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TUTORIA 7 INTRO Comanda funções viscerais – mantém homeostase (sudorese, PA, motilidade intestinal, secreção GI, esvaziamento da bexiga ORGANIZAÇÃO Ativado por centros na medula espinhal, tronco cerebral, hipotálamo, porções do córtex cerebral (límbico) Também ope por reflexos viscerais (sinal subconsciente do órgão chega aos gânglios autônomos no tronco ou no hipotálamo e retorna com respostas reflexas subconscientes diretamente para o órgão visceral – desta forma exerce controle sobre ele). ANATOMIA FISIOLÓGICA do SN Simpático Saem entre T1 e L2 (toracolombar) cadeia simpática tecidos e órgãos Neurônio pré-ganglionar: corpo celular no corno intermediolateral da medula fibra passa pela raiz anterior da medula nervo espinhal separam do nervo após o canal espinhal passando pelo ramo comunicante branco gânglios da cadeia simpática o Sinapse com neurônios simpáticos pós-ganglionares no gânglio em que entra o Para cima ou para baixo e fazer sinapse com outro gânglio da cadeia o Percorrer distancias variáveis pela cadeia por meio do nervo e sair da cadeia para fazer sinapse com um gânglio simpático periférico Neurônio pós-ganglionar: origem na cadeia simpática ou nos gânglios periféricos o Se dividem para vários órgão o Algumas voltam para os nervos pelo ramo comunicante cinzento (fibras do tipo C) nervos esqueléticos Fibras simpáticas de T1 Para cima da cadeia simpática (terminam na cabeça) Fibras de T2 Terminam no pescoço Fibras de T3, T4, T5, T6 para o tórax T7, T8, T9, T10, T11 para o abdome T12, L1, L2 para as pernas o A inervação depende da área de origem embriológica (coração cervical / órgãos abdominais segmentos inferiores toráxicos). Medula adrenal: nervos simpáticos seguem direto desde a medula, passam pelas cadeias e depois seguem com os nervos esplâncnicos para fazer sinapse nas medulas adrenais. o Secretam epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea a partir de células neuronais modificadas. ANATOMIA FISIOLÓGICA do SN Parassimpático Saem do SNC pelos nervos cranianos III, VII, IX e X (cranial) e parassimpáticas adicionais saem por S2 e S3 ( as vezes por S1 e S4) A maior parte 75% cursam pelo nervo vago, passando para todas as regiões torácicas e abdominais o Vago X coração, pulmão, esôfago, estômado, intestino delgado, metade proximal do cólon, fígado, vesícula, pâncreas, rins e porção superior dos ureteres. o Oculomotor III esfíncter pupilar, musculo ciliar do olho o Facial VII glândulas lacrimais, nasais e submandibulares o Glossofaríngeo IX glândula parótida As sacrais cursam pelos nervos pélvicos plexo espinhal sacral colon descendente, reto, bexiga e porções inferiores do ureteres. Genitália externa. Neurônios pré-ganglionares: vão direto para os órgãos Neurônios pós-ganglionares: ficam nas paredes dos órgãos, possuem fibras curtas. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FUNÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA (colinérgicos secretam acetilcolina e adrenérgicos norepinefrina) Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos tanto no simpático quanto no parassimpático (excitam os dois tipos). Todos ou quase pós-ganglionares do sistema parassimpático são colinérgicos Pós-ganglionares simpáticos são adrenérgicos, no entanto para sudoríparas, piloeretores e vasos sanguíneos são colinérgicas. o Norepinefrina: transmissor simpático o Acetilcolina: transmissor parassimpático LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA E NOREPINEFRINA PELAS TERMINAÇÕES NERVOSAS PÓS-GANGLIONARES Parecem com terminações neuromusculares, mas são muito menores. Tocam as células ou o tecido conjuntivo adjacente Possuem dilatações bulbosas (varicosidades) – abrigam as vesículas transmissoras de acetilcolina ou norepinefrina (sintetizam e armazenam). Nelas existem grande numero de mitocôndrias que fornecem ATP forncem energia para síntese de acetilcolina ou norepinefrina. O potencial se propaga e aumenta a permeabilidade da membrana da fibra aos ions cálcio liberam neurotransmissores SINTESE DE ACETILCOLINA E SUA DESTRUIÇÃO APÓS LIBERAÇÃO E SUA DURAÇÃO Sintetizada nas terminações nervosas e nas varicosidades da fibra nervosa colinérgica, onde fica em alta concentração armazenada até sua liberação. Depois de secretada persistirá por alguns segundos enquanto realiza sua função. Depois é decomposta em ion acetato e em colina (reação realizada pela acetilcolinesterase) e depois logada ao colágeno e glicosaminoglicanos no tecido conjuntivo local. SINTESE DE NOREPINEFRINA, SUA DESTRUIÇÃO APÓS A LIBERAÇÃO E SUA DURAÇÃO DE AÇÃO Começa no axoplasma da terminação nervosa das fibras adrenérgicas, mas é completada nas vesículas secretórias. 