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Toxicologia Veterinária

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TOXICOLOGIA 
 
 
 
 
TOXICOLOGIA 
 
Conceitos: 
 
Toxicidade: Capacidade de gerar danos 
* Diversos fatores influenciam a toxicidade, como idade, espécie, sexo, estado de saúde, etc 
 
Toxicologia: Ciência que estuda as substâncias externas ao organismo do animal capazes de provocar danos. 
 
Toxocinética: Movimentação do agente tóxico no organismo. Divide-se em: 
 
1. Absorção: Entrada do tóxico no organismo, pode ser por via cutânea, digestiva, respiratória ou parenteral. 
Termina com a chegada do agente tóxico a corrente circulatória. 
- Para ↓ absorção pela pele: banho 
- Para ↓ absorção digestiva: induzir vômito, carvão ativado, lavagem estomacal 
- Para ↓ absorção respiratória: ↑ ventilação, ventilação forçada 
 
2. Distribuição: Trânsito do agente tóxico pelo organismo entre os diferentes compartimentos orgânicos. 
 
3. Biotransformação: Na maioria das situações acontece no fígado, nos microssomas hepáticos, porém em 
alguns casos temos a biotransformação plasmática, ambas podem gerar substâncias mais tóxicas do que a 
original ou menos tóxicas do que a original. 
Biotransformação = Metabolização 
 - Objetivo: ↓ toxicidade ↑ excreção 
 
4. Excreção: Na maioria das situações acontece pela via urinária, porém a bile, o suor, o leite, a saliva e 
outra secreções podem ser vias de excreção do agente tóxico. 
- Principal via de excreção de tóxicos → urina 
- O médico veterinário atua ↑ a velocidade de excreção 
 
Toxodinâmica: Mecanismo de ação do agente tóxico no organismo. 
- Meia-Vida: tempo necessário para reduzir pela metade a quantidade de agente tóxico no plasma. 
Ajuda a dar o prognóstico do caso (ex.: se o animal superar as primeiras 4 horas não haverá mais risco de 
morte). 
- Acúmulo: aumento da quantidade do tóxico no organismo, absorção é maior que a excreção. 
- Efeito cumulativo: efeito que persiste após a excreção do tóxico. 
- DL50: dose letal para 50% da população exposta ao tóxico. 
 
DE 50 = dose efetiva DL 50 = dose letal 
Quanto mais distante está a DR 50 da DL 50, mais seguro é o remédio. 
 
 - O fármaco gosta de se acumular no tecido adiposo. Lembrar que o sistema nervoso é rico em 
gordura. 
- Antídoto: droga que bloqueia o efeito do veneno. 
 
→ → → Tratamento Geral das Intoxicações: 
* O tratamento geral é baseado na toxocinética 
 - Não usar ressuscitação → o correto é reanimação 
 
MANUTENÇÃO DA VIDA 
A primeira preocupação diante de um animal vítima de intoxicação é manter a função cardio-respiratória. 
• Liberação das vias aéreas, com ventilação assistida se for o caso. 
• Manutenção da função cardíaca, por reposição da volemia através de fluidoterapia ou transfusões. 
• Reanimação Cardiopulmonar (RCP) 
1 
 
MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO 
As medidas de descontaminação têm por objetivo reduzir a taxa de absorção do agente tóxico pelo animal. 
As medidas de descontaminação devem atuar sobre as vias de absorção, removendo a maior quantidade 
possível de agente tóxico do organismo do animal antes que o mesmo chegue até a corrente circulatória. 
 
Via Cutânea: 
 - Remover o animal do local onde ocorreu a intoxicação; 
- Lavar a pele do animal com sabão e água em abundância para remover o agente tóxico (atenção: a 
água deve ser morna, pois alguns venenos provocam hipotermia e se a água estiver gelada pode piorar o 
quadro); 
- Animais com pelagem espessa devem ser tosados para remover o máximo de agente tóxico da pele. 
 
Via Respiratória: 
- Remover o animal do local onde ocorreu a intoxicação; 
- Promover a ventilação forçada para lavar o trato respiratório, de forma a remover o agente tóxico 
instalado nos alvéolos pulmonares (lavagem do sistema respiratório com O2 → a ventilação forçada pode ser 
realizada utilizando-se uma máscara ligada à um ambú ou uma máscara ligada à um cilindro de oxigênio). 
 
Via Digestiva: 
- Remover a fonte de intoxicação que o animal está ingerindo; 
- O tempo máximo (em média) de permanência do veneno no estômago é de 6 horas, portanto: 
 
1. O agente tóxico não tem propriedades cáusticas (não “queima”) e foi ingerido em, no máximo, 6 
horas: 
- Se o animal estiver consciente deve-se causar o vômito (êmese); 
- Água oxigenada 10% por via oral na dose de 10 ml, ou xarope de ipeca por via oral na dose de 1 a 2 
mg/kg. A apomorfina aplicada por via S.C. na dose de 0,08 mg/kg é um emético potente, porém pode 
provocar depressão respiratória. 
- Se o animal estiver inconsciente NÃO PROVOCAR VÔMITO (ele pode engasgar, sufocar). Fazer 
lavagem gástrica. 
 
2. O agente tóxico tem propriedades cáusticas (“queima) e foi ingerido em, no máximo, 6 horas: 
- Não provocar vômito, pode causar danos graves no esôfago. Fazer a lavagem gástrica. 
- Utilizando uma sonda esofâgica, administrar uma solução aquosa de carvão ativado, contendo 
1g/5ml de água, na dose de 1 a 5 g/kg. Repetir o procedimento de 10 a 15 vezes. O animal deve estar com 
uma sonda endotraqueal insuflada de modo a evitar a ocorrência de falsa via. 
- O carvão ativado tem a propriedade de adsorção, portanto irá aderir na superfície de suas partículas 
o agente tóxico, não permitindo a sua absorção pelo organismo do animal. 
 
3. O agente tóxico foi ingerido a mais de 6 horas: 
- Provocar diarreia e utilizar carvão vegetal ativado. 
- Administrar uma solução de carvão ativado por via oral contendo 1g/5ml de água, na dose de 1 a 
5g/kg a cada 6 horas, durante três dias. Pode-se associar um laxante salino (ex.; sulfato de magnésio), ou um 
laxante a base de óleo mineral para aumentar o trânsito intestinal e assim a eliminação do agente tóxico. Os 
laxantes a base de óleo vegetal devem ser evitados pois podem facilitar a absorção de tóxicos lipossolúveis. 
- Se não souber quando o agente tóxico foi ingerido, proceder dessa forma. 
- Se o animal já estiver com diarreia devido ao agente tóxico, não causar mais diarreia (a mesma coisa 
para vômito, se o animal já estiver vomitando devido ao tóxico, não induzir vômito). 
 
