Buscar

SLIDE - GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 64 E O GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967)
Alexandre Alves
ESTRUTURA DE CONTEÚDO
Golpe Civil-Militar de 64 e o 
Governo Castelo Branco 
(1964-1967)
Governo Artur da Costa e 
Silva (67-69) e Emílio 
Garrastazu Médici (69-74)
Governo João Goulart -
Jango (1961-1964)
O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964
DA DERRUBADA DE JANGO A POSSE DE CASTELO BRANCO
INTRODUÇÃO
Antes de tratar do Golpe propriamente dito, precisamos relembrar, mesmo que
brevemente, alguns acontecimentos do Governo Goulart. Jango foi eleito vice-presidente do
Brasil em 1960, sendo o presidente eleito Jânio Quadros. Ambos tomaram posse em 1961
após a saída de Juscelino Kubistchek. Jânio governou de forma desastrosa, tomou medidas
de pouca importância e assumiu uma postura autônoma nas relações internacionais que
desagradou seu próprio partido. Em pouco tempo, o presidente conseguiu ficar isolado e
quase sem nenhum apoio. Nesse sentido, optou por renunciar, na expectativa de que os
setores conservadores não aceitassem a sua renúncia e ele poderia negociar maiores
poderes. Contudo, isso não acontece e sua saída é apenas aceita.
O GOVERNO JANGO
Inicia-se uma crise sucessória no Brasil, uma vez que Goulart visto como herdeiro
de Vargas e próximo demais das esquerdas, não era um nome muito bem recebido pelos
conservadores. Parte dos militares tentam barrar o retorno de Jango e parte defende sua
posse. Nesse momento, podemos dizer que as Forças Armadas já estavam divididas entre
Golpistas e Legalistas. Os primeiros defendiam um golpe na Constituição, materializado no
impedimento de Goulart. Os segundos defendiam o respeito a Carta Magna do Brasil e a
posse de Jango como presidente. O país ficou à beira de uma guerra civil, impedida de
acontecer pelo Ato Adicional à Constituição de 1946 que estabeleceu o parlamentarismo no
Brasil.
O GOVERNO JANGO
Jango inicia seu governo sem
poderes, dentro do regime parlamentar.
Coube ao Primeiro-Ministro Brochado da
Rocha antecipar o plebiscito previsto para
1965 para o ano de 1963. O resultado foi
claro, o povo queria o retorno do
presidencialismo. Ainda em 63, Jango
tomou posse, agora com poderes absolutos.
Goulart acirrou seus problemas com os
conservadores em 64 quando tentou por
meio de comícios pelo Brasil solicitar a
população que pressionasse o Congresso
pela aprovação das Reformas de Base,
incluindo a reforma agrária.
IMAGEM 01 - Foto oficial de João Belchior Marques Goulart como presidente do 
Brasil. Fonte: Governo Federal. Disponível em: https://www.gov.br/planalto/pt-
br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/joao-belchior-marques-
goulart-1/view Acesso em 07 de fevereiro de 2021.
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/joao-belchior-marques-goulart-1/view
O GOVERNO JANGO
Outros eventos são marcantes nesse sentido, como a Revolta de Sargentos em
Brasília que chegou a prender oficiais e autoridades, a perda no Congresso da aprovação do
Estado de Sítio, a anistia concedida a marinheiros revoltosos e o discurso na Assembleia de
Sargentos no Automóvel Clube no Rio de Janeiro. Esses eventos, são entendidos pelas
Forças Armadas como quebra de hierarquia. Jango ao anistiar os marinheiros estaria
incentivando a quebra de um princípio quase sagrados para os militares. Além disso, o alto
escalão das Forças Armadas não recebeu bem o discurso do presidente no Rio de Janeiro.
O somatório desses eventos com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, evento que
levou milhares de pessoas às ruas em manifestação contra Jango. Essa marcha mostrou
para os setores golpistas que, em caso de golpe, eles teriam respaldo na população.
O GOVERNO JANGO
IMAGEM 02 - Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo. Fonte: Folha de São Paulo. Disponível em: 
https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/20963-marcha-da-familia-com-deus-pela-liberdade Acesso em 07 de fevereiro de 2021
https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/20963-marcha-da-familia-com-deus-pela-liberdade
O INÍCIO DO GOLPE
Em 31 de março de 1964 o golpe foi iniciado, Olímpio Mourão Filho iniciou uma
marcha de militares em Minas Gerais com destino ao Rio de Janeiro com apoio do
Governador mineiro Magalhães Pinto. Esse movimento contou ainda com a participação do
II Exército sob comando do General Amauri Kruel. Kruel era amigo de Jango, e eles
chegaram a se comunicar por telefone durante o andamento do golpe. Porém, ambos
tinham convicções muito fortes para que abandonassem suas bases. Jango sabia do perigo
desse movimento e que poderia se desencadear no Brasil uma guerra civil. Goulart sabia
ainda da presença no litoral brasileiro de embarcações americanas que dariam respaldo aos
golpistas no caso de confronto. Jango era horrorizado com a possibilidade do
derramamento de sangue e sempre optou por medidas e atitudes que evitassem ao máximo
o confronto.
