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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS C SISTEMA GENITAL FEMININO A forma de reprodução dos mamíferos vivíparos está relacionada com a morfologia e estrutura interna dos órgãos genitais da fêmea. Estes órgãos não só produzem as células germinativas femininas, os óvulos, mas também protegem e nutrem o embrião que se desenvolve após a fertilização do óvulo. Este período de “incubação” ou gestação do embrião vai até o estágio de desenvolvimento em que ocorre a maturação e expulsão do embrião pela mãe e continuação do desenvolvimento e crescimento no meio onde seus pais vivem. ASPECTOS GERAIS DA REPRODUÇÃO - As fêmeas que nunca gestaram chamamos de nulíparas. Uníparos são aqueles animais que usualmente geram um filhote por prenhez (ruminantes e equinos), enquanto animais multíparos (pluríparos) são aqueles que geram muitos filhotes por gestação (suínos e carnívoros) - Os sinais femininos da puberdade começam com alterações rítmicas, as quais são controladas por hormônios e constitui o ciclo estral ou ciclo sexual. - O cio (estro) é a principal manifestação do ciclo estral nas fêmeas. Ocorrem modificações do temperamento e comportamento, onde o trato genital está em condições ótimas para a concepção e ocorre a aceitação do macho. - Em relação ao ciclo estral podemos dizer que animais poliéstricos são aqueles que assim como os suínos, ruminantes, felinos e equinos, o estro ocorre muitas vezes durante um período. Os equinos, felinos e ovinos são poliéstricos estacionais, ou seja, apresentam muitos ciclos durante uma estação e os bovinos e suínos poliéstricos anuais (muitos ciclos durante o ano todo). As cadelas são monoéstricas, apresentam ao redor de um ciclo ao ano. Os órgãos genitais femininos podem ser divididos funcional e morfologicamente em ovários, localizados na cavidade abdominal, e em órgãos tubulares que vão do ovário até a pelve e exterior. Os órgãos tubulares consistem de tubas uterinas, útero e órgãos copulatórios. O último é subdividido em vagina, vestíbulo da vagina e vulva (externa). Os ovários são as glândulas reprodutivas (gônadas sexuais femininas) que produzem as células germinativas femininas, os óvulos, e são homólogos ao testículo no macho. Após o óvulo ser liberado dos ovários eles entram nas tubas uterinas onde amadurecem e sob circunstâncias favoráveis são fertilizados. Após a fertilização ter ocorrido, o concepto é levado das tubas para o útero que protege e nutre este por um período de tempo característico de cada espécie. O útero é altamente adaptável a alterações como as que ocorrem durante a gestação. A membrana mucosa do útero é especialmente importante sendo capaz de modificações estruturais. Ela forma a porção maternal da placenta, a qual com as membranas fetais formam um meio de contato e de trocas fisiológicas entre o embrião e a mãe. Pela placenta, nutrientes fluem para o feto e restos do metabolismo são removidos através desta. O cérvix (cérvice), canal bem fechado durante a prenhez, conecta o útero com a vagina, a qual junto com o vestíbulo e vulva formam a passagem direta do útero para o exterior. Os dois lábios da vulva formam o final caudal do trato genital feminino. Os ovários, útero e cérvix estão fixos na cavidade abdominal e parede pélvica pelo ligamento largo do útero. OVÁRIOS Os ovários, ao contrário dos testículos, permanecem dentro da cavidade abdominal e desempenham tanto funções endócrinas como exócrinas; secreção de hormônios e liberação do óvulo, respectivamente. Aspecto: são grandes e apresentam forma de feijão. Na égua tem o tamanho de uma noz. A forma do ovário está diretamente relacionada com o estágio do ciclo reprodutivo e com o número de filhotes por gestação. Localização: Nos equinos e carnívoros localiza-se na região sublombar, caudal aos rins. No caso dos ruminantes e suínos ficam na entrada da cavidade pélvica. O ovário esquerdo é mais caudal, com exceção dos suínos onde os dois ovários estão no mesmo plano. Estrutura: Córtex (parenquimatosa): zona externa do ovário. É a camada germinativa, composta de folículos e corpos lúteos em vários estágios de desenvolvimento. 