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Habilidades Médicas Exame Físico Sinais Vitais: frequência respiratória, temperatura, batimentos cardíacos e pressão arterial. Manter sempre o paciente ciente de tudo que será realizado. Inspeção: observar o paciente. Percussão: ouvir o paciente. Ausculta: pulmonar e cardíaca. Apalpação: tocar o paciente. Frequência respiratória Número de ciclos respiratórios em determinado tempo (o ideal é um minuto) Diafragma: músculo essencial para a respiração. Caso ele pare, a respiração para. Sinais de sofrimento respiratório: Lábios e dedos azulados; Respiração rápida; Narinas muito abertas ao inspirar; Chiado no peito ao respirar; Períodos rápidos de parada respiratória; Tipos Respiratórios: Abdominal: homens Torácica: mulheres Toracoabdominal: recém-nascidos Músculos Acessórios: são músculos auxiliares da respiração, utilizados somente em inspirações forçadas ou quando a pessoa está em sofrimento respiratório. Os músculos acessórios principais são o Esternocleidomastóideo, os Escalenos (Anterior, Médio e Posterior), o Peitoral Menor e o Serrátil Anterior. Estes músculos ficam inseridos no esterno (no caso do esternocleidomastóideo) ou nas costelas superiores (escalenos, peitoral menor e serrátil anterior) e durante o esforço respiratório elevam a caixa torácica gerando um aumento significativo do volume apical dos pulmões. Intercostais Externos: ficam posicionados entre as costelas na porção mais externa da caixa torácica e é responsável por aumentar os espaços costais durante a inspiração, permitindo maior expansão dos pulmões. Valores de Referência: Recém-Nascido: 40-60rpm 1 ano: 26-60rpm 5 anos: 20-30rpm 10 anos: 15-25rpm Adultos: 16-20rpm Temperatura Equilíbrio do Calor: Hipotermia e Hipertermia Febre (+37,8°C): suspeita de processo infeccioso Sintomas adicionais: suor, tremedeira, dor, desidratação... Temperatura corporal periférica: pele (axial, oral...) e central (esôfago, artéria temporal...) Pressão Arterial Métodos: ausculta de pressão arterial com esfigmomanômetro com aneroide; monitoramento domiciliar da pressão; monitoramento ambulatorial; pressão arterial oscilométrica automatizada. É importante que se use uma braçadeira adequada em relação ao tamanho do braço do paciente. Como aferir corretamente a pressão arterial: O paciente deve evitar tabagismo/ cafeína/ praticar exercícios 30 minutos antes. A sala deve ser um local tranquilo e com temperatura agradável. Deve-se estar sentado, com os dois pés no chão. Braço desnudo, sem fístulas, cicatrizes, etc. e apoiado em uma mesa. Palpar a artéria braquial e deixa-la na altura do coração/ do esterno. Normal: Sistólica – <120; Diastólica - <80 Pré-hipertensão: 120-139; 80-89 Hipertensão: Estágio 1 - entre 18 e 60 anos; diabetes/doença renal: 140-159; 90-99 Estágio 1 - maiores de 60 anos: 150-159; 90-99 Estágio 2 - 160-179; 100-109 Estágio 3 - >180; >110 Frequência e ritmo Cardíacos Uma frequência cardíaca em repouso elevada é associada a maior risco de doença cardiovascular e mortalidade. >100bpm: taquicardia (regular) 60-100bpm: normal (regular) <60bpm: bradicardia (regular) Irregular: pode ser irregularmente irregular, regularmente irregular ou esporádica. Ectoscopia Estado de saúde - Está com aspecto frágil ou parece forte e com bom condicionamento físico? O paciente aparenta doença aguda ou crônica? Está com aspecto frágil ou parece forte e com bom condicionamento físico? Nível de consciência - Responde aos estímulos (deles e de outras pessoas no ambiente)? Se não estiver, avalie imediatamente o nível de consciência. Pode ser: lucidez, letargia, obnubilação, torpor e coma. Sinais de sofrimento - Apresenta sensação de opressão torácica, palidez, diaforese, respiração laboriosa, sibilos e/ou tosse? Apresenta sudorese, atitude de proteção em relação a uma área dolorosa, faz caretas ou existe postura anormal favorecendo