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SISTEMA GENITAL FEMININO ANATOMIA C 12

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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS C 
 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
A forma de reprodução dos mamíferos vivíparos 
está relacionada com a morfologia e estrutura 
interna dos órgãos genitais da fêmea. Estes 
órgãos não só produzem as células germinativas 
femininas, os óvulos, mas também protegem e 
nutrem o embrião que se desenvolve após a 
fertilização do óvulo. Este período de 
“incubação” ou gestação do embrião vai até o 
estágio de desenvolvimento em que ocorre a 
maturação e expulsão do embrião pela mãe e 
continuação do desenvolvimento e crescimento 
no meio onde seus pais vivem. 
 
ASPECTOS GERAIS DA REPRODUÇÃO 
- As fêmeas que nunca gestaram chamamos 
de nulíparas. Uníparos são aqueles animais que 
usualmente geram um filhote por prenhez 
(ruminantes e equinos), enquanto 
animais multíparos (pluríparos) são aqueles que 
geram muitos filhotes por gestação (suínos e 
carnívoros) 
- Os sinais femininos da puberdade começam 
com alterações rítmicas, as quais são controladas 
por hormônios e constitui o ciclo estral ou ciclo 
sexual. 
- O cio (estro) é a principal manifestação do ciclo 
estral nas fêmeas. Ocorrem modificações do 
temperamento e comportamento, onde o trato 
genital está em condições ótimas para a 
concepção e ocorre a aceitação do macho. 
- Em relação ao ciclo estral podemos dizer que 
animais poliéstricos são aqueles que assim como 
os suínos, ruminantes, felinos e equinos, o estro 
ocorre muitas vezes durante um período. Os 
equinos, felinos e ovinos são poliéstricos 
estacionais, ou seja, apresentam muitos ciclos 
durante uma estação e os bovinos e 
suínos poliéstricos anuais (muitos ciclos durante 
o ano todo). As cadelas são monoéstricas, 
apresentam ao redor de um ciclo ao ano. 
 Os órgãos genitais femininos podem ser 
divididos funcional e morfologicamente 
em ovários, localizados na cavidade abdominal, e 
em órgãos tubulares que vão do ovário até a 
pelve e exterior. Os órgãos tubulares consistem 
de tubas uterinas, útero e órgãos copulatórios. 
O último é subdividido em vagina, vestíbulo da 
vagina e vulva (externa). 
 Os ovários são as glândulas reprodutivas 
(gônadas sexuais femininas) que produzem as 
células germinativas femininas, os óvulos, e são 
homólogos ao testículo no macho. Após o óvulo 
ser liberado dos ovários eles entram nas tubas 
uterinas onde amadurecem e sob circunstâncias 
favoráveis são fertilizados. Após a fertilização ter 
ocorrido, o concepto é levado das tubas para 
o útero que protege e nutre este por um período 
de tempo característico de cada espécie. O útero 
é altamente adaptável a alterações como as que 
ocorrem durante a gestação. A membrana 
mucosa do útero é especialmente importante 
sendo capaz de modificações estruturais. Ela 
forma a porção maternal da placenta, a qual com 
as membranas fetais formam um meio de 
contato e de trocas fisiológicas entre o embrião e 
a mãe. Pela placenta, nutrientes fluem para o 
feto e restos do metabolismo são removidos 
através desta. O cérvix (cérvice), canal bem 
fechado durante a prenhez, conecta o útero com 
a vagina, a qual junto com 
o vestíbulo e vulva formam a passagem direta do 
útero para o exterior. Os dois lábios 
da vulva formam o final caudal do trato genital 
feminino. Os ovários, útero e cérvix estão fixos 
na cavidade abdominal e parede pélvica 
pelo ligamento largo do útero. 
 
 
 
OVÁRIOS 
 Os ovários, ao contrário dos testículos, 
permanecem dentro da cavidade abdominal e 
desempenham tanto funções endócrinas como 
exócrinas; secreção de hormônios e liberação do 
óvulo, respectivamente. 
Aspecto: são grandes e apresentam forma de 
feijão. Na égua tem o tamanho de uma noz. A 
forma do ovário está diretamente relacionada 
com o estágio do ciclo reprodutivo e com o 
número de filhotes por gestação. 
 