O leite acelera a absorção do veneno, pois o veneno irá se dissolver na gordura do leite! 
 
 
 
2 
 
TERAPIA DE SUPORTE (eliminação do tóxico) 
- A terapia de suporte nos casos de intoxicação, tem além da função explícita de manter a 
homeostasia, a função de acelerar o processo de eliminação do agente tóxico. 
- Tendo em vista que a grande maioria dos agentes tóxicos têm a sua eliminação por via renal, 
podemos incrementar a excreção do tóxico aumentando a taxa de filtração glomerular → FLUIDOTERAPIA. 
 
FLUIDOTERAPIA → hidratação, líquidos, solução fisiológica 
SOROTERAPIA → anticorpos, soro antiofídico 
 
- Evitar o uso de diuréticos: as funções hepáticas estão envolvidas com o agente tóxico e qualquer 
outra droga que precise ser metabolizada, sobrecarrega o trabalho hepático. Porém, se necessário, usar 
diuréticos como a furosemida na dose de 2 - 4 mg/Kg I.V., I.M., S.C., 3 x ao dia. 
- A fluidoterapia pode ser realizada com solução fisiológica 0,9% no fluxo de 6 ml/kg/h intravenoso. 
 
Possibilidades terapêuticas: 
- Antídotos específicos (quando não houver antídoto fazer tratamento sintomático); 
- Diálise peritoneal (injeta solução de diálise na cavidade abdominal com seringa); 
- Hemoperfusão (sangue sai, passa por filtro de carvão ativado e retorna → essa técnica não vale a 
pena). 
 
 
COMPOSTOS ORGÂNICOS 
 São os pesticidas. Possuem moléculas orgânicas (C, H e O). 
- Inseticidas 
- Herbicidas 
- Fungicidas 
- Rodenticidas 
 
Inseticidas 
1. Organoclorados: 
 - São orgânicos sintéticos que contém átomos de cloro 
 - ↑ estabilidade química e persistência ambiental 
 - Proibidos 
 - Lipossolúveis (se armazenam/acumulam em tecidos biológicos) 
 - Principais tecidos: fígado, rins, coração e SNC → ricos em gordura 
 
- Absorção: via cutânea. 
- Distribuição: ligam-se às proteínas plasmáticas, se acumulam em tecidos gordurosos. 
- Biotransformação: ocorre no fígado, mas é incompleta devido à alta estabilidade. 
- Excreção: rins, fezes e leite. Meia-vida variável:dias a anos. 
 
- Ação: alteram propriedades eletrofisiológicas e enzimáticas das células. Reduzindo as enzimas ocorre 
redução das reações bioquímicas das células, prejudicando o funcionamento celular do órgão onde está 
depositado. 
SNC (neurônios): sinais neurológicos 
Coração (células do miocárdio): fibrilação ventricular 
Rins (néfrons): insuficiência renal 
* Falência múltipla de órgãos em nível celular. 
 
- Sinais: 
 - Neurológicos (início: 20 min à várias horas) 
 - Alterações gastrointestinais (vômitos e diarréia) 
 - Alterações comportamentais 
3 
 
 - Ataxia, parestesias (não sente parte do corpo), tremores, convulsões 
 - Fibrilação ventricular 
 - Hepatite 
 - Insuficiência renal 
 - Acidez metabólica 
 - Hipertermia 
 - Coma e depressão respiratória 
 
- Tratamento: ↓ absorção e ↑ excreção 
 - Banho e fluidoterapia (e carvão ativado para reduzir absorção por possível lambida) 
- Não há antídotos 
 - Tratar os sintomas (tratamento sintomático) 
 
FEBRE X HIPOTERMIA = aumento da temp. corporal (é um dos sinais da febre) 
 
 Síndrome (conjunto de sinais) 
 
Envenenamento 
Atividade física Causam hipertermia (não adianta dar antipirético, é bom dar banho) 
Estresse 
Calor 
 
Na febre o corpo libera substâncias chamadas PIRÓGENOS, que geram calor. Por isso é administrado um 
antipirético. 
Para diferenciar febre de hipotermia: Mede a temperatura, aguarda 30 minutos e mede de novo. Se for 
causada por atividade física, estresse ou calor, ela vai abaixar. Se não abaixar é febre ou envenenamento. 
Diferenciar por anamnese. 
 
2. Piretróides: 
- Seguros! 
- OIDE = que imita (são sintéticos) 
- Piretrinas são substâncias naturais presentes na flor crisântemo 
- São 100x mais tóxicos para os insetos do que para os mamíferos 
- São degradados com facilidade: calor, luz, O2, microflora do solo 
- Butox é um piretróide 
 
- Absorção: via oral, cutânea e respiratória. 
- Distribuição: por todo o organismo em 3 horas, não cumulativo. 
- Biotransformação: é metabolizado em dois locais, no fígado e no plasma pelas enzimas esterases 
plasmáticas. 
- Excreção: renal. Meia-vida curta. 
 
- Ação: bloqueio da transmissão nervosa por alteração do transporte de íons Na (altera bomba de Na/K). 
- Sinais: 
 - Neurológicos 
 - Vômitos e diarréia 
 - Dispnéia e cianose 
 - Incoordenação motora 
 - Irritação no local de absorção 
 
- Tratamento: ↓ absorção e ↑ excreção 
 - Não há antídotos 
 
4 
 
3. Amitraz: 
- Acaricida em bovinos, caninos e suínos 
- Quadro similar ao dos piretróides e inibidores da colinesterase 
- Uso exclusivo veterinário 
- Mecanismo de ação desconhecido 
 
- Absorção: via oral e cutânea. 
- Distribuição: presente no sangue 2 a 6 horas após a intoxicação. Atinge pele, rins, fígado, olhos, bole, 
cerebelo, pulmões e gônadas. 
- Biotransformação: metabolização rápida. 
- Excreção: renal. 
 
DL 50 ORAL AGUDA CÃES = 100 mg/kg 
SINAIS TRANSITÓRIOS 20 mg/kg → animal parece “sedado” → se foi um banho muito concentrado, dar 
outro banho apenas com água e sabão 
 
- Sinais: 
 - Bradicardia, ataxia, vômitos, poliúria (excesso de urina), diarreia, convulsões, hipotermia. 
 
- Tratamento: ↓ absorção e ↑ excreção 
 - Banho com água morna para não agravar a hipotermia 
 - Eméticos, carvão ativado, catárticos 
 - Prognóstico moderado a bom 
- Ioimbina: reverte intoxicações por amitraz (mas é muito caro) → 0,1 - 0,4 mg/Kg I.V. 
 
