Buscar

RESUMO - GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964 
 Antes de tratar do Golpe propriamente dito, precisamos relembrar, mesmo que brevemente, 
alguns acontecimentos do Governo Goulart. Jango foi eleito vice-presidente do Brasil em 1960, sendo 
o presidente eleito Jânio Quadros. Ambos tomaram posse em 1961 após a saída de Juscelino 
Kubistchek. Jânio governou de forma desastrosa, tomou medidas de pouca importância e assumiu uma 
postura autônoma nas relações internacionais que desagradou seu próprio partido. Em pouco tempo, 
o presidente conseguiu ficar isolado e quase sem nenhum apoio. Nesse sentido, optou por renunciar, 
na expectativa de que os setores conservadores não aceitassem a sua renúncia e ele poderia negociar 
maiores poderes. Contudo, isso não acontece e sua saída é apenas aceita. 
 Inicia-se uma crise sucessória no Brasil, uma vez que Goulart visto como herdeiro de Vargas e 
próximo demais das esquerdas, não era um nome muito bem recebido pelos conservadores. Parte dos 
militares tentam barrar o retorno de Jango e parte defende sua posse. Nesse momento, podemos dizer 
que as Forças Armadas já estavam divididas entre Golpistas e Legalistas. Os primeiros defendiam um 
golpe na Constituição, materializado no impedimento de Goulart. Os segundos defendiam o respeito a 
Carta Magna do Brasil e a posse de Jango como presidente. O país ficou à beira de uma guerra civil, 
impedida de acontecer pelo Ato Adicional à Constituição de 1946 que estabeleceu o parlamentarismo 
no Brasil. 
 Jango inicia seu governo sem poderes, dentro do regime parlamentar. Coube ao Primeiro-
Ministro Brochado da Rocha antecipar o plebiscito previsto para 1965 para o ano de 1963. O resultado 
foi claro, o povo queria o retorno do presidencialismo e assim aconteceu. Ainda em 63, Jango tomou 
posse, agora com poderes absolutos. Goulart acirrou seus problemas com os conservadores em 64 
quando tentou por meio de comícios pelo Brasil solicitar a população que pressionasse o Congresso 
pela aprovação das Reformas de Base, incluindo a reforma agrária. Esse é um dos eventos que marca 
a queda de Goulart. Para as Forças Armadas, por que o presidente incitaria a população pobre para 
pressionar o legislativo? 
 Outros eventos são marcantes nesse sentido, como a Revolta de Sargentos em Brasília que 
chegou a prender oficiais e autoridades, a perda no Congresso da aprovação do Estado de Sítio, a 
anistia concedida a marinheiros revoltosos e o discurso na Assembleia de Sargentos no Automóvel 
Clube no Rio de Janeiro. Esses eventos, são entendidos pelas Forças Armadas como quebra de 
hierarquia. Jango ao anistiar os marinheiros estaria incentivando a quebra de um princípio quase 
sagrados para os militares. Além disso, o alto escalão das Forças Armadas não recebeu bem o discurso 
do presidente no Rio de Janeiro. Porque Jango falaria de política com baixa patente? 
 O somatório desses eventos com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, evento que 
levou milhares de pessoas às ruas em manifestação contra Jango. Essa marcha mostrou para os 
setores golpistas que, em caso de golpe, eles teriam respaldo na população. 
 Em 31 de março de 1964 o golpe foi iniciado, Olímpio Mourão Filho iniciou uma marcha de 
militares em Minas Gerais com destino ao Rio de Janeiro com apoio do Governador mineiro Magalhães 
Pinto. Esse movimento contou ainda com a participação do II Exército sob comando do General Amauri 
Kruel. Kruel era amigo de Jango, e eles chegaram a se comunicar por telefone durante o andamento 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
do golpe. Porém, ambos tinham convicções muito fortes para que abandonassem suas bases. Jango 
sabia do perigo desse movimento e que poderia se desencadear no Brasil uma guerra civil. Goulart 
sabia ainda da presença no litoral brasileiro de embarcações americanas que dariam respaldo aos 
golpistas no caso de confronto. Jango era horrorizado com a possibilidade do derramamento de sangue 
e sempre optou por medidas e atitudes que evitassem ao máximo o confronto. 
