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DENTES ANATOMIA C 5

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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS C 
 
ANATOMIA DOS DENTES 
 
 A dentição dos mamíferos domésticos 
consiste de dois arcos dentários, maxilar ou 
superior e mandibular ou inferior, mas a forma, o 
arranjo e o número de dentes variam com a 
espécie. As aves não possuem dentes. 
 Nos mamíferos de uma forma geral, a 
dentição de grupos é altamente característico e 
assim importante critério de identificação e 
classificação. Também devido a sua permanência 
são os mais importantes achados 
paleontológicos. 
 São os principais órgãos da mastigação e 
atuam junto com a mandíbula, músculos 
mastigatórios, lábios e língua na preensão e 
mastigação do alimento. Em algumas espécies 
constituem armas formidáveis. 
Os dentes são destinados a colher, reter, cortar, 
perfurar, dilacerar, esmagar, moer ou triturar os 
alimentos, funcionando como intermediários 
indispensáveis entre as substâncias alimentares e 
os órgãos da nutrição. 
 A maioria dos animais não mamíferos 
utiliza os dentes apenas para pegar e segurar o 
alimento, que é rapidamente engolido, função 
relacionada com a presença de um único tipo 
dentário nestas espécies (homodontia). 
 Os mamíferos além de segurar o alimento, 
normalmente o cortam, esmagam e trituram. 
Estas funções são importantes porque aceleram a 
digestão e aumentam a diversidade de itens 
alimentares, particularmente vegetais. Estas 
características levam a heterodontia, com 
reconhecimento de diferentes grupos dentários 
com funções específicas. Para ser cortado ou 
triturado é desejável que o alimento seja retido 
na boca e mastigado. 
 Os dentes são estruturas rígidas, duras, de 
cor branca ou amarelada que se encontram 
implantadas nos alvéolos dos ossos maxilar, 
incisivo e da mandíbula. 
 As espécies domésticas apresentam dois tipos 
de dentes: braquiodonte e hipsodonte. 
 
Estrutura de um dente simples ou 
braquiodonte (brachys – curto, odous - dente): 
 São os dentes de coroa baixa e de crescimento 
limitado. Estes dentes completam seu curto 
crescimento após sua erupção. Durante o 
desenvolvimento possuem maior amplitude de 
cavidade dentária e canal radicular, ambos 
preenchidos com uma polpa rica em vasos e 
nervos. Com a parada do desenvolvimento 
dentário a deposição de dentina secundária 
diminui primeiro o forame apical e depois, 
gradualmente toda a cavidade dentária da coroa 
para a raiz. É o dente simples do homem, dos 
carnívoros, dos suínos, incisivos dos ruminantes e 
incisivos decíduos dos equinos. Possui três 
porções: a coroa que a porção exposta do dente, 
inserida na gengiva e coberta por esmalte; a raiz, 
que é a porção embebida, inserida no alvéolo 
dentário e, o colo que é a demarcação entre 
essas duas partes que se situa na margem da 
gengiva. O esmalte cobre o dente simples do colo 
até a coroa. O cemento cobre a dentina ao nível 
da raiz. A raiz do dente é inserida no alvéolo pela 
membrana do tecido conjuntivo periodontal. O 
esmalte é coberto por uma fina cutícula na coroa. 
 
