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Insuficiência Cardíaca

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Introduções e
definições
A média de idade dos pacientes que apresentamA média de idade dos pacientes que apresentam
ICA encontra-se em torno de 70 a> 75 anos, eICA encontra-se em torno de 70 a> 75 anos, e
cerca de 80% já apresentaram quadros prévioscerca de 80% já apresentaram quadros prévios
semelhantes. A ICA é definida como início rápidosemelhantes. A ICA é definida como início rápido
ou mudança clínica dos sinais e sintomas deou mudança clínica dos sinais e sintomas de
insuficiência cardíaca, resultando em necessidadeinsuficiência cardíaca, resultando em necessidade
urgente de terapia. A ICA pode ainda serurgente de terapia. A ICA pode ainda ser
classificada como nova ou crônica descompensada.classificada como nova ou crônica descompensada.
Pode ocorrer por disfunção miocárdica sistólica, porémPode ocorrer por disfunção miocárdica sistólica, porém
em quase metade dos casos ocorre devido a alteraçãoem quase metade dos casos ocorre devido a alteração
do relaxamento ventricular (disfunção diastólica), comdo relaxamento ventricular (disfunção diastólica), com
função sistólica preservada.função sistólica preservada.
É usualmente caracterizada por congestão pulmonar , sendoÉ usualmente caracterizada por congestão pulmonar , sendo
que a manifestação mais comum é a síndrome clínica deque a manifestação mais comum é a síndrome clínica de
EAP , caracterizando-se por insuficiência respiratóriaEAP , caracterizando-se por insuficiência respiratória
aguda (dispneia importante e taquipneia) e hipoxemiaaguda (dispneia importante e taquipneia) e hipoxemia
(geralmente com saturação de oxigênio menor que 90%).(geralmente com saturação de oxigênio menor que 90%).
Quando existe disfunção sistólica aguda , congestãoQuando existe disfunção sistólica aguda , congestão
pulmonar e sinais de baixo débito cardíaco (cianose ,pulmonar e sinais de baixo débito cardíaco (cianose ,
extremidades frias , baixo débito urinário etc .), dizemos queextremidades frias , baixo débito urinário etc .), dizemos que
o paciente encontra-se em choque cardiogênico .o paciente encontra-se em choque cardiogênico .
Etiologia e
Fisiopatologia
Em pacientes com disfunção diastólica, pequenas mudançasEm pacientes com disfunção diastólica, pequenas mudanças
tanto na pré-carga como na pós-carga podem levar aotanto na pré-carga como na pós-carga podem levar ao
aumento das pressões de enchimento e à congestãoaumento das pressões de enchimento e à congestão
pulmonar. O EAP pode ocorrer devido a sobrecarga depulmonar. O EAP pode ocorrer devido a sobrecarga de
volume e/ou pressão, alteração primária do relaxamentovolume e/ou pressão, alteração primária do relaxamento
miocárdico e redução do tempo de enchimento diastólico.miocárdico e redução do tempo de enchimento diastólico.
Dentre as causas mais comuns de EAP, podemos citar asDentre as causas mais comuns de EAP, podemos citar as
síndromes coronarianas agudas, crises de hipertensãosíndromes coronarianas agudas, crises de hipertensão
arterial sistêmica, infecções e arritmias cardíacas.ão se devearterial sistêmica, infecções e arritmias cardíacas.ão se deve
esquecer de avaliar fatores, por vezes mais comuns que osesquecer de avaliar fatores, por vezes mais comuns que os
anteriormente citados, como a ingesta excessiva de água eanteriormente citados, como a ingesta excessiva de água e
sal, má adesão ao tratamento medicamentoso e uso desal, má adesão ao tratamento medicamentoso e uso de
outras medicações (anti-inflamatórios não hormonais, poroutras medicações (anti-inflamatórios não hormonais, por
exemplo).exemplo).
Mesmo com toda a abordagem, em 20 a 50% dos casosMesmo com toda a abordagem, em 20 a 50% dos casos
de EAP não se encontra um fator precipitante associado.de EAP não se encontra um fator precipitante associado.