 Carlos Lacerda sabia do andamento do golpe e se entrincheirou na sede do Governo do Estado 
esperando um ataque da parte da Marinha Legalista. Contudo o ataque não veio. Na verdade, a 
resistência não foi acionada. Como sabemos, muitos grupos estavam preparados, talvez não treinados, 
para um conflito armado. Mas o start de resistência não veio. Goulart conseguiu evitar que essa ordem 
não fosse acionada, pois para ele, o conflito traria uma grande quantidade de mortes, o que ele não 
admitiria jamais. Com a notícia da saída do presidente do Rio de Janeiro, Lacerda liberou as forças 
golpistas que tomaram prédios, espancaram estudantes e depredaram sindicatos. 
 Jango voou do Rio de Janeiro para Brasília e da capital federal voou para Porto Alegre. Leonel 
Brizola ainda tentou organizar uma resistência armada, mas sem apoio do presidente isso não era 
possível e a resistência, como já mencionado nesse texto, não ocorreu. Os militares do movimento 
ainda tentaram diversas vezes através de contato com o presidente fazer um acordo no qual ele 
repudiaria o comunismo, romperia com a Central Geral dos Trabalhadores, reprimiria as greves e 
negociaria com os rebelados. Jango, porém, não aceitou esse papel. 
 Apesar de Goulart ainda estar presente em território nacional, foi declarado vaga a presidência 
da república e Ranieri Mazzilli foi convocado a assumir, uma vez que ele era o primeiro na linha 
sucessória. O Supremo Tribunal Federal deu aval ao golpe, seu presidente, Álvaro Ribeiro da Costa foi 
ao Congresso assistir a posse de Mazzilli como presidente. Jango, por sua vez, partiu de Porto Alegre 
para o Uruguai onde se exiliou. Apesar de carregar a faixa, Mazzilli, já não era mais o presidente. 
 O Movimento que tomou o poder se autointitulou de Revolução. Eles iniciaram o processo que 
alteraria as bases das instituições democráticas no Brasil. Nesse sentido, o poder de fato era exercido 
via Atos Institucionais, decretos-leis que eram baixados conforme o interesse do movimento. O primeiro 
deles, o AI 1 estabeleceu dentre outras medidas, a realização de eleições indiretas para presidência 
da república. O vencedor deveria ocupar o cargo até 1966, quando passaria a faixa para um presidente 
democraticamente eleito. Inicialmente, não era objetivo daqueles militares ocupar a presidência por 
tantos anos e mais adiante veremos como isso ocorreu. 
As eleições deram vitória quase unanime ao General Humberto de Alencar Castelo Branco. O 
general era um homem muito bem visto pelas Forças Armadas e por civis que estiveram envolvidos no 
Golpe. O novo presidente era de um seleto grupo de militares intelectualizados chamado de Sorbonne, 
em alusão a prestigiosa universidade francesa. Castelo Branco era de um grupo dentro das forças 
armadas e envolvidos no Movimento de 64 que acreditava, em certa medida, na necessidade de 
devolver o poder aos civis após um processo de limpeza. Esse grupo é conhecido como Castelistas. 
Contudo, como veremos ainda nesse texto, foi no Governo Castelo Branco que se estabeleceram as 
bases da ditadura que duraria até 1985. 
 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
GOLPE OU REVOLUÇÃO? 
 Como vimos, o Movimento de 1964 se autointitulou de Revolução. Inclusive, esse termo foi 
utilizado por muitos jornais no início da ditadura para se referir aos militares que estavam no poder 
nesse momento inicial. Contudo, até o momento, tratamos nesse texto de referir ao Movimentode 64 
como Golpe Civil-Militar. Nesse sentido, se faz necessário algumas considerações. 