um membro ou uma região do corpo? Apresenta expressões faciais de ansiedade, movimentos irrequietos, palmas das mãos frias e úmidas, face inexpressiva, desinteresse, não faz contato visual ou exibe lentidão psicomotora? Coloração da pele - Inspecione alterações na coloração da pele, cicatrizes, placas ou nevos. Palidez, cianose, icterícia, erupções cutâneas, equimoses ou mosqueteamento nos membros devem ser pesquisadas. Vestuário - Como o paciente está vestido? As roupas são apropriadas para a temperatura e para o clima? Está limpo e em condições apropriadas para o local? Expressão facial - Observe a expressão facial em repouso, durante a conversa e interações sociais, e durante o exame físico. Verifique se o paciente olha nos olhos das outras pessoas (contato visual). O contato é natural? Persistente e sem piscadelas? O paciente desvia os olhos rapidamente? Não há contato visual? o Hipocrática o Renal o Leonina o Mixedematosa o Acromegálica o Cushingoide/ Lua cheia o Parkinsoniana o Etílica o Esclerodérmica Genograma Familiar Família: comunidade formada por indivíduos que são ou se consideras aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa. Representação gráfica das relações e da história médica e psicológica de uma família, com foco em uma pessoa. Difere-se de uma árvore genealógica pois permite visualizar os padrões hereditários e fatores psicológicos que pontuam as relações. Dados para a compreensão e análise das interações familiares e funcionamento ou disfuncionamento da família. É necessário que haja: 3 gerações; todas as idades; profissões; doenças; situações e hábitos de vida; laços familiares; relações interpessoais significativas. Este possibilita ao profissional: revisar rapidamente a situação atual da família; melhora o vínculo médico- paciente; rastrear os pacientes de alto risco; iniciar práticas de prevenção e promoção da saúde, alterar estilos de vida e orientar o paciente e sua família; analisar padrões de comportamento; explorar aspectos emocionais de várias gerações; identificar aspectos únicos e comuns de cada membro. Método de coleta de dados é o terapêutico: feito por meio de uma conversa, incluindo fatores importantes na vida da pessoa. É preciso ter empatia, focar na resolução, lidar com tabus familiares e não julgar. Visitas Domiciliares – Comunicação Momento ímpar para o conhecimento do contexto da pessoa e deve pautar pela observação ativa, pela abordagem da família e reconhecimento dos determinantes sociais presentes. Caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Acessibilidade – disponibilidade, comodidade Longitudinalidade – ao longo do tempo Integralidade – atendimento em todos os níveis Coordenação – em prol do melhor atendimento Universalidade de acesso – direito de todos Equidade na assistência – tratar desigualmente os desiguais Integralidade da atenção – atender todas as demandas Níveis: o AD1 – dificuldade física de ir até a UBS, com necessidades que podem ser supridas pela estrutura da UBS, com menor frequência de cuidado. o AD2 - dificuldade física de ir até a UBS, com necessidades que podem ser supridas pela estrutura da UBS, com frequência de cuidado e acompanhamento contínuo. o AD3 - dificuldade física de ir até a UBS, com necessidades que não podem ser supridas pela estrutura da UBS, com frequência de cuidado e acompanhamento contínuo. As ESF dependem do NASF e dos Ambulatórios Especializados e de Reabilitação para dar o apoio correto à atenção domiciliar. Método Clínico Centrado na pessoa: no que o paciente acredita? Como ele pensa sobre determinados temas? Sentimentos? Expectativas? Ideias? Função? 