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Estrutura Morfossintática do Período

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Aula 06
Português p/ IBGE - Temporários
(Recenseador) Com Videoaulas -
Pós-Edital
Autor:
Décio Terror Filho
Aula 06
11 de Março de 2020
05680807343 - Katia Marylia Gomes Monteiro Mota
 
 
 
 
 
1 
 
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO 
PERÍODO. RELAÇÃO DE COORDENAÇÃO ENTRE 
ORAÇÕES. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. 
Sumário 
1 – Conceitos importantes .................................................................................................................................. 2 
1 – Frase ......................................................................................................................................................... 2 
2 – Período ..................................................................................................................................................... 6 
3 – Oração ...................................................................................................................................................... 6 
2 – Diferença entre coordenação e subordinação ............................................................................................... 7 
1 - Enumeração ............................................................................................................................................... 8 
2 – Conjunções coordenativas ...................................................................................................................... 11 
2.2.1 Aditivas ........................................................................................................................................... 13 
2.2.2 Adversativas .................................................................................................................................... 24 
2.2.3 Alternativas ..................................................................................................................................... 38 
2.2.4 Conclusivas ..................................................................................................................................... 41 
2.2.5 Explicativas ..................................................................................................................................... 54 
3 – As orações intercaladas (Comentário do autor) ......................................................................................... 61 
4 – O que devo tomar nota como mais importante?......................................................................................... 69 
5 – Lista de questões de revisão ....................................................................................................................... 72 
6 – Gabarito ...................................................................................................................................................... 98 
 
Décio Terror Filho
Aula 06
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2 
 
1 – CONCEITOS IMPORTANTES 
 Olá, pessoal! 
 O assunto “Domínio da estrutura morfossintática do período” e “Emprego dos sinais de pontuação”, 
previstos em nossa aula, serão trabalhados concomitantemente com o entendimento da relação de 
coordenação e subordinação. Nesta aula, falaremos sobre a coordenação. Na próxima, desenvolveremos a 
subordinação. 
 Para entendermos esse tema, devemos partir de alguns conceitos importantes. 
1 – Frase 
Frase é um enunciado que possua sentido completo. Ela é finalizada por ponto final (.), ponto de 
exclamação (!), ponto de interrogação (?), dois-pontos (:) e reticências (...). 
Cada uma destas pontuações sinaliza um tipo diferente de frase. 
Frase declarativa: apenas apresenta uma informação ao leitor. 
 Em 1979, Mandy, uma garota de 13 anos de idade, participou de uma excursão em uma ilha da 
Escócia. 
Frase exclamativa: apresenta certa emoção ao comunicar. 
 Lá estava ela com sua ginga exuberante e porte sensual! 
Socorro! Psiu! 
Frase interrogativa direta: expressa uma dúvida, motivando uma resposta. 
 A prova será realizada ainda hoje? 
 Você já notou, em palestras, aulas ou em outras situações em que haja uma explicação de um 
argumento, o locutor faz uma pergunta para ele mesmo responder? 
 Esse é um tipo de procedimento argumentativo muito usado em textos dissertativos para que o leitor 
sinta necessidade de ler ou ouvir a resposta: 
 “E o que é impessoalidade?”. “Bom, impessoalidade é a forma como o servidor deve tratar o cidadão 
ou outro servidor do Estado”. 
O autor não teve dúvida ao perguntar, a sua intenção foi nos chamar a atenção sobre um conceito 
importante. 
Décio Terror Filho
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3 
 
Às vezes temos também a pergunta retórica, aquela em que o autor do texto não responde 
diretamente, mas a condução do texto nos enfatiza a resposta. Veja: 
“A política no Brasil é duvidosa quanto à moral e os bons costumes. Em relação às obras referentes à 
Copa do mundo, será que todos os recursos serão aplicados devidamente ao que foi previsto nas licitações? 
Uma boa dica seria a participação do cidadão como fiscal, monitorando o tempo gasto no andamento 
das obras e a lisura nos processos.” 
 
1. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um 
olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que 
começava a falar chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas 
sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus 
amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse! 
Se, após “animal” (linha 4), o ponto final fosse substituído por ponto de interrogação, tanto a correção 
gramatical quanto os sentidos do texto seriam preservados, pois a pergunta resultante da substituição teria 
efeito apenas retórico. 
Comentário:: A frase “Porque as pessoas sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais 
impenetráveis do reino animal.”, por terminar com ponto final, transmite uma declaração, uma afirmação. 
Com a troca dessa pontuação para ponto de interrogação, naturalmente a natureza frasal torna-se 
interrogativa direta e o conectivo causal “Porque” deve ser substituído pela expressão interrogativa “Por 
que”. Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
2. (CESPE / Polícia Civil ES nível médio – 2011) 
Fragmento do texto: No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou e tomou Seul, a capital do Sul. 
Começava ali uma guerra que opunha os povos de um país dividido, com os Estados Unidos da América de 
um lado e a China e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro. O conflito durou cerca de três 
anos e terminou com o país ainda dividido ao meio. O saldo? Três milhões e meio de mortos. 
Na linha 4, o emprego da interrogação é um recurso estilístico e retórico que confere ênfase à informação 
subsequente. 
Comentário: A pergunta e a resposta se encontram ligadas quase que diretamente, por isso o autor poderia 
fazer apenas uma afirmação: O saldo é de três milhões e meio de mortos. Porém, o autor preferiu chamar a 
Décio Terror Filho
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atenção do leitor realizando a pergunta, pois o ponto de interrogação faz o leitor dar uma pausa frasal antes 
de continuar a leitura. Essa pergunta é retórica, porque tem como princípio enfatizar o termo posterior, que 
é a resposta. 
Gabarito: C 
Além disso, as frases podem trazer uma ideia decontinuidade, com o uso das reticências, na intenção de 
que o leitor interprete algo além do que foi dito. 
 Joana está sempre de bom humor, só gosta das piadas do chefe... 
 Neste exemplo podemos entender uma malícia do autor do texto em relação ao comportamento de 
Joana. 
Muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. 
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio 
em Realengo (RJ) e... 
 As reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011 em Realengo-RJ. O autor 
não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa reflexão no problema. 
 As frases também podem fazer parte de um discurso direto. Neste caso a voz do narrador é finalizada 
por dois-pontos, na intenção de abrir a voz do personagem. 
 O candidato afirmou: 
 – Vou entrar com recurso. 
 A voz do personagem é chamada de citação, isto é, o recorte literal da fala de alguém ou de um 
fragmento do texto. Esta fala pode também ser delimitada por aspas. Exemplo: 
 O candidato afirmou: “Vou entrar com recurso.” 
 