1. Tirosina hidroxilação Dopa 2. Dopa descarboxilação Dopamina 3. Transporte da dopamina para vesículas 4. Dopamina hidroxilação norepinefrina 5. Norepinefrina metilação epinefrina Na adrenal cerca de 80% da noraepinefrina é convertida em epinefrina Após a secreção de norepinefrina é removida se necessário por: o Receptação: transporte ativo o Difusão: para fora das terminações para fluidos corporais e então para o sangue o Destruição: de pequanas quantidades por enzimas (monoamina oxidase e catecol-o-metil transferase) Quando secretadas no tecido permanece ativa só por alguns segundos. Quando secretada no sangue pela adrenal permanece por 10 a 30s até serem difundidas para algum tecido. Sua destruição ocorre principalmente no fígado. RECEPTORES NOS ÓRGÃOS Ficam na parte externa da membrana celular, ligado como grupamento prostético a uma molécula proteica que atravessa toda a membrana celular. Quando acontece a ligação causa alteração conformacional na molécula que excitará ou inibirá o Altera a permeabilidade para um ou mais íons Os canais de Na ou Calcio com frequência se abrem despolarizam a membrana excitam a célula Os canais de potássio são abertos, permitindo que os ions se difundam para fora e isso usualmente inbe a célula hiperpolarização Algumas podem provocar efeito direto como o efeito do calio na contração da musculatura o Ativa ou inativa enzimas geralmente ligada a uma proteína receptora, onde o receptor se projeta para o interior da célula. Ex: norepinefrina com seu recptor na parte externa de muitas células aumenta a atividade da enzima Adenil ciclase no interior da célula e isso causa a formação de AMPc. O AMPc por sua vez pode iniciar qualquer uma das diferentes ações intracelulares o efeito depende da maquinaria química da célula efetora. A substancia transmissora autônoma pode causar inibição em alguns órgãos e excitação em outros. Isso é determinado pela natureza da proteína receptora na membrana celular e pelo efeito da ligação do receptor sobre seu estado conformacional. Em cada órgão, os efeitos resultantes são provavelmente diferentes dos outros órgãos. RECEPTORES DE ACETILCOLINA – MUSCARINICOS E NICOTÍNICOS Muscarínicos: em todas as células efetoras estimuladas pelos neurônios colinérgicos pós- ganglionares tanto do SNAp quando SNAs Nicotínicos: em gânglios autônomos nas sinapses entre os pré e pós ganglionares no simpático e no parassimpático RECEPTORES ADRENÉRGICOS – ALFA E BETA Os beta são dividios em beta1, beta2, e beta 3, os alfa em alfa1 e alfa2 Norepinefrina: excita os alfa e em menor grau os beta Epinefrina excita ambos igualmente As funções podem ser excitatórias ou inibitórias, dependem do receptor. AÇÕES EXCITATÓRIAS E INIBITÓRIAS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA EM ÓRGÃOS ESPECÍFICOS Olho Simpática: contrai as fibrasmeridionais dilatação da pupila (midríase) Parassimpática: contrai o músculo circular da íris miose. São estimuladas por via reflexa (luz). Permite a contração dos músculos ciliares que agem no cristalino focar Glândulas Parassimpático: estimula glândulas nasais, lacrimais, salivares, glândulas gastrointestinais (boca e estômago) secreção aquosa. Sistema nervoso entérico: glândulas do intestino delgado e grosso. Simpático: secreção concentrada de enzimas e muco nas glândulas digestivas. Sudoríparas secreção de suor (estimuladas por centro hipotalâmico). É parassimpática mesmo que controlada por fibras anatomicamente simpáticas. Apócrinas secreção espessa e odorífera (lubrificante na articulação do ombro) Plexo nervoso intramural do sistema gastrointestinal (sistema nervoso entérico). Parassimpático: aumenta a atividade gastrointestinal (peristalse e relaxamento de esfíncters) Simpático: quando forte inibe peristaltismo Coração Simpática: aumenta atividade (frequência e força) Parassimpática: efeito oposto (reduz frequência e fornça) Vasos sanguíneos Sistêmicos Simpático: contrai Parassimpático: não tem efeito na maioria, a não ser no rosto (rubor). PA Simpático: aumento da PA Parassimpático: diminui PA Outras funções Simpático: Endodérmicas (ductos biliares, vesícula, uretra, bexiga, brônquios) inibe Possui efeitos metabólicos liberação de glicose pelo fígado, aumento da concetração de glicose no sangue, aumento da glicogenólise, no fígado e no músculo, aumento da força de contração musculoesquelética, aumento do metabolismo basal e aumento da atividade mental. FUNÇÃO DAS MEDULAS ADRENAIS Simpatico: libera epinefrina e norepinefrina Esses hormônios causam mesmo efeito nos órgãos que a estimulação simpática, mas com efeitos mais prolongados: o Norepinefrina: constrição de vasos, aumento da atividade do coração, inibição do trato gastrointestinal, dilatação das pupilas. o Epinefrina: maior ação nos receptores beta (maior no coração); causa fraca constrição dos vasos e pouco aumento da PA; efeito metabólico 5 a 10 vezes mais forte. PAPEL DA ADRENAL NO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Estimulação dupla: direta pelos nervos simpáticos e indireta pelos hormônios representa fator de segurança por substituição caso um falhe. Os hormônios podem agir em células que não são estimuladas diretamente, como é o caso da epinefrina que estimula várias células. REGULAÇÃO ENTRE A FREQUENCIA DE ESTIMULAÇÃO E O GRAU DOS EFEITOS SIMPÁTICOS E PARASSIMPÁTICOS Baixa frequência de estimulação é necessária para a ativação completa dos efetores autônomo TONUS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO Permite que um sistema seja capaz de aumentar ou diminuir a atividade no órgão estimulado. Tônus simpático: normalmente mantém quase todas as arteríolas constritas até metade de seu diâmetro máximo Secreção basal de epinefrina e norepinefrina A secreção de quantidades consideráveis pela adrenal a pressão sanguínea normal mesmo se todas as vias diretas para o coração forem removidas. Perda do tônus após desnervação Adaptação do tônus muscular dos vasos e dos órgãos – para o simpático, no parassimpático demanda mais tempo Superssensibilidade da desnervação: quando se desnerva aumenta-se a sensibilidade a norepinefrina quando acontece no simpático ou a acetilcolina quando acontece no parassimpático. REFLEXOS AUTÔNOMOS Cardiovasculares: receptores de estiramento (barorreceptores) quando estimulados enviam sinais para o tronco cerebral, no qual inibem impulsos simpáticos para o caroção e vasos e excitam o parassimpático permite que a pressão arterial caia de volta ao normal Gastrointestinais: cheiro de comida saborosa ou presença de comida na boca iniciam sinais da boca e do nariz para os núcleos vagais, glossofaríngeos e salivatórios do tronco enviam sinais pelos nervos parassimpáticos para as glândulas secretoras da boca e do estômago causam secreção de fluidos digestivos as vezes antes mesmo que a comida entre na boca. Quando o material fecal preenche o reto são transmitidos a porção sacral da medula espinhal, e o sinal de reflexo é transmitido de volta pelos parassimpáticos sacrais até as partes distais do cólon, provocando fortes contrações peristálticas que causam a defecação. Esvaziamento da bexiga: controlado da mesma forma que o esvaziamento do reto. Reflexos sexuais: iniciado por estímulos psíquicos, vindo do encéfalo, como por estímulos dos órgãos sexuais convergem na medula espinhal sacral e no homem, resultam primeiro na ereção em grande parte da função parassimpática e depois, na ejaculação, função parcialmente simpática. ESTIMULAÇÃO DE ÓRGÃOS DISCRETOS - SIMPÁTICO Descarga em massa: quando quase todas as porções do SN simpáticos descarregam simultaneamente como unidade completa Isso ocorre com frequência quando o hipotálamo é ativado por medo ou terror ou por dor intensa reação disseminada por todo o corpo chamada resposta de alarme ou de estresse, que discutiremos resumidamente. Isolados: Durante o processo de regulação de calor o simpático controla a sudorese e o fluxo sanguíneo na pele, sem afetar os outros órgãos