10 Características semiológicasda dor Local; Tipo; Intensidade; Irradiação; Duração; Frequência; Fatores desencadeantes; Fatores de alívio; Fatores de agravo; Sintomas associados As técnicas da entrevista habilidosa Escuta Ativa: Atenção minuciosa para o que o paciente está querendo comunicar. Ter consciência do estado emocional do paciente. Usar habilidades verbais e não verbais para estimular o paciente a falar. É uma habilidade conquistada através da prática; foco no momento com o paciente; Erro comum: ficar pensando na próxima pergunta ou no diagnóstico desviando a atenção do paciente. Perguntas de Orientação: Existem várias formas de pedir mais informações ao paciente sem interferir no fluxo da história dele. Fazer perguntas abertas para focalizadas; grau de intensidade; séries de perguntas, uma por vez; oferecer opções de resposta; eco; esclarecer o que o paciente quer dizer. Seguir a ordem de perguntas mais gerais para perguntas mais focalizadas. Exemplo: A senhora já teve algum dos problemas que vou citar agora: asma? (Fazer contato visual e anotar), bronquite? (Fazer contato visual e anotar) ... De 0 a 10 que nota é sua dor? “Sua dor parece mais com uma cólica, um aperto, uma queimação...? Comunicação Não Verbal: Contato visual; Postura; Posição da cabeça; Movimentos como balançar a cabeça ou assentir; Distância entre as pessoas; Posicionamento de braços e pernas (cruzados, neutros ou abertos) Trazer a comunicação não verbal para o nível consciente é a primeira etapa para começar a utilizar essa forma crucial de interação com o paciente. Respostas Empáticas: Para transmitir empatia é necessário primeiro identificar os sentimentos do paciente. Isso exige do médico disposição e interesse genuíno para ouvir e trazer à tona conteúdos emocionais. Quando a gente sente a dor do outro, conseguimos ajudar de forma mais humanizada. Pratique e você se tornará mais resistente ao mal estar e ajudará de forma mais integral o paciente. DICA: Quando você perceber sentimentos importantes através de uma expressão facial, tom de voz, tipo de palavra escolhida ou comportamento do paciente, indague sobre isso ao invés de presumir saber o que sente o paciente. Validação: Validar significa dar valor ao que o paciente sente, mesmo que pareça desproporcional ao problema... Tranquilização: Quando atendemos pacientes extremamente ansiosos ou agitados é tentador tentar tranquilizá-los. A Tranquilização em uma consulta só ocorre após você compreender por completo a situação do paciente. Antes disso parece ser contraproducente, pacientes interpretam como leitura precoce do caso, julgamento de valor ou inexperiência do médico. Formação de Parceria: Durante a entrevista reforce seu interesse no paciente e em ajuda-lo. Mostre que independente das respostas, você seguirá junto com o paciente tentando ajudá-lo. Este apoio pode fazer imensa diferença... Sumarização: curto resumo da história do paciente; oportunidade do paciente de corrigir equívocos e acrescentar sintomas. Após acabar o resumo, pergunte: algo mais? Faltou me contar algo? Transições: Os pacientes têm vários motivos para se sentirem vulneráveis e constrangidos durante uma consulta. Uma forma de amenizar isso é narrar as transições dos momentos da anamnese e exame físico para ele pois dá ao paciente maior sensação de controle e possibilidade de se adequar ao que estará sendo pedido dele. Conferindo poder ao paciente: Muitas vezes os pacientes estão preocupados ou fragilizados com algum sintoma ou condição de saúde e se mostram passivos, submissos à vontade do médico e não donos do próprio tratamento. Quanto mais autoconfiantes os pacientes estiverem maiores as chances de seguirem as orientações médicas de tratamento e mudanças de estilo de vida Explicite a expectativa do paciente Transmita interesse na pessoa e não apenas no problema Siga as dicas do paciente Investigue e valide os conteúdos emocionais Compartilhe informação com o paciente, em especial nos pontos de transição durante a consulta Torne seu raciocínio clínico transparente para o paciente Revele os limites do seu conhecimento
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