1 - Folículo ovariano primário – consiste de um oócito circundado por uma ou mais camadas de células foliculares, antes do surgimento de um antro com líquido folicular. 2 - Folículo ovariano vesicular – folículo com uma cavidade repleta de líquido que aumenta com a maturação. Flutuante ao toque devido à presença de líquido. 3 - Corpo lúteo – corpo amarelo que se desenvolve a partir das células da granulosa e da teca interna logo após a ovulação. Estrutura firme que se projeta na superfície. 4 - Corpo albicans – estrutura que permanece após a degeneração do corpo lúteo. A cor varia com a espécie, em bovinos é vermelho. Medula (zona vasculosa): área central do ovário Contém vasos sanguíneos, nervos, linfáticos, fibras musculares lisas e de tecido conjuntivo. Obs.: No equino ocorre inversão dos constituintes das camadas, ficando a camada parenquimatosa (germinativa) no centro e o tecido conjuntivo na periferia. A zona vasculosa fica na periferia do órgão. Apresenta 2 faces, 2 margens , 2 extremidades e 2 ligamentos. Margens Margem livre: mais ou menos arredondada, na égua apresenta a fossa de ovulação que é o local onde ocorre à ovulação (ruptura do folículo) nesta espécie, nas demais ocorre por todo o ovário. Borda de inserção ou mesovárica: borda que está fixa no ligamento mesovário. Extremidades Extremidade tubárica: mais cranial, está associada a tuba uterina. Extremidade uterina: mais caudal, está conectada pelo ligamento próprio do ovário no corno uterino ipsilateral. Faces As faces do ovário entre a borda livre e a de inserção são denominadas de lateral e medial, embora elas nem sempre reflitam estas direções no animal em vivo. São de superfície lisa, sendo que a face lateral é a que está em contato com a tuba uterina. Ligamentos Mesovário: parte cranial do ligamento largo que é uma prega peritoneal larga que suspende o trato genital feminino. Neste local, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos vão para o ovário entrando neste através do hilo. O mesovário prende o ovário na região sublombar. Ligamento próprio do ovário: fixa o ovário nos cornos uterinos. Suprimento sanguíneo: É derivado da artéria ovárica, um ramo da aorta. A veia ovariana leva o sangue para a veia cava caudal ou na veia renal ipsilateral. ÓRGÃOS TUBULARES GENITAIS Consistem das tubas uterinas, útero (cornos, corpo e cérvix), vagina, vestíbulo da vagina e vulva. TUBAS UTERINAS (SALPINGES) Sinônimos antigos: oviduto (mais usado para aves), trompas uterinas. É um tubo muscular estreito que conduz os óvulos liberados do ovário pela ruptura do folículo em direção ao útero. A segunda divisão da maturação do ovócito ocorre neste local. São tubos convolutos pares onde ocorre usualmente a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Esta fecundação geralmente ocorre no terço superior da tuba uterina (ampola). A tuba uterina apresenta-se dividida em 3 partes, possui duas extremidades, dois orifícios e um ligamento. Extremidade ovariana: está em relação direta com o ovário. Neste local encontramos uma dilatação em forma de funil denominada de infundíbulo. No centro deste está situada uma pequena abertura chamada de óstio abdominal da tuba que representa uma comunicação do saco peritoneal com o meio externo (só ocorre com a fêmea). O infundíbulo se continua em direção aos cornos uterinos por uma porção tubular mais dilatada, a ampola, e termina em uma parte mais estreita, o istmo, no óstio uterino da tuba.A fecundação do óvulo se dá na ampola da tuba uterina. A margem livre do infundíbulo é formada por pregas irregulares que estão permanentemente inseridas no ovário denominadas de fímbrias. Estas pregas facilitam a captação do óvulo. Extremidade uterina: relaciona-se com o útero. Neste local encontramos o óstio uterino da tuba que é um orifício diminuto que comunica a tuba com os cornos uterinos. Ligamento - Mesossalpinge: é uma prega peritoneal que envolve a tuba uterina e surge da superfície lateral do mesovário. Tipos de útero e vagina: - Vagina e útero duplo: ocorre nos mamíferos primitivos como monotremos e marsupiais. - Vagina simples e útero duplo: útero com dois cérvix, ocorre no coelho. - Útero bicornuado: mamíferos domésticos. - Útero simples: encontrado nos primatas. ÚTERO É um órgão músculo membranoso bastante desenvolvido colocado na sua maior parte dentro da cavidade abdominal. O útero dos mamíferos doméstico varia em forma e na sua organização interna de acordo com a espécie. Controlado por hormônios, este recebe o óvulo fertilizado facilitando sua implantação e a nutrição do embrião até o nascimento. No final da gestação expele o feto através do canal do nascimento por contração muscular. O útero consiste de dois cornos uterinos, o corpo e a cérvix, o qual se estende para os ovários conectando-se com as tubas uterinas. O útero da égua, assim como dos carnívoros apresenta forma de um Y, sendo que os ovários, tubas uterinas e cornos uterinos formam cada uma das extremidades do Y, seguidos pelo corpo do útero cérvix, vagina e vulva. 1 - CORNOS UTERINOS: São tubos musculares que divergem da porção cranial do corpo uterino. São levemente curvos na égua. 2 - CORPO DO ÚTERO: É um tubo muscular simples de comprimento variável, cranial ao cérvix. Situa-se entre os cornos uterinos e o colo uterino. É maior na égua, sendo menor nos ruminantes e reduzido em carnívoros e suínos. Posição e inserção do útero: A maior parte do útero está localizado na cavidade abdominal, estando somente a cérvix na cavidade pélvica. O corpo e os cornos uterinos são suspensos pelo ligamento largo direito e esquerdo. Eles chegam da parede dorsolateral da cavidade pélvica e do teto da cavidade abdominal. A porção do ligamento largo que termina no corno e corpo uterino é denominada de mesométrio. A margem do corno onde o mesométrio se insere é denominada de margem mesométrica e a borda oposta de margem livre. Particularidades da égua: Os cornos uterinos são encurvados, com a convexidade dorsal e dirigem- se dorsal e lateralmente. 3 - CÉRVIX OU COLO UTERINO: é a porção mais caudal do útero, conectando este com a vagina. É uma estrutura cilíndrica de parede espessa e firme, constituida de músculo liso e tecido fibroso denso com a função de esfíncter do útero. O lúmen do cérvix, o canal cervical é estreito e se estende do óstio uterino interno para o óstio uterino externo conectando o lúmen do corpo uterino com a vagina. A musculatura do colo uterino, as pregas mucosas firmes e a secreção mucoide clara tornam o canal cervical impassável em seu estado normal fechado. Este canal é aberto somente durante o cio e gestação, por somente um curto período. A extrema dilatação deste canal durante o parto é um complexo neuro-hormonal controlado devido à somente em parte à expansão dos fetos. O canal da cérvix pode apresentar pregas longitudinais como na égua. Nas fêmeas de ruminantes este canal apresenta pregas circulares cervicais (3 na vaca, 5 na ovelha) e em suínos os pulvinos cervicais. Vasos: As principais artérias são a uterina, ausente nos carnívoros (ramo da ilíaca externa nos equinos e ilíaca interna nas demais espécies), ramo uterino da útero-ovárica, que apresenta um trajeto tortuoso no ligamento largo e um ramo uterino da artéria vaginal que irriga a porção posterior do útero. O ramo uterino da artéria útero-ovárica se anastomosa com a artéria uterina. As veias formam plexos pampiniformes e acompanham as artérias. Estrutura: O útero apresenta três camadas: a interna ou endométrio (camada mucosa), que sofre modificações na fase do ciclo estral; a média ou miométrio (camada muscular), constituindo a maior parte da parede uterina, e a externa ou perimétrio (camada serosa), representada pelo peritônio. Em determinados períodos, segundo a espécie, o endométrio se prepara para receber o óvulo fecundado. Para tanto, há um aumento de volume do endométrio com formação de abundantes redes de capilares, além de outras modificações. Não ocorrendo à fecundação, ocorre à reabsorção do óvulo pelo útero e na mulher toda essa camada que se preparou sofre descamação com hemorragia, fenômeno denominado de menstruação. ÓRGÃO COPULATÓRIO A vagina, juntamente com o vestíbulo da vagina e a vulva constituem o órgão copulatório da fêmea, recebendo o pênis durante a cópula. Nos ruminantes e carnívoros é o receptor do fluído seminal. Na égua e na porca, o sêmen é usualmente depositado no canal cervical ou diretamente