 
 
 
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3. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011) 
 No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna de 1988: “Aos 
remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a 
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” Era o reconhecimento de um 
direito. Restava regulamentar a forma pela qual esse direito seria garantido. Em novembro de 2003, o 
presidente da República assinou o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se 
remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste decreto, os grupos étnico-raciais, 
segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais 
específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica 
sofrida.” 
O Estado de S.Paulo, 29/11/2010 (com adaptações). 
Os trechos entre aspas são citações literais de texto de natureza jurídica. 
Comentário: Observe que as aspas marcam citações, recortes literais de outro texto: da lei. Assim, as 
expressões “dispôs a Carta Magna de 1988:” e “o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º:” 
reforçam que essas citações fazem parte realmente de textos de natureza jurídica. 
Gabarito: C 
4. (CESPE / Correios Médio – 2011) 
Fragmento do texto: Um estudo realizado por Dorothy Hatsukami e outros pesquisadores da Universidade 
de Minnesota revelou que fumantes inveterados que diminuem a frequência de suas tragadas ainda assim 
respiram duas vezes mais toxinas por cigarro que as pessoas que fumam menos. (...) O estudo é consistente 
com trabalhos epidemiológicos anteriores, que revelaram que indivíduos que diminuíram o número de 
cigarros fumados não reduziram riscos à saúde. Moral da história: “pode não haver benefício em fumar 
menos”, conclui a pesquisadora. “Se os fumantes querem mesmo diminuir o risco de câncer e doenças”, ela 
acrescenta, “precisam é parar de fumar”. 
As aspas empregadas no texto delimitam citação. 
Comentário: Note que as aspas marcam a fala direta de alguém ou o recorte de um Fragmento do texto. Isso 
é a citação, a qual delimita o discurso direto. Perceba que o recorte registrado em “pode não haver benefício 
em fumar menos” não iniciava a frase no texto original. Assim, foi iniciado com letra minúscula. 
Gabarito: C 
 
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Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. 
2 – Período 
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. 
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a 
frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá. 
Assim, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja: 
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. 
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. 
Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final dele deve ser a mesma da 
frase: . ! ? : ... 
Agora veremos a oração. 
3 – Oração 
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. 
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. 
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter 
sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente. 
Assim, vejamos: 
1. “Socorro!” (apenas frase) 
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 
3. “Olá!” (apenas frase) 
4. “Você está bem?” (frase, período e oração) 
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações) 
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Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, 
como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma 
oração absoluta. 
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana 
foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”. 
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo 
que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ... 
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de 
um período composto é o nosso foco nesta e na próxima aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final 
vista acima, a oração pode ser sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. 
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. 
Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. 
Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. 
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica 
também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação. 
 
2 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará 
no concurso. 
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos 
também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto. 
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso.”. Para que alguém consiga esse resultado, 
deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo 
durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas 
coordenadas. Elas estão justapostas porque todas possuem o mesmo valor: condição. 
O CESPE chama esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. 
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Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. Mas perceba também que a junção 
destas três condições(estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no 
concurso”. 
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de 
estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas 
precisam de outra para terem sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ... 
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) 
tenham sentido. 
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, 
enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). 
A oração subordinada se refere a uma oração principal e a oração coordenada se liga a outra também 
coordenada (ou também chamada de oração inicial). Nesta aula, exploraremos apenas a estrutura 
coordenada. 
Vimos anteriormente que essas estruturas paralelas não ocorrem só com orações. Elas também 
podem ocorrer com os termos da oração. Veja: 
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” 
e “legumes” estão paralelos entre si e compõem o aposto enumerativo. 
Dizemos que estão paralelos porque se somam e possuem o mesmo valor: explicar a palavra “itens”. 
1 - Enumeração 
Como falamos anteriormente, a banca CESPE chama esses termos paralelos de ENUMERAÇÃO. Então 
podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando 
queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos 
demonstrar uma sequência de ações). 
Enumeração de substantivos: 
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 
Enumeração de adjetivos: 
Achei a pintura clara, intrigante, linda! 
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Sequência de ações 
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa. 
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? 
Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, 
respectivamente)? 
Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é? 
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados 
ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela 
conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório. Veja que, na enumeração 
dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”. 
A banca CESPE muitas vezes pergunta se essas vírgulas ocorrem porque separa termos de uma 
enumeração ou termos de mesmo valor. Isso é corretíssimo. 
 
5. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013) 
Fragmento do texto: O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores, 
juízes, promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as 
palestras, painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização, 
correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça. 
No fragmento acima, excetuada a última, todas as demais vírgulas têm a mesma justificativa de uso. 
Comentário: Exceto a última vírgula, todas as demais são usadas para separar termos de mesma função 
sintática. Isso é chamado de enumeração. Assim, tais vírgulas têm a mesma justificativa. Confirme: 
O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes, 
promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as palestras, 
painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização, correição virtual, 
paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça. 
 Note apenas que a última vírgula marca o início de um Comentário: à parte do autor: “todos eles 
relacionados à justiça”. Você verá na próxima aula que este segmento é chamado de oração intercalada, 
parentética ou Comentário: do autor. 
Gabarito: C 
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6. (CESPE / MI Assistente Técnico Administrativo – 2013) 
Fragmento do texto: Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes 
de 391 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande 
do Norte. 
As vírgulas da linha 3 são empregadas para isolar aposto explicativo. 
Comentário: Novamente uma questão cobrando o reconhecimento do uso das vírgulas para separarem 
termos enumerados. Note que houve a enumeração de vários estados. Assim, não há aposto explicativo e a 
questão está errada. Confirme: 
Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 391 municípios 
do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
Gabarito: E 
7. (CESPE / ANS Técnico – 2013) 
Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos 
de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações 
disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS. 
O emprego de vírgulas logo depois de “operadoras” e de “beneficiários” justifica-se porque elas isolam 
aposto explicativo. 
Comentário: A afirmativa está errada, pois as vírgulas apenas separam elementos de uma enumeração. Veja: 
...composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros... 
Gabarito: E 
8. (CESPE / ANS Superior – 2013) 
Fragmento do texto: Além do descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e 
cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser considerados todos os itens relacionados à negativa de 
cobertura, como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o 
mecanismo de autorização para os procedimentos. 
As vírgulas empregadas logo após “procedimentos” (linha 3) e “carência” (linha 3) isolam elementos de 
mesma função sintática componentes de uma enumeração de termos. 
Comentário: A afirmativa está correta, pois as vírgulas separam elementos de uma enumeração, os quais 
possuem a mesma função sintática. Neste caso, tais elementos funcionam como termos exemplificativos. 
Veja: 
...como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o mecanismo 
de autorização para os procedimentos. 
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Gabarito: C 
9. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011) 
Fragmento do texto: Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo de 
cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na Bahia e no Piauí o agronegócio 
teve peso decisivo. 
As vírgulas logo após “Tocantins”, “Maranhão”, “Ceará” e “Pernambuco” justificam-se por isolarem termos 
de mesma função sintática componentes de uma enumeração. 
Comentário: Note que os substantivos estão sendo separados por vírgula para marcar um termo composto 
(enumerado). Todos eles fazem parte do adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: C 
10. (CESPE / Detran ES nível médio – 2011) 
Fragmento do texto: Contraposto aos sucessivosrecordes de congestionamentos nas grandes cidades 
brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que 
privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O 
carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela criação de 
alternativas ao uso do transporte individual. 
 “Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto, 
segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda 
que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento sustentável. 
Contudo, restringir o uso do carro não resolve o problema. 
A vírgula empregada logo após “individual” (linha 3) tem a função de separar os termos de uma enumeração, 
função semelhante à da vírgula empregada imediatamente após “conforto” (linha 6). 
Comentário: Note que a primeira vírgula pedida na questão separa verbos coordenados (“privilegia”, 
“prejudica”). A segunda separa substantivos (“conforto”, “segurança”) também coordenados entre si. Este 
sinal de pontuação, portanto, separa termos de mesma função, pois estão enumerados. 
Gabarito: C 
2 – Conjunções coordenativas 
Entendemos basicamente a estrutura enumerativa e o uso da pontuação nestes casos. 
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura coordenativa. 
Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de 
acordo com o esquema a seguir: 
 
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12 
 
 
 Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos 
coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. 
 
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração 
coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de 
seu valor semântico, conforme apontado no esquema acima. 
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso a chamamos de orações 
coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do 
sentido. Exemplo: 
 Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) 
 Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) 
 O CESPE não cobra o nome destas orações, mas temos que entender sua estrutura para sabermos 
trocar conjunções de mesmo sentido, saber quando usamos a vírgula, além de entender o funcionamento 
textual destes valores e por que tal conjunção foi utilizada. Vejamos os principais valores: 
 
Período Composto por Coordenação 
Oração inicial Oração coordenada sindética 
Esquema do Período Composto por Coordenação 
____________________ e ____________________. (aditiva) 
____________________, mas ____________________. (adversativa) 
____________________ ou ____________________. (alternativa) 
____________________, portanto ____________________. (conclusiva) 
____________________, pois ____________________. (explicativa) 
 
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2.2.1 Aditivas 
 
 As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As 
principais são: 
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como. 
Ex.: Fechou a porta e foi tomar café. 
 Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período 
composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como os 
mostrados acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. 
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. 
 Ele não caminha nem corre. 
 Josefina não trabalha, tampouco estuda. 
 Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. 
 A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: 
a) quando o sujeito for diferente: 
Ana estudou, e Jucélia trabalhou. 
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa. 
b) quando o sentido for de contraste, oposição: 
Estudei muito, e não entendi nada. 
 Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, 
um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Apesar de alguns autores usarem 
esta estrutura sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-la como obrigatória. 
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o 
qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: 
Período Composto por Coordenação 
Oração inicial Oração coordenada sindética 
____________________ e ____________________. (aditiva) 
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Enumeração subjetiva: 
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. 
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e 
realizou a prova, e saiu confiante. 
 A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou 
enfática, porque transmite uma carga de emoção para aumentar a força nos argumentos. 
Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora vejamos um aprofundamento do 
que trabalhamos no início desta aula. A pontuação numa enumeração, agora com a objetiva: 
Enumeração objetiva: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, 
realizou a prova e saiu confiante. 
 Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo 
que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração 
subjetiva. 
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção 
“e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, 
realizou a prova, saiu confiante. 
 A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da 
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas. 
 Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos 
enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja: 
Uso do ponto e vírgula: 
 1 
1.1 1.2 
2 
2.1 2.2 
4 
4.1 4.2 
3 5 6 
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________. 
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Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem; 
chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes. 
 Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há 
divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior 
clareza na enumeração.Assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e 
6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último 
termo enumerado e o penúltimo como apenas um. 
 Assim veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: 
 
 
11. (CESPE / IPHAN Nível superior – 2018) 
Fragmento do texto: Os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, e passaram da África à Ásia, fugindo do 
cativeiro; estes atravessam o mar oceano na sua maior largura, e passam da mesma África à América e para 
viver e morrer cativos. Os outros nascem para viver, estes para servir. Nas outras terras do que aram os 
homens, e do que fiam e tecem as mulheres, se fazem os comércios: naquela o que geram os pais e o que 
criam a seus peitos as mães, é o que se vende, e se compra. 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada logo após “viver” (ℓ.3) fosse 
substituída por ponto e vírgula. 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
1 2 4 3 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
1 2 4 3 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
1 2 4 3 5 6 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
1 2 4 3 5 6 
 _____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ e __________. 
 
