 
resíduos na carne. 
NUNCA associar com 
tetraciclinas, por que 
uma antagoniza a outra. 
Pode causar doenças 
imunomediadas e a 
infusão rápida pode 
causar distúrbios 
neurológicos. Apenas a 
cristalina pode em 
infusão rápida. 
Pneumonia em grandes, 
clostridioses gangrenosas, 
listeriose, pasteurelose, 
manqueia em bovinos e ovinos, 
tétano, endometrite em 
bovinos e ovinos, Erysipelothrix 
em suínos. 
Bom para tecidos moles. 
Infecções cutâneas geram 
muita resistência. 
 
 
ISOXAZOLILPENICILINAS 
(PENICILINA 
SEMISSINTÉTICA) 
São bactericidas. 
Ex.: oxacilina e 
dicloxacilina (VO). 
Inibem a síntese 
da parede celular. 
Somente G+. A 
vantagem é que 
inibem algumas 
beta-lactamases. 
Bactérias 
meticilina-
resistentes. Não 
efetivas para G– 
E: 100% RENAL (cuidar 
nefropatas). 
Estáveis em pH ácido. 
 Staphylococcus, Streptococcus, 
Listeria, Clostridum e 
produtores de beta-lactamases 
em geral. 
127 
 
ANTIBIÓTICO CARACTERÍSTICAS MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
AÇÃO 
RESISTÊNCIA 
BACTERIANA 
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS USOS TERAPÊUTICOS 
 
CARBOXIPENICILINAS 
E UREIDOPENICILINAS 
Ticarcilina e 
piperacilina. 
 G– Pseudomonas e 
Proteus são 
multirresistentes. 
 Otite externa por Pseudomonas 
aeruginosa. 
 
CARBAPENÊMICOS E 
MONOBACTÂMICOS 
Imipenem e 
meropenem. NÃO 
utilizar em animais 
de produção. 
Ultrapassa barreiras 
orgânicas. 
Lise osmótica 
celular. 
TUDO, exceto a 
superbactéria 
(KPC – Klebsiella 
pneumoniae 
carbapenemase). 
 Só IV. Nefrotóxico se associado 
com cilastatina. Se 
adminar junto com 
lactato, a ação é inibida. 
Infecção hospitalar e 
septicemia. 
 
POLIPETÍDEOS 
São bactericidas. 
Polimixina E, 
polimixina B e 
bacitracina. 
 Polimixina B e E: 
G– 
Bacitracina: G+ 
 Baixa absorção via oral. Nefrotóxico em altas 
doses. 
Otites. Em animais de produção 
a colistina (polimixina E) é 
misturada na ração. 
 
GLICOPEPTÍDEOS 
São bactericidas. 
Ex.: vancomicina e 
teicoplanina 
Inibem a síntese 
da parede celular. 
G+ 
As meticilinas são 
sensíveis a essa 
classe. 
 NÃO tem absorção oral. 
Atravessa BHE. 
Ototóxico e nefrotóxico. Não usar em animais de 
produção. 
 
OXAZOLIDINONAS 
Linezolida. Liga-se ao loco 
235 do RNAr na 
subunidade 50s, 
inibindo a 
formação da 70s. 
 Staphylo-meticilina resistente, 
Streptococcus de pulmão 
resistente à penicilina e 
Enterococcus resistente à 
vancomicina. 
 
RIFAMICINAS 
São bactericidas. 
Ex.: rifampicina e 
rifamicina. 
 G+ Uso tópico e parenteral. Rhodococcus equi e dermatite 
úmida em cães. 
 
MUPIROCINA 
Ex.: mupirocin Inibe a síntese 
proteica. 
 Só tópico. Piodermite pustular superficial, 
piodermite dos filhotes e acne 
canina (secundária à alergia).

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