Localização: Nos equinos e carnívoros localiza-se 
na região sublombar, caudal aos rins. No caso dos 
ruminantes e suínos ficam na entrada da 
cavidade pélvica. O ovário esquerdo é mais 
caudal, com exceção dos suínos onde os dois 
ovários estão no mesmo plano. 
 
Estrutura: 
Córtex (parenquimatosa): zona externa do 
ovário. É a camada germinativa, composta de 
folículos e corpos lúteos em vários estágios de 
desenvolvimento. 
 
1 - Folículo ovariano primário – consiste de um 
oócito circundado por uma ou mais camadas de 
células foliculares, antes do surgimento de um 
antro com líquido folicular. 
 
2 - Folículo ovariano vesicular – folículo com 
uma cavidade repleta de líquido que aumenta 
com a maturação. Flutuante ao toque devido à 
presença de líquido. 
 
3 - Corpo lúteo – corpo amarelo que se 
desenvolve a partir das células da granulosa e da 
teca interna logo após a ovulação. Estrutura 
firme que se projeta na superfície. 
 
4 - Corpo albicans – estrutura que permanece 
após a degeneração do corpo lúteo. A cor varia 
com a espécie, em bovinos é vermelho. 
 
Medula (zona vasculosa): área central do ovário 
Contém vasos sanguíneos, nervos, linfáticos, 
fibras musculares lisas e de tecido conjuntivo. 
 
Obs.: No equino ocorre inversão dos 
constituintes das camadas, ficando a camada 
parenquimatosa (germinativa) no centro e o 
tecido conjuntivo na periferia. A zona vasculosa 
fica na periferia do órgão. 
 
Apresenta 2 faces, 2 margens , 2 extremidades e 
2 ligamentos. 
 
Margens 
 
Margem livre: mais ou menos arredondada, na 
égua apresenta a fossa de ovulação que é o local 
onde ocorre à ovulação (ruptura do folículo) 
nesta espécie, nas demais ocorre por todo o 
ovário. 
 
Borda de inserção ou mesovárica: borda que 
está fixa no ligamento mesovário. 
 
Extremidades 
Extremidade tubárica: mais cranial, está 
associada a tuba uterina. 
 
Extremidade uterina: mais caudal, está 
conectada pelo ligamento próprio do ovário no 
corno uterino ipsilateral. 
 
Faces 
 As faces do ovário entre a borda livre e a de 
inserção são denominadas de lateral e medial, 
embora elas nem sempre reflitam estas direções 
no animal em vivo. São de superfície lisa, sendo 
que a face lateral é a que está em contato com a 
tuba uterina. 
 
Ligamentos 
 
Mesovário: parte cranial do ligamento largo que 
é uma prega peritoneal larga que suspende o 
trato genital feminino. Neste local, vasos 
sanguíneos, linfáticos e nervos vão para o ovário 
entrando neste através do hilo. O mesovário 
prende o ovário na região sublombar. 
 
Ligamento próprio do ovário: fixa o ovário nos 
cornos uterinos. 
 
 
 
Suprimento sanguíneo: 
 É derivado da artéria ovárica, um ramo da 
aorta. A veia ovariana leva o sangue para a veia 
cava caudal ou na veia renal ipsilateral. 
 
ÓRGÃOS TUBULARES GENITAIS 
 Consistem das tubas uterinas, útero (cornos, 
corpo e cérvix), vagina, vestíbulo da vagina e 
vulva. 
 
TUBAS UTERINAS (SALPINGES) 
Sinônimos antigos: oviduto (mais usado para 
aves), trompas uterinas. 
 É um tubo muscular estreito que conduz os 
óvulos liberados do ovário pela ruptura do 
folículo em direção ao útero. A segunda divisão 
da maturação do ovócito ocorre neste local. São 
tubos convolutos pares onde ocorre usualmente 
a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Esta 
fecundação geralmente ocorre no terço superior 
da tuba uterina (ampola). 
 A tuba uterina apresenta-se dividida em 3 
partes, possui duas extremidades, dois orifícios e 
um ligamento. 
 