 É difícil conceituar revolução, mas podemos entender a mesma como um movimento amplo da 
sociedade que envolve um grande número de pessoas. Esse movimento deve atuar de forma a gerar 
mudanças políticas, sociais e econômicas. Além disso, esse conceito está muito próximo da ideia de 
ruptura. A revolução marca uma ruptura com a ordem vigente até então e estabelece uma nova. Tanto 
nos campos políticos e sociais, como econômico. Existem diversas correntes históricas que tratam do 
assunto, algumas ampliam a abrangência desse conceito, outras reduzem e outras estabelecem um 
conceito pelo qual a revolução seria praticamente impossível. Contudo, como não é o objetivo desse 
curso, nem dessa aula, vamos considerar apenas o disposto acima. 
 Por sua vez, os golpes são atos que partem de um pequeno grupo, geralmente as elites, e que 
não possuem grande participação popular como nas revoluções. Além disso, os golpes, apesar de 
alterar a ordem vigente, não causa transformações profundas. Geralmente são desencadeados para 
manter um aspecto específico preservado, evitando sua alteração ou para gerar uma alteração pontual 
que não passaria por meios legais. Esse ponto é comum entre revoluções e golpes, o desrespeito ao 
termo ou processo legal. 
 Nesse sentido, o Movimento de 1964 rompeu com a ordem constitucional, uma vez que um 
presidente legalmente empossado foi derrubado do poder pela força das armas, a presidência foi 
declarada vaga mesmo com Jango ainda em solo nacional (A Constituição dizia que se o presidente 
se ausentar do país sem autorização do Congresso, o cargo é declarado vago), o sucessor natural, 
Ranieri Mazzilli, foi obrigado a passar a faixa para Castelo Branco, eleito indiretamente e o Executivo 
tinha mais força que os demais poderes, sobretudo pela expedição dos Atos Institucionais. Porém, só 
esses aspectos não permitem conceituar como golpe. 
 Além disso, um segundo ponto diz respeitos as manutenções. A ditadura foi um governo que 
garantiu a continuidade de uma série de aspectos da sociedade brasileira. A preservação de privilégios, 
de diferenças sociais e econômicas na sociedade, da propriedade rural improdutiva e que não é 
destinada à reforma agrária, do lucro do empresariado, etc. Nesse sentido, não tivemos uma ruptura 
forte do status quo. Até em termos eleitorais, a população ainda votou para alguns cargos. Portanto, 
não houve forte ruptura, como é característico das revoluções. 
 Devemos ainda destacar que João Goulart, apesar de ser assim visto por muitos, como um líder 
revolucionário de esquerda ou como aquele que implementaria uma república sindicalista no Brasil, 
não era a figura revolucionária que estaria disposto a isso (Talvez Brizola fosse, mas Goulart não era). 
Jango era herdeiro de Vargas, de sua aproximação com as massas e de seu nacionalismo. Isso 
preocupava os conservadores que utilizaram dessa postura para associá-lo ao comunismo e assim 
criar repulsa por parte de setores como a classe média. Porém, não podemos associar Goulart ao 
comunismo, nem dizer que ele planejava tomar o poder em uma ditadura comunista. Nesse sentido, o 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
argumento principal das Forças Armadas que era impedir um golpe de esquerda no Brasil, não se 
justifica. As Reformas de Base tinham o objetivo de modernizar o Brasil e solucionar problemas 
estruturais do país. Jango, para isso, se aproxima de sua base, que eram os trabalhadores e tenta se 
aliar a esse grupo para pressionar o Congresso pela aprovação das reformas. 
 Por fim, como veremos nas aulas seguintes, a Ditadura Militar (1964-1985) vai ser um dos 
períodos mais obscuros da história do Brasil. São inúmeros os casos de repressão, tortura de 
estudantes, jornalistas, músicos, padres, mulheres e inclusive crianças. Perseguição à indígenas que 
lutavam pela terra. Perseguição aos trabalhadores que lutavam por melhores condições. Ataques a 
imprensa e censura. Os relatórios da Comissão da Verdade, que serão tratados na última aula sobre 
ditadura e na aula final do curso sobre os Governos Petistas, trouxeram à tona muitos desses crimes. 
Dessa forma, é difícil dar o peso de uma revolução para um movimento desses. 