O INÍCIO DO GOLPE
Carlos Lacerda sabia do andamento do golpe e se entrincheirou na sede do
Governo do Estado esperando um ataque da parte da Marinha Legalista. Contudo o ataque
não veio. Na verdade, a resistência não foi acionada. Como sabemos, muitos grupos
estavam preparados, talvez não treinados, para um conflito armado. Mas o start de
resistência não veio. Goulart conseguiu evitar que essa ordem não fosse acionada, pois para
ele, o conflito traria uma grande quantidade de mortes, o que ele não admitiria jamais. Com
a notícia da saída do presidente do Rio de Janeiro, Lacerda liberou as forças golpistas que
tomaram prédios, espancaram estudantes e depredaram sindicatos.
O GOLPE DE 64
Jango voou do Rio de Janeiro para
Brasília e da capital federal voou para Porto
Alegre. Leonel Brizola ainda tentou organizar
uma resistência armada, mas sem apoio do
presidente isso não era possível e a
resistência, como já mencionado nesse
texto, não ocorreu. Os militares do
movimento ainda tentaram diversas vezes
através de contato com o presidente fazer
um acordo no qual ele repudiaria o
comunismo, romperia com a Central Geral
dos Trabalhadores, reprimiria as greves e
negociaria com os rebelados. Jango, porém,
não aceitou esse papel.
IMAGEM 03 - Tropas se deslocam durante o Movimento de 1964. Fonte: 
Memorial da democracia. Disponível em: 
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964 Acesso em 04 de 
fevereiro de 2021.
http://memorialdademocracia.com.br/card/golpe-de-1964
O GOLPE DE 64
Apesar de Goulart ainda estar presente em território nacional, foi declarado vaga a
presidência da república e Ranieri Mazzilli foi convocado a assumir, uma vez que ele era o
primeiro na linha sucessória. O Supremo Tribunal Federal deu aval ao golpe, seu presidente,
Álvaro Ribeiro da Costa foi ao Congresso assistir a posse de Mazzilli como presidente.
Jango, por sua vez, partiu de Porto Alegre para o Uruguai onde se exiliou. Apesar de
carregar a faixa, Mazzilli já não era mais o presidente.
O ATO INSTITUCIONAL 01
O Movimento que tomou o poder se autointitulou de Revolução. Eles iniciaram o
processo que alteraria as bases das instituições democráticas no Brasil. Nesse sentido, o
poder de fato era exercido via Atos Institucionais, decretos-leis que eram baixados
conforme o interesse do movimento. O primeiro deles, o AI 1 estabeleceu dentre outras
medidas, a realização de eleições indiretas para presidência da república. O vencedor
deveria ocupar o cargo até 1966, quando passaria a faixa para um presidente
democraticamente eleito. Inicialmente, não era objetivo daqueles militares ocupar a
presidência por tantos anos e mais adiante veremos como isso ocorreu.
A VITÓRIA DE CASTELO BRANCO
As eleições deram vitória quase unanime ao General Humberto de Alencar Castelo
Branco. O general era um homem muito bem visto pelas Forças Armadas e por civis que
estiveram envolvidos no Golpe. O novo presidente era de um seleto grupo de militares
intelectualizados chamado de Sorbonne, emalusão a prestigiosa universidade francesa.
Castelo Branco era de um grupo dentro das forças armadas e envolvidos no Movimento de
64 que acreditava, em certa medida, na necessidade de devolver o poder aos civis após um
processo de limpeza. Esse grupo é conhecido como Castelistas. Contudo, como veremos
ainda nesse texto, foi no Governo Castelo Branco que se estabeleceram as bases da
ditadura que duraria até 1985.
A VITÓRIA DE CASTELO BRANCO
IMAGEM 04 - General Humberto de Alencar Castelo Branco (ao centro com a faixa) no dia de sua posse como presidente do Brasil. Fonte: 
Acervo O Globo. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-castelo-branco-21564000 Acesso em 07 de fevereiro 
de 2021
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-castelo-branco-21564000
VAMOS TREINAR - QUESTÃO 01
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista 
Judiciário – História
O golpe de 1964, que deu início ao regime militar no Brasil e que foi chamado pelos militares de “revolução 
de 64”, teve, entre seus objetivos
A. refrear o avanço do comunismo apoiado pelo presidente Jango que, após ver concretizado seu programa reformista, articulava-se 
para adaptar o Estado aos moldes socialistas, por meio do projeto de uma nova constituição difundido e aplaudido no histórico
Comício da Central do Brasil.
