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Miosite em Equinos - @medvethelenbezerra

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Miosite em Equinos 
@medvethelenbezerra 
 
Processo inflamatório que em geral, acomete os músculos esqueléticos do cavalo. Pode 
resultar de: trauma direto ou indireto sobre o músculo e ocorrer como processo secundário em 
um algumas doenças. 
Ação traumática indireta: acontece nos grandes esforços de contração e extensão de 
certos grupos musculares, ultrapassando a capacidade das fibras em contrair e relaxar. 
Pode ser ainda observada como uma forma de cansaço muscular ou fadiga muscular, 
nas enfermidades primárias de ossos ou articulações, como resultante do trabalho intenso e 
continuo dos músculos na tentativa de manterem o eixo de gravidade do corpo. 
O trabalho muscular contínuo leva a grande consumo das reservas energéticas, 
inicialmente por metabolismo celular aeróbio, e, mais tarde, devido à deficiente oferta de 
oxigênio às células, o trabalho celular se faz em condições anaeróbicas, liberando ácido láctico. 
Clinicamente, a miosite começa com o animal manifestando sintomas de discreta 
incoordenação locomotora, principalmente nos membros posteriores e discreta sudorese 
regional. 
Pode ter dificuldade em se movimentar espontaneamente principalmente quando estão 
afetados os músculos psoas, flexores da coluna toracolombar, longuíssimos dorsais e glúteos. 
Estes músculos se apresentam sensíveis a palpação e a pressão digital, a temperatura local 
geralmente está aumentada, pode ocorrer edema e frequentemente os músculos se encontram 
sob tensão. O animal quando caminha parece desajeitado, mantendo a coluna encurvada, flexão 
dorsiventral (xifose), devido à dor, notadamente próximo à região renal. 
A distância do passo diminui. Nos casos de miosite aguda primária dos músculos dos 
membros, o quadro é acompanhado por grave claudicação, inflamação, prostração e dor à 
palpação. É frequente o cavalo apresentar sinais de toxemia e devido à discreta acidose láctica 
que se instala. 
A pesquisa laboratorial das enzimas do metabolismo das células musculares, como CK, 
AST, e LDH podem revelá-las aumentadas no soro sanguíneo, sendo de grande importância para 
a confirmação do diagnóstico, e no acompanhamento da evolução clínica durante o tratamento. 
O tratamento sempre será direcionado para a correção da causa primária, e 
geralmente, a eliminação das condições que determinaram a miosite produz alívio imediato do 
quadro doloroso. 
 Muitas vezes o diagnóstico etiológico é difícil de ser estabelecido. O animal deve ser 
mantido em repouso, em baia com livre acesso ao piquete. 
Aplique drogas anti-inflamatórias como: 
- Fenilbultazona na dose de 4,4mg/kg por via IV durante 3 a 5 dias; 
- Associada a miorrelaxantes como flunitrazepan, na dose de 0,5 a 7,0mg para cada 
100kg, para alívio da dor muscular. 
 A vit. B deve ser usada na dose de 0,5 a 1,0g a cada 2 dias pela via IM, assim como Vit. 
E selênio para melhorar os processos metabólicos das células musculares. 
Eventualmente, quando o quadro de acidemia se instalar, aplique por via IV, diluída em 
solução eletrolítica, cerca de 1 a 3g de bicarbonato de sódio para cada litro de solução infundida 
acompanhando-se clinicamente, e laboratorialmente pela hemogasometria, o equilíbrio ácido-
base do animal. 
 Concomitantemente ao tratamento medicamentoso, pode-se adotar um programa de 
fisioterapia através de natação em raia especial, que irá proporcionar uma rápida recuperação 
do metabolismo das células musculares, ativando a circulação e relaxando as miofibras. 
Atenção especial deve ser dada a alimentação, evitando excesso de grãos ou de 
carboidratos. 
Animais predispostos devem ter o arraçoamento reduzido à metade, 24h antes do 
trabalho, adicionada com cerca de 20g de bicarbonato de sódio. 
Nunca ultrapasse a capacidade física do cavalo, levando-o à fadiga e prepare-o 
adequadamente ao trabalho através da musculação progressiva. 
 
Referência: 
THOMASSIAN, Armen; Enfermidades dos Cavalos; 3ª edição; Editora Livraria Varela;São Paulo,p. 
10-15,2000.

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