4. Organofosforados e Carbamatos: 
- Inibem a enzima colinesterase (enzima que degrada a acetilcolina) → ocorre aumento de acetilcolina 
- Sintomas do sistema nervoso parassimpático 
- São degradáveis, período residual baixo, não são acumulados (mas podem se acumular na gordura) 
 
- Pó, líquido ou grânulos 
- Solventes derivados do petróleo 
- São degradados pela luz solar e microrganismos 
- Período residual curto → persistência no ambiente é curta 
 
- Absorção: todas as vias. 
- Distribuição: por todo o organismo, não apresentam bioacumulação (exceto os lipofílicos) 
- Biotransformação: hepática, em geral produzem metabólitos menos tóxicos 
- Excreção: renal 
 
Mecanismo de Ação: 
- Inibição da enzima colinesterase (enzima que degrada a acetilcolina) → resulta em aumento de acetilcolina 
na fenda sináptica, ou seja, aumento dos efeitos causados pelo sistema nervoso autônomo parassimpático. 
- Carbamatos: inibição reversível 
- Organofosforados: inibição irreversível 
* Meia vida curta 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTOXICAÇÃO AGUDA: 
Síndrome Muscarínica: ação da acetilcolina nos receptores muscarínicos. 
Sinais: ↓ FC e ↓ Pressão arterial 
 Dispnéia (broncoconstricção e broncorréia) 
 ↑ Movimentos gastrointestinais (diarréia e vômito) 
 Contração da pupila (miose) 
 ↑ Secreções (sudorese e salivação) 
 
Síndrome Nicotínica: ação da acetilcolina nos receptores nicotínicos → músculo estriado. 
Sinais: Dispnéia (dificuldade respiratória) → diafragma e músculos intercostais são músculos estriados 
 Confusão mental 
 Ataxia, fraqueza, contrações 
 
Sinais do SNC: convulsões → morte (desarranjo na transmissão nervosa) 
 
INTOXICAÇÕES TARDIAS: 
Sinais aparecem após dias ou semanas, associados aos OF (ataxia, fraqueza muscular, paresia). 
 
*Animal com convulsão: manter a calma. 
- Fazer exame de glicemia e cálcio, se for fêmea recém-parida é provável que seja ↓ cálcio. 
- Para fechar diagnóstico dosar acetilcolina no sangue total, plasma ou hemácias. 
 
Tratamento: 
 
REMOVER A CAUSA 
- Medidas gerais de descontaminação 
- Carvão ativado, fluidoterapia, laxante (nunca óleo vegetal) 
 
- Administração de droga adrenérgica (ATROPINA) → ATROPINIZAÇÃO até o animal dilatar a pupila ou 
cessar a salivação (1 mg/kg a cada 15 minutos). A atropina compete com a acetilcolina → não é um 
antídoto verdadeiro, não age na causa ativando a enzima colinesterase. 
 
- Antídoto verdadeiro: pralixocima (nome comercial: contration) 20 a 50 mg/kg IV ou IM (hidrólise da 
colinesterase fosforilada e regeneração da colinesterase ativa). NÃO USAR QUANDO FOR CARBAMATOS, 
PODE PIORAR OS SINAIS. 
 
Herbicidas 
SINAIS CÁUSTICOS (ulcerações de mucosa) 
 
1. Fenóis e Cresóis: 
- DINOSEB 
- DINOTERB 
- DINITROFENOL 
- DINITROORTOCRESOL 
 
Mecanismo de ação: 
- Absorvidos por todas as vias. 
 
Estímulo do metabolismo basal Marcante consumo de O2 
Estímulo da oxidação celular >>> Diminuição de glicose >>> Morte 
celular 
Inibição da síntese de ATP 
 
6 
 
Sinais: 
 
* Ação corrosiva (NÃO induzir vômito) 
* Causa hipertermia devido ao aumento do metabolismo (banho, gelo) 
 
 Não usar antitérmico 
* Para erosões de mucosa: usar protetor de mucosa (hidróxido de alumínio) 
* Polipnéia: aumenta a frequência respiratória (↑ metabolismo, ↑ gasto de O2) 
* Anorexia 
* Sede intensa 
* Dermatite 
* Erosões de mucosa 
* Sudorese, desidratação 
* Cólicas 
* Perturbação hepática e renal 
* Coma e morte por esgotamento fisiológico 
 
➔ Não há antídoto. 
 
2. Dipiridilos e Bipiridilos: 
- DIQUAT 
- PARAQUAT 
 
Mecanismo de ação: 
- Absorção: oral 
- Muito irritantes e necrosantes para mucosas 
- Metabolização: fígado 
- Excreção renal 
 
- Liberam radicais livres que causam lesões de membrana → degeneração e envelhecimento celular → 
necrose (predileção pelos pulmões) 
 
Sinais: 
Imediatos: Ação cáustica 
 Estomatite, Faringite, etc 
Secundários: edema pulmonar, alterações de rins e fígado. 
 
Tratamento: 
- Lavagem gástrica, laxante 
- Antioxidantes 
- Ventilação assistida 
- Corticóides 
 
Fungicidas 
 
1. Ditiocarbamatos: 
- THIURAN 
- ZINEB 
- FERBAN 
- ZIRAN 
 
- Absorção: oral, dérmica, respiratória 
 
7 
 
Mecanismo de Ação: 
- Inibição enzimática (as reações bioquímicas não são catalisadas → ocorre redução no metabolismo) 
- Quelação de metaisSinais: 
- Depressão, anorexia, diarréia amarelada 
- Efeito aparece em horas 
 
Tratamento: sintomático 
- Não há antídoto. 
 
2. Sulfato de Cobre: 
- É um sal usado como calda bordalesa, mistura fungicida. 
- Intoxicações ratas e causadas por doses altas. 
- É uma substância emética (causa vômito). 
 
- Absorção: oral (queima o sistema digestório) 
 
Mecanismo de Ação: 
- Inibição de enzimas (todo metal causa inibição enzimática) 
- Ação cáustica 
- Cobre no sangue causa hemólise e lesa hepatócitos (fígado) → é excretado pela bile, a bile é despejada no 
intestino onde há reabsorção → CICLO! 
 