Extremidade ovariana: está em relação direta 
com o ovário. Neste local encontramos uma 
dilatação em forma de funil denominada 
de infundíbulo. No centro deste está situada uma 
pequena abertura chamada de óstio abdominal 
da tuba que representa uma comunicação do 
saco peritoneal com o meio externo (só ocorre 
com a fêmea). O infundíbulo se continua em 
direção aos cornos uterinos por uma porção 
tubular mais dilatada, a ampola, e termina em 
uma parte mais estreita, o istmo, no óstio uterino 
da tuba.A fecundação do óvulo se dá na ampola 
da tuba uterina. A margem livre do infundíbulo é 
formada por pregas irregulares que estão 
permanentemente inseridas no ovário 
denominadas de fímbrias. Estas pregas facilitam 
a captação do óvulo. 
 
Extremidade uterina: relaciona-se com o útero. 
Neste local encontramos o óstio uterino da 
tuba que é um orifício diminuto que comunica a 
tuba com os cornos uterinos. 
 
Ligamento - Mesossalpinge: é uma prega 
peritoneal que envolve a tuba uterina e surge da 
superfície lateral do mesovário. 
 
 
 
Tipos de útero e vagina: 
- Vagina e útero duplo: ocorre nos mamíferos 
primitivos como monotremos e marsupiais. 
- Vagina simples e útero duplo: útero com dois 
cérvix, ocorre no coelho. 
- Útero bicornuado: mamíferos domésticos. 
- Útero simples: encontrado nos primatas. 
 
ÚTERO 
 É um órgão músculo membranoso bastante 
desenvolvido colocado na sua maior parte dentro 
da cavidade abdominal. O útero dos mamíferos 
doméstico varia em forma e na sua organização 
interna de acordo com a espécie. Controlado por 
hormônios, este recebe o óvulo fertilizado 
facilitando sua implantação e a nutrição do 
embrião até o nascimento. No final da gestação 
expele o feto através do canal do nascimento por 
contração muscular. 
 O útero consiste de dois cornos uterinos, o 
corpo e a cérvix, o qual se estende para os 
ovários conectando-se com as tubas uterinas. 
 O útero da égua, assim como dos 
carnívoros apresenta forma de um Y, sendo que 
os ovários, tubas uterinas e cornos uterinos 
formam cada uma das extremidades do Y, 
seguidos pelo corpo do útero cérvix, vagina e 
vulva. 
 
1 - CORNOS UTERINOS: 
 São tubos musculares que divergem da 
porção cranial do corpo uterino. São levemente 
curvos na égua. 
 
2 - CORPO DO ÚTERO: 
 É um tubo muscular simples de 
comprimento variável, cranial ao cérvix. Situa-se 
entre os cornos uterinos e o colo uterino. É maior 
na égua, sendo menor nos ruminantes e reduzido 
em carnívoros e suínos. 
 
Posição e inserção do útero: 
 A maior parte do útero está localizado na 
cavidade abdominal, estando somente a cérvix 
na cavidade pélvica. 
 O corpo e os cornos uterinos são suspensos 
pelo ligamento largo direito e esquerdo. Eles 
chegam da parede dorsolateral da cavidade 
pélvica e do teto da cavidade abdominal. A 
porção do ligamento largo que termina no corno 
e corpo uterino é denominada de mesométrio. A 
margem do corno onde o mesométrio se insere é 
denominada de margem mesométrica e a borda 
oposta de margem livre. 
 
Particularidades da égua: Os cornos uterinos são 
encurvados, com a convexidade dorsal e dirigem-
se dorsal e lateralmente. 
 
