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Constipação Intestinal

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CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 
 
 
➔ Definição: 
 
- É o distúrbio mais comum da defecação 
- Pode ser definida como a eliminação de fezes endurecidas com dor, dificuldade ou esforço ou a ocorrência de 
comportamento de retenção, aumento do intervalo entre as evacuações (menos que três evacuações por semana) e 
incontinência fecal secundária à retenção de fezes (fecaloma) 
- Podem ocorrer também dor abdominal crônica e laivos de sangue na superfície das fezes em consequência de fissura 
anal 
- Estima-se que cerca de 90 a 95% dos casos de constipação intestinal crônica sejam de natureza funcional 
 
 
** Obs.: é fundamental estar atento para a presença de indícios sugestivos de doenças que envolvam anormalidade 
anatômicas, inflamação, infecção ou processos neoplásicos --> nesses casos o critério de Roma não deve prevalecer 
 
 
➔ Etiologia: 
 
- Considera-se que a constipação intestinal funcional seja resultado da interação de fatores biopsicossociais 
- No caso da constipação intestinal funcional, considera-se a existência de um ciclo vicioso de dor nas evacuações, 
provocando o comportamento de retenção (as fezes ficam mais endurecidas e volumosas, o que aumenta a dor nas 
evacuações) 
 
 
 
Obs.: Disquezia do lactente --> é caracterizada pela ocorrência de pelo menos 10 minutos de esforço e choro 
antecedendo a eliminação de fezes moles 
 Trata-se de uma situação transitória que desaparece espontaneamente, quando o lactente adquire a 
capacidade de relaxar o esfíncter anal e a musculatura pélvica --> não requer tratamento 
 
 
 
 
** Incontinência fecal não retentiva: caracteriza-se por evacuações em locais inapropriados com o contexto social, 
pelo menos uma vez ao mês, por crianças com mais de 4 anos de idade 
 O termo encoprese é reservado para esses quadros em que a evacuação se faz em sua plena sequência 
fisiológica, no entanto, em local ou momento inadequado --> mas considera-se que que tenha causa 
psicogênica/psiquiátrica, não devendo ser confundida com incontinência fecal por retenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Fisiopatologia 
 
 
 
 
 
➔ Quadro Clínico 
 
- Não se consta diferença na prevalência de constipação intestinal nos sexos feminino e masculino 
 Pacientes do sexo masculino: maior frequência de incontinência fecal por retenção 
 Adolescência: passa a ser mais prevalente no sexo feminino 
 
 
** No lactente: observam-se com mais frequência manifestações clínicas caracterizadas pela evacuação de fezes 
endurecidas, em cíbalos, eliminadas com dor, esforço e dificuldade --> é comum também a presença de fissura anal 
 
 
 
** Atenção especial deve ser dada ao diagnóstico diferencial com a doença de Hirschsprung (megacolo congênito) e à 
alergia à proteína do leite de vaca 
 Retardo na eliminação de mecônio, eliminação explosiva de fezes ao toque retal, distensão abdominal e massa 
fecal abdominal volumosa, assim como eliminação de fezes em fita e ampola retal vazia, são sugestivos de 
doença de Hirschsprung 
 
 
 A alergia à proteína do leite de vaca pode ser considerada nos pacientes com constipação intestinal iniciada 
logo após a introdução da proteína do leite de vaca na dieta, presença de fissura anal persistente, antecedente 
de perda de sangue nas fezes e falta de resposta a terapêutica convencional 
 
 
** No pré escolar e escolar: pode-se constatar a incontinência fecal por retenção 
 Outras manifestações clínicas podem ocorrer em associação com a constipação intestinal, como dor 
abdominal crônica reversível com o controle da constipação intestinal, enurese noturna, falta de apetite e 
sintomas de infecção urinária atual ou pregressa 
 > 2 anos: comportamento de retenção, maior intervalo entre as evacuações, fezes de > calibre e consistência 
com esforço 
 Após o controle esfincteriano: entupimento do vaso 
 Incontinência fecal por retenção 
 
- O exame fisico pode revelar a presença de massa fecal palpável no abdome --> em geral, localiza-se no hipogástrio 
 Toque retal: ampola retal com fezes endurecidas 
 
 
 