Sinais: 
- Alterações hepáticas, hemólise, necrose renal 
INTOXICAÇÃO AGUDA: 
- Diarréia 
- Hemorragias 
- Ptialismo 
- Convulsões 
- Paralisia 
- Sinais carciovasculares 
 
INTOXICAÇÃO CRÔNICA: 
- Icterohemorrágicos (morte em 1 a 4 dias) 
 
Tratamento: 
- Sintomático 
- Quelantes orais (clara de ovo - solução albuminosa, leite) → se ligam e são eliminados nas fezes 
- Quelante sistêmico: 
BAL (DIMERCAPROL): 3 mg/Kg I.M. 4 - 4 horas 2 dias 
 6 - 6 horas 3º dias 
 12 -12 horas 10 dias 
O BAL se liga ao cobre que está no sangue, o uso deve ser assim reduzindo a frequência, pois como o quelante 
não é seletivo, ele vai começar a quelar outros minerais quando o nível de cobre começar a se equilibrar. 
 
→ problema: QUELANTE não é seletivo, se liga com TODOS os metais. 
- Pode usar quelantes orais e sistêmico ao mesmo tempo. 
 
 Rodenticidas 
 
- A contaminação pode ocorrer se o animal ingerir a isca ou um rato que tenha ingerido a isca. 
8 
 
 
PRODUTO LEGALIZADO: a base de anticoagulantes. 
PRODUTOS PROIBIDOS: antu, fosfetos, monofluoracetato, estricninca, fósforo branco. 
 
1. ANTICOAGULANTES: 
- Forma granulada (uso em área seca) ou em bloco parafinado (uso em área úmida) 
- 2 grupos: CUMARÍNICOS e INDANDIONA 
 
- Absorção: gastrointestinal 
- Liga-se à albumina plasmática 
- Biotransformação: fígado 
- Excreção: renal 
 
Modo de Ação: 
- Inibem a síntese dos fatores de coagulação (no fígado), esses fatores são dependentes de vitamina K 
- Interferem na transformação de protrombina em trombina 
- Prejudicam a cascata de coagulação 
- Aumentam a permeabilidade dos vasos sanguíneos (aumenta a saída de sangue) 
- Ação: 24 – 36 horas após ingestão. 
 
Fatores que agravam o quadro: 
- Atividade física ↑ FC ↑ Pressão Arterial ↑ rompimento das veias 
- Estresse 
- Trauma 
- Insuficiência renal (↓ excreção) 
- Alterações hepáticas (↓ metabolização) 
- AAS (ácido acetilsalicílico) → deixa o sangue + fluído! 
 
 
O rim produz eritropoitina que estimula a eritropoiese (reposição de hemácias) 
Hemorragia → perde hemácias 
 
Sintomas: 
 
INTOXICAÇÃO AGUDA: ↑ quantidade em pouco tempo. 
- apatia, hemorragia, anemia, choque e morte. 
 
INTOXICAÇÃO CRÔNICA: ↓ quantidade, repetidas vezes. 
- anemia, hematêmese (sangue no vômito), epistaxe (sangramento nasal), milena (sangue nas fezes), 
hematúria (sangue na urina). 
 
CHOQUE = má perfusão sanguínea → morte 
Pode ser diversos (hipovolêmico, hemorrágico, neurogênico, cardiogênico, séptico, etc). 
 
Ações: 
- Manipulação mínima do paciente (para não estressar ou forçar esforço físico) 
- Emêse, lavagem gástrica, carvão ativado 
 
Tratamento: 
- Vitamina K1 via oral 5 mg/kg a cada 12 horas 
- Dieta rica em gordura para facilitar a absorção da vitamina 
- Se for necessário: transfusão de sangue 
 
9 
 
Diagnóstico: tempo de protrombina no sangue. 
O tempo de protrombina (TP) ou tempo de atividade da protrombina (TAP) e seu derivado índice 
internacional normalizado, também conhecido como razão normalizada internacional (IIN, RNI ou INR), são 
medidas laboratoriais para avaliar a via extrínseca da coagulação. 
 
2. ESTRICNINAS: 
PROIBIDA! 
 
- Absorção: gastrointestinal rápida 
- Meia vida: 10 horas 
DL 50 = 0,5 mg/kg (muito tóxica) 
- Metabolização: hepática 
- Excreção: renal 
 
Modo de Ação: ↑ excitabilidade dos neurônios intercalares da medula espinal 
 Bloqueia efeitos da glicina (neurotransmissor inibidor) 
 
Sinais: 
- Apreensão, inquietude, dispneia, convulsões (após estímulo), hiperreflexia, hiperextensão dos membros, 
asfixia (músculos respiratórios paralisam), morte. 
 
➔ O SISTEMA NERVOSO NÃO É AFETADO! 
➔ CONVULSÃO APÓS ESTIMULAÇÃO! 
 
Tratamento: 
- Anestesiar para controlar as convulsões (pentobarbital 30 mg/kg IV) 
- Lavagem gástrica, fluidoterapia, sonda uretral 
- Local quieto 
- Renovar a anestesia quantas vezes precisar 
- Muito difícil tratar 
 
 
 
 SINAIS TRATAMENTO 
INSETICIDAS Sinais nervosos Atropina 
HERBICIDAS Úlceras na mucosa oral Al (OH)3 
FUNGICIDAS 
RODENTICIDA (anticoagulantes) Hemorragia Vitamina K1 
RODENTICIDA (estricninas) Convulsão espástica Anestesiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
PLANTAS TÓXICAS 
 
➔ As plantas tóxicas são divididas em grupos: 
- Cardiotóxicas (arritmias cardíacas) 
- Oxalato de cálcio (irritação na mucosa, inchaço da língua, dificuldade de deglutição) 
- Leitosas (a seiva é cáustica) 
- Fotossensibilizantes (lesionam o fígado) 
 
➔ Como ocorre a fotossensibilização? 
- Feridas na pele (na pele branca); 
- Lesões hepáticas (não degrada mais clorofila, que seria degradada pela bile). 
 
ORNAMENTAIS: 
- Comigo-ninguém-pode 
- Copo de Leite 
- Guaimbé 
- Taiova 
- Cambará de Espinho 
- Bico de Papagaio 
 
DE TERRENO E PASTAGEM: 
- Oficial de Sala 
- Mamona 
- Espirradeira 
- Mandioca brava 
 
1. PLANTAS TÓXICAS ORNAMENTAIS: 
 
COMIGO-NINGUÉM-PODE 
Trata-se de uma planta de caule verde anelado, com folhas inteiras verdes ou manchadas de branco, 
amarelo ou verde claro. 
O principio ativo está presente em todas as partes da planta, é o oxalato de cálcio, que atua 
mecanicamente lesando as mucosas do trato digestivo, facilitand, assim, a penetração de proteínas alergenas 
contidas na planta. 
 
