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ALUNA: Ludmila Moura Vieira MATRÍCULA: 18.2.000760 DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DA CÁRIE DENTÁRIA O diagnóstico da doença cárie é um processo extremamente complexo, que envolve a interpretação de um conjunto de dados provenientes dos sinais e sintomas clínicos e de exames complementares. Assim, diagnóstico pode ser definido como a habilidade do profissional em distinguir a doença por meio dos seus sinais e sintomas. Exame clínico Neste tipo de método, aspectos como textura, brilho e coloração das lesões são importantes para a diferenciação das lesões ativas e inativas. A sonda exploradora deve ser delicadamente utilizada para sentir a textura local e para a remoção de detritos e biofilme, pois esta pode causar danos traumáticos irreversíveis ao esmalte e para uma boa visualização clínica das lesões é fundamental que as superfícies dentárias estejam limpas, secas e bem iluminadas. O exame clínico é sempre soberano em casos de dúvida em diagnóstico. Exame Radiográfico Apesar de ser o método mais utilizado na prática clínica, a inspeção visual-tátil (exame clínico) pode ser associada a outros métodos de detecção de cárie, como radiografias interproximais, principalmente para o diagnóstico de lesões iniciais em superfícies proximais, e para determinar a profundidade da lesão em superfície oclusal. Entretanto, quando se trata da detecção de lesões da superfície oclusal, o exame radiográfico torna-se difícil, pois ocorre a sobreposição do esmalte das cúspides vestibulares e linguais sobre a região de fissuras oclusais, dificultando a visualização de lesões incipientes em esmalte por meio da radiografia. A detecção radiográfica da cárie dentária baseia-se fundamentalmente no fato de que com a progressão de lesão de cárie dentária, o conteúdo mineral do esmalte dentário e da dentina diminui, resultando em uma atenuação dos feixes de raios X quando estes atravessam o dente, gerando assim uma imagem radiolúcida na região da lesão cariosa. Radiografia interproximal. Realizada para dentes posteriores, é possível identificar leões de cáries iniciais e cavitações já estabelecidas, com uma melhor qualidade. Radiografia periapical. Neste caso, realizada em região de incisivos centrais inferiores, detectando lesão cariosa na interproximal desses dentes. Tratamento para lesão de cárie incipiente As lesões de cárie incipiente em esmalte são passíveis de remineralização. A aplicação tópica de flúor com a finalidade de prevenir a cárie dental e remineralizar manchas brancas do esmalte é um método altamente eficaz. A atividade anticariogênica de Vernizes Fluoretados está principalmente ligada à formação de Fluoreto de Cálcio. O emprego de vernizes fluoretados faz com que este procedimento possa ser potencializado, pois sua ação é intensificada devido a excelente adesão às estruturas dentais e baixa solubilidade, possibilitando uma ação efetiva por longos períodos. Também pode ser empregado nos tratamentos da hipersensibilidade cervical dos dentes, reduzindo seus níveis e desta forma permitindo ao profissional condições adequadas para o correto selamento da dentina exposta. Técnica utilizada: Profilaxia com pasta profilática e escova de Robinson; Isolamento relativo com rolinho de algodão; Secagem; Aplicação tópica de flúor recobrindo todas as manchas, mantendo-o por 1 minuto; Pede-se para que o paciente cuspa o excesso de flúor que foi aplicado; Recomendar ao paciente que evite comer e beber nos próximos 30 minutos. Tratamento de lesão de cárie profunda Um problema enfrentado na prática odontológica no tratamento de lesões profundas de cárie é uma possível exposição mecânica da polpa, através de uma escavação completa de dentina amolecida, o que permite a invasão de bactérias e dificulta a manutenção da integridade pulpar. Esta integridade é de vital importância para a produção de dentina reacional, que ocorre devido à contínua atividade odontoblástica. A manutenção da atividade pulpar proporciona a capacidade de resposta dentinogênica aos estímulos biológicos e patológicos. A formação de dentina terciária é um processo fisiológico frente a uma agressão, proveniente do mecanismo de defesa e propriedade regenerativa da polpa- dentina. Quanto à decisão de tratamento, um estudo realizado com dentistas da rede pública de Porto Alegre, RS, que avaliaram imagens fotográficas e radiográficas de lesões de cárie profunda, o tratamento mais comumente indicado foi a remoção total de tecido cariado (71%), seguida da remoção parcial de tecido cariado + tratamento expectante (18%) e remoção parcial em uma sessão (8%). As terapias pulpares tiveram indicação direta por 2,5% dos dentistas. Os autores concluíram que o tratamento mais comumente indicado pelos dentistas ofereceria alto risco de exposição pulpar e consequentemente pior prognóstico. (Weber et al., 2011) Sendo assim, é acertado a realização de tratamento expectante, realizando o preparo com remoção parcial do tecido cariado. a. Qual a quantidade de tecido cariado deve ser removido? Remoção da dentina infectada e permanência da dentina contaminada da parede de fundo e remoção total nas paredes circundantes. Isolamento relativo. Aplicação tópica de flúor. Protocolos de proteção pulpar: Forramento com Cimento de Hidróxido de Cálcio (HC) + restauração provisória com cimento temporário IRM; Forramento com Cimento de Hidróxido de Cálcio (HC) + restauração provisória com Cimento de Ionômero de Vidro (CIV); Forramento com Cimento de Hidróxido de Cálcio (HC) + base com Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) + restauração definitiva com resina composta ou amálgama de prata. Preparo cavitário com remoção parcial de tecido cariado. Reabertura da cavidade (observar o aspecto da parede pulpar, com dentina remineralizada).
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