B. reinstaurar o presidencialismo, uma vez que o regime parlamentarista pelo qual João Goulart governava favorecia alianças entre 
partidos pequenos e grupos de esquerda liderados pelo PTB, que tinha representação significativa na Câmara e no Senado.
C. destituir o governo de João Goulart, contando com o apoio do governo dos Estados Unidos e de parcelas da sociedade brasileira
que apoiaram, dias antes, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade organizada por setores conservadores da Igreja Católica.
D. restaurar a ordem no país e garantir a recuperação do equilíbrio econômico, uma vez que greves paralisavam a produção nacional e
movimentos de apoio à reforma agrária se radicalizavam, caso das Ligas Camponesas que haviam iniciado a guerrilha do Araguaia.
E. iniciar um processo autoritário de transição política e econômica nos moldes do neoliberalismo, por meio de uma estratégia 
defendida por entidades como o FMI, a ONU e a Cepal, com o aval do empresariado brasileiro insatisfeito com o governo vigente.
VAMOS TREINAR - QUESTÃO 01
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista 
Judiciário – História
O golpe de 1964, que deu início ao regime militar no Brasil e que foi chamado pelos militares de “revolução 
de 64”, teve, entre seus objetivos
A. refrear o avanço do comunismo apoiado pelo presidente Jango que, após ver concretizado seu programa reformista, articulava-se 
para adaptar o Estado aos moldes socialistas, por meio do projeto de uma nova constituição difundido e aplaudido no histórico
Comício da Central do Brasil.
B. reinstaurar o presidencialismo, uma vez que o regime parlamentarista pelo qual João Goulart governava favorecia alianças entre 
partidos pequenos e grupos de esquerda liderados pelo PTB, que tinha representação significativa na Câmara e no Senado.
C. destituir o governo de João Goulart, contando com o apoio do governo dos Estados Unidos e de parcelas da sociedade brasileira
que apoiaram, dias antes, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade organizada por setores conservadores da Igreja Católica .
D. restaurar a ordem no país e garantir a recuperação do equilíbrio econômico, uma vez que greves paralisavam a produção nacional e
movimentos de apoio à reforma agrária se radicalizavam, caso das Ligas Camponesas que haviam iniciado a guerrilha do Araguaia.
E. iniciar um processo autoritário de transição política e econômica nos moldes do neoliberalismo, por meio de uma estratégia 
defendida por entidades como o FMI, a ONU e a Cepal, com o aval do empresariado brasileiro insatisfeito com o governo vigente.
QUESTÃO 01 - COMENTÁRIO
A resposta correta para essa questão é letra “C”. O objetivo do movimento de 64 era derrubar Jango do
poder com apoio de setores conservadores e dos Estados Unidos da América que apoiou na chamada
Operação Brother Sam. Não havia no início um claro projeto a ser seguido depois que o presidente
fosse destituído.
Jango não era comunista e não apoiava um movimento que faria transição para esse regime no Brasil.
Esse discurso foi estabelecido por seus opositores que usaram isso contra ele. Portanto, a letra “A” está
incorreta.
A alternativa “B” está errada, uma vez que o presidencialismo já havia sido retomado devido ao
Plebiscito de 1963, antecipado pelo Primeiro-Ministro Brochado da Rocha.
A letra “D” erra ao mencionar a Guerrilha do Araguaia, movimento que será tratado na sula seguinte.
Por fim, a letra “E” não poderia ser indicada como resposta correta. Uma vez que ainda não se estava
discutindo as questões neoliberais no Brasil.
O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964
GOLPE OU REVOLUÇÃO?
INTRODUÇÃO
Como vimos, o Movimento de 1964 se autointitulou de Revolução. Inclusive, esse
termo foi utilizado por muitos jornais no início da ditadura para se referir aos militares que
estavam no poder nesse momento inicial. Contudo, até o momento, tratamos nesse texto de
referir ao Movimento de 64 como Golpe Civil-Militar. Nesse sentido, se faz necessário
algumas considerações.