 Lembrando que os militares que tomaram o poder em 1964, incialmente não pretendiam ficar 
no poder por muito tempo. Vai ser ao longo do Governo Castelo Branco que isso se consolida. Essas 
pessoas que atuaram pela realização do golpe, buscaram a moralidade da política, o combate a 
corrupção e sobretudo a luta contra o comunismo. As Forças Armadas estavam dispostas a manter o 
jogo democrático, desde que certos limites não fossem ultrapassados. Quando Jango se decide pela 
esquerda e atua em afronta a hierarquia quase sagrada dos militares, isso se perde. 
 Ao longo do Governo Castelo Branco esses militares, que não eram um grupo coeso, mesmo 
entre aqueles que defendiam a manutenção de uma ditadura, vão querer implementar o seu projeto de 
Brasil. E por conta disso, decidem quebrar de vez o jogo democrático e a própria função das Forças 
Armadas em prol desse projeto. 
 
IMAGEM 01 – Tropas se deslocam durante o Movimento de 1964. Fonte: Memorial da democracia. Disponível em: 
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964 Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 Como vimos, o Comando Supremo da Revolução, em 09 de abril, baixou o Ato Institucional 
número 01. Inicialmente, esse decreto não possuía o número 01, uma vez que este seria o único Ato 
Institucional. Todavia, vários outros foram baixados ao longo da ditadura. Este documento permitia a 
cassação de mandatos de políticos em qualquer esfera. Dessa forma, diversos governadores, 
senadores e deputados perderam o mandato nesse momento. Além disso, permitia ao Executivo enviar 
projetos de lei ao Congresso para que fossem aprovados no máximo em 60 dias em cada casa. Na 
hipótese de não ocorrer tal apreciação, o projeto era aprovado por decurso de prazo. Os funcionários 
públicos perderam a estabilidade de forma temporária. Iniciou-se assim os expurgos no serviço público 
que atingiram cerca de 1400 colaboradores. O mesmo ocorreu nas Forças Armadas, onde cerca de 
1200 perderam seus postos. Ademais, os juízes perderam sua vitaliciedade, sendo que cerca de 49 
foram afastados de suas funções. 
 Além disso, o AI 1 estabeleceu eleições indiretas para presidente da república. O candidato que 
vencesse a disputa, ocuparia o cargo até 1966, quando passaria a faixa para outro presidente 
democraticamente eleito. Devemos ressaltar que nesse momento, os militares aparentemente não 
tinham a intenção de permanecer no poder por muito tempo. O grupo que tomou o poder em 1964, 
fez todo esse movimento com a intenção de derrubar João Goulart, mas não tinham claramente um 
projeto a ser executado depois que isso ocorresse. Não que os militares não tivessem um projeto de 
Brasil, inclusive eles permanecem no comando para implementar esse plano, mas não existia um passo 
a passo pensado de antemão para ser executado depois que Jango caísse. 
 No tange a eleição, chegou-se à conclusão que deveria ser formada uma lista tríplice, dentro da 
qual o Congresso escolheria o novo presidente. Lembrando que o Legislativo já tinha sofrido uma 
primeira leva de cassações. A disputa contou com Humberto de Alencar Castelo Branco, Juarez Távora 
e Eurico Gaspar Dutra, todos militares. Prevaleceu o nome de Castelo Branco, nesse momento, Chefedo Estado-Maior do Exército. Castelo ganhou com pouco mais de 98% dos votos. O PTB foi o partido 
que fez campanha para que seus membros não participassem da eleição. Por conta disso, existe um 
número considerável de abstenções. Para vice-presidente prevaleceu o nome do Secretário de 
Finanças do Governo de Minas Gerais, José Maria Alkmin. 
 Humberto de Alencar Castelo Branco era um homem muito respeitado no meio militar e no meio 
civil. Seu nome surgiu por indicação de membros das Forças Armadas, mas também de alguns 
governadores que participaram do golpe, como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e Ademar de Barros. 