Estrutura de um dente complexo, de coroa alta 
ou hipsodonto (hypsos – alto, odous – dente): 
 Dentes de coroa alta (corpo) e de crescimento 
contínuo ou prolongado. Não existe limite claro 
entre a coroa e a raiz nestas espécies, sem colo 
distinto. O corpo tem uma porção livre (coroa 
clínica) que é envolvida na base pela gengiva e 
tem uma porção embebida (raiz clínica). 
Encontrados em todos os dentes permanentes do 
equino, molares dos ruminantes e presas 
(caninos) dos suínos. Com exceção dos dentes 
caninos do equino, estes dentes continuam a 
emergir por toda a vida, sendo sua emergência 
limitada pelo contato com o dente do arco 
oposto. Apresentam um corpo longo e raiz ou 
raízes muito curtas. A raiz é usualmente curta e 
apresenta forame apical. Adicionalmente, 
comparando o dente simples com o complexo, os 
dentes incisivos, pré-molares e molares 
apresentam cemento e esmalte estendendo-se 
em toda extensão do dente. No dente 
hipsodonto altamente especializado de 
herbívoros o esmalte e o cemento se invaginam 
na porção central dos dentes incisivos formando 
uma estrutura em forma de cone (o infundíbulo). 
Estas invaginações se projetam verticalmente da 
superfície oclusal para dentro da dentina do 
corpo dental. O esmalte do lado de fora do dente 
é o esmalte externo; o esmalte do infundíbulo é o 
esmalte central. O infundíbulo está presente 
como infundíbulos rostral e caudal nas 
superfícies oclusais dos dentes pré-molares e 
molares. A partir do infundíbulo visível na 
superfície de oclusão temos: cemento, esmalte, 
dentina, esmalte e cemento. A presença ou 
ausência de infundíbulo dos dentes incisivos 
inferiores dos equinos é usado como guia 
estimativo da idade e é conhecido como marca, 
pois com a idade a superfície oclusal desgasta 
também o infundíbulo. No desgaste quando o 
infundíbulo encontra-se em seu final 
encontramos o que chamamos de germe de 
fava caracterizado pelo seu envolvimento 
externo de esmalte e internamente preenchido 
por cemento. 
 
Estrutura do dente: 
O dente é composto de três substâncias: 
cemento, esmalte e dentina. 
Esmalte: é a substância mais dura do corpo, 
branco brilhante, calcificado e muito resistente. 
Produzida por ameloblastos. No dente 
braquiodonte cobre somente a coroa e no 
hipsodonte envolve o corpo, mas não a raiz. 
 Dentina (marfim): substância dura, branco-
amarelada similar ao osso por apresentar uma 
matriz rica em colágeno, calcificada. Produzida 
por odontoblastos. Forma grande parte do dente 
e envolve a cavidade pulpar preenchida de polpa 
dentária. A dentina secundária preenche a 
cavidade pulpar a medida que o animal 
envelhece, bem como protege a cavidade pulpar 
no desgaste dos dentes hipsondontes. Essa 
dentina possui coloração diferente da dentina 
primária com um tom marrom. 
Cemento: Tecido semelhante ao osso, sem os 
canais haversianos, menos rijo e imune a erosão 
por pressão. Produzido pelos cementoblastos. 
Tecido amarelado, menos brilhante e mais 
flexível. No dente braquiodonte cobre somente a 
raiz e no hipsodonte cobre inteiramente o dente 
por cima do esmalte. É relativamente resistente a 
pressão. 
 
 
A - Dente Braquiodonte de canino. B - Superficie 
de oclusão de um dente incisivo de equino. 
 
Cavidade pulpar: é o espaço central do dente 
que contém um tecido gelatinoso que é a polpa 
dentária A polpa contém vasos e nervos que 
entram ou deixam o forame apical localizado no 
ápice da raiz. Com o avanço da idade é 
preenchida por dentina secundária (a cavidade 
diminui). O seu aparecimento no desgaste do 
dente hipsodonte constitui a chamada estrela 
dentária. 
Polpa: tecido conjuntivo vascularizado e 
inervado. 
 
Dentes com raízes bem desenvolvidas e coroas 
baixas (braquiodontes) completam seu 
crescimento após erupção. Durante o 
desenvolvimento eles apresentam uma grande 
cavidade dentária e um amplo canal radicular, 
ambos preenchidos com uma polpa rica em vasos 
sanguíneos e nervos. Após cessar o crescimento 
ocorre deposição de dentina secundária 
estreitando primeiro o forame apical e por último 
gradativamente a cavidade dental inteira. Em 
contraste a esse tipo de dente, temos aqueles 
que não apresentam raiz no sentido restrito 
como, por exemplo, os incisivos dos roedores e 
as presas dos suínos. Estes apresentam uma 
cavidade dentária ampla que fica aberta 
proximalmente onde os dentes crescem por toda 
a vida do animal. O crescimento é desacelerado 
com o contato da superfície de oclusão do dente. 
Se não há contato na extremidade distal, o dente 
crescerá continuamente. Os dentes molares dos 
ruminantes e equinos situam-se entre estes dois 
extremos em forma e crescimento. 
 