Sinais: 
- Queimação local 
- Sialorréia 
- Edema de boca e glote 
- Asfixia 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Óleo, leite ou vinagre por via oral para abrandar a sensação de queimação 
- Anti-histamínicos: Cimetidina na dose de 5-10 mg/Kg P.O, I.V. ou S.C., T.I.D. 
- Terapia de suporte 
 
 
COPO DE LEITE 
Planta com folhas grandes em forma de seta, flor formada por uma espiga amarela envolta por uma 
folha modificada branca. Seu príncipio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, a semelhança do comigo-
ninguém-pode. 
 
11 
 
Sinais: 
- Dermatites 
- Glossite 
- Disfagia 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Leite, óleo por via oral. 
- Anti-histaminicos: Cimetidina na dose de 5-10 mg/Kg P.O, I.V. ou S.C., T.I.D. 
- Terapia de suporte 
 
GUAIMBÉ 
Planta de caule grosso com folhas longas seccionadas e flor em espiga envolta por folha modificada. 
Seu príncipio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, a semelhança do comigo-ninguém-pode. 
A ocorrência de intoxicações por esta planta em pequenos animais toma vulto nos gatos, que além dos 
sintomas comuns aos outros animais apresentam marcante apatia e disfunção renal. 
 
Sinais: 
- Queimação 
- Sialorréia 
- Edema de boca e glote 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Óleo, leite ou vinagre por via oral para abrandar a sensação de queimação 
- Anti-histamínicos: Cimetidina na dose de 5-10 mg/Kg P.O, I.V. ou S.C., T.I.D. 
- Terapia de suporte 
 
TAIOVA 
Planta herbácea com folhas dotadas de longos peciolos que surgem direto da raiz, flor semelhante à 
do guaimbé, algumas espécies são usadas como alimento. 
Seu príncipio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, a semelhança do comigo-ninguém-pode. 
 
Sinais: 
- Erupções de pele causadas por contato 
- Dores estomacais 
- Edema de língua e glote 
- Conjutivite se em contato com os olhos 
- Perda de sensibilidade na boca 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Óleo, leite ou vinagre por via oral para abrandar a sensação de queimação 
- Anti-histamínicos: Cimetidina na dose de 5-10 mg/KgP.O, I.V. ou S.C., T.I.D. 
- Terapia de suporte 
 
CAMBARÁ DE ESPINHO 
Subarbusto com folhas opostas e pecioladas, flores que vão do amarelo ao vermelho, seu principio 
ativo é um alcalóide chamado lantanina ou lantadene. 
As intoxicações graves se manifestam por grave fraqueza muscular e colapso circulatório. 
 
Sinais: 
- Fraqueza muscular 
12 
 
- Colapso circulatório 
- Irritação gastrointestinal 
- Vômito 
- Sonolência 
- Midriase 
- Dispnéia 
 
Tratamento: 
- Laxantes: Sulfato de sódio 1 g/Kg P.O., BID, ou óleo mineral 0,5 – 2,0 ml/Kg. 
- Oxigenioterapia: Máscara ou tenda 3 – 5 L/Kg 40% O2 
 
BICO DE PAPAGAIO 
Árvore pequena com folhas alternadas. Pecíolo com suco leitoso. Flores agrupadas vermelhas. O suco 
leitoso é cáustico e perigoso para os olhos, as sementes são ricas em óleo tóxico. 
 
Sinais: 
- Dermatite 
- Vesículas e úlceras de pele 
- Gastroenterite 
 
Tratamento: 
- Medidas gerais de descontaminação. 
 
2. PLANTAS CARDIOTÓXICAS DE PASTAGEM: 
- Provocam arritmia cardíaca; 
- Se a arritmia persistir pode causar parada cardíaca; 
- Envenenamento mais preocupante: morte rápida; 
- Prevenção é MUITO importante (manter a pastagem limpa); 
- Tratamento: estabilizar o animal (antiarrítmico) e depois eliminar o conteúdo do rúmen. 
 
ESPIRRADEIRA: 
- Os sinais surgem algumas horas após a ingestão e a morte pode ocorrer em 1 dia; 
- Diagnóstico: necropsia (encontrar a planta no rúmen); 
- Tratamento: remover o animal da pastagem, remover o conteúdo gástrico e administrar drogas 
antiarrítmicas. 
 
- Causa intoxicações e morte em humanos e animais, todas as partes da planta são tóxicas. 
- Princípio ativo: folineriina (glicosídeo cardiotóxico) 
 
Sinais: 
- Gastroenterite severa 
- Sinais cardíacos 
- Vertigens 
- Sonolência 
- Dispnéia 
- Coma 
- Morte em 1 dia 
 
Tratamento: 
- Descontaminação oral 
- Cardiotônicos 
 
 
13 
 
OFICIAL DE SALA: 
- Princípio ativo tóxico presente em toda a planta (caule, folhas e flores). 
Erva pequena, de folhas opostas, com inflorescência formada por várias flores vermelhas. Seu principio 
ativo é um glicosideo que se encontra em toda a planta. 
 
Sinais: 
- Dores abdominais 
- Vômitos 
- Alterações do ritmo cardíaco 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação (lavagem gástrica) 
- Analgésicos: Dipirona 25 mg/Kg S.C. 
- Terapia de suporte 
 
MAMONA: 
- Princípio ativo é uma proteína chamada RICINA. O sistema imune irá produzir anticorpos contra a ricina, 
que causam aglutinação de hemácias → funcionamento prejudicado, não conseguem transportar O2 → 
hipóxia; 
- Membranas plasmáticas das hemácias lesadas pode causar degeneração renal; 
- Torta de mamona passa por tratamento térmico que desnatura a proteína. 
 
Arbusto com caule ramificado, de folhas alternadas com peciolos longos, muito comum em terrenos 
baldios, produz um fruto onde se concentra seu principio ativo, a ricina, uma proteína altamente antigênica, 
que promove a glutinação de hemácias. 
 
Sinais: 
- Ardor na boca e garganta 
- Naúseas 
- Tonturas 
- Fraqueza 
- Diarréia 
- Vômito 
- Hemorragias 
- Hemólise 
- Degeneração renal 
- Morte após 4 dias 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Transfusões de sangue 
 
 
ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Animal venenoso → não inocula veneno (ex.: sapo, taturana, baiacu). 
Animal peçonhento → inocula veneno (serpentes, aranhas, escorpiões, vespas, marimbondos, arraias). 
 
COBRAS: 
2 grupos: 
- CROTALÍNEOS (gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis) 
- ELAPÍNEOS (gênero Micruris) 
 
14 
 
 
 
➔ Fosseta loreal: orifícios localizados entre os olhos e as narinas, que têm a função de captar o calor da 
presa. 
Bothrops: 
- São as jararacas, responsáveis por 80% dos acidentes. 
- Rabo liso, com manchas pelo corpo que lembram o telefone antigo. 
 