CONCEITO DE REVOLUÇÃO
É difícil conceituar revolução, mas podemos entender a mesma como um
movimento amplo da sociedade que envolve um grande número de pessoas. Esse
movimento deve atuar de forma a gerar mudanças políticas, sociais e econômicas. Além
disso, esse conceito está muito próximo da ideia de ruptura. A revolução marca uma ruptura
com a ordem vigente até então e estabelece uma nova. Tanto nos campos políticos e
sociais, como econômico. Existem diversas correntes históricas que tratam do assunto,
algumas ampliam a abrangência desse conceito, outras reduzem e outras estabelecem um
conceito pelo qual a revolução seria praticamente impossível. Contudo, como não é o
objetivo desse curso, nem dessa aula, vamos considerar apenas o disposto acima.
CONCEITO DE GOLPE
Por sua vez, os golpes são atos que partem de um pequeno grupo, geralmente as
elites, e que não possuem grande participação popular como nas revoluções. Além disso,
os golpes, apesar de alterar a ordem vigente, não causa transformações profundas.
Geralmente são desencadeados para manter um aspecto específico preservado, evitando
sua alteração ou para gerar uma alteração pontual que não passaria por meios legais. Esse
ponto é comum entre revoluções e golpes, o desrespeito ao termo ou processo legal.
CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO DE 64
Nesse sentido, o Movimento de 1964 rompeu com a ordem constitucional, uma vez
que um presidente legalmente empossado foi derrubado do poder pela força das armas, a
presidência foi declarada vaga mesmo com Jango ainda em solo nacional (A Constituição
dizia que se o presidente se ausentar do país sem autorização do Congresso, o cargo é
declarado vago), o sucessor natural, Ranieri Mazzilli, foi obrigado a passar a faixa para
Castelo Branco, eleito indiretamente e o Executivo tinha mais força que os demais poderes,
sobretudo pela expedição dos Atos Institucionais. Porém, só esses aspectos não permitem
conceituar como golpe.
CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO DE 64
Além disso, um segundo ponto diz respeitos as manutenções. A ditadura foi um
governo que garantiu a continuidade de uma série de aspectos da sociedade brasileira. A
preservação de privilégios, de diferenças sociais e econômicas na sociedade, da
propriedade rural improdutiva e que não é destinada à reforma agrária, do lucro do
empresariado, etc. Nesse sentido, não tivemos uma ruptura forte do status quo. Até em
termos eleitorais, a população ainda votou para alguns cargos. Portanto, não houve forte
ruptura, como é característico das revoluções.CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO DE 64
Devemos ainda destacar que João Goulart, apesar de ser assim visto por muitos,
como um líder revolucionário de esquerda ou como aquele que implementaria uma
república sindicalista no Brasil, não era a figura revolucionária que estaria disposto a isso
(Talvez Brizola fosse, mas Goulart não era). Jango era herdeiro de Vargas, de sua
aproximação com as massas e de seu nacionalismo. Isso preocupava os conservadores que
utilizaram dessa postura para associá-lo ao comunismo e assim criar repulsa por parte de
setores como a classe média. Porém, não podemos associar Goulart ao comunismo, nem
dizer que ele planejava tomar o poder em uma ditadura comunista. Nesse sentido, o
argumento principal das Forças Armadas que era impedir um golpe de esquerda no Brasil,
não se justifica.
CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO DE 64
Por fim, como veremos nas aulas seguintes, a Ditadura Militar (1964-1985) vai ser
um dos períodos mais obscuros da história do Brasil. São inúmeros os casos de repressão,
tortura de estudantes, jornalistas, músicos, padres, mulheres e inclusive crianças.
Perseguição à indígenas que lutavam pela terra. Perseguição aos trabalhadores que lutavam
por melhores condições. Ataques a imprensa e censura. Os relatórios da Comissão da
Verdade, que serão tratados na última aula sobre ditadura e na aula final do curso sobre os
Governos Petistas, trouxeram à tona muitos desses crimes. Dessa forma, é difícil dar o peso
de uma revolução para um movimento desses.
GOVERNO HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO
ASPECTOS POLÍTICOS
INTRODUÇÃO
Como vimos, o Comando Supremo da Revolução, em 09 de abril, baixou o Ato
Institucional número 01. Este documento permitia a cassação de mandatos de políticos em
qualquer esfera. Dessa forma, diversos governadores, senadores e deputados perderam o
mandato nesse momento. Além disso, permitia ao Executivo enviar projetos de lei ao
Congresso para que fossem aprovados no máximo em 60 dias em cada casa. Na hipótese
de não ocorrer tal apreciação, o projeto era aprovado por decurso de prazo. Os funcionários
públicos perderam a estabilidade de forma temporária. Iniciou-se assim os expurgos no
serviço público
A ELEIÇÃO INDIRETA
Além disso, o AI 1 estabeleceu eleições indiretas para presidente da república.