➔ Diagnóstico 
 
- O diagnóstico de constipação intestinal funcional é clínico e tem como base as informações da anamnese e do 
exame fisico, conforme preconizado pelo critério de Roma III 
 Apesar de mais de 95% dos casos de constipação intestinal crônica serem de natureza funcional, é importante 
que na avaliação clínica seja dada atenção especial à pesquisa de indícios de outras causas de constipação 
intestinal que relacionadas a causas anatômicas, causas, metabólicas, doenças neurologias, distúrbios da 
musculatura e do sistema nervoso entérico, entre outros 
 ** Exames complementares: na presença de indício de causa não funcional e falta de resposta ao tratamento ou 
recorrência 
 
 
 
- Inicialmente, é fundamental que se defina se existe ou não impactação fecal (fecaloma), que em geral está presente 
em pacientes com incontinência fecal por retenção --> nesses pacientes deve-se pesquisar massa fecal na palpação 
abdominal, em especial na região hipogástrica e do colo sigmoide (o toque retal pode revelar a presença de grande 
quantidade de fezes endurecidas, a radiografia simples de abdome pode contribuir para a caracterização de 
impactação fecal, especialmente nas situações em que a palpação abdominal é difícil (excesso de peso) e o toque retal 
não pode ser realizado) 
 
- A falta de resposta ou a recorrência indica a necessidade de exames subsidiários: pesquisa de doença celíaca pela 
sorologia, testes de função tireoidiana, dosagem de cálcio, exame de urina e urocultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Tratamento 
 
- Impactação: suspeitar quando houver incontinência fecal por retenção, massa fecal palpável e reto preenchido com 
fezes 
 
** Tratamento de manutenção 
 
 
- Educação em saude: 
 Atender o desejo de evacuar 
 Tentar evacuar pelo menos 1 vez ao dia (após uma das refeições) 
 Boa adaptação ao vaso sanitário 
 Desencorajar recompensas, castigos ou ofensas 
 
- Orientações dietéticas 
 
- Laxantes por via oral: pelo menos 3 meses 
 
 
** Prevenção 
- Dieta rica em fibras 
- Consumo satisfatório de líquidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Quando houver fecaloma ou impactação fecal, o esvaziamento do reto e do colo constitui a primeira e imprescindível 
etapa 
 
- Educação e orientação sobre a constipação intestinal e seu tratamento: 
 Informações sobre a necessidade de atender o desejo de evacuar, evitando atitudes protelatórias 
 Aproveitar o reflexo gastrocólico e tentar evacuar uma vez ao dia, após uma das refeições principais 
 
- Medidas promotoras da saúde em geral: aumento na ingestão de fibra alimentar e fluidos, estimular a prática de 
atividade física 
 
- Tratamento de manutenção com o objetivo primordial de prevenção da formação de fecaloma 
- Conforme mencionado, a desimpactação é a primeira etapa do tratamento. Assim, é necessário estabelecer o 
diagnóstico da presença ou não de retenção fecal. Incontinência fecal por retenção, massa fecal palpável e reto 
preenchido com fezes são manifestações clínicas indicativas de impactação fecal. Quando necessário, pode-se solicitar 
radiografia simples de abdome 
 
- A desimpactação pode ser realizada com enemas por via retal ou por via oral 
 Classicamente, é realizada com enemas por via retal; no entanto, nos últimos anos vem sendo recomendada 
a desimpactação por via oral, com a utilização do polietilenoglicol (PEG) 3350 ou 4000 (macrogol). No Brasil, 
o PEG 4000 sem eletrólitos pode ser preparado em farmácias de manipulação 
 Tanto pela via oral como retal, em geral são necessários 3 a 5 dias para se obter plena desimpactação 
 Em geral, os enemas são realizados com solução fosfatada a partir dos 2 anos de idade. Em lactentes, podem 
ser usados minienemas com sorbitol. No ambiente hospitalar, a solução de glicerina constitui uma alternativa 
para o enema fosfatado 
 
- O tratamentode manutenção deve ser iniciado quando se obtém plena desimpactação, ou seja, eliminação de fezes 
amolecidas sem dor ou dificuldade e redução expressiva na frequência da incontinência fecal por retenção. 
 Deve ser utilizado um laxante por via oral, diariamente, na dose individualizada para obter regularização do 
hábito intestinal 
 Na última diretriz, destacou-se a superioridade do polietilenoglicol 3350 ou 4000 sobre outros medicamentos 
em termos de eficácia e aceitação. Lembrar que o óleo mineral não deve ser prescrito nos dois primeiros anos 
de vida e para pacientes com comprometimento neurológico, em função do risco de aspiração e 
desenvolvimento de pneumonia lipoídica

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