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Micoplasmose Hemotrópica Felina

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1 Micoplasmose felina – Glaslay Leal 
.................................................................. 
 
 É uma bactéria gram-negativa 
 Também chamada de Anemia infecciosa felina ou hemobartonelose 
 
INTRODUÇÃO 
É uma doença infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Mycoplasma. Essas bactérias 
constituem o único grupo dentro da classe Mollicutes que apresentam tropismo único pelos 
eritrócitos de seus hospedeiros vertebrados e, portanto, também são conhecidas como 
micoplasma hemotrópicos ou hemoplasmas. São pleomórficas, podendo-se apresentar 
arredondadas, ovaladas, aderidas à superfície do eritrócito individualmente ou em cadeias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mycoplasma haemofelis é uma bactéria patogênica com ampla distribuição mundial, a qual 
exerce impacto significativo na saúde de gatos domésticos, causando anemia por infecção 
aguda e, independentemente de tratamento com antimicrobiano, estabelecendo infecção 
crônica. É o único hemoplasma felino que pode atuar como um patógeno primário. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
A hemoplasmose pode atingir animais de todas as faixas etárias e de ambos os sexos. A 
morbidade é alta, e a mortalidade e letalidade são baixas em animais imunocompetentes. 
Imunossupressão é o principal fator de risco que predispõe os felinos à infecção por hemoplasma, 
incluindo associação ao vírus da imunodeficiência dos felinos e ao vírus da leucemia felina. 
Animais adultos machos com livre acesso à rua tendem a apresentar maior risco de ser infectado, 
sugerindo transmissão por brigas com outros animais contaminados. 
Animais podem ser acometidos por meio de ingestão oral ou infecção parenteral com 
sangue infectado, como transfusões sanguíneas. Vetores artrópodes como pulgas e 
carrapatos são transmissores potenciais. 
 
 
 2 Micoplasmose felina – Glaslay Leal 
FISIOPATOGÊNIA 
O modelo atual baseia-se principalmente na hemólise extravascular dos eritrócitos 
infectados por intermédio do baço, medula óssea, pulmões e fígado. Adicionalmente, pode 
haver anemia hemolítica imunomediata agravando a doença e diminuindo a meia-vida dos 
eritrócitos em função da bactéria aderida à membrana das células. A retirada dos microrganismos 
pelos macrófagos do sistema fagocítico mononuclear leva à remoção de pedaços da membrana 
dos eritrócitos e, portanto, à diminuição de lipídios eritrocitários, aumentando a fragilidade da 
membrana nesse processo. É possível que os hemoplasmas também estejam causando 
anemia pela competição por nutrientes do plasma e diretamente do eritrócito. Os 
hemoplasmas causam depleção nas fontes de energia para o eritrócito, que por consequência 
aumenta a fragilidade da membrana e a suscetibilidade ao dano oxidativo, provocando hemólise. 
 A anemia é geralmente hemolítica (lesão extra e intravascular por lesão direta da 
membrana parasitada) severa e regenerativa; 
 As lipoproteínas são consideradas um dos mais importantes elementos patogênicos para 
o micoplasma; 
 Abundância de genes parálagos. 
 
PREVALÊNCIA 
As três espécies de hemoplasmas de felinos já foram identificadas em todos os continentes, exceto 
na Antártica. No Brasil, as 3 espécies de hemoplasmas que infectam felinos já foram descritas, 
porém existe diferença entre as regiões estudadas, mas as de maior prevalência são Candidatus 
Mycoplasma haemominutum e Mycoplasma haemofelis. 
 
MANISFESTAÇÃO CLÍNICA 
A doença aguda por M. haemofelis é caracterizada por maciça bacteremia dos eritrócitos podendo 
causar anemia hemolítica. Uma série de manifestações clínicas incluindo mucosas pálidas, 
desidratação, pirexía, letargia e esplenomegalia. 
Uma vez infectada por M. haemofelis, gatos podem permanecer portadores crônicos por longos 
períodos, possivelmente por toda a vida, sem manifestações clínicas e com bacteremia baixa. 
Animais com infecção crônica podem desenvolver a doença aguda em situações como 
esplenectomia, imunossupressão e/ou coinfecção. 
 Agudo: anorexia, febre, letargia, esplenomegalia (hiperplasia linfoide), icterícia, 
leucocitose/leucopenia. Moribundo. 
 Crônico: evolui para fase aguda sob estresse 
 
DIAGNÓSTICO E EXAMES COMPLEMENTARES 
 Esfregaços sanguíneos corados com Romanowsky – pouco sensível e não é especifico; 
 Anemia hemolítica regenerativa; 
 Hiperbilirrubinemia por hemólise e hipoglicemia; 
 PCR – maior especificidade e sensibilidade. 
 
 
 
 3 Micoplasmose felina – Glaslay Leal 
TRATAMENTO 
Mesmo após o tratamento com antimicrobianos, animais tendem a ser portadores da infecção 
por hemoplasma. 
 Tetraciclinas e fluoroquinolonas; 
 Fluidoterapia; 
 Transfusão sanguínea 
 Predinisolona – só em casos de anemia imunomediada e na ausência de resposta aos 
demais tratamentos. 
 
PREVENÇÃO 
 Identificação do portador crônico e sua monitoração; 
 Controle de ectoparasitas; 
 Evitar estresse em pacientes crônicos; 
 Controle de pacientes doadores de sangue – testar 3 vezes.

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