Chegou-se à conclusão que deveria ser formada uma lista tríplice, dentro da qual o
Congresso escolheria o novo presidente. Lembrando que o Legislativo já tinha sofrido uma
primeira leva de cassações. A disputa contou com Humberto de Alencar Castelo Branco,
Juarez Távora e Eurico Gaspar Dutra, todos militares. Prevaleceu o nome de Castelo Branco,
nesse momento, Chefe do Estado-Maior do Exército. Castelo ganhou com pouco mais de
98% dos votos. Para vice-presidente prevaleceu o nome do Secretário de Finanças do
Governo de Minas Gerais, José Maria Alkmin.
A VITÓRIA DE CASTELO BRANCO
IMAGEM 05 - General Humberto de Alencar Castelo Branco (ao centro) discursa durante evento em São Paulo. Fonte: UOL Educação. 
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-castello-branco-1964-1967-democracia-de-mentira.htm Acesso 
em 07 de fevereiro de 2021.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-castello-branco-1964-1967-democracia-de-mentira.htm
CASTELO BRANCO
Castelo era de um seleto grupo de
militares intelectualizados conhecido como
Sorbonne. Uma referência a universidade
francesa, famosa no mundo todo. Ele ainda
era famoso por ter participado de
importantes eventos da política brasileira,
como a repressão ao Movimento
Constitucionalista de 1932 e a participação
no comando da FEB, missão que lutou na
Itália durante a Segundo Guerra Mundial.
Castelo e os homens que assumem o poder
no Brasil nesse momento, eram ligados a
Escola Superior de Guerra (ESG).
IMAGEM 06 - Foto de Castelo Branco com a Força Expedicionária Brasileira que 
atuou na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Fonte: Blog Infantaria do Ceara. 
Disponível em:
http://www.legiaodainfantariadoceara.org/leginf_CastelloBranco_atuacaoFEB.html
Acesso em 07 de fevereiro de 2021.
http://www.legiaodainfantariadoceara.org/leginf_CastelloBranco_atuacaoFEB.html
AS ELEIÇÕES ESTADUAIS DE 1965
O AI 1, não impedia a realização de eleições estaduais. Dessa forma, o ano de 1965
é marcante devido a realização de eleições em alguns estados nos quais o pleito foi
permitido pelo Comando Supremo da Revolução. O resultado, no entanto, não agradou os
militares. As urnas revelaram a derrota da grande maioria dos candidatos governistas. O
resultado dessas eleições fez com que militares da chamada Linha Dura (em oposição aos
moderados ou castelistas) pressionassem pelo endurecimento do regime. Lembrando que
enquanto os castelistas eram moderados em seu discurso e sobretudo defendiam o retorno
a normalidade democrática, os militares da linha dura eram defensores do fechamento
maior do regime e da permanência deles por mais tempo no poder para de fato “organizar
casa”, varrendo do país o comunismo e a corrupção.
O ATO INSTITUCIONAL 02
A pressão desses grupos levou ao estabelecimento de mais um Ato Institucional, o
AI 2. Esse documento trouxe modificações importantes para entender o prosseguimento da
Ditadura no Brasil. O AI 2 estabeleceu a eleição indireta para presidente da república. O
Congresso deveria escolher o chefe do executivo em votação nominal e com voto aberto.
Além disso, aumentou ainda mais os poderes do Executivo que agora poderia baixar atos
adicionais ao ato e decretos-leis em matéria de segurança nacional. Porém a alteração mais
famosa diz respeito ao estabelecimento no Brasil do Bipartidarismo. Todos os partidos
foram extintos e os políticos deveriam se organizar nos dois oficiais: ARENA (situação) e
MDB (oposição consentida).
O ATO INSTITUCIONAL 02
IMAGEM 07 – A esquerda logo da ARENA (partido governista) e a direita logo do MDB (partido de oposição). Esses partidos serão os únicos 
permitidos durante quase toda a ditadura militar. Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aliança_Renovadora_Nacional e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Democrático_Brasileiro_(1966) Acesso em 07 de fevereiro de 2021.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aliança_Renovadora_Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Democrático_Brasileiro_(1966)
O ATO INSTITUCIONAL 03 E 04
Ainda no governo Castelo Branco serão baixados o AI 3 e o AI 4. O primeiro
estabeleceu as eleições indiretas para governadores e o segundo convocou o Congresso e
forçou a aprovação de uma nova Constituição para o Brasil. A Carta de 1967 incorporou os
decretos já publicados e aquilo que já vinha sendo feito pelos militares e ampliou ainda
mais os poderes do Executivo. De fato, o Congresso estava fechado por ordem do Comando
Supremo da Revolução e foi convocado as pressas apenas para aprovar esse projeto.