Basicamente, a alteração aguda do relaxamento miocárdico leva a um aumento da pressãoBasicamente, a alteração aguda do relaxamento miocárdico leva a um aumento da pressão
diastólica final de VE, que se transmite ao átrio esquerdo e, consequentemente, ao sistema venoso ediastólica final de VE, que se transmite ao átrio esquerdo e, consequentemente, ao sistema venoso e
capilar pulmonar. A resposta adaptativa dos vasos linfáticos em remover o excesso de líquidocapilar pulmonar. A resposta adaptativa dos vasos linfáticos em remover o excesso de líquido
presente é insuficiente, causando edema de interstício e posterior extravasamento do líquido para opresente é insuficiente, causando edema de interstício e posterior extravasamento do líquido para o
espaço alveolar, prejudicando a troca gasosa e gerando o quadro de insuficiência respiratóriaespaço alveolar, prejudicando a troca gasosa e gerando o quadro de insuficiência respiratória
aguda com hipoxemia.aguda com hipoxemia.
**Fatores relacionados a fármacos: intoxicação digitálica; drogas que retêm água ou inibem**Fatores relacionados a fármacos: intoxicação digitálica; drogas que retêm água ou inibem
prostaglandinas (AINH, esteroides, estrogênios, androgênios, clorpropramida, minoxidil,prostaglandinas (AINH, esteroides, estrogênios, androgênios, clorpropramida, minoxidil,
glitazonas); drogas inotrópicas negativas (antiarrítmicos do grupo I, antagonistas de cálcio,glitazonas); drogas inotrópicas negativas (antiarrítmicos do grupo I, antagonistas de cálcio,
antidepressivos tricíclicos); drogas cardiotóxicas (citostáticos (adriamicina), trastuzumabe);antidepressivos tricíclicos); drogas cardiotóxicas (citostáticos (adriamicina), trastuzumabe);
automedicação, terapias alternativasautomedicação, terapias alternativas
Achados
clínicos
Classicamente, os pacientes que se apresentam no serviço de emergência com EAP têm a dispneiaClassicamente, os pacientes que se apresentam no serviço de emergência com EAP têm a dispneia
como queixa principal. Em até 62% dos casos, o quadro de dispneia iniciou-se há mais de 1como queixa principal. Em até 62% dos casos, o quadro de dispneia iniciou-se há mais de 1
semana, porém com piora progressiva. O EAP compreende um quadro clínico dramático em que,semana, porém com piora progressiva. O EAP compreende um quadro clínico dramático em que,
na maioria das ocasiões, o paciente apresenta-se extremamente ansioso, desconfortável e comna maioria das ocasiões, o paciente apresenta-se extremamente ansioso, desconfortável e com
sensação de morte iminente.sensação de morte iminente. 
Critérios de gravidade: intensa taquipneia, ortopneia, taquicardia, tosse, uso de musculaturaCritérios de gravidade: intensa taquipneia, ortopneia, taquicardia, tosse, uso de musculatura 
ventilatória acessória, presença de secreção rósea em via aérea, cianose, edema de extremidades,ventilatória acessória, presença de secreção rósea em via aérea, cianose, edema de extremidades,
hipoxemia (saturação de oxigênio menor que 90% em ar ambiente). estase jugular a 45°,hipoxemia (saturação de oxigênio menor que 90% em ar ambiente). estase jugular a 45°,
respiração paradoxal e rebaixamento do nível de consciência. Achadorespiração paradoxal e rebaixamento do nível de consciência. Achado 
quase sempre presente é a hipertensão arterial sistêmica. A maioriaquase sempre presente é a hipertensão arterial sistêmica. A maioria
 dos pacientes apresenta pressão arterial sistólica 140 mmHg, edos pacientes apresenta pressão arterial sistólica 140 mmHg, e 
cerca de 20 a 40%; 180 mmHg, ajudando inclusivecerca de 20 a 40%; 180 mmHg, ajudando inclusive 
a estabelecer o diagnóstico de EAP hipertensivoa estabelecer o diagnóstico de EAP hipertensivo
C
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Quando a PAS encontra-se menor que 90 mmHg e há a presença de sinais de baixo débito,Quando a PAS encontra-se menor que 90 mmHg e há a presença de sinais de baixo débito,
considera-se que o paciente se apresenta com congestão pulmonar devido ao choque cardiogênico.considera-se que o paciente se apresenta com congestão pulmonar devido ao choque cardiogênico.