Veneno: necrose, hemorragia e edema. 
Proteolítico = quebra proteína, desfaz o músculo → necrose. 
- A maioria dos animais são picados na cabeça, pois estavam pastando ou atacando, no caso de cães. 
 
Crotalus: 
- São as cascavéis, responsáveis por 8 a 10% dos acidentes. 
- Rabo com chocalho. 
 
Veneno: neurotóxico e hemolítico. 
Neurotórico → causa depressão do sistema nervoso. Estupor (desliga o SN) → coma → morte. 
 
Hemolítico: quebra das hemácias e liberação na urina (urina cor de coca-cola). 
 
- Não deixa edema; 
- Pode ficar sequela neurológica. 
 
Lachesis: 
- São as surucucus, presentes apenas na região Amazônica, ficam dentro da área de floresta. 
- Rabo com “escamas”. 
 
Veneno MUITO forte: hemorragia, necrose (proteolítico) e edema. 
 
Micruris: 
- São as cobras corais. 
- Não apresentam fosseta loral, apresentam anéis coloridos pelo corpo. 
- O único jeito de diferencias as corais verdadeiras das não verdadeiras é pelo dente (presa), as verdadeiras 
possuem a presa na frente e as falsas ou não possuem a presa ou está atrás. 
 
TRATAMENTO: 
- O uso do soro antiofídico não é tratamento de eleição, apenas quando o caso é grave, pois devido ao fato 
de ter proteínas (Ac) de outra espécie, pode gerar reação, causar choque anafilático. 
IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES PEÇONHENTAS
DO PONTO DE VISTA MÉDICO VETERINÁRIO
POSSUI FOSSETA
LOREAL ?
NÃO SIM
É PEÇONHENTA
(CROTALINEOS)
POSSUI ANÉIS
COLORIDOS NO CORPO ?
CAUDA
LISA
CAUDA
ERIÇADA
CAUDA
GUIZONÃO SIM
NÃO É
PEÇONHENTA
MICRURUS
(CORAL)
BOTHROPS
(JARARACAS)
LACHESIS
(SURUCUCU)
CROTALUS
(CASCAVEL)
É PEÇONHENTA
(ELAPINEOS)
15 
 
- Soro antiofídico do Butantã e do Instituto Vital Brasil são os ótimos, apenas para humanos. A veterinária 
tem acesso apenas ao soro antiofídico comercial. 
- A dose não depende do tamanho do animal. 
 
 
➔ Corticóides 
➔ Fluidoterapia: ↑ excreção 
➔ Antibioticoterapia: bactérias da boca da cobra 
 
A pessoa foi picada? Tem 3 horas para chegar a um centro de referência na região. Não fazer garrote. Não 
cortar para “sair” o veneno. Não “chupar” a picada. Não tomar ou colocar creolina. 
 
1. Manutenção das funções cardiorespiratórias: Estabilizar o animal. 
 
2. Corticoterapia: Predinisolona na dose de 10 mg/kg I.M. ou I.V. Previne o choque, exerce ação 
antiinflamatória e reduz as reações de hipersenssibilidade ao soro antiofídico. 
 
3. Antibioticoterapia de amplo espectro: Previne infecções secundárias devido a mordida. 
 
4. Fluidoterapia: Incrementa a excreção do veneno por aumento da diurese e previne o choque, pode ser 
utilizado a solução fisiológica ou o ringer lactato. 
 
5. Soroterapia específica: Administrar o soro antiofidico específico, quando se identifica o tipo de acidente, 
ou administrar o soro polivalente nos casos de dúvida sobre o tipo de toxina. O soro deve ser administrado 
na dose de 5 ampolas por via S.C. seguida de mais 5 ampolas I.V., puro e por gotejamento, 30 – 40 gotas/min 
(a dose de soro específico pode variar conforme a gravidade do acidente). A dose independe do peso vivo do 
animal, pois a quantidade de toxina a ser neutralizada pelo soro é a mesma seja num animal de 4 kg ou de 
40 kg. O soro antiofídico com data de validade vencida pode ser utilizado, mas deve-se nestes casos dobrar 
a dose. 
 
 
 
 
FOSSETA 
LOREAL 
CAUDA VENENO TRATAMENTO 
BOTHROPS 
JARARACA 
SIM 
LISA 
(telefone) 
NECROSE 
(PROTEOLÍTICO), 
HEMORRAGIA, EDEMA 
SORO ANTI-
BOTRÓFICO 
CORTICÓIDES 
FLUIDOTERAPIA 
LACHESIS 
SURUCUCUS 
SIM ERIÇADA 
NECROSE 
(PROTEOLÍTICO), 
HEMORRAGIA, EDEMA 
SORO ANTI-
LAQUÉTICO 
CORTICÓIDES 
FLUIDOTERAPIA 
CROTALUS 
CASCAVEL 
SIM GUIZO 
NEUROTÓXICO, 
HEMOLÍTICO 
SORO ANTI-
CROTÁLICO 
COITICÓIDES 
FLUIDOTERAPIA 
MICRURIS 
CORAL 
NÃO 
(anéis coloridos 
pelo corpo) 
 
SORO ANTI-
ELAPÍDICO 
 
 
1 
 
ARANHAS: 
• Aranha Marrom (Loxosceles sp) 
• Aranha Armadeira (Phoneutria sp) 
• Tarântula (Lycosa sp) 
• Caranguejeira (Mygalomorphae sp) 
 
ARMADEIRA: 
- Picada provoca dor intensa que dura 3 dias, podendo desencadear choque neurogênico (raro); 
 
Tratamento: analgésico sistêmico e local ao redor da picada (se for possível identificar o local da picada 
(lidocaína SEM vasoconstritor,infiltrar quantas vezes for necessário); 
 
- Em pacientes humanos quando começam a evoluir para choque → soro anti-aracnídico. 
 
CARANGUEJEIRA: 
 
- Picada dolorosa; 
- Solta pêlos urticantes que causam irritação, dispnéia, mal estar, edema e reação alérgica quando inalados; 
 
Tratamento: anti-histamínicos, corticóide e broncodilatador. 
 
TARÂNTULA (Aranha-de-grama): 
- Não é agressiva; 
- Picada causa dor (mas não muito forte). 
 
Tratamento: analgésico. 
 
VIÚVA NEGRA: 
- Casos de acidente são raros, pois essa aranha vive em tocas; 
- Pequena; 
- Picada provoca dor intensa. 
 
Tratamento: analgésico. 
 