Tecidos periodontais: 
 Compreendem, além do dente, todas as 
estruturas envolvidas em seu apoio. Estas 
estruturascompreendem os ligamentos 
periodontais e suas inserções, as gengivas e suas 
inserções e os processos alveolares. A gengiva 
formada pela mucosa bucal envolve o colo (cervix 
dentis) de cada dente. Parte da gengiva está 
firmemente aderida ao osso alveolar. A margem 
gengival que circunda o dente não se encontra 
aderida, sendo chamada gengiva livre. Forma-se 
assim um espaço ao redor do dente, conhecido 
como sulco gengival. Em cães, o sulco gengival 
normal não deve exceder de 2 a 3 mm de 
profundidade. 
 
Ligamento periodontal: 
 É um ligamento suspensor que ancora o 
dente no alvéolo da mandíbula, maxilar ou 
incisivo, permitindo um movimento limitado do 
dente no interior do alvéolo ósseo rígido. É 
composto de colágeno denso e fibrócitos. As 
fibras atravessam o intervalo entre o cemento do 
dente e o osso alveolar. Como as fibras colágenas 
estão imersas em na substância fundamental, 
este ligamento age também como absorvente de 
choques. Pela sua orientação previne o dente de 
ser pressionado dentro de sua cavidade durante 
a mastigação. 
 
Superfícies dentárias: 
1. Superfície vestibular: é a superfície que 
se encontra face para as bochechas 
(bucal) e para os lábios (labial). 
2. Superfície de contato: é a face em que os 
dentes de uma mesma arcada estão em 
relação. 
3. Superfície oclusal ou mastigatória: é a 
face entre dentes das arcadas superior e 
inferior. 
4. Superfície lingual: face interna do dente 
está em relação direta com a língua. 
5. Superfície mesial: é a face mais próxima 
da linha mediana. 
6. Superfície distal: face oposta a mesial. 
 
Cúspides: são elevações individuais na superfície 
oclusal. 
 
Alvéolo: cavidade óssea dos ossos incisivo, 
mandíbula e maxilar na qual as raízes dos dentes 
estão inseridas. A inserção do dente no alvéolo é 
conhecida como gonfose, não sendo uma 
articulação verdadeira porque o dente não faz 
parte do esqueleto. 
 
Muda de dentes: 
 Na maioria dos mamíferos e em todos os 
domésticos há dois tipos de desenvolvimento 
dentário (difiodontes). O primeiro tipo consiste 
de menos dentes que o segundo e aparecem 
cedo na vida sendo chamados dentes 
temporários, decíduos, caducos ou de leite. 
Estes são geralmente trocados pela dentição 
permanente durante o período de crescimento. 
A dentição temporária providencia ao jovem uma 
dentição inteiramente funcional, embora 
pequena que possa ser acomodada nas pequenas 
mandíbulas. Com o crescimento da mandíbula 
novos dentes são adicionados, trocando 
gradualmente os dentes temporários pelos 
definitivos. Incisivos, caninos e pré-molares com 
exceção do primeiro pré-molar são repostos. Os 
molares de todos os animais domésticos, assim 
como o primeiro pré-molar do cão e do suíno não 
têm predecessores nos dentes de leite. A 
reposição é gradual e segue uma sequência 
definida de forma que dentes temporários e 
permanentes são usados ao mesmo tempo. Com 
o desenvolvimento dos dentes permanentes, 
estes vão para a superfície pressionando a raiz do 
dente temporário cortando gradualmente a sua 
nutrição. Os dentes de leite afrouxam, morrem e 
são substituídos. As paredes alveolares ósseas se 
ajustam a essas alterações seja por produção ou 
por reabsorção providenciando assim um novo 
alvéolo para porção implantada do novo dente. 
 
Tipos de dentes: 
 Os dentes estão divididos em grupos 
conforme sua localização e função: incisivos, 
caninos, pré-molares e molares. 
A dentadura de qualquer mamífero placentado 
adulto (exceto as espécies possuidoras de dentes 
simples, homodontes), estudada de um ponto de 
vista funcional exibe várias categorias de dentes. 
Partindo da parte mesial para a distal de cada 
hemi-arcada distinguem-se: 
- Dentes preensores: são dentes curtos e 
achatados no sentido crânio-caudal, de borda 
livre e cortante, disposição evidentemente 
relacionada com a preensão, retenção e corte 
dos alimentos. 
- Dente lacerador, despedaçador ou 
perfurador - Um dente em geral mais volumoso 
que os anteriores, cônico, longo, pontiagudo, 
indicando por sua forma, a função de laceração. 
- Dentes mastigadores ou trituradores - 
dentes grandes de coroa curta e larga (pelo 
menos nos casos em que não sofrem 
modificações secundárias) e cuja função é 
mastigatória. 
 