Castelo era de um seleto grupo de militares intelectualizados conhecido como Sorbonne. Uma 
referência a universidade francesa, famosa no mundo todo. Ele ainda era famoso por ter participado 
de importantes eventos da política brasileira, como a repressão ao Movimento Constitucionalista de 
1932 em São Paulo e a participação no comando da Força Expedicionária Brasileira, missão que lutou 
na Itália durante a Segundo Grande Guerra Mundial. Castelo e os homens que assumem o poder no 
Brasil nesse momento, eram ligados a Escola Superior de Guerra (ESG). Ele próprio foi Diretor do 
Departamento de Estudos. Ademais, o Marechal Cordeiro de Farias e o Marechal Juarez Távora, 
ministros de Castelo Branco, também eram ligados à escola. 
 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
 
IMAGEM 02 – Foto oficial de Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do Brasil durante a Ditadura 
Militar. Fonte: Governo Federal. Disponível em: https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-
de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view Acesso em 05 de fevereiro de 2021. 
 Castelo Branco ficaria no poder até 1966, que era o último ano do Governo Goulart. Porém, o 
AI 1, não impedia a realização de eleições estaduais. Dessa forma, o ano de 1965 é marcante devido 
a realização de eleições em alguns estados nos quais o pleito foi permitido pelo Comando Supremo da 
Revolução. O resultado, no entanto, não agradou os militares. As urnas revelaram a derrota da grande 
maioria dos candidatos governistas. O resultado dessas eleições fez com que militares da chamada 
Linha Dura (em oposição aos moderados ou castelistas) pressionassem pelo endurecimento do 
regime. Lembrando que enquanto os castelistas eram moderados em seu discurso e sobretudo 
defendiam o retorno a normalidade democrática, os militares da linha dura eram defensores do 
fechamento maior do regime e da permanência deles por mais tempo no poder para de fato “organizar 
casa”, varrendo do país o comunismo e a corrupção. 
 A pressão desses grupos levou ao estabelecimento de mais um Ato Institucional, o AI 2. Esse 
documento trouxe modificações importantes para entender o prosseguimento da Ditadura no Brasil. O 
AI 2 estabeleceu a eleição indireta para presidente da república. O Congresso deveria escolher o chefe 
do executivo em votação nominal e com voto aberto. Além disso, aumentou ainda mais os poderes do 
Executivo que agora poderia baixar atos adicionais ao ato e decretos-leis em matéria de segurança 
nacional. Porém a alteração mais famosa desse ato institucional diz respeito ao estabelecimento no 
Brasil do Bipartidarismo. Todos os partidos existentes até então foram extintos e os políticos deveriam 
se organizar nos dois oficiais: ARENA (situação) e MDB (oposição consentida). 
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
 Abaixo seguem alguns artigos do Ato Institucional número 02, transcritos na integra, que são 
importantes para entender o descrito acima: 
“Art. 9º - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente, da República será realizada pela maioria absoluta 
dos membros do Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal. 
Art. 13 - O Presidente da República poderá decretar o estado de sítio ou prorrogá-lo pelo prazo máximo 
de cento e oitenta dias, para prevenir ou reprimir a subversão da ordem interna. 
Art. 15 - No interesse de preservar e consolidar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho 
de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos 
políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 (dez) anos e cassar mandatos legislativos federais, 
estaduais e municipais. 
Art. 18 - Ficam extintos os atuais Partidos Políticos e cancelados os respectivos registros.” 
(BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 2, DE 27 DE OUTUBRO DE 1965. Mantem a Constituição Federal de 
1946, as Constituições Estaduais e respectivas Emendas, com as alterações introduzidas pelo Poder 
Constituinte originário da Revolução de 31.03.1964, e dá outras providências. Diário Oficial da União 
27.10.1965, republicado em 28.10 e 05.11.1965) 
 Durante toda a ditadura militar no Brasil serão esses dois partidos que irão atuar no cenário 
político nacional. A ARENA era o partido governista e recebeu a esmagadora maioria dos políticos da 
União Democrática Nacional e parte dos políticos do Partidos Social Democrático. O MDB que era a 
oposição permitida pelos militares, recebeu a maioria dos políticos do PTB e alguns do PSD. Apesar 
da existência de um partido de oposição, a grande maioria dos líderes e militantes que poderiam fazer 
oposição efetiva já tinha sido expulso do cenário político brasileiro. Dessa forma, o MDB não era capaz 
de fazer uma oposição forte contra a situação, sobretudo nesse momento inicial da ditadura. 