 _____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ , e __________. 
 
 _____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ e __________. 
 
 _____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________. 
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Comentário: No período “Os outros nascem para viver, estes para servir.”, a vírgula separa orações 
coordenadas assindéticas. Assim, cabe a sua substituição por ponto e vírgula e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
12. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de 
acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado 
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores 
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos 
esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, 
identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação 
de embarcações e divulgar informações ao navegante. 
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se as vírgulas empregadas logo após 
“marítimo” (linha 6) e “poluição” (linha 6) e a conjunção “e” (linha 7) fossem substituídas por ponto e vírgula. 
Comentário: O verbo “cabe” é transitivo indireto, o termo “ao qual” é o objeto indireto e as orações 
“identificar e monitorar o tráfego marítimo”, “adotar ações de combate à poluição”, “planejar a 
movimentação de embarcações” e “divulgar informações ao navegante” constituem o sujeito oracional 
composto. Na aula de concordância veremos que o sujeito oracional mantém o verbo da oração principal no 
singular: cabe. 
 Tudo isso é afirmado para você perceber que o segmento “identificar e monitorar o tráfego marítimo” 
é o primeiro elemento da enumeração, “adotar ações de combate à poluição” é o segundo elemento da 
enumeração, “planejar a movimentação de embarcações” é o terceiro e “e divulgar informações ao 
navegante” é o último elemento da enumeração, por isso foi precedido da conjunção “e”. 
 Como as vírgulas separam orações coordenadas assindéticas e a conjunção “e” separa uma oração 
coordenada sindética, podem esses segmentos ser separados por ponto e vírgula, como vimos na estrutura 
de pontuação. Compare e confirme: 
Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de 
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar 
a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. 
Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de 
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo; adotar ações de combate à poluição; planejar 
a movimentação de embarcações; divulgar informações ao navegante. 
Gabarito: C 
 
 
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13. (CESPE / EBSERH Área assistencial – 2018) 
Fragmento do texto: O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-
natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência 
de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial 
e do crescimento do mercado interno. 
A substituição do ponto empregado logo após “pró-natalista” (linhas 1 e 2) por vírgula, com a devida 
alteração da letra inicial maiúscula para minúscula, manteria a correção do texto. 
Comentário: Primeiro, devemos relembrar que cada período sintático apresenta uma ideia-chave, uma 
relação de independência, de autonomia: 
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de 
450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de 
mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do 
crescimento do mercado interno. 
 O parágrafo apresenta dois períodos coordenados entre si e a sinalização entre eles é a do ponto 
final. Note que o segundo período apresenta um adjunto adverbial de tempo “Por cerca de 450 anos”. Com 
o ponto final separando os dois períodos, é certo que este adjunto adverbial inicia o novo período e tem 
relação de dependência com a oração posterior. 
 Assim, a substituição do ponto por vírgula abriria uma possibilidade de ambiguidade, isto é, o adjunto 
adverbial acima citado é dependente da oração anterior ou posterior? Assim, ficaríamos com as seguintes 
dúvidas: 
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista, por cerca de 
450 anos? 
ou 
Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas 
taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do 
crescimento do mercado interno? 
 É certo que há mudança de sentido, mas a questão pede apenas a correção gramatical. 
 Note que, com a vírgula, passaríamos a ter a chamada frase siamesa, isto é, uma frase muito longa 
sem uma separação das duas ideias-chave (os períodos sintáticos). Como passaria a haver uma ambiguidade 
e isso traria prejuízo para o argumento, tal estrutura frasal longa prejudica a correção gramatical. 
 Mas cuidado: não é o simples fato de uma frase ser longa que traria erro gramatical. O problema é a 
frase ser longa e trazer ambiguidade. 
 Detalhe: o que nos ajuda a perceber o erro é o fato de o adjunto adverbial estar antecipado. Neste 
caso, o contexto também nos mostra que não cabe a simples substituição do ponto pela vírgula, pois levaria 
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não só a uma mudança de sentido, mas a uma ambiguidade e a uma frase longa sem precisão. Assim, 
também há incorreção. 
 Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
14. (CESPE / PM MA Soldado – 2017) 
Fragmento do texto: O problema da segurança, portanto, não pode mais estar adstrito apenas ao repertóriotradicional do direito e das instituições da justiça. Evidentemente, as soluções devem passar pelo 
fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no 
âmbito das políticas públicas de segurança, mas também devem passar pelo alongamento dos pontos de 
contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área. 
A locução “mas também” (linha 4) estabelece uma relação de oposição no período em que ocorre. 
Comentário: Note que a conjunção “mas” é um realce ao último elemento enumerado, o qual está precedido 
do advérbio que transmite inclusão “também”. 
 Assim, não há relação de oposição, mas de adição. 
 Portanto, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
15. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017) 
Fragmento do texto: Os conflitos do século XX possuem uma diferença marcante em relação às guerras 
ocorridas em épocas anteriores. Até o século XIX, as guerras provocavam morte e destruição principalmente 
nas zonas de combate e em suas proximidades, e a maior parte das baixas era causada entre os combatentes. 
A vírgula empregada na linha 3 separa orações cujos sujeitos são distintos. 
Comentário: A conjunção “e” une duas orações de sujeitos diferentes: o termo “as guerras” é o sujeito da 
oração coordenada anterior e “a maior parte das baixas” é o sujeito da oração coordenada posterior. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
16. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017) 
Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação, 
compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de 
localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica 
mercantil. 
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Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula justifica-se porque a segunda oração do período apresenta 
elementos em série. 
Comentário: Sabemos que o emprego de ponto e vírgula transmite clareza no trecho coordenado. Assim, no 
lugar de vírgula, o autor pode optar pelo ponto e vírgula. 
 Com base nisso, é importante observar que a conjunção “e” une orações coordenadas as quais 
apresentam divisões internas já com vírgula. 
 Assim, caberia uma vírgula antes da conjunção “e” devido a esta unir orações com sujeitos diferentes. 
Como já há divisão interna nas duas orações, o autor optou por empregar o ponto e vírgula. 
 Dessa forma, a afirmação da questão está errada, pois tal sinal não foi empregado apenas porque a 
segunda oração apresenta elementos em série, pois isso também ocorreu na primeira. O motivo real foi a 
união de orações de sujeitos diferentes e haver divisão interna nas duas orações. 
Gabarito: E 
17. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017) 
Fragmento do texto: Falamos não só de uma crise ecológica, mas também de uma crise civilizatória de 
amplas dimensões, do funcionamento de um sistema que destrói e ameaça as suas próprias bases de 
sobrevivência, sustentado pela separação homem/natureza, com repercussões para toda a vida social. 
A expressão “mas também” (linha 1) introduz no período em que ocorre uma ideia de oposição. 
Comentário: A expressão correlativa de adição “não só... mas também” transmite valor de adição, e não de 
oposição. 
Gabarito: E 
18. (CESPE / SEEDF Monitor – 2017) 
Fragmento do texto: Como qualquer profissional do ambiente escolar, os monitores também são 
educadores, e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as 
crianças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro 
etc.). 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada imediatamente após “educadores” 
(linha 2) fosse suprimida. 
Comentário: A vírgula antes da conjunção “e” separa orações de sujeitos diferentes. Assim, a vírgula é 
facultativa e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
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19. (CESPE / TCE PA Analista – 2016) 
Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito, 
modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas 
emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo. 
No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas comporta a participação 
direta do povo”, a locução “não apenas (...) mas” introduz no período ideia de adição. 
Comentário: A questão explora o valor da expressão correlativa de adição “Não só ... mas também”. 
Naturalmente, você entendeu o valor de adição dessa expressão. 
Gabarito: C 
20. (CESPE / PC PE Superior – 2016) 
Fragmento do texto: A decisão ou vontade política de eleger a segurança pública como prioridade é o 
primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo 
quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente 
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de 
modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia. 
No trecho “Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de 
modo simplista” (linhas 4 e 5), do texto, o vocábulo “como” integra uma expressão que introduz no período 
uma ideia de 
a) proporcionalidade. 
b) adição. 
c) comparação. 
d) explicação. 
e) oposição. 
Comentário: O vocábulo “como” integra a expressão correlativa de adição “não só...como também”. Assim, 
a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
21. (CESPE / FUB Superior – 2016) 
Fragmento do texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A 
Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as 
diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país. 
A vírgula foi empregada para separar orações. 
Comentário: No segundo período, há três orações coordenadas entre si: 
“reinventar a educação superior”¹, 
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21 
 