No urso (Ursus arctos L.) tal diferenciação é 
extremamente nítida. 
 É hábito consignar a estes diversos tipos 
funcionais de dentes, nomes específicos que 
lembram sua função original. 
 Os dentes preensores são os incisivos, os 
laceradores são os caninos e os mastigadores são 
os pré-molares e molares. É preciso salientar que 
os dentes preensores e laceradores estão 
naturalmente (em virtude de sua própria função), 
situados na parte livre da boca, enquanto os 
mastigadores, ao contrário, estão na parte jugal, 
isto é na porção relacionada com a parede jugal 
ou genal da boca, onde por ação dos músculos 
mastigatórios uma maior força é aplicada. 
 
Incisivos: estão localizados na porção rostral da 
boca e apresentam suas raízes embebidas nos 
alvéolos dos ossos incisivos e mandíbula. Possui 
somente uma raiz em todas as espécies. Estão 
presentes nas duas dentições, são os primeiros a 
trocarem. Recebem esta denominação advinda 
da palavra latina incidire que significa cortar e 
que bem caracteriza a função exercida por estes 
dentes. Segundo as espécies consideradas, os 
incisivos superiores apresentam-se em número 
de 1, 2 ou 3 para cada hemi-face, ou podem estar 
ausentes como é o caso dos ruminantes. Esta 
denominação, coincidentemente, encontra 
amparo ao fato de estarem implantados no osso 
incisivo. Os incisivos inferiores, em número de 1, 
2 ou 3, segundo as espécies são naturalmente os 
dentes que se opõem e ocluem com os incisivos 
superiores. Os incisivos dos mamíferos eutérios 
são sempre 3/3, a menos que secundariamente 
reduzidos. Este total é ultrapassado por alguns 
marsupiais. Na maioria dos mamíferos apresenta 
a forma de formão. 
No equino os incisivos são conhecidos da face 
medial para lateral 
como pinças, médios e cantos. Nesta espécie os 
incisivos são dentes complexos com esmalte 
invaginado e cemento formando o infundíbulo. 
 
 
 
Incisivos superiores do equino. P - pinça, M - 
médio, C - canto com presença de infundíbulo 
(asterisco) 
 
 Nos ruminantes somente os incisivos 
inferiores estão presentes, em número de 4. 
Apresentam um colo distinto e membrana 
periodontal frouxa de forma que é possível um 
pequeno movimento dentro do alvéolo. 
Apresentam as pinças, 1ºs médios, 2ºs médios e 
cantos. 
 
 Os incisivos dos suínos apresentam-se um 
pouco afastados uns dos outros e os superiores 
são menores que os inferiores. 
 
 Nos carnívoros apresentam tubérculos na 
superfície oclusal, os incisivos superiores 
apresentam 3 tubérculos e os inferiores dois. 
 
Caninos: Os caninos devem seu nome a palavra 
latina canis pela analogia que apresentam com os 
dentes pontiagudos deste animal. Seu papel é o 
de segurar e perfurar, despedaçando os 
alimentos (carnes, ossos, invólucro dos frutos) 
função que exige esforço especial e em combate. 
O grande desenvolvimento atingido pelos dentes 
caninos é apanágio do regime carnívoro ou 
frutívoro, e a sua redução volumétrica é 
consequência do regime herbívoro. Na maioria 
dos Ungulata, o canino superior desaparece e o 
inferior torna-se incisiforme. O volume do canino, 
extremamente variável, vai desde as defesas do 
hipopótamo, que podem atingir o volume do 
antebraço de uma criança até os dentes vestigiais 
dos Equidae. 
De um modo geral, os caninos são mais 
volumosos nos machos do que nas fêmeas e em 
espécies selvagens do que nas domésticas. Têm, 
algumas vezes crescimento limitado, como 
ocorre nos Carnívora, Equidae; outras de 
crescimento contínuo, como acontece 
nos Suidae, Centetes.Os caninos, aparentemente são os dentes que 
menos modificações sofrem na série animal, 
aproximando-se muito, por sua forma cônica, 
simples, dos dentes dos vertebrados inferiores 
mais primitivos (peixes e répteis). 
Vias de regra, existem 4 caninos, 2 para cada 
arcada dentária. O superior é o primeiro dente 
implantado no osso maxilar. O inferior é o dente 
que se coloca imediatamente rostral ao superior 
quando a boca está fechada. Esta disposição é 
tanto mais evidente quanto mais desenvolvidos 
são os caninos. Estão localizados caudais aos 
incisivos no espaço interdentário ou diástema. O 
canino superior está situado na união dos ossos 
maxilar e incisivo e o inferior ao nível do colo da 
mandíbula. Cada dente canino possui uma única 
raiz longa. 
 