dentro do útero. VAGINA É uma cavidade de paredes relativamente finas que se estende longitudinalmente no interior da cavidade pélvica e relacionando-se dorsalmente com o reto e ventralmente com a vesícula urinária e uretra. A maior parte desta é retroperitoneal, somente uma curta porção é coberta pelo peritônio. A extremidade cranial da vagina é ocupada pela porção intravaginal do cérvix, ao redor da qual o lúmen vaginal forma um recesso anular conhecido como fórnix vaginal. A junção entre vagina e vestíbulo a qual conecta a vagina com o exterior está ao nível do óstio uretral externo no assoalho do trato genital. Na mulher esta junção é marcada por uma prega transversa bem desenvolvida, o hímen, que separa estas duas partes. Nos animais domésticos, o hímen é pobremente desenvolvido e está representado na égua e na porca jovem por uma prega anelar ventral baixa e nas outras espécies por poucas pregas transversas vaginovestibulares. VESTÍBULO DA VAGINA Estende-se desde o orifício uretral externo até os lábios da vulva. O vestíbulo é coberto por uma membrana mucosa avermelhada e contendo glândulas produtoras de muco de tamanho e número variáveis. As glândulas vestibulares menores que são uma fileira de glândulas simples com ductos separados presentes nos equinos, ovinos, suínos e caninos nas paredes laterais e ou ventral, abrem-se ao longo do assoalho ou lados do vestíbulo. Durante o coito essas glândulas são comprimidas e secretam um muco, que lubrifica o vestíbulo da vagina. O muco secretado por essas glândulas lubrifica o vestíbulo na preparação para a cópula e durante a passagem do feto no nascimento. Grandes quantidades de muco são secretadas durante o estro. Este muco contém substâncias odoríferas que atraem o macho. VULVA OU PUDENDO FEMININO A vulva é a porção terminal e somente a única parte realmente externa do trato genital feminino. Esta consiste de lábios direito e esquerdo, os quais se encontram dorsalmente na comissura dorsal e ventralmente na comissura ventral. Entre os lábios está à rima do pudendo a qual leva para dentro do vestíbulo. A comissura ventral da vulva é alguma coisa pendulosa e sempre ventral e caudal ao arco isquiático. Nesse local encontramos o clitóris que é homólogo ao pênis no macho, localizado ventralmente e lateralmente. A inserção dessa estrutura é muito similar aquela do pênis, a principal diferença é que a uretra não faz parte do clitóris e no macho a uretra é incorporada ao pênis. O clitóris é um corpo erétil de mesmaorigem embrionária do macho, sendo formado por nervos sensitivos. Em algumas cadelas pode ser visualizado radiograficamente um osso clitoriano, estrutura similar ao macho. Entre a comissura dorsal e o ânus encontramos uma ponte cutânea a qual pode ocasionalmente ser rompida durante o nascimento, quando o feto é grande ou mal posicionado. Profundamente a essa ponte existe uma massa de músculo e tecido conjuntivo sem bordas laterais definidas conhecida como corpo perineal. O períneo na fêmea é o tecido que envolve o reto e a vagina e cobre a entrada pélvica. COMPARADA CARNÍVOROS - Ovários ovais e de superfície lisa e nodular que estão localizados profundamente a bolsa ovárica. Sua situação é similar a da égua, na região sublombar caudal aos rins. Esta bolsa é formada lateralmente pela mesossalpinge e medialmente pelo ligamento próprio do ovário, mesovário e ovário. Na cadela forma uma bolsa muito profunda, dentro da qual o ovário se projeta da parede medial, e as fímbrias da tuba uterina podem ser vistas na entrada estreita da bolsa. - Além dos ligamentos próprios do ovário e mesovário apresenta o ligamento suspensor do ovário que fixa o ovário cranialmente no diafragma na região da última costela. É uma prega peritoneal com borda espessa derivada da prega que conecta o mesonefro com o diafragma do embrião. - A mesossalpinge das cadelas bem nutridas contém muita gordura, a qual envolve o ovário quase completamente. Devido à gordura a mesossalpinge é grande e pendulosa, inclinando- se do teto da cavidade abdominal até a porção cranial do corno uterino. - Cornos uterinos completamente retilíneos. - O orifício uretral externo se abre numa projeção denominada de tubérculo