CONCLUSÃO
Como foi possível perceber, o Governo Castelo Branco, apesar de não gostar de ser
identificado como uma ditadura, na verdade, lançou as bases que sustentariam os demais
presidentes generais ao longo de todos os anos de governos ditatoriais no Brasil. O
bipartidarismo, as eleições indiretas, o controle exercido pelo Estado, a tortura (que já
aparece no governo de Castelo) e ausência de algumas liberdades e direitos, bem como a
sobreposição do Executivo sobre os outros poderes são características de todo o período
ditatorial e que são lançados no Governo Castelo Branco. Castelo Branco morreu no ano de
1967 devido a um acidente aéreo. O grupo castelista ou moderado não fez um sucessor e o
militar da Linha Dura que assume é Artur da Costa e Silva.
CONCLUSÃO
VÍDEO 01 – 1964: Cronologia | Castello Presidente. Canal UNIVESP TV (Youtube).
Link de Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=xcLJ1OZ3G48
https://www.youtube.com/watch?v=xcLJ1OZ3G48
GOVERNO HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO
ASPECTOS ECONÔMICOS
INTRODUÇÃO
O General Castelo Branco precisou enfrentar,em termos econômicos, os mesmos
problemas que os presidentes anteriores se depararam: alta inflação, aumento do custo de
vida nas grandes cidades, dívida externa elevada, além da revolta de trabalhadores na
cidade e no campo. Esses militares que tomam o poder em 64 são ligados a chamada
Doutrina de Segurança Nacional. Esse grupo acreditava ser necessário uma luta constante
contra o comunismo, que para eles, era uma ameaça real. Nesse sentido, era preciso
modernizar o sistema econômico a fim de aperfeiçoar o capitalismo para conter o
comunismo. Para atingir esse fim, Castelo Branco lançou o Plano de Ação Econômica do
Governo – PAEG.
O PAEG
Esse plano foi elaborado por dois
civis: Roberto Campos, que já havia sido
deputado, senador, presidente do BNDE e
agora, Ministro do Planejamento. E Otávio
Gouveia de Bulhões, ministro de Café Filho,
presidente que governou brevemente após
o suicídio de Vargas e logo teve que se
afastar por problemas de saúde. Bulhões
ocupou o cargo de Ministro da Fazenda de
Castelo Branco.
IMAGEM 08 - Roberto Campos, um dos autores do PAEG, nesse momento 
Ministro do Planejamento de Castelo Branco. Fonte: InfoEscola. Disponível em: 
https://www.infoescola.com/biografias/roberto-campos/ Acesso em 07 de fevereiro 
de 2021.
https://www.infoescola.com/biografias/roberto-campos/
MEDIDAS DO PAEG
O PAEG buscou solucionar o problema do déficit no setor público. Para isso, foi
necessário a tomada de uma série de medidas. O governo cortou o subsídio concedido ao
petróleo e ao trigo, proibiu que os estados se endividassem sem autorização federal,
aumentou a arrecadação das empresas públicas, contraiu o crédito e comprimiu os salários.
Além disso, introduziu a correção monetária para pagamento de dívidas públicas. Essa
última medida é interessante, pois era comum deixar as contas atrasarem para serem pagas
posteriormente. Como a inflação corroía o dinheiro muito rápido, era como se a conta
ficasse mais barata, quanto mais tempo se demorasse para pagar. As outras medidas geram
um impacto forte de curto prazo na vida das pessoas, sobretudo nos trabalhadores
assalariados.
MEDIDAS DO PAEG
Outra necessidade para o Governo era o controle dos trabalhadores que obviamente
não ficariam felizes em assumir o impacto inicial das medidas do PAEG. Nesse sentido, o
Governo tratou de aprovar a Lei de Greves. O que praticamente impossibilitava a realização
de greves legais. Além disso, o Movimento de 64 já havia atuado fortemente nos sindicatos
e nas Ligas Camponesas, de forma que essas organizações já estavam, de certa forma,
fragilizadas.
MEDIDAS DO PAEG
Ainda no campo trabalhista, o direito a estabilidade no emprego após 10 anos no
cargo foi abolido. Esse era um direito presente na CLT e mais valorizado pelos
trabalhadores. Em substituição, foi criado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço –
FGTS. Esse fundo era como uma reserva financeira depositada de forma obrigatória e
automática pelos empregadores em uma conta bancária do trabalhador. Na prática não era
muito vantajoso, uma vez que essa reserva só poderia ser acessada em casos muito
específicos e era corroída pela inflação, já que esse valor não era ajustado acima do índice.