Equino: no macho há quatro dentes caninos e na 
fêmea estão usualmente ausentes ou são 
rudimentares. 
 
Ruminantes: ausentes, os caninos inferiores 
tornam-se incisiformes. 
 
Suíno: no macho os caninos ou colmilhos são 
grandemente desenvolvidos e se projetam para 
fora da boca, sendo menores na fêmea. 
 
Molares: estão localizados caudalmente aos 
dentes caninos e apresentam-se de forma mais 
ou menos triangular possuindo normalmente 2 
a 4 raízes. Os primeiros molares (mais rostrais) 
são chamados de pré-molares e aparecem nas 
duas dentições. Os últimos são chamados de 
molares propriamente ditos e são permanentes. 
A função destes é a trituração do alimento. Estão 
inseridos no maxilar da arcada superior e na 
mandíbula da arcada inferior. Os molares 
atingem maior desenvolvimento nos herbívoros, 
nos quais além de seu grande volume, são ainda 
de crescimento contínuo. Situados caudalmente 
onde os músculos exercem pressão máxima, os 
molares apresentam um rendimento 
mastigatórios maior do que qualquer outro. Eis a 
razão pela qual se apresentam mais volumosos e 
robustos e se encontram solidamente 
implantados em alvéolos multiloculados. 
 
 Os molares são os dentes mais complexos dos 
mamíferos que são dos seguintes 
tipos: Tuberculosetorial - característico dos 
carnívoros, dente multituberculado, capaz com 
seu antagonista de cortar, rasgar o alimento 
(dentição secodonte). O tipo bunodonte é 
característico dos onívoros como o suíno, é 
também multituberculado, com superfície oclusal 
mais achatada. Esses dois tipos de dentes têm 
esmalte cobrindo a coroa, raízes bem 
desenvolvidas e seu crescimento termina com a 
erupção. 
 
Equino: ocasionalmente apresentam o primeiro 
pré-molar superior, o qual é conhecido 
como dente de lobo. Quando apresenta é 
usualmente pequeno e nasce quando o animal é 
jovem. Não é reposto. O pré-molar 
correspondente da arcada inferior não nasce. 
 
Fórmula dentária: 
 É a maneira resumida de expressar 
graficamente o número de dentes nas diferentes 
espécies domésticas. Devido à simetria bilateral, 
somente a metade de cada arcada dentária é 
numerada dentro de parênteses na fórmula. O 
número total de dentes é dado pela multiplicação 
do número de dentes dentro dos parênteses por 
2. Os dentes permanentes são representados 
pela letra inicial (Incisivos – I). A fração que segue 
cada letra representa no numerador a metade 
dos dentes da arcada superior e o denominador 
os da arcada inferior. Os dentes decíduos são 
representados da mesma forma, no entanto, as 
letras iniciais de cada tipo de dente são 
precedidas pela letra D maiúscula. 
 
FÓRMULA DENTÁRIA DOS MAMÍFEROS 
DOMÉSTICOS 
 
EQUINO: 
Permanentes: 
 
 
Decíduos: 
 
 
RUMINANTES: 
Permanentes: 
 
Decíduos: 
 
 
SUÍNOS: 
Permanentes: 
 
Decíduos: 
 
 
CANINOS: 
Permanentes: 
 
Decíduos: 
 
 
FELINOS: 
Permanentes: 
 
Decíduos: 
 
 
 
ELEMENTOS ANATÔMICOS OBSERVADOS PARA 
ESTIMATIVA DA IDADE EM EQUINOS 
 
As épocas de erupção e alterações na superfície 
de oclusão, particularmente nos incisivos 
inferiores são os principais critérios. 
 