3 - CÉRVIX OU COLO UTERINO: é a porção mais 
caudal do útero, conectando este com a vagina. É 
uma estrutura cilíndrica de parede espessa e 
firme, constituida de músculo liso e tecido fibroso 
denso com a função de esfíncter do útero. O 
lúmen do cérvix, o canal cervical é estreito e se 
estende do óstio uterino interno para o óstio 
uterino externo conectando o lúmen do corpo 
uterino com a vagina. A musculatura do colo 
uterino, as pregas mucosas firmes e a secreção 
mucoide clara tornam o canal cervical impassável 
em seu estado normal fechado. Este canal é 
aberto somente durante o cio e gestação, por 
somente um curto período. A extrema dilatação 
deste canal durante o parto é um complexo 
neuro-hormonal controlado devido à somente 
em parte à expansão dos fetos. 
 O canal da cérvix pode apresentar pregas 
longitudinais como na égua. Nas fêmeas de 
ruminantes este canal apresenta pregas 
circulares cervicais (3 na vaca, 5 na ovelha) e em 
suínos os pulvinos cervicais. 
 
 
 
 
 
Vasos: 
 As principais artérias são a uterina, 
ausente nos carnívoros (ramo da ilíaca externa 
nos equinos e ilíaca interna nas demais espécies), 
ramo uterino da útero-ovárica, que apresenta um 
trajeto tortuoso no ligamento largo e um ramo 
uterino da artéria vaginal que irriga a porção 
posterior do útero. O ramo uterino da artéria 
útero-ovárica se anastomosa com a artéria 
uterina. As veias formam plexos pampiniformes e 
acompanham as artérias. 
Estrutura: 
 O útero apresenta três camadas: a interna 
ou endométrio (camada mucosa), que sofre 
modificações na fase do ciclo estral; a média 
ou miométrio (camada muscular), constituindo a 
maior parte da parede uterina, e a externa 
ou perimétrio (camada serosa), representada 
pelo peritônio. Em determinados períodos, 
segundo a espécie, o endométrio se prepara para 
receber o óvulo fecundado. Para tanto, há um 
aumento de volume do endométrio com 
formação de abundantes redes de capilares, além 
de outras modificações. Não ocorrendo à 
fecundação, ocorre à reabsorção do óvulo pelo 
útero e na mulher toda essa camada que se 
preparou sofre descamação com hemorragia, 
fenômeno denominado de menstruação. 
 
ÓRGÃO COPULATÓRIO 
 A vagina, juntamente com o vestíbulo da 
vagina e a vulva constituem o órgão copulatório 
da fêmea, recebendo o pênis durante a cópula. 
Nos ruminantes e carnívoros é o receptor do 
fluído seminal. Na égua e na porca, o sêmen é 
usualmente depositado no canal cervical ou 
diretamente dentro do útero. 
 
 VAGINA 
 É uma cavidade de paredes relativamente 
finas que se estende longitudinalmente no 
interior da cavidade pélvica e relacionando-se 
dorsalmente com o reto e ventralmente com a 
vesícula urinária e uretra. A maior parte desta é 
retroperitoneal, somente uma curta porção é 
coberta pelo peritônio. A extremidade cranial da 
vagina é ocupada pela porção intravaginal do 
cérvix, ao redor da qual o lúmen vaginal forma 
um recesso anular conhecido como fórnix 
vaginal. A junção entre vagina e vestíbulo a qual 
conecta a vagina com o exterior está ao nível 
do óstio uretral externo no assoalho do trato 
genital. Na mulher esta junção é marcada por 
uma prega transversa bem desenvolvida, o 
hímen, que separa estas duas partes. Nos animais 
domésticos, o hímen é pobremente desenvolvido 
e está representado na égua e na porca jovem 
por uma prega anelar ventral baixa e nas outras 
espécies por poucas pregas transversas 
vaginovestibulares. 
 
VESTÍBULO DA VAGINA 
 Estende-se desde o orifício uretral externo 
até os lábios da vulva. O vestíbulo é coberto por 
uma membrana mucosa avermelhada e contendo 
glândulas produtoras de muco de tamanho e 
número variáveis. As glândulas vestibulares 
menores que são uma fileira de glândulas simples 
com ductos separados presentes nos equinos, 
ovinos, suínos e caninos nas paredes laterais e ou 
ventral, abrem-se ao longo do assoalho ou lados 
do vestíbulo. Durante o coito essas glândulas são 
comprimidas e secretam um muco, que lubrifica 
o vestíbulo da vagina. O muco secretado por 
essas glândulas lubrifica o vestíbulo na 
preparação para a cópula e durante a passagem 
do feto no nascimento. Grandes quantidades de 
muco são secretadas durante o estro. Este muco 
contém substâncias odoríferas que atraem o 
macho. 
 