Na ausculta cardíaca, a presença de B4 indica alteração do relaxamento, assim como aNa auscultacardíaca, a presença de B4 indica alteração do relaxamento, assim como a
hiperfonese de B2 devido ao quadro de hipertensão pulmonar. Achados como sopros sistólicoshiperfonese de B2 devido ao quadro de hipertensão pulmonar. Achados como sopros sistólicos
e/ou diastólicos podem fornecer dicas sobre outras possíveis etiologias e/ou doenças valvarese/ou diastólicos podem fornecer dicas sobre outras possíveis etiologias e/ou doenças valvares
associadas. Da mesma forma, a presença de atrito pericárdico pode indicar o diagnóstico deassociadas. Da mesma forma, a presença de atrito pericárdico pode indicar o diagnóstico de
pericardite. No entanto, o sinal clínico mais comumente encontrado ao exame físico é a presença depericardite. No entanto, o sinal clínico mais comumente encontrado ao exame físico é a presença de
estertores crepitantes finos à inspiração, podendo estar presente em até 70% dos casos. Pode serestertores crepitantes finos à inspiração, podendo estar presente em até 70% dos casos. Pode ser
graduado em relação a sua ausculta no tórax do paciente, descrito usualmente como presente emgraduado em relação a sua ausculta no tórax do paciente, descrito usualmente como presente em
ambas as bases pulmonares, até o terço médio pulmonar ou até os ápices pulmonares (sendo maisambas as bases pulmonares, até o terço médio pulmonar ou até os ápices pulmonares (sendo mais
grave quanto maior sua extensão). ale lembrar que nem todos os pacientes com EAP apresentamgrave quanto maior sua extensão). ale lembrar que nem todos os pacientes com EAP apresentam
estertores à ausculta, podendo estar ausentes em até 40% dos casos, porém a gravidade éestertores à ausculta, podendo estar ausentes em até 40% dos casos, porém a gravidade é
semelhante, uma vez que a hipoxemia está instalada da mesma maneira devido ao edema desemelhante, uma vez que a hipoxemia está instalada da mesma maneira devido ao edema de
interstício. Ainda em relação à ausculta pulmonar, alguns pacientes apresentam sibilos difusos,interstício. Ainda em relação à ausculta pulmonar, alguns pacientes apresentam sibilos difusos,
podendo inclusive mimetizar um quadro de broncoespasmo. Isso ocorre devido ao edema intersticialpodendo inclusive mimetizar um quadro de broncoespasmo. Isso ocorre devido ao edema intersticial
e peribrônquico, levando à redução do calibre da via aérea.e peribrônquico, levando à redução do calibre da via aérea.
Sinais como febre, mucosas hipocoradas devem ser pesquisados, uma vez que tanto infecções comoSinais como febre, mucosas hipocoradas devem ser pesquisados, uma vez que tanto infecções como
anemias podem precipitar a ocorrência de EAP. Além disso, os diagnósticos de síndromeanemias podem precipitar a ocorrência de EAP. Além disso, os diagnósticos de síndrome
coronariana aguda e/ou arritmias cardíacas devem ser investigados, perguntando-se sempre sobrecoronariana aguda e/ou arritmias cardíacas devem ser investigados, perguntando-se sempre sobre
a presença de palpitações, dor precordial, síncope ou pré-síncopea presença de palpitações, dor precordial, síncope ou pré-síncope
Hemograma: O hemograma informa sobre a presença de anemiaHemograma: O hemograma informa sobre a presença de anemia 
e sinais indiretos de infecção, leucocitose ou leucopenia;e sinais indiretos de infecção, leucocitose ou leucopenia;
Eletrólitos e Função Renal:Eletrólitos e Função Renal: hiponatremia em paciente comhiponatremia em paciente com 
diagnóstico prévio de IC pode indicar pior prognóstico e refletirdiagnóstico prévio de IC pode indicar pior prognóstico e refletir
 a presença de sobrecarga de volume e hiperativação neuro-humoral.a presença de sobrecarga de volume e hiperativação neuro-humoral. 