PRIMEIRA FASE – ERUPÇÃO E MUDA DENTÁRIAS 
 Os incisivos temporários distinguem-se dos 
definitivos pela sua coloração mais branca, pelo 
menor volume, colo mais marcado e ausência de 
sulcos na face vestibular. 
 
 
 
2ª FASE: DESGASTE 
 
Infundíbulo, marca ou corneto – depressão 
profunda na superfície oclusal, delimitado por 
cemento e esmalte. Normalmente preenchido 
por deposição de material preto. 
 
Incisivo nivelado - o incisivo quando emerge 
apresenta o esmalte intacto, ao entrar em 
oclusão começa a se desgastar ficando achatado 
e apresentando dois anéis de esmalte separados 
por dentina. O anel interno de esmalte forma o 
infundíbulo. Nessa situação diz-se que esse dente 
está nivelado. Resulta em uma pequena área de 
dentina amarelada envolvida por esmalte. 
Incisivo rasado – quando desaparece a cavidade 
do infundíbulo (perde o fundo escuro) 
 
Germe de fava esmalte final do infundíbulo na 
superfície de oclusão. Incisivo rasado. 
 
Estrela dentária - cavidade pulpar preenchida de 
dentina secundária (mancha marrom escura). 
 
Sulco de Galvaine 
(sulco vestibular) – perda do cemento do canto 
superior na superfície vestibular devido ao 
contato com os lábios restando somente em um 
sulco que começa a aparecer na linha da gengiva 
aos 10 anos. 
 
 
 Perfil de I3 (canto superior) – cauda de 
andorinha – aparece pela 1ª vez com 7 
anos 
 Contorno do dente 
 elíptico – oval – redonda - triangular (16 anos) - 
retangular (mais que 18 anos) 
 perfil das arcadas – no jovem um ângulo de 
180º, com a idade ângulo mais agudo. 
 
CONTANDO A IDADE DE EQUINOS 
Todos dentes decíduos – abaixo de 2 anos e meio 
Deciduos eruptos – 8 dias, 8 semanas, 8 meses 
Decíduos desgastado - 1 – 1 – 2 
Erupção dos permanentes – 2,5 – 3,5– 4,5 
Desgastado – 3 – 4 – 5 
Nivelados – 5 – 6 - 7 
 Inferiores rasados – 6 – 7 – 8 
Estrela dentária - 8 – 9 - 10 
Superiores rasados: 9 – 10 – 11 
Triangular: 16 – 17 
Retangular – acima de 18 (linha longitudinal 
muito maior que a transversal) 
 
CONTANDO A IDADE DO BOVINO 
Todos dentes permanentes eruptos (boca cheia) 
– 5 anos 
Nivelado – 6 – 7 – 8 – 9 (quando perde as rugas 
da borda da superfície lingual na superfície de 
oclusão) 
Perda da coroa – mais que 15 
* 
 
 
 
 
 
CONTANDO A IDADE DO CANINO 
Dentes decíduos eruptos - Ao redor de 6 semanas 
Dentes permanentes eruptos - Ao redor de 6 
meses 
i1 inferior – 1,5 anos 
i2 inferior – 2,5 anos 
i1 superior – 3,5 anos 
i2 superior – 4,5 anos 
i3 inferior – 6 anos 
 
Incisivos ausentes – 16 anos 
Caninos ausentes – 20 anos 
 
 
*estrela dentáira 
*este tem entre 9 e 10 anos pois o i3 ainda não está 
raso 
 
 
 
 
4,5 anos 
INFUNDÍBULO 
GERME DE FAVA (infundíbulo rasado – esmalte 
com cemento dentro) 
Aparece na superfície lingual do dente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRELA DENTÁRIA – CAVIDADE PULPAR 
 
 
Aparece entre o infundíbulo e a superfície 
vestibular do dente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 anos 
Se a mancha for até metade do dente tem 15 
Se for até o final do dente ele tem 20anos.

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