 VULVA OU PUDENDO FEMININO 
 A vulva é a porção terminal e somente a 
única parte realmente externa do trato genital 
feminino. Esta consiste de lábios direito e 
esquerdo, os quais se encontram dorsalmente 
na comissura dorsal e ventralmente 
na comissura ventral. Entre os lábios está à rima 
do pudendo a qual leva para dentro do vestíbulo. 
A comissura ventral da vulva é alguma coisa 
pendulosa e sempre ventral e caudal ao arco 
isquiático. Nesse local encontramos o clitóris que 
é homólogo ao pênis no macho, localizado 
ventralmente e lateralmente. A inserção dessa 
estrutura é muito similar aquela do pênis, a 
principal diferença é que a uretra não faz parte 
do clitóris e no macho a uretra é incorporada ao 
pênis. O clitóris é um corpo erétil de mesmaorigem embrionária do macho, sendo formado 
por nervos sensitivos. Em algumas cadelas pode 
ser visualizado radiograficamente um osso 
clitoriano, estrutura similar ao macho. 
 Entre a comissura dorsal e o ânus 
encontramos uma ponte cutânea a qual pode 
ocasionalmente ser rompida durante o 
nascimento, quando o feto é grande ou mal 
posicionado. Profundamente a essa ponte existe 
uma massa de músculo e tecido conjuntivo sem 
bordas laterais definidas conhecida como corpo 
perineal. O períneo na fêmea é o tecido que 
envolve o reto e a vagina e cobre a entrada 
pélvica. 
 
 
 
COMPARADA 
 
CARNÍVOROS 
- Ovários ovais e de superfície lisa e nodular que 
estão localizados profundamente a bolsa 
ovárica. Sua situação é similar a da égua, na 
região sublombar caudal aos rins. Esta bolsa é 
formada lateralmente pela mesossalpinge e 
medialmente pelo ligamento próprio do ovário, 
mesovário e ovário. Na cadela forma uma bolsa 
muito profunda, dentro da qual o ovário se 
projeta da parede medial, e as fímbrias da tuba 
uterina podem ser vistas na entrada estreita da 
bolsa. 
- Além dos ligamentos próprios do ovário e 
mesovário apresenta o ligamento suspensor 
do ovário que fixa o ovário cranialmente no 
diafragma na região da última costela. É uma 
prega peritoneal com borda espessa derivada da 
prega que conecta o mesonefro com o diafragma 
do embrião. 
- A mesossalpinge das cadelas bem nutridas 
contém muita gordura, a qual envolve o ovário 
quase completamente. Devido à gordura a 
mesossalpinge é grande e pendulosa, inclinando-
se do teto da cavidade abdominal até a porção 
cranial do corno uterino. 
- Cornos uterinos completamente retilíneos. 
- O orifício uretral externo se abre numa projeção 
denominada de tubérculo uretral, que marca a 
divisão entre vagina e vestíbulo nesta espécie. 
Este se localiza em média a 5 cm da comissura 
ventral. Os bulbos vestibulares são plexos 
venosos organizados nas paredes do vestíbulo da 
égua e da cadela. Durante a cópula, os bulbos 
vestibulares eretos da cadela pressionam contra 
o pênis caudal aos bulbos eretos da glande. 
 
 
 
 SUÍNOS 
- A presença de numerosos folículos e corpos 
lúteos no ovário torna sua superfície irregular lhe 
dando o aspecto de uma framboesa. Apresenta 
uma bolsa ovariana que cobre parcialmente o 
ovário. 
- Cornos uterinos mais longos (1-1,5 m) e 
flexuosos com parede grossa, lembrando nos 
animais vivos alças intestinais. 
- O colo uterino é longo e não se projeta no 
interior da vagina, não há fórnix. Apresenta 
saliências (pulvinos cervicais) e depressões que 
se encaixam. Quando o colo está fechado, estas 
proeminências se interdigitam e ocluem o canal. 
O pênis do macho em forma de saca-rolha se 
encaixa perfeitamente na estrutura do 
cérvix. Apresenta também as glândulas 
vestibulares maiores. 
 