“entrelaçar as diversas formas de saber”² e 
“formar profissionais engajados na transformação do país”³. 
 A segunda oração² é coordenada assindética aditiva, a terceira oração³ é coordenada sindética 
aditiva. Assim, a vírgula foi empregada para separar as duas primeiras orações coordenadas e a afirmação 
está correta. 
Gabarito: C 
22. (CESPE / FUB Superior – 2016) 
Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova, passada a limpo, 
me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela 
casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz. 
A vírgula empregada logo após “protegia” (linha 3) separa orações aditivas que têm sujeitos distintos. 
Comentário: Antes de comentar a vírgula, vamos a uma consideração: o último período do trecho acima é 
precedido da conjunção “Mas”. Assim, ele está coordenado ao período anterior. Para nossa análise de 
pontuação, devemos contar como oração inicial o segmento “aquela casa me protegia” (já sem o conectivo 
“Mas”, pois sua relação é com o período anterior). 
 Assim, no último período temos a oração inicial “aquela casa me protegia” e a oração coordenada 
sindética “e dentro dela umamulher se esforçava”. 
 Há vírgula antes da conjunção “e”, pois nessas duas orações há dois sujeitos distintos: “aquela casa” 
e “uma mulher”. 
 Por isso a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
23. (CESPE / BSF nível superior – 2014) 
Fragmento do texto: Entre os critérios em discussão, encontram-se os conceitos da produtividade no setor 
público; a modificação dos processos orçamentários com definições ligadas a objetivos e produtos 
mensuráveis e passíveis de avaliação; a revisão dos elementos que definem a rentabilidade social dos 
programas, serviços e investimentos realizados pelo Estado; a incorporação de critérios que atribuam peso 
maior à demanda dos usuários na tomada de decisão no setor público; e, por último, a adoção de padrões 
comparativos como forma de avaliar o rendimento e a qualidade da ação estatal. 
No parágrafo acima, o emprego do sinal de ponto e vírgula deve-se à necessidade de separar elementos 
extensos de uma enumeração. 
Comentário: Observe que há enumeração de elementos realmente extensos e com conjunções aditivas, 
além de vírgulas internas. Daí a necessidade de transmitir clareza inserindo os sinais de ponto e vírgula. É 
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interessante perceber que, mesmo não havendo divisão interna, se os termos enumerados são de grande 
extensão, por motivo de clareza, o autor pode inserir ponto e vírgula. 
Gabarito: C 
24. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013) 
Fragmento do texto: Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário, 
campanhas importantes para promover o bem-estar do cidadão, como a da aplicação da Lei Maria da Penha 
no âmbito dos tribunais; a do reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento da ideia de 
conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida. 
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os sinais de ponto e vírgula por vírgulas no 
trecho “como a da aplicação da Lei Maria da Penha (...) a de valorização da vida” (linhas 2 a 4). 
Comentário: O sinal de ponto e vírgula é um recurso estilístico que deixa a separação dos termos da 
enumeração mais clara. Assim, tal sinal não é obrigatório, ele pode ser substituído por vírgula. 
 O erro na questão é afirmar que substituição dos sinais de ponto e vírgula por vírgulas prejudica a 
correção gramatical. Tal substituição não prejudica, por isso a questão está errada. 
Gabarito: E 
25. (CESPE / DPRF Policial Rodoviário Federal – 2013) 
Fragmento do texto: Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o 
direito de tirar a vida alheia. 
Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “inviolável” 
manteria a correção gramatical do texto. 
Comentário: O conectivo “nem” não está relacionado com a conjunção “e”. Ele trabalha em conjunto com o 
segundo conectivo “nem” (nem o Estado nem ninguém). Assim, a conjunção “e” é imprescindível no período, 
pois conecta a oração inicial “Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável” à oração coordenada 
sindética aditiva “e nem o Estado nem ninguém tem o direito”. Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
26. (CESPE / SEGER ES nível superior – 2011) 
Fragmento do texto: Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e 
ganhos permanentes de produtividade. 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que, 
entretanto, tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e”, em sua segunda 
ocorrência. 
Comentário: Como vimos nos esquemas anteriores, a vírgula inserida antes do último “e” não é obrigatória, 
mas tem um papel importante na clareza do texto. No caso desta frase, a vírgula mostra ao leitor que a 
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primeira conjunção “e” faz uma divisão interna do primeiro termo enumerado (a acumulação de capital físico 
e humano) e que o último “e” inicia o segundo termo da enumeração “ganhos permanentes da 
produtividade”. 
Gabarito: C 
Outro fato relevante para as provas da banca CESPE é notarmos que algumas vezes este tipo de 
oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de 
gerúndio, a qual será mais explorada em outras aulas. Veja: 
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional. 
A banca CESPE pede muitas vezes para transformarmos essa oração reduzida em desenvolvida, com 
a conjunção aditiva “e”. Veja: 
O Brasil vem exportando bastante, continuando sua trajetória econômica ascensional. 
O Brasil vem exportando bastante e continua sua trajetória econômica ascensional. 
Veja mais um exemplo: 
“O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo 
essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a 
garantir a finalização destas operações.” 
A forma verbal “transferindo”(ℓ.2) poderia ser substituída, sem prejuízo para a correção do período, 
por e transfere, eliminando-se a vírgula após “pagamento”(ℓ.2)? 
 Podemos entender nesse período uma sequência de processos verbais referentes ao Banco Central. 
Primeiro, ele deixa de ser responsável pela intermediação. Depois, transfere essa atribuição para um 
conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings) e estes passam a garantir a finalização destas 
operações. 
 Assim, entre essas orações há valor de adição. 
 Por esse motivo, pode-se substituir a oração reduzida de gerúndio pela sua forma desenvolvida, com 
conjunção “e” e verbo conjugado no presente (“transfere”). 
Como a conjunção “e” liga duas orações de mesmo sujeito, é natural não haver vírgula. 
 