inervados pelos simpáticos. Muitos reflexos locais envolvem fibras aferentes sensoriais que trafegam pelos nervos periféricos em direção aos gânglios simpáticos e à medula espinhal e causam respostas reflexas muito localizadas. Ex: aquecimento de área da pele causa vasodilatação local e sudorese aumentada nesse mesmo local, enquanto o resfriamento causa efeitos opostos. Muitos dos reflexos simpáticos que controlam funções gastrointestinais operam por vias neurais que não entram na medula espinhal simplesmente passando do trato digestivo até os gânglios paravertebrais e depois de volta ao trato digestivo pelos nervos simpáticos para controlar a atividade motora ou secretora. PARASSIMPÁTICO E RESPOSTAS LOCAIS ESPECIFICAS Funções controladas pelo sistema parassimpático são com frequências muito específicas. Ex: reflexos cardiovasculares parassimpáticos em geral só agem no coração para aumentar ou diminuir sua frequência de batimentos. Outros reflexos parassimpáticos causam secreção principalmente pelas glândulas da boca e em outras ocasiões de modo majoritário pelas glândulas do estômago. Por fim, o reflexo de esvaziamento retal não afeta outras partes do intestino de modo significativo. Associação entre funções parassimpáticas. Ex: reflexo de esvaziamento fecal inicia o reflexo de esvaziamento vesical esvaziamento simultâneo da bexiga e do reto. E vice e versa. RESPOSTA DE ALARME OU ESTRESSE DO SNAs Quando ocorre descarga em massa aumento da capacidade do organismo de exercer atividade muscular vigorosa o Pressão arterial aumentada o Fluxo sanguíneo aumentado para músculos ativos e diminuído para órgãos não necessários para a rápida atividade motora. o Metabolismo celular aumentado no corpo todo o Concentração de glicose no sangue aumentada o Força muscular aumentada o Atividade mental aumentad o Velocidade/intensidade da coagulação sanguínea aumentada. Estresse mental ou físico: excita o sistema simpático fornece ativação extra do corpo nos estados de estresse Sistema simpático é ativado de forma especialmente forte em muitos estados emocionais. Ex: raiva descarga simpática maciça reação de alarme/fuga ou luta CONTROLE BULBAR, PONTINO E MESENCÉFALICO Formação reticular, trato solitário, ponte e mesencéfalo controle de PA, FC, secreção glandular, peristaltismo gastrointestinal e o grau de contração da bexiga. Centro bulbar e pontinhos regulação da respiração CONTROLE DOS CENTROS AUTONOMOS DO TRONCO POR AREAS SUPERIORES Sinais do hipotálamo e telencéfalo podem afetar as atividades dos outros centros. Ex: estimulação de áreas do hipotálamo pode ativar os centros bulbares para controle cardiovascular o suficiente para aumentar a pressão mais que o dobro. Ex: reduzir a temperatura aumentando a salivalão, reduzindo atividade gastrointestinal Os centros do tronco funcionam como retransmissçao de atividades iniciadas em níveis superiores. FÁRMACO – MELATION Organofosforado altamento tóxico Inbe permanentemente a enzima acetilcolinestasere através de sua fosforilação acumulo de acetilcolina superestimulação nervosa inadequação da transmissão dos estímulos as células muscalares, glandulares, ganglionares e do SNC. Manifestações muscarínicas: vomito, diarreia, cólica abdominais, broncoespasmo, miose, bradicardia, hipersecreção, cefaleia, incontinência urinaria, visão borrada. Pode causar diaforese severa provocando desidratação e hipovolemia grave choque Manifestação nicotínica: midríase, mialgia, hipertensão arterial, fasciculações musculares, tremores, fraqueza. Pode haver paralisia da musculatura respiratória morte Anisedade, agitação, confusão mental, ataxia, depressão de centro cardiorespiratorios, convulsões e coma. DESCONTAMINAÇÃO: ATROPINA – antimuscarínico Oximas- Pralidoxima – é um antídoto específico para organofosforados. Sua ação visa restaurar a atividade da colinesterase, o que justifica coleta de amostra de 7 sangue heparinizado prévia a sua administração, para estabelecimento da efetividade do tratamento. Age em todos sítios afetados (muscarínicos, nicotínicos e provavelmente em SNC). Não reativa a colinesterase plasmática. REFERENCIA BULA DO MALATHION disponível em adapar.pr.gov.br
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