 
IMAGEM 03 – Presidente Castelo Branco (a esquerda) e Charles de Gaulle, presidente franc6es, em visita ao Brasil. 
Fonte: CPDOC FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-
castelo-branco-e-outros-por-ocasiao-da-visita-de-charles-de-gaulle-ao-brasil Acesso em 05 de fevereiro de 2021. 
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-castelo-branco-e-outros-por-ocasiao-da-visita-de-charles-de-gaulle-ao-brasil
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-castelo-branco-e-outros-por-ocasiao-da-visita-de-charles-de-gaulle-ao-brasil
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
 Ainda no governo Castelo Branco serão baixados o AI 3 e o AI 4. O primeiro estabeleceu as 
eleições indiretas para governadores e o segundo convocou o Congresso e forçou a aprovação de 
uma nova Constituição para o Brasil. A Carta de 1967 incorporou os decretos já publicados e aquilo 
que já vinha sendo feito pelos militares e ampliou ainda mais os poderes do Executivo. De fato, o 
Congresso estava fechado por ordem do Comando Supremo da Revolução e foi convocado as pressas 
apenas para aprovar esse projeto. 
Como foi possível perceber, o Governo Castelo Branco, apesar de não gostar de ser identificado 
como uma ditadura, na verdade, lançou as bases que sustentariam os demais presidentes generais ao 
longo de todos os anos de governos ditatoriais no Brasil. O bipartidarismo, as eleições indiretas, o 
controle exercido pelo Estado, a tortura (que já aparece no governo de Castelo) e ausência de algumas 
liberdades e direitos, bem como a sobreposição do Executivo sobre os outros poderes são 
características de todo o período ditatorial e que são lançados no Governo Castelo Branco. 
Castelo Branco morreuno ano de 1967 devido a um acidente aéreo. O grupo castelista ou 
moderado não fez um sucessor e o militar que assume é Artur da Costa e Silva. Esse general pertence 
a chamada Linha Dura, opositor direto do grupo Castelista. 
 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
ECONOMIA NO GOVERNO CASTELO BRANCO 
 O General Castelo Branco precisou enfrentar, em termos econômicos, os mesmos problemas 
que os presidentes anteriores se depararam: alta inflação, aumento do custo de vida nas grandes 
cidades, dívida externa elevada, além da revolta de trabalhadores na cidade e no campo. Esses 
militares que tomam o poder em 64 são ligados a chamada Doutrina de Segurança Nacional. Esse 
grupo acreditava ser necessário uma luta constante contra o comunismo, que para eles, era uma 
ameaça real. Nesse sentido, era preciso modernizar o sistema econômico a fim de aperfeiçoar o 
capitalismo para conter o comunismo. Para atingir esse fim, Castelo Branco lançou o Plano de Ação 
Econômica do Governo – PAEG. 
 Esse plano foi elaborado por dois civis: Roberto Campos, que já havia sido deputado, senador, 
presidente do BNDE e agora, Ministro do Planejamento. E Otávio Gouveia de Bulhões, ministro de Café 
Filho, presidente que governou brevemente após o suicídio de Vargas e logo teve que se afastar por 
problemas de saúde. Bulhões ocupou o cargo de Ministro da Fazenda de Castelo Branco. 
 O PAEG buscou solucionar o problema do déficit no setor público. Para isso, foi necessário a 
tomada de uma série de medidas. O governo cortou o subsídio concedido ao petróleo e ao trigo, proibiu 
que os estados se endividassem sem autorização federal, aumentou a arrecadação das empresas 
públicas, contraiu o crédito e comprimiu os salários. Além disso, introduziu a correção monetária para 
pagamento de dívidas públicas. Essa última medida é interessante, pois era comum deixar as contas 
atrasarem para serem pagas posteriormente. Como a inflação corroía o dinheiro muito rápido, era 
como se a conta ficasse mais barata, quanto mais tempo se demorasse para pagar. As outras medidas 
geram um impacto forte de curto prazo na vida das pessoas, sobretudo nos trabalhadores assalariados. 