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27. (CESPE / MPE-PI Superior – 2012) 
Fragmento do texto: Vestidos de palhaço, eles aproveitam o tempo dos carros parados no semáforo para 
cumprir essa missão. Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam 
com os motoristas. Muita gente fecha o vidro do carro. 
Sem prejuízo semântico para o texto, as formas verbais “fazem” (linha 2) e “brincam” (linha 2) poderiam ser 
substituídas pelas formas fazendo e brincando, respectivamente. 
Comentário: Veja que há uma sequência de ações, da mesma forma como vimos na teoria. Assim, podemos 
substituir os verbos, transformando as orações em reduzidas de gerúndio. Compare: 
Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam com os motoristas. 
Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazendo performances e brincando com os 
motoristas. 
Gabarito: C 
2.2.2 Adversativas 
Exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são: mas, porém, contudo, 
todavia, entretanto, no entanto. 
 Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem 
iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar 
disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é 
importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções. 
Ex.: Trabalhou duro, mas não ganhou muito dinheiro. 
 Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. 
 Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos. 
 Não desmatar é importante, no entanto não é a únicasolução para a sustentabilidade do planeta. 
 O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. 
 Atenção na adversativa, pois a vírgula é obrigatória 
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Todas as conjunções, exceto “mas”, podem ficar no início, no meio e no fim desta oração. Veja as 
possibilidades: 
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. 
A banca CESPE costuma cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas 
conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode 
ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no 
entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima. 
 
 Uso do ponto e vírgula: 
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que 
separa as orações adversativas por ponto e vírgula. 
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. 
 Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto 
acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e 
vírgula. Veja: 
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. 
 Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a 
primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante. 
 Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. 
 
Período Composto por Coordenação 
Oração inicial Oração coordenada sindética 
____________________, mas ____________________. (adversativa) 
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28. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019) 
Fragmento do texto: A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e 
ele regula nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou 
transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde 
moramos, quem amamos e como morremos. 
A vírgula empregada na linha 1 tem a finalidade de demarcar uma relação de oposição entre as orações 
“Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos” (linhas 1) e “e ele regula nossa vida até o dia em que 
morremos” (linhas 1 e 2). 
Comentário: A vírgula antes da conjunção “e”, na linha 1, ocorre porque tal conjunção une orações de 
sujeitos diferentes, e não por supostamente haver valor de oposição. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
29. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018) 
Fragmento do texto: Não será difícil caracterizar os programas de formação que serviram a intuitos 
“reformadores”: o seu objetivo primordial é o de adaptar os professores a “novas” técnicas ou processos. 
 A avaliar pela situação que se vive nas escolas, talvez esta prática de formação não tenha servido ao 
que se propôs. E não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos, 
à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores. 
No contexto em que ocorre, a conjunção “E” (linha 4) possui sentido adversativo, podendo ser substituída, 
sem prejuízo para os sentidos do texto, pela conjunção mas. 
Comentário: Entendemos do contexto que talvez a prática de formação falada no texto não tenha servido 
ao que se propôs e não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos, 
à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores. 
 Assim, notamos a adição de outra negação à anterior, por isso não cabe valor adversativo, sugerido 
na questão, ao pedir a substituição por “mas”. 
 Portanto, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
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30. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a 
lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que essa regra universal produz legalidade 
e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se 
eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, 
aí temos o “jeitinho” virando corrupção. 
 