ARANHA MARROM: 
- Picada causa necrose local; 
- Presente em todo o mundo; 
- Soro antiloxosceles é usado quando o quadro evolui para insuficiência renal. 
 
Tratamento: antibiótico (trata-se a ferida, corta o tecido necrosado) e fluidoterapia para ↑ excreção do 
veneno. 
 
 
 SINAIS TRATAMENTO 
ARMADEIRA DOR INTENSA LOCAL 
INFILTRAR LIDOCAÍNA 
SORO POLIVALENTE 
CARANGUEJEIRA 
DOR INTENSA LOCAL 
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA 
ANTI-HISTAMÍNICOS 
TARÂNTULA PEQUENA DOR NO LOCAL ANALGÉSICOS 
VIÚVA NEGRA DOR INTENSA NO LOCAL ANALGÉSICOS 
ARANHA MARROM 
DOR E INCHAÇO LOCAL 
NÁUSEAS 
NECROSE LOCAL 
SORO POLIVALENTE 
SORO ANTILOXOSCÉLICO 
 
ESCORPIÕES: 
• Amarelo (Tityus serrulatus) 
• Preto (Tityus bahiensis) 
 
- Analgésico e infiltração de lidocaína; 
- Dor pode causar choque neurogênico; 
- Mesmos sinais e mesmo tratamento para os dois tipos de escorpiões; 
- Soro antiescorpiônico (difícil acesso para veterinários) ou soro anti-aracnidico polivalente, só deve ser 
utilizado nos casos de sintomatologia sistêmica. 
 
LAGARTAS: 
- Gênero Lonomia causa graves queimaduras, podem causar parada cardíaca em humanos! 
 
ABELHAS (e insetos em geral): 
- Difícil saber que inseto picou; 
- Cuidado ao retirar o ferrão → deve-se usar pinça, pois se apertar pode inocular o veneno que estava no 
ferrão (2/3 do veneno fica no ferrão após a picada e apenas 1/3 é inoculado); 
- Angiodema: a cabeça incha, independente de onde for a picada; 
- Placas urticariformes; 
- Pode causar edema de glote. 
 
Tratamento: anti-histamínico (bloqueia novos sinais) e corticoide (reduz o inchaço). Adrenalina (em casos 
mais sérios, possui muitos efeitos adversos). 
Adrenalina 1:1000 na dose de 0,1-0,5 ml S.C. 
 
Antihistamínicos: Cimetidina na dose de 5-10 mg/Kg P.O, I.V. ou S.C., T.I.D. 
Corticoterapia: Succinato de predinisolona sódica 10 mg/Kg I.V. repetir se necessário após 4 horas. 
 
Remover os ferrões com o auxílio de uma lâmina de bisturi (lâmina de tricotomia) fazendo movimentos como 
de raspagem, sem pressiona-lo, pois aproximadamente dois terços do veneno ainda estão no ferrão. 
 
SAPOS: 
- Não são peçonhentos, são venenosos.; 
- Par de glândula que produzem toxina (bufotoxina); 
- Incha a boca, causa sialorreia (tentativa de eliminar a toxina); 
- Alguns cães podem ter parada cardíaca; 
 
Tratamento: Lavar a boca do cão com água corrente em abundância e observar se tem dificuldade 
respiratória. Se tiver: medicamentos antiarrítmicos e fluidoterapia. 
 
Nos casos graves utilizar Veparamil na dose de 8 mg/Kg I.V., reaplicando se necessário, para minimizar os 
efeitos cardíacos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS 
 
- Alimentos bons que são tóxicos aos animais; 
- Pão tem muito fósforo, pode desequilibrar a relação Ca:P que deve ser sempre 2:1 e causar retirada de Ca 
dos ossos. 
 
CHOCOLATE: 
- As intoxicações por ingestão de chocolate, são devidas a presença de substâncias do grupo das xantinas, 
como a cafeína, a teobromina e a teofilina; 
- As xantinas são sabidamente drogas com ação estimulante sobre o SNC, atuam ainda estimulando a função 
cardíaca e a diurese; 
- Teobromina estimula SN, diurese e função cardíaca. 
 
Sinais: 
- Excitabilidade 
- Tremores 
- Vômito 
- Diarréia 
- Arritimias 
- Convulsões 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação (lavagem gástrica, fluidoterapia); 
- Controlar convulsões utilizando barbitúricos: Pentobarbital Sódico 30 mg/Kg I.V. 
- Terapia de suporte. 
 
CEBOLA: 
- A cebola é um excelente palatabilizante nas dietas para cães, porém a exposição a uma dieta rica em cebola 
por tempo prolongado pode levar o cão à um quadro de intoxicação; 
- A intoxicação por cebola se caracteriza pelo acúmulo de substâncias oxidantes, que provocam a oxidação 
dos grupos sulfidrila da molécula de hemoglobina; 
- Pode causar anemia hemolítica. 
 
Mecanismo de Ação: 
- Formação de corpúsculos de Heinz; 
- Hemólise extravascular e intravascular. 
 
Sinais: 
- Anemia hemolítica; 
- Presença de corpúsculos de Heinz no hemograma. 
 
Tratamento: 
- Remover a cebola da dieta; 
- Administrar antioxidantes: vitamina C na dose de 30 mg/Kg P.O. BID; 
- Eritropoitina recombinante pode ser utilizada; 
- Sulfato ferroso: 100 – 200 microgramas/dia V.O; 
- Terapia de suporte. 
 
O ALHO PODE SER FORNECIDO SEM PROBLEMAS! 
 
SAL (NaCl): 
- Excesso de sal fornecido ou falta de água; 
1 
 
- O sangue e o líquor precisam ter mesma concentração de Na+ (equilíbrio) → para manter esse equilíbrio há 
passagem de Na+ de um para outro → passagem de Na+ do SANGUE para o LÍQUOR é por transporte passivo, 
mas a passagem do LÍQUOR para o SNGUE é por transporte ativo (GASTO DE ENERGIA). Quando acaba a 
energia, o Na+ se acumula no liquor, então, na tentativa de balancear esse aumento de concentração, toda 
água do corpo vem para o líquor, causando edema cerebral! 
 
Tratamento: soro glicosado ou ringer lactato. Não usar soro fisiológico pois tem NaCl. Hidratar lentamente 
para não piorar o edema. 
 
 
INTOXICAÇÃO POR DROGAS 
 
ÁCIDO ACETILSALICILICO (AAS) 
As intoxicações por AAS estão relacionadas a ingestão acidental, ou a superdosagens terapêuticas. 
O mecanismo de ação está relacionado a disfunção do equilibrio ácido-básico, provocando uma acidose 
metabólica. 
 