 Potássio, cálcio e/ou magnésio podem ser responsáveisPotássio, cálcio e/ou magnésio podem ser responsáveis por arritmias cardíacas,por arritmias cardíacas, 
que podem levar, consequentemente, ao quadro de EAP. As dosagens de creatininaque podem levar, consequentemente, ao quadro de EAP. As dosagens de creatinina
 e ureia demonstram de maneira indireta o grau de comprometimento renal devido ao distúrbioe ureia demonstram de maneira indireta o grau de comprometimento renal devido ao distúrbio
hemodinâmico.hemodinâmico.
Exames
complemen
tares
Marcadores de Lesão Miocárdica;Marcadores de Lesão Miocárdica; 
Gasometria Arterial: Deve ser solicitada em todo paciente devido ao distúrbio respiratórioGasometria Arterial: Deve ser solicitada em todo paciente devido ao distúrbio respiratório
grave. Permite avaliar o grau de hipoxemia e sinais de hipoperfusão tecidual como acidosegrave. Permite avaliar o grau de hipoxemia e sinais de hipoperfusão tecidual como acidose
metabólica e aumento de lactato. Além disso, pode mostrar retenção de CO>2 e acidosemetabólica e aumento de lactato. Além disso, pode mostrar retenção de CO>2 e acidose
respiratória, indicando distúrbio ventilatório grave;respiratória, indicando distúrbio ventilatório grave;
Peptídio Natriurético tipo B (BNP): Seus níveis plasmáticos podem estar elevados ePeptídio Natriurético tipo B (BNP): Seus níveis plasmáticos podem estar elevados e
relacionam-se com a magnitude das manifestações clínicas e prognóstico. Valores menores querelacionam-se com a magnitude das manifestações clínicas e prognóstico. Valores menores que
100 pg/mL têm alto valor preditivo negativo para IC, ao passo que, quando acima de100 pg/mL têm alto valor preditivo negativo para IC, ao passo que, quando acima de
400 pg/mL, têm alto valor preditivo positivo para IC. Devem ser considerados valores de400 pg/mL, têm alto valor preditivo positivo para IC. Devem ser considerados valores de
corte do Pro-BNP de acordo com a idade, sendo 450 pg/mL, 900 pg/mL e 1.800corte do Pro-BNP de acordo com a idade, sendo 450 pg/mL, 900 pg/mL e 1.800
pg/mL, respectivamente para idades abaixo de 50 anos, entre 50 e 75 anos e acima depg/mL, respectivamente para idades abaixo de 50 anos, entre 50 e 75 anos e acima de
75 anos, com sensibilidade de 90% e especificidade de 84%.75 anos, com sensibilidade de 90% e especificidade de 84%.
Eletrocardiograma;Eletrocardiograma;
Raio-x; Mostra alterações como congestão venosa pulmonar, linhas B de Kerley, edemaRaio-x; Mostra alterações como congestão venosa pulmonar, linhas B de Kerley, edema
intersticial e derrame pleural. Além disso, permite acompanhar a evolução do paciente quandointersticial e derrame pleural. Além disso, permite acompanhar a evolução do paciente quando
realizado de forma seriada. Pode demonstrar também aumento do índice cardiotorácico (= 0,5)realizado de forma seriada. Pode demonstrar também aumento do índice cardiotorácico (= 0,5)
em pacientes que já tenham cardiopatia prévia, porém, em grande parte dos casos de EAP, não seem pacientes que já tenham cardiopatia prévia, porém, em grande parte dos casos de EAP, não se
observa a presença cardiomegalia;observa a presença cardiomegalia;
Ecocardiograma: é capaz de acessar dados referentes a funções sistólica e diastólica, alteraçõesEcocardiograma: é capaz de acessar dados referentes a funções sistólica e diastólica, alterações
segmentares miocárdicas, disfunções valvares, parâmetros hemodinâmicos e doença pericárdica.segmentares miocárdicas, disfunções valvares, parâmetros hemodinâmicos e doença pericárdica.