A palavra “Agora” (linha 3) exprime uma circunstância temporal. 
Comentário: A palavra “agora” pode ser advérbio de tempo ou conectivo coordenativo adversativo. 
 Note no contexto que a palavra “agora” transmite uma ideia de contraste entre a ideia de ser um 
cidadão que cumpre as suas obrigações e cobrar pelo serviço público e ser uma pessoa que age com o 
“jeitinho brasileiro” (uma corrupção). 
 Assim, a palavra “Agora”, neste contexto, não tem valor temporal. Na realidade, pode ser substituída 
por “Porém”. 
Gabarito: E 
31. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017) 
Fragmento do texto: Atente-se: a classe lucrativa tem conduta adversa ao estilo de vida da camada dirigente, 
não obstante a explore, e viva, em grande parte, de seus favores, numa espécie de capitalismo político, 
dependente e subordinado ao Estado. 
Na linha 2, a substituição de “não obstante” por contudo preservaria a correção gramatical e o sentido 
original do texto 
Comentário: A expressão “não obstante” pode ter valor coordenativo adversativo ou valor adverbial 
concessivo, assunto a ser visto na próxima aula. Para sabermos se “não obstante” tem valor coordenativo, 
basta verificar se o verbo está flexionado no indicativo, como no seguinte exemplo: 
Ana estudou bastante para a prova, não obstante não foi aprovada. 
 Porém, se o conectivo “não obstante” estiver iniciando oração com verbo no subjuntivo, terá valor 
adverbial concessivo, como no exemplo abaixo: 
Não obstante estudasse pouco, Joaquim passou na prova. 
 Bom, voltando ao contexto da questão, como o verbo “explore” (linha 2) se encontra flexionado no 
modo subjuntivo, o conectivo “não obstante” não tem valor coordenativo adversativo, mas adverbial 
concessivo, por isso não pode ser substituído por “contudo” e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
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32. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017) 
Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais, 
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em 
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat 
saudável às atuais e futuras gerações humanas. 
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a conjunção “Porém” (linha 2) 
fosse substituída por Mas. 
Comentário: Sabemos que a conjunção “Porém” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, seria 
natural a sua troca pela conjunção “Mas”, a qual possui mesmo valor semântico. 
 Porém, note que, no texto original, a conjunção “Porém” se encontra seguida de vírgula, o que pode 
ocorrer também com as conjunções “contudo”, “entretanto”, “todavia”, “no entanto”; mas não com a 
conjunção “mas”. 
 Por isso a afirmaçãoestá errada. 
Gabarito: E 
33. (CESPE / TRT 7ª Região Analista – 2017) 
Fragmento do texto: Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a 
entender a atual onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe 
perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o caminho 
para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de métodos 
personalistas de acesso a eles. Em outras palavras, considera-se cada vez mais importante que os direitos 
estejam fortemente conectados com a plena autonomia política dos indivíduos, de modo que não sejam 
vividos como favores concedidos por governantes, filantropos, patronos ou equivalentes. 
Sem prejuízo para a correção e os sentidos do texto, a expressão “e não” (linha 4) poderia ser substituída 
por 
a) não só. 
b) e nem. 
c) senão. 
d) mas não. 
Comentário: Entendemos do contexto que o caminho para efetivar os direitos não é a ativação de métodos 
personalistas de acesso a eles, mas a mobilização pública do sentimento de justiça. 
 Dessa forma, entendemos uma oposição, um contraste, e a conjunção “e” tem valor coordenativo 
adversativo, e isso é reforçado pela presença do advérbio “não”. 
 Por isso, a alternativa (D) é a correta, pois podemos substituir “e não” por “mas não”, preservando o 
sentido e a correção. 
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Gabarito: D 
34. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017) 
Fragmento do texto: Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica 
realizada é um conflito político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos 
não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível 
a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial. 
A coerência e a correção gramatical do último parágrafo seriam preservadas caso se substituísse 
“Inversamente” (linha 2) por Entretanto. 
Comentário: O advérbio “inversamente” demonstra que há uma oposição entre as orações “toda transação 
econômica realizada é um conflito político resolvido” e “podemos sustentar que toda disputa pelos recursos 
não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível 
a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial”. Dessa forma, a conjunção 
coordenativa adversativa “Entretanto” manterá tal oposição. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
35. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017) 
Fragmento do texto: A pedagogia tradicional é caracterizada pela preocupação com a eficiência sempre 
maior, inspirada no modelo econômico dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o 
aparecimento de enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremadamente detalhada. 
 Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola Nova. A 
pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança, suas 
afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a uma 
pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir. 
A conjunção “Entretanto” (linha 3) tem, no período em que se insere, sentido conclusivo, equivalendo, 
semanticamente, a Portanto. 
Comentário: A conjunção “Entretanto” só pode ser coordenativa adversativa. Assim, não pode ser 
substituída pela conjunção conclusiva “Portanto”. 
Gabarito: E 
36. (CESPE / Prefeitura de São Luís MA Professor – 2017) 
Fragmento do texto: Ao fim de tanto tempo de sujeição, que iriam fazer cá fora, sem saber em que se 
ocupar? E Damião sentia renascer no seu espírito o impulso da revolta, querendo denunciar a burla e 
protestar contra o novo engodo à liberdade dos negros. Mas vinha-lhe o desânimo. 
No texto, a oração “Mas vinha-lhe o desânimo” (linha 3) expressa uma ideia de 
a) consequência. 
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b) finalidade. 
c) conclusão. 
d) adversidade. 
e) condição. 
Comentário: A conjunção “Mas” inicia oração de valor coordenativo adversativo. Assim, a alternativa correta 
é a (D). 
Gabarito: D 
37. (CESPE / DPU Agente Administrativo – 2016) 
 
