Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Beatriz Cunta – Turma 2024 NOVOS FÁRMACOS Fase do descobrimento: identificação de um novo composto químico/agente terapêutico potencial. São eles extratos de plantas, minerais, saliva de animais, entre outros. Fase de desenvolvimento: composto testado (segurança e eficácia) em uma ou mais situações clínicas, para definir formulação, modo administração e dosagens adequadas. ESTÁGIOS DO PROCESSO Descoberta do fármaco (2-5 anos): moléculas candidatas são escolhidas com base nas suas propriedades farmacológicas. Desenvolvimento pré-clínico (1,5 ano): variedade de estudos, seja in vitro ou in vivo (modelos animais) a fim de testar sua toxicidade (a curto prazo), a farmacocinética e a formulação, além de estudar a síntese em larga escala. OBS: modelos animais ainda são importantes para a avaliação de fármacos, para estudos de fisiologia e metabolismo que não podem ser realizados em culturas celulares. Os testes clínicos não são iniciados antes de que a agência reguladora do país em questão aprove. Desenvolvimento clínico: durante o qual o composto selecionado é testado em relação a sua eficácia, aos efeitos adversos e perigos potenciais em voluntários saudáveis, só depois em pacientes. A complexidade do estudo avança conforme avançam as fases. FASE 1: Pequeno grupo de voluntários entre 20-40 anos. Dependendo do estudo e de suas particularidades, pode envolver outras faixas etárias; Monitorizados durante todo o ensaio (serão internados) e acompanhados por farmacologistas clínicos; Avaliados efeitos sobre função cardiovascular, respiratória, hepática e renal. Estuda-se a tolerabilidade em relação ao fármaco ou se causa sintomas desagradáveis; Avaliação das propriedades farmacocinéticas: absorção, distribuição, metabolização e excreção; Avaliação das propriedades farmacodinâmicas (tudo que um fármaco promove em um organismo vivo; o que é observado quando o fármaco é administrado); Altíssimo custo: US$10 milhões. FASE 2: Pequeno grupo de pacientes (100-300) Monitorizados durante o ensaio (internados) e acompanhados por farmacologistas clínicos; Testar a eficácia na situação clínica e estabelecer a dosagem; A falta da eficácia esperada é uma das principais causas para o insucesso; Altíssimo custo: US$20 milhões. FASE 3: Grandes grupos de pacientes (poucas centenas a poucos milhares). Além do número, se buscar diversificar epidemiologicamente a população; Ensaios multicêntricos, aleatórios e duplos cegos; Comparação do novo fármaco com o comumente usado; Fase dispendiosa e demorada, especialmente quando se trata de terapêuticos de doenças crônicas; Confirmação de eficácia em uma população maior; Altíssimo custo: US$50-100 milhões. Quando na fase 3 o medicamento se mostra eficaz e superior aos medicamentos usados até então, ele Beatriz Cunta – Turma 2024 consegue o registro para a comercialização. Inicia- se a fase 4. FASE 4 - FARMACOVIGILÂNCIA: Há efeitos que só são observados quando utilizado pela população "não controlada"; Efeitos adversos são de notificação obrigatória, especialmente quando ainda não relatados. A notificação é feita à ANVISA, no Brasil; Observar também: adesão ao tratamento e interações medicamentosas; Os medicamentos, dessa forma, podem ser limitados a grupos específicos de pacientes, com notificação obrigatória na bula dos efeitos observados ou, caso efeitos sejam graves, o registro é suspenso e a comercialização é proibida. OBS: doenças cuja frequência é maior na população têm maior incentivo à pesquisa farmacológica. REGULAMENTAÇÃO A ANVISA é responsável por: regulamentação, registro, autorizações, fiscalização e monitoramento de fármacos. Controla o registro de medicamentos novos, medicamentos genéricos, e fiscaliza o abastecimento e os preços. OBS: Medicamentos genéricos Quebra da patente de determinado fármaco, e para que um laboratório possa produzir, deve entrar com pedido para a ANVISA; Precisa mostrar capacidade técnica e bioequivalência. Para que um medicamento chegue ao mercado, precisa passar pelas seguintes etapas: Estudos pré-clínicos; Estudos clínicos de fase I, II, III (aprovados pela ANVISA); Requerimento de registro; Concessão de registro (pela ANVISA); Estudos clínicos de fase IV e farmacovigilância (com participação da ANVISA). O medicamento pode não ser vendido caso esteja em um dos seguintes casos: Não comprovou eficácia; Nenhum pedido apresentado para a ANVISA; Substância faz parte de uma lista de produtos proibidos por falta de segurança ou proibição local; Está sob análise pela ANVISA; Nenhum laboratório se interessou pela produção do fármaco. REGISTRO Beatriz Cunta – Turma 2024 Garantido pela ANVISA após avaliada segurança e eficácia do medicamento; Genéricos ou similares: estudos de bioequivalência para com o medicamento de referência; Inspeção dos laboratórios, seja no Brasil ou no exterior. REGRAS: O registro vale por 5 anos e deve ser renovado pela ANVISA; Dados de farmacovigilância podem justificar revisão do perfil de segurança do medicamento e até sua retirada do mercado; Monitoramento de qualidade pode levar ao recolhimento de lotes específicos do mercado. DESCONTINUAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANVISA não pode impedir que os laboratórios retirem seus medicamentos do mercado. Para a descontinuação – definitiva ou temporária – é necessário comunicação com pelo menos 180 dias de antecedência. E deve-se fornecer o produto normalmente nesse período. PROPAGANDA Somente medicamentos com venda isenta de prescrição médica (sem tarja vermelha ou preta); Os medicamentos devem ser registrados na ANVISA para serem comercializados. IMPORTAÇÃO Somente podem ser importados medicamentos não proibidos ou sem semelhantes registrados/comercializados no Brasil. OBS: IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS À BASE DE CANABIDIOL. A importação só pode ser realizada por pessoa física, para uso próprio mediante prescrição de profissional habilitado. A autorização concedida pela ANVISA para a importação tem validade de um ano. Nesse período os pacientes deverão apresentar a prescrição médica e o quantitativo para o tratamento nos postos da ANVISA para a internalização do produto no país.
Compartilhar