Diagnóstico diferencial
Tratamento
Todo paciente deve ser levado imediatamente à sala de emergência, onde será realizada umaTodo paciente deve ser levado imediatamente à sala de emergência, onde será realizada uma
anamnese objetiva buscando dados pontuais, exames físicos e avaliação de parâmetros vitaisanamnese objetiva buscando dados pontuais, exames físicos e avaliação de parâmetros vitais
(frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar, perfusão(frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar, perfusão
periférica, nível de consciência, saturação de O>2> por oximetria de pulso e tempertaura).periférica, nível de consciência, saturação de O>2> por oximetriade pulso e tempertaura).
Todo paciente deve ter seus parâmetros vitais em monitoração cardíaca contínua e um acessoTodo paciente deve ter seus parâmetros vitais em monitoração cardíaca contínua e um acesso
venoso periférico deve ser prontamente obtido, aproveitando-se deste momento para coleta devenoso periférico deve ser prontamente obtido, aproveitando-se deste momento para coleta de
amostras sanguíneas para exames laboratoriais. A quantificação do débito urinário é outroamostras sanguíneas para exames laboratoriais. A quantificação do débito urinário é outro
fator importante e deve ser realizada. O eletrocardiograma deve ser prontamente solicitado.fator importante e deve ser realizada. O eletrocardiograma deve ser prontamente solicitado.
Caso não haja resposta clínica e hemodinâmica evidente a todas as medidas terapêuticas, deve-seCaso não haja resposta clínica e hemodinâmica evidente a todas as medidas terapêuticas, deve-se
solicitar, de imediato, um leito em unidade de terapia intensiva.solicitar, de imediato, um leito em unidade de terapia intensiva.
Após medidas gerais de abordagem em caráter de emergência, a avaliação do padrãoApós medidas gerais de abordagem em caráter de emergência, a avaliação do padrão
respiratório e da ventilação em pacientes com EAP deve ser o primeiro passo do tratamento.respiratório e da ventilação em pacientes com EAP deve ser o primeiro passo do tratamento.
Pacientes com grave hipoxemia e rebaixamento do nível de consciência (escala de coma dePacientes com grave hipoxemia e rebaixamento do nível de consciência (escala de coma de
Glasgow = 8), instabilidade hemodinâmica, excesso de secreção em vias aéreas ou falênciaGlasgow = 8), instabilidade hemodinâmica, excesso de secreção em vias aéreas ou falência
respiratória devem ser submetidos à entubação orotraqueal imediata. Oxigênio pode serrespiratória devem ser submetidos à entubação orotraqueal imediata. Oxigênio pode ser
inicialmente fornecido por meio de cateteres nasais ou máscara de Venturi/reservatório, no entanto,inicialmente fornecido por meio de cateteres nasais ou máscara de Venturi/reservatório, no entanto,
em pacientes com nível de consciência preservado e hipoxemia importante (frequência respiratóriaem pacientes com nível de consciência preservado e hipoxemia importante (frequência respiratória
maior que 25 respirações/minuto, uso de musculatura acessória, retenção de gás carbônico emaior que 25 respirações/minuto, uso de musculatura acessória, retenção de gás carbônico e
hipóxia persistente, apesar da administração de oxigênio em alto fluxo), deve-se dar preferênciahipóxia persistente, apesar da administração de oxigênio em alto fluxo), deve-se dar preferência
ao suporte ventilatório por meio de ventilação não invasiva, como CPAP (>continuous positiveao suporte ventilatório por meio de ventilação não invasiva, como CPAP (>continuous positive
airway pressure>) ou BIPAP (>bilevel positive airway pressure. A cada 30 minutos,airway pressure>) ou BIPAP (>bilevel positive airway pressure. A cada 30 minutos,
parâmetros como frequência respiratória, saturação de oxigênio, uso de musculatura ventilatóriaparâmetros como frequência respiratória, saturação de oxigênio, uso de musculatura ventilatória
acessória e presença de hipercapnia na gasometria arterial devem ser avaliados para verificar aacessória e presença de hipercapnia na gasometria arterial devem ser avaliados para verificar a
eficácia do método de ventilação empregado.eficácia do método de ventilação empregado.