 
 
 No assoalho do vestíbulo da vagina da porca e da 
vaca encontramos o divertículo suburetral que é 
uma bolsa ventral cega ventral ao óstio externo 
da uretra. 
 
 
 
RUMINANTES 
- Ovários arredondados e relativamente 
pequenos. Nos pequenos ruminantes são 
esféricos e levemente flácidos. Forma de 
amêndoa. Na vaca o ovário esquerdo é menor 
que o direito. Apresentam formas variáveis 
resultantes do ciclo estral com a presença de 
folículos e corpos lúteos que se encontram 
proeminentes em sua superfície. 
- Útero com cornos direcionados lateral e 
ventralmente com uma torção levemente espiral. 
- O ligamento cornual nestas espécies 
apresentam duas lâminas conjuntivo-musculares 
transversais que constituem os ligamentos 
intercornuais dorsal e ventral. 
- No interior dos cornos uterinos, na mucosa, 
vamos encontrar projeções denominadas 
de carúnculas uterinas. As carúnculas uterinas 
são projeções do endométrio que serão 
responsáveis pela formação da parte materna da 
placenta. Estas estruturas unidas com a parte 
fetal da placenta, os cotilédones fetais, formam 
o placentoma. 
- O vestíbulo da vaca e ocasionalmente da ovelha 
apresentam as glândulas vestibulares 
maiores que são duas massas glandulares 
compactas, uma em cada parede lateral com 
ductos excretórios simples. 
 
Resumo da vascularização do aparelho genital 
feminino: 
 
1. Artéria ovárica (artéria útero-ovárica): tem 
origem na aorta semelhante a testicular no 
macho. Penetra entre as duas lâminas do 
ligamento largo, alcançando o ovário depois dum 
trajeto flexuoso. Esta artéria dá origem a um 
ramo tubário, destinado à tuba uterina, e a outro 
ramo uterino que sofre anastomose com outra 
artéria no útero. 
 
2. Artéria uterina (uterina média): Na égua 
emerge da origem da ilíaca externa. Depois de 
um trajeto entre as duas lâminas do ligamento 
largo, divide-se próximo ao útero em ramos 
cranial e caudal. Os primeiros se anastomosam 
com os ramos uterinos da ovárica e os caudais 
vão se ramificar com ramos da vaginal. Nos 
ruminantes e suínos deriva-se do ramo visceral 
da ilíaca interna por intermédio da artéria 
umbilical. Esta é especialmente proeminente nas 
vacas prenhas e é palpada via retal no 
diagnóstico de gestação. Esta ausente nos 
carnívoros. 
 
3. Ramo uterino da artéria vaginal: Provem na 
égua e nos carnívoros da pudendo interna e nos 
ruminantes e suínos diretamente da ilíaca 
interna. A vaginal se distribui na porção média da 
vagina, ao útero onde anastomosa-se com ramos 
da artéria uterina. 
 
 
 
 
Suspenso por uma reflexão da serosa, o 
ligamento largo. A parte que vai para o ovário é 
chamada de mesovário, a parte de cada lado da 
tuba é mesossalpinge, e a parte que vai para o 
útero é o mesométrio. 
 
 
 
 
1 carnívoros 
2,3 bovino, folículo e corpo lúteo 
4 égua – fossa de ovulação (somente nesse local 
que ocorre a ruptura do folículo ou formação do 
corpo lúteo) 
 
 
 
 
Ovários retilíneos – atrás ao rim 
Ovários curvados – na entrada pélvica (porca, 
ovelha, vaca) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face lateral 
Artéria ovariana 
*pedículo ovariano; ligadura 
D= lig. Suspensor do ov. (fixa lá na última costela) 
E= lig. Próprio do ov. Na cadela 
 
 
Face medial 
Porca = bolsa ovariana incompleta 
 
 
Vaca 
 
 
 
gata

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