A vantagem ficou com os empresários que passaram a demitir e contratar de forma mais
livre. Muitas empresas alegavam que os funcionários estáveis dificultavam a modernização
dos negócios.
MEDIDAS DO PAEG
IMAGEM 09 – Otávio Gouveia de Bulhões (o segundo da esquerda para direita, sentado e de gravata) um dos autores do PAEG. Fonte: CPDOC 
FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-otavio-gouveia-de-bulhoes-castelo-
branco-e-outros-em-visita-a-curitiba Acesso em 06 de fevereiro de 2021.
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/EG/audiovisual/ernesto-geisel-otavio-gouveia-de-bulhoes-castelo-branco-e-outros-em-visita-a-curitiba
MEDIDAS DO PAEG
No campo do comércio exterior, o PAEG aboliu uma lei restritiva de 1962 que
impedia, em certa medida, a remessa de lucros para o exterior. Essa lei havia causado
desconforto nos investidores e empresários estrangeiros, sobretudo nos norte-americanos.
Portanto, no governo Castelo Branco, ocorre o rompimento com a ideia de estrangulamento
das remessas de lucros. Medidas que facilitaram ao Brasil conseguir renegociar a dívida
externa com os credores estrangeiros.
RESULTADOS
O PAEG foi vitorioso em diversos aspectos. Conseguiu reduzir o déficit público,
controlar em parte a inflação e fazer o PIB voltar a crescer. Mas não podemos nos enganar,
o Plano alcançou seus objetivos devido a uma congruência de fatores. Primeiro, o regime
autoritário no qual ele foi implantado permitiu jogar o ônus desse tipo de medida em alguns
grupos sem que esses pudessem revidar. Como vimos nas aulas anteriores, era muito difícil
para os presidentes eleitos resolver a situação econômica, pois nenhum grupo queria sofrer
o impacto dessas medidas no curto prazo. Na ditadura, esse ônus foi jogado sobretudo
sobre os trabalhadores que não puderam protestar. Em segundo lugar, a dívida externa que
era uma forte preocupação dos presidentes foi temporariamente resolvida, graças ao sinal
do FMI que permitiu a renegociação e a ajuda monetária dos EUA ao Brasil.
VAMOS TREINAR - QUESTÃO 02
(Mackenzie SP/2002) 
Sobre o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), organizado pelos ministros Roberto Campos e 
Otávio Gouveia de Bulhões no governo Castelo Branco, podemos afirmar que:
A. Não atingiu seus objetivos, em virtude das sucessivas greves e pressões sociais.
B. Reequilibrou as finanças da União, o PIB voltou a crescer, mas os salários foram comprimidos, sendo 
grande a rotatividade da mão-de-obra com a criação do FGTS.
C. A inflação não foi reduzida, crescendo o déficit no setor público.
D. A lei que regulava as remessas de lucros e investimentos estrangeiros passou a ser extremamente 
restritiva.
E. O programa fracassou porque não obteve o apoio do FMI, nem da Aliança para o Progresso, proposta 
pelo Presidente Kennedy.
VAMOS TREINAR - QUESTÃO 02
(Mackenzie SP/2002) 
Sobre o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), organizado pelos ministros Roberto Campos e 
Otávio Gouveia de Bulhões no governo Castelo Branco, podemos afirmar que:
A. Não atingiu seus objetivos, em virtude das sucessivas greves e pressões sociais.
B. Reequilibrou as finanças da União, o PIB voltou a crescer, mas os salários foram comprimidos, sendo 
grande a rotatividade da mão-de-obra com a criação do FGTS.
C. A inflação não foi reduzida, crescendo o déficit no setor público.
D. A lei que regulava as remessas de lucros e investimentos estrangeiros passou a ser extremamente 
restritiva.
E. O programa fracassou porque não obteve o apoio do FMI, nem da Aliança para o Progresso, proposta 
pelo Presidente Kennedy.
QUESTÃO 02 - COMENTÁRIO
A resposta correta para essa questão é letra “B”. O Plano de Ação Econômica do Governo foi bem
sucedido em diversos fatores: As contas do governo foram reequilibradas e reduziu-se a infração, além
disso, o PIB volta a crescer nesse momento da ditadura. Essa afirmação já exclui a letra “A” e “C” que
afirma o contrário.
A letra “D” está incorreta, pois a lei de remessa de lucros passa a ser MENOS restritiva, ao contrário do
que diz a assertiva. Na verdade, a lei que era mais restritiva e que remonta ao período Goulart foi
abolida, uma vez que esse dispositivo tinha causado desconforto para com os estadunidenses.
Por fim, a letra “E” também está errada. Isto pois, o Brasil consegue apoio do FMI e recebe ajuda dos
Estados Unidos, país que apoiou o golpe de estado.