Diuréticos: Devem ser rapidamente utilizados por via intravenosa, a menos que haja sinaisDiuréticos: Devem ser rapidamente utilizados por via intravenosa, a menos que haja sinais
sugestivos de choque cardiogênico. Os diuréticos levam a uma melhora rápida de sintomassugestivos de choque cardiogênico. Os diuréticos levam a uma melhora rápida de sintomas
relacionados à sobrecarga de volume com meia-vida de 6 horas. Recomenda-se o uso derelacionados à sobrecarga de volume com meia-vida de 6 horas. Recomenda-se o uso de
diuréticos de alça (furosemida) na dose de 0,5 a> 1 mg/kg administrados em 1 a> 2 minutosdiuréticos de alça (furosemida) na dose de 0,5 a> 1 mg/kg administrados em 1 a> 2 minutos
a furosemida possui um efeito venodilatador precoce (entre 5 e 30 minutos após aa furosemida possui um efeito venodilatador precoce (entre 5 e 30 minutos após a
administração) levando à redução da pressão em átrio direito e capilar pulmonar. Caso sejaadministração) levando à redução da pressão em átrio direito e capilar pulmonar. Caso seja
necessário, pode-se repetir a dose duplicada (2 mg/kg), iniciar infusão contínua ou adicionarnecessário, pode-se repetir a dose duplicada (2 mg/kg), iniciar infusão contínua ou adicionar
outros tipos de diuréticos, como hidroclorotiazida.outros tipos de diuréticos, como hidroclorotiazida.
Nitrato sublingual: Grande utilidade para edema agudo de pulmão hipertensivo. A doseNitrato sublingual: Grande utilidade para edema agudo de pulmão hipertensivo. A dose
recomendada é de 1 cp de 5 mg a cada 5 minutos, sendo a dose máxima de 3 cp. Devi-serecomendada é de 1 cp de 5 mg a cada 5 minutos, sendo a dose máxima de 3 cp. Devi-se
evitar em pacientes em choque cardiogênico, hipotensão, hipotensão, uso recente de inibidores daevitar em pacientes em choque cardiogênico, hipotensão, hipotensão, uso recente de inibidores da
fosfodiesterase e infarto de ventrículo direito;fosfodiesterase e infarto de ventrículo direito; 
Morfina: Deve ser evitada em casos de choque cardiogênico e hipotensão. Além de reduçãoMorfina: Deve ser evitada em casos de choque cardiogênico e hipotensão. Além de redução
da dor, possui efeito vasodilatador precoce, podendo auxiliar no controle da dispneia.da dor, possui efeito vasodilatador precoce, podendo auxiliar no controle da dispneia.
Recomenda-se de 2 a 4 mg a cada 5 a 30 minutos.Recomenda-se de 2 a 4 mg a cada 5 a 30 minutos.
Vasodilatores intravenosos:Vasodilatores intravenosos: Nitroglicerina, nitroprussiato de sódio e nesiritide. Redução daNitroglicerina, nitroprussiato de sódio e nesiritide. Redução da
congestão pulmonar, redução da pressão arterial, É contra-indicado em casos de hipotensão econgestão pulmonar, redução da pressão arterial, É contra-indicado em casos de hipotensão e
infarto de VD.infarto de VD.