Uma vez que o aumento de preço de derivados de trigo, da gasolina e de energia elétrica (devido o 
aumento da arrecadação via empresas públicas) impacta negativamente a vida das pessoas mais 
pobres. 
 Outra necessidade para o Governo era o controle dos trabalhadores que obviamente não 
ficariam felizes em assumir o impacto inicial das medidas do PAEG. Nesse sentido, o Governo tratou 
de aprovar a Lei de Greves. O que praticamente impossibilitava a realização de greves legais. Além 
disso, o Movimento de 64 já havia atuado fortemente nos sindicatos e nas Ligas Camponesas, de forma 
que essas organizações já estavam, de certa forma, fragilizadas. 
 Ainda no campo trabalhista, o direito a estabilidade no emprego após 10 anos no cargo foi 
abolido. Esse era um direito presente na CLT e mais valorizado pelos trabalhadores. Em substituição, 
foi criado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. Esse fundo era como uma reserva 
financeira depositada de forma obrigatória e automática pelos empregadores em uma conta bancária 
do trabalhador. Na prática não era muito vantajoso, uma vez que essa reserva só poderia ser acessada 
em casos muito específicos e era corroída pela inflação, já que esse valor não era ajustado acima do 
índice. A vantagem ficou com os empresários que passaram a demitir e contratar de forma mais livre. 
Muitas empresas alegavam que os funcionários estáveis dificultavam a modernização dos negócios. 
 No campo do comércio exterior, o PAEG aboliu uma lei restritiva de 1962 que impedia, em certa 
medida, a remessa de lucros para o exterior. Essa lei havia causado desconforto nos investidores e 
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre Alves 
empresários estrangeiros, sobretudo nos norte-americanos. Portanto, no governo Castelo Branco, 
ocorre o rompimento com a ideia de estrangulamento das remessas de lucros. Medidas que facilitaram 
ao Brasil conseguir renegociar a dívida externa com os credores estrangeiros. 
 O PAEG foi vitorioso em diversos aspectos. Conseguiu reduzir o déficit público, controlar em 
parte a inflação e fazer o PIB voltar a crescer. Mas não podemos nos enganar, o Plano alcançou seus 
objetivos devido a uma congruência de fatores. Primeiro, o regime autoritário no qual ele foi implantado 
permitiu jogar o ônus desse tipo de medida em alguns grupos sem que esses pudessem revidar. Como 
vimos nas aulas anteriores, era muito difícil para os presidentes eleitos resolver a situação econômica, 
pois nenhum grupo queria sofrer o impacto dessas medidas no curto prazo. Na ditadura, esse ônus foi 
jogado sobretudo sobre os trabalhadores que não puderam protestar. Não que a ditadura seja sinônimo 
de estabilidade econômica, como veremos mais adiante, o regime militar também passou por uma série 
de problemas no campo da Economia. Em segundo lugar, a dívida externa que era uma forte 
preocupação dos presidentes foi temporariamente resolvida, graças ao sinal do FMI que permitiu a 
renegociação e a ajuda monetária dos EUA ao Brasil. Lembrando que os estadunidenses apoiaram o 
Movimento de 64 na operação conhecida como Brother Sam. 
 
IMAGEM 04 – Otávio Gouveia de Bulhões (o segundo da esquerda para direita, sentado e de gravata) um dos autores do 
PAEG e Castelo Branco (o terceiro da esquerda para direita, de terno preto). Fonte: CPDOC FGV. Disponível em: 
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-otavio-gouveia-de-bulhoes-castelo-branco-
e-outros-em-visita-a-curitiba Acesso em 06 de fevereiro de 2021. 
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-otavio-gouveia-de-bulhoes-castelo-branco-e-outros-em-visita-a-curitiba
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-otavio-gouveia-de-bulhoes-castelo-branco-e-outros-em-visita-a-curitiba
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre A. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1964: Reportagem Especial | Governo Castelo Branco. Canal UNIVESP TV. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
Arquivos Pessoais. CPDOC FGV, 2021. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/acervo/arquivospessoais 
Acesso em 06 de fevereiro de 2021. 