Sinais: 
- Depressão, Vômito, Taquipnéia, Hemorragias, Convulsões, Choque. 
 
Diagnóstico: 
- Anamnese 
- Observação dos sinais 
- Adicionar 2 gotas de cloreto férrico 10% à 2 ml de urina, uma coloração vermelha indica presença de 
salicilatos na urina. 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação 
- Fluidoterapia com ringer lactato (correção da acidose) 
- Tratamento sintomático 
 
AVERMECTINAS 
Drogas utilizados como parasiticidas de amplo espectro, e considerados de baixa toxicidade, porém em cães, 
em especial nos da raça collie e assemelhados, os acidentes tomam uma maior importância. 
 
Mecanismo de Ação: 
- Inibição neuronal, por alterações no GABA. 
 
Sinais: 
- Aparecem dentro de 24 horas após ao uso de avermectina: Ataxia, Tremores, Letargia, Fraqueza, Midríase, 
Sialorréia, Coma. 
 
Diagnóstico: 
- Anamnese 
- Sinais 
- Pesquisa da droga em plasma, fígado e SNC 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação; 
- Administrar solução de carvão ativado por via oral contendo 1g/5ml de água, na dose de 1 a 5g/kg a cada 6 
horas, doses associado a laxantes salinos , repetir diversas, pois a excreção é fecal; 
- Terapia de suporte. 
 
1 
 
MACONHA 
- Dificuldades para diagnosticar → medo do proprietário em declarar o uso desta droga; 
- O principio ativo presente nas folhas de maconha é conhecido por tetrahidrocanabiol (THC) e pode ser 
encontrado em concentrações de até 8% nas folhas da planta; 
- O THC possui propriedade de lipossolubilidade, o que determina sua distribuição no organismo para tecidos 
ricos em gordura, como os rins, o fígado e o sistema nervoso. 
 
Mecanismo de Ação: 
- Afeta o funcionamento de neurotransmissores como a dopamina, serotonina e GABA, provocando inibição 
da neurotransmissão. 
 
Sinais: Ataxia, Depressão, Vômito, Incontinência Urinária, Bradicardia, Tremores, Hipotermia, Estupor. 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação; 
- Administrar carvão ativado na dose de 1 a 5g/kg a cada 8 horas, devido a recirculação enterohepática da 
droga. 
- Terapia de suporte. 
 
PARACETAMOL 
TÓXICO PARA CÃES E LETAL PARA GATOS. 
 
- A intoxicação por paracetamol podeser causada por uma única exposição ao farmaco, como pode também 
ser devido a exposições sequênciais, em ambas situações teremos metahemoglobinemia e hepatotoxicidade. 
- Em cães somente se observa efeitos tóxicos quando são expostos a doses maiores que 100 mg/Kg, nos gatos 
não há esta tolerância, pequenas doses podem intoxicar o animal, isto se deve ao fato do gato ser deficiente 
em glucuronil transferase, enzima essêncial para a metabolização do paracetamol. 
 
Mecanismo de Ação: 
- Hepatotoxicidade: Devido ao acúmulo de glutationa hepática; 
- Metahemoglobinemia: Reações de oxidação transformam o ferro ferroso do grupo heme em ferro férrico, 
convertendo, assim, a hemoglobina em metahemoglobina, a qual não é capaz de carrear oxigênio. 
 
Sinais: Depressão, Fraqueza, Dispnéia, Cianose, Ictericia, Vômito, Hipotermia, Edema de face ou patas, 
Necrose hepática, Morte. 
Diagnóstico: 
- Anamenese; 
- Sinais clínicos; 
- Mensurar níveis plasmáticos de paracetamol; 
- Presença de corpusculos de Heiz nas hemácias. 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação; 
- N- acetilcisteína (NAC) na dose inicial de 140mg/Kg P.O., seguida de doses de 70 mg/Kg a cada 4 horas até 
completar cinco aplicaçães. 
- Vitamina C : Na dose de 30 mg/Kg P.O. BID, exerce ação antioxidante. 
 
Cimetidina: Na dose de 5 a 10 mg/Kg P.O. a cada 6 horas. Visa reduzir a hepatotoxicidade por inibição da 
oxidação do citocromo p 450. 
 
ETANOL 
- Os alcoóis são na sua maioria depressores do SNC. 
- Consumo de bebidas alcoólicas acidental ou não. 
2 
 
 
Sinais: Hipnose, Narcose, Cianose, Choque, Parada respiratória. 
 
Tratamento: 
- Medidas de descontaminação; 
- Manutenção da função cardio-respiratória; 
- Fluidoterapia com soro glicosado.
3 
 
 
 SINAIS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
AAS 
- Depressão 
- Vômito 
- Taquipnéia 
- Hemorragias 
- Convulsões 
- Choque 
- Anamnese 
- Sinais 
- Adicionar 2 gotas de cloreto férrico 
10% à 2 ml de urina, uma coloração 
vermelha indica presença de 
salicilatos na urina. 
 
- Medidas de descontaminação; 
- Fluidoterapia com ringer lactato 
(correção da acidose); 
- Tratamento sintomático. 
 
AVERMECTINA 
- Ataxia 
- Tremores 
- Letargia 
- Fraqueza 
- Midríase 
- Sialorréia 
- Coma. 
- Anamnese 
- Sinais 
- Pesquisa da droga em plasma, 
fígado e SNC 
 
- Medidas de descontaminação; 
- Administrar solução de carvão ativado 
por via oral associado a laxantes salinos, 
repetir diversas, pois a excreção é fecal; 
- Terapia de suporte. 
 
MACONHA 
- Ataxia 
- Depressão 
- Vômito 
- Incontinência 
- Urinária 
- Bradicardia 
- Tremores 
- Hipotermia 
- Estupor 
 
- Medidas de descontaminação; 
- Administrar carvão ativado; 
- Terapia de suporte. 
 
PARACETAMOL 
- Depressão 
- Fraqueza 
- Dispnéia 
- Cianose 
- Ictericia 
- Vômito 
- Hipotermia 
- Edema de face ou patas 
- Necrose 
Hepática 
- Morte 
- Anamenese; 
- Sinais clínicos; 
- Mensurar níveis plasmáticos de 
paracetamol; 
- Presença de corpusculos de Heiz 
nas hemácias. 
 
- Medidas de descontaminação; 
- N- acetilcisteína (NAC); 
- Vitamina C; 
- Cimetidina 
ETANOL 
- Hipnose 
- Narcose 
- Cianose 
- Choque 
- Parada 
respiratória 
 
 
- Medidas de descontaminação; 
- Manutenção da função cardio-
respiratória; 
- Fluidoterapia com soro glicosado.

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