Nitroglicerina: dose inicial de 10 aNitroglicerina: dose inicial de 10 a 20 mcg/min, podendo ser aumentado em 5 a> 1020 mcg/min, podendo ser aumentado em 5 a> 10
mcg/min a cada 5 minutos até um máximo de 200 mcg/min. Pode ser diluído em soromcg/min a cada 5 minutos até um máximo de 200 mcg/min. Pode ser diluído em soro
glicosado a 5% ou soro fisiológico;glicosado a 5% ou soro fisiológico;
Nitroprussiato de sódio: hipertensão arterial e insuficiência mitral ou aórtica. Infusão de 0,2Nitroprussiato de sódio: hipertensão arterial e insuficiência mitral ou aórtica. Infusão de 0,2
mcg/kg/min, com aumentos progressivos de 3 a 5 min até o efeito desejado, podendo chegar amcg/kg/min, com aumentos progressivos de 3 a 5 min até o efeito desejado, podendo chegar a
doses de em torno de 10 mcg/kg/min. Deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiênciadoses de em torno de 10 mcg/kg/min. Deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência
renal e/ou hepática;renal e/ou hepática;
Nesiritide: efeito idêntico ao BNP endógeno. Mas seu efeito é mais tardio, cerca de 3 horasNesiritide: efeito idêntico ao BNP endógeno. Mas seu efeito é mais tardio, cerca de 3 horas
após o seu uso em relação a nitroglicerina. Dose recomendada de 2 mcg/kg, seguido de infusãoapós o seu uso em relação a nitroglicerina. Dose recomendada de 2 mcg/kg, seguido de infusão
contínua de 0,01 mcg/kg/min.contínua de 0,01 mcg/kg/min.
Vale lembrar novamente, que uma minoria de pacientes (menos que 5%) apresenta-se com sinais deVale lembrar novamente, que uma minoria de pacientes (menos que 5%) apresenta-se com sinais de
baixo débito, hipotensão e congestão pulmonar associada, sendo caracterizado um quadro de choquebaixodébito, hipotensão e congestão pulmonar associada, sendo caracterizado um quadro de choque
cardiogênico. Nesses casos, a abordagem terapêutica tem outro foco e baseia-se no uso decardiogênico. Nesses casos, a abordagem terapêutica tem outro foco e baseia-se no uso de
medicações vasoconstritoras (noradrenalina e dopamina) e inotrópicas positivas (dobutamina emedicações vasoconstritoras (noradrenalina e dopamina) e inotrópicas positivas (dobutamina e
levosimendana), visando reestabelecer a pressão arterial e a perfusão orgânica periférica.levosimendana), visando reestabelecer a pressão arterial e a perfusão orgânica periférica.
>EAP = edema agudo de pulmão; FR = frequência respiratória; FC = frequência cardíaca; PA>EAP = edema agudo de pulmão; FR = frequência respiratória; FC = frequência cardíaca; PA
= pressão arterial; SatAO>2 >= saturação arterial de oxigênio; T = temperatura; PP = perfusão= pressão arterial; SatAO>2 >= saturação arterial de oxigênio; T = temperatura; PP = perfusão
periférica; ECG = eletrocardiograma; PCR = parada cardiorrespiratória EOT = entubaçãoperiférica; ECG = eletrocardiograma; PCR = parada cardiorrespiratória EOT = entubação
orotraqueal; SCA = síndrome coronariana aguda; FiO>2 >= fração inspirada de oxigênio;orotraqueal; SCA = síndrome coronariana aguda; FiO>2 >= fração inspirada de oxigênio;
CVES = cardioversão elétrica sincronizada; PAM = pressão arterial média; PAS = pressãoCVES = cardioversão elétrica sincronizada; PAM = pressão arterial média; PAS = pressão
arterial sistólica; BIA = balão intra-aórtico; CAP = cateter de artéria pulmonar; DU =arterial sistólica; BIA = balão intra-aórtico; CAP = cateter de artéria pulmonar; DU =
débito urinário; SatVO>2 >= saturação venosa de oxigênio; IV = intravenoso.débito urinário; SatVO>2 >= saturação venosa de oxigênio; IV = intravenoso.
Quanto maior o neurohormônio BNP,Quanto maior o neurohormônio BNP, pior opior o
pronóstico.pronóstico.

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