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 1, DE 9 DE ABRIL DE 1964. Dispõe sobre a manutenção da 
Constituição Federal de 1946 e as Constituições Estaduais e respectivas Emendas, com as 
modificações instroduzidas pelo Poder Constituinte originário da revolução Vitoriosa. Diário Oficial da 
União 9.4.1964 e republicado em 11.4.1964. 
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 2, DE 27 DE OUTUBRO DE 1965. Mantem a Constituição Federal 
de 1946, as Constituições Estaduais e respectivas Emendas, com as alterações introduzidas pelo 
Poder Constituinte originário da Revolução de 31.03.1964, e dá outras providências. Diário Oficial da 
União 27.10.1965, republicado em 28.10 e 05.11.1965 
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 3, DE 5 DE FEVEREIRO DE 1966. Fixa datas para as eleições de 
1966, dispõe sobre as eleições indiretas e nomeação de Prefeitos das Capitais dos Estados e dá outras 
providências. Diário Oficial da União 7.2.1966. 
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 4, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1966. Convoca o Congresso Nacional 
para se reunir extraordináriamente, de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de 1967, para 
discursão, votação e promulgação do projeto de Constituição apresentadopelo Presidente da 
República, e dá outras providências. Diário Oficial da União 7.12.1966 e retificado em 12.12.1966. 
Castelo Branco. Acervo O Globo, 2021. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-
presidente-castelo-branco-21564000 Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
COELHO, Gabriela. Justiça proíbe comemorações dos 55 anos do golpe de 1964. Conjur. Disponível 
em: https://www.conjur.com.br/2019-mar-29/justica-proibe-comemoracao-55-anos-golpe-1964 
Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006. 
FERREIRA, Jorge. DELGADO, Lucília Almeida Neves (org). O governo Goulart e o golpe civil-militar de 
1964. Civilização Brasileira, 2003, v.3. 
FERNANDES, Cláudio. "O que é golpe de Estado?"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-golpe-estado.htm. Acesso em 04 de fevereiro 
de 2021. 
Fotos Históricas do Golpe de 1964 e da Ditadura Militar (1964-1985). UOU Educação, 2021. Disponível 
em: https://educacao.uol.com.br/album/2014/03/06/confira-imagens-historicas-do-golpe-militar-de-
64.htm Acesso em 05 de fevereiro de 2021. 
https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY
https://cpdoc.fgv.br/acervo/arquivospessoais
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-castelo-branco-21564000
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-castelo-branco-21564000
https://www.conjur.com.br/2019-mar-29/justica-proibe-comemoracao-55-anos-golpe-1964
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-golpe-estado.htm
https://educacao.uol.com.br/album/2014/03/06/confira-imagens-historicas-do-golpe-militar-de-64.htm
https://educacao.uol.com.br/album/2014/03/06/confira-imagens-historicas-do-golpe-militar-de-64.htm
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
RESUMO 05 – O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967) 
 
Alexandre A. 
Galeria de Presidentes: Humberto de Alencar Castelo Branco. Governo Federal, 2021. Disponível em: 
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-
alencar-castello-branco/view Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2016 
SACRAMENTO, Mafalda Felix do. Os Golpes de Estado como principal meio de subversão. Uma 
análise comparativa com outros sistemas subversivos. In: Sol Nascente – Revista do Centro de 
Investigação sobre Ética Aplicada. n. 4. 
SILVA, Daniel Neves. "Golpe Militar de 1964 e o início da ditadura no Brasil"; Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm. Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
SILVA, Daniel Neves. "Governo Castello Branco"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/castelo-branco.htm. Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2015, 
TREVISAN, Rita. MOÇO, Anderson. Qual a diferença entre revolução e golpe. Nova Escola. Disponível 
em: https://novaescola.org.br/conteudo/2213/qual-a-diferenca-entre-revolucao-e-golpe Acesso em 05 
de fevereiro de 2021. 
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/castelo-branco.htm
https://novaescola.org.br/conteudo/2213/qual-a-diferenca-entre-revolucao-e-golpe

Outros materiais