No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma oração adversativa, que apresenta 
ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos quadrinhos anteriores. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa. Assim, transmite contraste em relação à 
informação anterior e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
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38. (CESPE / CPRM Superior – 2016) 
Fragmento do texto: Há, ainda, outro detalhe surpreendente: os dois genes em questão só se ativam na 
presença do PET, o que constitui uma “ativação por substrato”, mecanismo muito comum em velhas rotas 
metabólicas. Parece evidente, entretanto, que isso não precisa ser o resultado de milhões de anos de 
paciente evolução. Basta um século, ou menos. 
A conjunção “entretanto” (linha 3) do texto introduz, no período em que se insere, ideia de 
a) condição. 
b) explicação. 
c) oposição. 
d) comparação. 
e) adição. 
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual transmite contraste, oposição 
em relação à informação anterior. Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
39. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Médio – 2016) 
Fragmento do texto: O Brasil é um país de cidades novas. A maior parte de seus núcleos urbanos surgiu no 
século passado. Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. Contemporâneas dos primeiros 
tempos da colonização, algumas delas já ultrapassaram inclusive a marca do quarto centenário. Poucas são 
as cidades brasileiras, contudo, que ainda apresentam vestígios materiais consideráveis do passado. 
No texto I, a conjunção “entretanto” (linha 2) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de 
a) condição. 
b) causa. 
c) consequência. 
d) oposição. 
e) adição. 
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual transmite contraste, oposição 
em relação à informação anterior. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
40. (CESPE / DEPEN Superior – 2015) 
Fragmento do texto: Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as leituras. Essa 
possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima. 
A substituição da locução “no entanto” por conquanto manteria a relação estabelecida entre a última oração 
do segundo parágrafo e a que a antecede. 
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Comentário: O conectivo “no entanto” só pode ter valor coordenativo adversativo. Veremos na próxima aula 
que a conjunção “conquanto” só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, não pode haver a substituição 
direta de um pelo outro. 
Gabarito: E 
41. (CESPE / TRE GO Analista Judiciário – 2015) 
Fragmento do texto: Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à 
autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era 
um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentidapelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas 
havia cidadãos? 
A inserção de vírgula logo após “Mas” (linha 3) não prejudicaria a correção gramatical do texto, pois, nesse 
caso, a utilização da vírgula é de caráter facultativo. 
Comentário: Os conectivos adversativos “porém”, “contudo”, “entretanto”, “no entanto”, “todavia”, quando 
iniciam períodos ou forem precedidos de ponto e vírgula, podem ser seguidos de vírgula: 
Estudo pouco. Porém, passou no concurso. 
Estudo pouco; porém, passou no concurso. 
 Contudo, devemos observar que somente a conjunção “mas” não admite tal pontuação posterior. 
Assim, a afirmativa é errada. 
Gabarito: E 
42. (CESPE / FUB Nível Médio – 2015) 
Fragmento do texto: “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo 
Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que 
compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico”. 
 A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do texto O oxente 
e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, 
realizada pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e 
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). 
O elemento coesivo “mas” (linha 4) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma 
sequência de fatos. 
Comentário: A conjunção “mas” inicia oração coordenada de valor adversativo, e não concessivo. A 
concessão é circunstância adverbial, sobre a qual falaremos na próxima aula. 
Gabarito: E 
 
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43. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014) 
Fragmento do texto: Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos atualmente, por 
exemplo, não se pode prever como será o desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze 
anos. As simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir 
experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar cautela extra ao construirmos 
coisas que precisam durar. 
A expressão “no entanto” (linha 4) poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse 
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto. 
Comentário: Os conectivos “no entanto” e “entretanto” só podem ter sentido adversativo. Assim, eles 
podem ser trocados sem qualquer problema gramatical, além de preservar o sentido no texto. 
Gabarito: C 
44. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014) 
Fragmento do texto: Os estados e municípios deverão adotar os novos parâmetros até agosto de 2014, caso 
contrário, não receberão recursos da União. Nesse contexto, a lei propõe incentivos dos municípios para a 
organização desses trabalhadores em cooperativas, em detrimento do trabalho autônomo dos catadores de 
rua. A maioria dos catadores autônomos, entretanto, é moradora de rua ou desempregada, sem acesso ao 
mercado de trabalho formal. Em muitos casos, são dependentes químicos ou alcoólatras, e não têm horários 
estabelecidos para o trabalho. 
O elemento coesivo sentencial “entretanto” (linha 4) tem a finalidade semântica de introduzir uma relação 
de adversidade entre a informação expressa no período de que faz parte e a informação expressa nos 
períodos que o antecedem 
Comentário: O conectivo “entretanto” só pode ter sentido adversativo. Assim, realmente, ele tem a 
finalidade de transmitir adversidade entre a informação iniciada por ele (a maioria dos catadores autônomos 
é moradora de rua não tem acesso ao emprego formal) em relação às informações anteriores (adoção de 
novos parâmetros, proposta de incentivos por lei para as cooperativas em detrimento do trabalho 
autônomo). 
Gabarito: C 
45. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014) 
Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da 
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, 
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do 
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do 
registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos 
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China, 
Índia, África do Sul e o próprio Brasil. 
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Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (linha 3) e o trecho “e do Brasil em 
particular” (linha 4), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que 
pertencem. 
Comentário: Primeiramente, sabemos que as orações coordenadas podem ser sindéticas (com conjunção) 
ou assindéticas (sem conjunção). Assim, a exclusão da conjunção “entretanto” apenas transforma a oração 
coordenada sindética em “assindética”, não havendo prejuízo para a correção gramatical. 
 A expressão “e do Brasil em particular” é apenas um Comentário: extra do autor e não é 
imprescindível na estrutura sintática. Assim, podemos excluir também essa expressão e não haverá prejuízo 
à correção gramatical. 
Gabarito: C 
46. (CESPE / ICMBIO Médio – 2014) 
Fragmento do texto: Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os colegas. 
Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. Hoje, o lago já não é tão abundante quanto há 
uma década e meia, mas ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, tucunarés, carpas e traíras, soma 
250 quilos de peixe por semana e perto de dois mil reais por mês. 
O vocábulo “mas” (linha 3) é um elemento coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação 
expressa no período de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede. 
Comentário: O vocábulo “mas” tem valor coordenativo adversativo, e não conclusivo, como afirma a 
questão. 
Gabarito: E 
47. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014) 
Fragmento do texto: Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma relação de trabalho, mas nem toda 
relação de trabalho é uma relação de emprego. 
Caso se substituísse o conectivo “mas” (linha 1) por no entanto, seriam mantidos a correção gramatical e o 
sentido do texto. 
Comentário: Os conectivos “mas” e “no entanto” têm sentido coordenativo adversativo. Assim, eles podem 
ser trocados sem qualquer problema gramatical, além de preservar o sentido no texto. 
Gabarito: C 
 
 
 
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48. (CESPE / Anatel Superior – 2014) 
 
No segundo quadrinho, a palavra “Já” tem valor temporal. 
Comentário: A palavra “Já”, no segundo quadrinho, transmite um valor adversativo, isto é, um contraste em 
relação à informação anterior. Tanto assim que o contexto admite a substituição de “Já” por “Mas”. Assim, 
não há valor temporal e a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
49. (CESPE / SEGER-ES Analista do Executivo – 2013) 
Fragmento do texto: Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas também não estava preparado por 
ela no meu primeiro dia à frente de uma sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-
me professor muito depois de receber o diploma com a habilitação. Acho que posso dizer que fui lapidado 
com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz quatro anos desde aquele primeiro dia. 
 Porém já tenho as minhas certezas:

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