CONCLUSÃO
VÍDEO 01 – 1964: Reportagem Especial | Governo Castelo Branco. Canal UNIVESP TV (Youtube).
Link de Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY&t=3s
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1964: Reportagem Especial | Governo Castelo Branco. CanalUNIVESP TV. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY Acesso em 04 de fevereiro de 2021.
Arquivos Pessoais. CPDOC FGV, 2021. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/acervo/arquivospessoais Acesso em 06 de 
fevereiro de 2021. 
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 1, DE 9 DE ABRIL DE 1964. Dispõe sobre a manutenção da Constituição Federal de 
1946 e as Constituições Estaduais e respectivas Emendas, com as modificações instroduzidas pelo Poder Constituinte 
originário da revolução Vitoriosa. Diário Oficial da União 9.4.1964 e republicado em 11.4.1964.
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 2, DE 27 DE OUTUBRO DE 1965. Mantem a Constituição Federal de 1946, as 
Constituições Estaduais e respectivas Emendas, com as alterações introduzidas pelo Poder Constituinte originário da 
Revolução de 31.03.1964, e dá outras providências. Diário Oficial da União 27.10.1965, republicado em 28.10 e 
05.11.1965
https://www.youtube.com/watch?v=dMp2BZ9QwgY
https://cpdoc.fgv.br/acervo/arquivospessoais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 3, DE 5 DE FEVEREIRO DE 1966. Fixa datas para as eleições de 1966, dispõe sobre 
as eleições indiretas e nomeação de Prefeitos das Capitais dos Estados e dá outras providências. Diário Oficial da União 
7.2.1966.
BRASIL, ATO INSTITUCIONAL Nº 4, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1966. Convoca o Congresso Nacional para se reunir 
extraordináriamente, de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de 1967, para discursão, votação e promulgação do 
projeto de Constituição apresentado pelo Presidente da República, e dá outras providências. Diário Oficial da União 
7.12.1966 e retificado em 12.12.1966.
Castelo Branco. Acervo O Globo, 2021. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-
castelo-branco-21564000 Acesso em 04 de fevereiro de 2021.
COELHO, Gabriela. Justiça proíbe comemorações dos 55 anos do golpe de 1964. Conjur. Disponível em: 
https://www.conjur.com.br/2019-mar-29/justica-proibe-comemoracao-55-anos-golpe-1964 Acesso em 04 de fevereiro 
de 2021.
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/o-presidente-castelo-branco-21564000
https://www.conjur.com.br/2019-mar-29/justica-proibe-comemoracao-55-anos-golpe-1964
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.
FERREIRA, Jorge. DELGADO, Lucília Almeida Neves (org). O governo Goulart e o golpe civil-militar de 1964. Civilização 
Brasileira, 2003, v.3.
FERNANDES, Cláudio. "O que é golpe de Estado?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-
e/historia/o-que-e-golpe-estado.htm. Acesso em 04 de fevereiro de 2021. 
Fotos Históricas do Golpe de 1964 e da Ditadura Militar (1964-1985). UOU Educação, 2021. Disponível em: 
https://educacao.uol.com.br/album/2014/03/06/confira-imagens-historicas-do-golpe-militar-de-64.htm Acesso em 05 
de fevereiro de 2021. 
Galeria de Presidentes: Humberto de Alencar Castelo Branco. Governo Federal, 2021. Disponível em: 
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-
branco/view Acesso em 04 de fevereiro de 2021.
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-golpe-estado.htm
https://educacao.uol.com.br/album/2014/03/06/confira-imagens-historicas-do-golpe-militar-de-64.htm
https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/humberto-de-alencar-castello-branco/view
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2016
SACRAMENTO, Mafalda Felix do. Os Golpes de Estado como principal meio de subversão. Uma análise comparativa 
com outros sistemas subversivos. In: Sol Nascente – Revista do Centro de Investigação sobre Ética Aplicada. n. 4. 
SILVA, Daniel Neves. "Golpe Militar de 1964 e o início da ditadura no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm. Acesso em 04 de fevereiro de 2021.
SILVA, Daniel Neves. "Governo Castello Branco"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/castelo-branco.htm. Acesso em 04 de fevereiro de 2021.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
TREVISAN, Rita. MOÇO, Anderson. Qual a diferença entre revolução e golpe. Nova Escola. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/2213/qual-a-diferenca-entre-revolucao-e-golpe Acesso em 05 de fevereiro de 
2021.
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/castelo-branco.htm
https://novaescola.org.br/conteudo/2213/qual-a-diferenca-entre-revolucao-e-golpe
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Outros materiais