uretral, que marca a divisão entre vagina e vestíbulo nesta espécie. Este se localiza em média a 5 cm da comissura ventral. Os bulbos vestibulares são plexos venosos organizados nas paredes do vestíbulo da égua e da cadela. Durante a cópula, os bulbos vestibulares eretos da cadela pressionam contra o pênis caudal aos bulbos eretos da glande. SUÍNOS - A presença de numerosos folículos e corpos lúteos no ovário torna sua superfície irregular lhe dando o aspecto de uma framboesa. Apresenta uma bolsa ovariana que cobre parcialmente o ovário. - Cornos uterinos mais longos (1-1,5 m) e flexuosos com parede grossa, lembrando nos animais vivos alças intestinais. - O colo uterino é longo e não se projeta no interior da vagina, não há fórnix. Apresenta saliências (pulvinos cervicais) e depressões que se encaixam. Quando o colo está fechado, estas proeminências se interdigitam e ocluem o canal. O pênis do macho em forma de saca-rolha se encaixa perfeitamente na estrutura do cérvix. Apresenta também as glândulas vestibulares maiores. No assoalho do vestíbulo da vagina da porca e da vaca encontramos o divertículo suburetral que é uma bolsa ventral cega ventral ao óstio externo da uretra. RUMINANTES - Ovários arredondados e relativamente pequenos. Nos pequenos ruminantes são esféricos e levemente flácidos. Forma de amêndoa. Na vaca o ovário esquerdo é menor que o direito. Apresentam formas variáveis resultantes do ciclo estral com a presença de folículos e corpos lúteos que se encontram proeminentes em sua superfície. - Útero com cornos direcionados lateral e ventralmente com uma torção levemente espiral. - O ligamento cornual nestas espécies apresentam duas lâminas conjuntivo-musculares transversais que constituem os ligamentos intercornuais dorsal e ventral. - No interior dos cornos uterinos, na mucosa, vamos encontrar projeções denominadas de carúnculas uterinas. As carúnculas uterinas são projeções do endométrio que serão responsáveis pela formação da parte materna da placenta. Estas estruturas unidas com a parte fetal da placenta, os cotilédones fetais, formam o placentoma. - O vestíbulo da vaca e ocasionalmente da ovelha apresentam as glândulas vestibulares maiores que são duas massas glandulares compactas, uma em cada parede lateral com ductos excretórios simples. Resumo da vascularização do aparelho genital feminino: 1. Artéria ovárica (artéria útero-ovárica): tem origem na aorta semelhante a testicular no macho. Penetra entre as duas lâminas do ligamento largo, alcançando o ovário depois dum trajeto flexuoso. Esta artéria dá origem a um ramo tubário, destinado à tuba uterina, e a outro ramo uterino que sofre anastomose com outra artéria no útero. 2. Artéria uterina (uterina média): Na égua emerge da origem da ilíaca externa. Depois de um trajeto entre as duas lâminas do ligamento largo, divide-se próximo ao útero em ramos cranial e caudal. Os primeiros se anastomosam com os ramos uterinos da ovárica e os caudais vão se ramificar com ramos da vaginal. Nos ruminantes e suínos deriva-se do ramo visceral da ilíaca interna por intermédio da artéria umbilical. Esta é especialmente proeminente nas vacas prenhas e é palpada via retal no diagnóstico de gestação. Esta ausente nos carnívoros. 3. Ramo uterino da artéria vaginal: Provem na égua e nos carnívoros da pudendo interna e nos ruminantes e suínos diretamente da ilíaca interna. A vaginal se distribui na porção média da vagina, ao útero onde anastomosa-se com ramos da artéria uterina. Suspenso por uma reflexão da serosa, o ligamento largo. A parte que vai para o ovário é chamada de mesovário, a parte de cada lado da tuba é mesossalpinge, e a parte que vai para o útero é o mesométrio. 1 carnívoros 2,3 bovino, folículo e corpo lúteo 4 égua – fossa de ovulação (somente nesse local que ocorre a ruptura do folículo ou formação do corpo lúteo) Ovários retilíneos – atrás ao rim Ovários curvados – na entrada pélvica (porca, ovelha, vaca) Face lateral Artéria ovariana *pedículo ovariano; ligadura D= lig. Suspensor do ov. (fixa lá na última costela) E= lig. Próprio do ov. Na cadela Face medial Porca = bolsa ovariana incompleta Vaca gata
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