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Histologia UCIX

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3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Lesão e Morte Celular 
Visão geral das respostas celulares ao estresse e aos 
estímulos nocivos 
 A homeostasia intracelular deve ser constante 
 As células podem se adaptar para garantir sua 
viabilidade e funcionalidade 
 A lesões podem ser reversíveis ou irreversíveis 
(isquemia, toxinas, morte celular, reações imunes) 
 A morte é normal e essencial durante nosso 
desenvolvimento (embriogênese) 
 
Necrose – acidente; não programada. Apoptose – 
morte celular programada (embriogênese) 
Causas de lesão celular: 
 Hipóxia e isquemia: deficiência de O2, menos 
suprimento sanguíneo, menos nutrientes 
o Obstrução arterial, oxigenação inadequada 
 Toxinas: poluentes, inseticidas, CO, amianto, cigarro, 
etanol, drogas, venenos 
o Fármacos, ausência ou excesso de água, 
glicose, sal, O2 
 Agentes infecciosos: vírus, bactérias, fungos, 
protozoários 
 Reações imunes: reações autoimunes, alergias, 
respostas imunes excessivas 
 Anormalidades genéticas: erros inatos do 
metabolismo, DNA danificado, proteínas mal dobradas 
que levam à morte celular 
 Desequilíbrios nutricionais: insuficiência proteico-
calórica, deficiência de vitaminas, excesso de 
alimentos (DM2, arteriosclerose) 
 Agentes físicos: traumas, temperatura, radiação, 
choque elétrico, mudanças súbitas de pressão 
atmosférica 
 Envelhecimento: as células não respondem ao 
estresse de maneira correta 
Lesão celular reversível 
Lesão celular reversível: 
 A função celular está prejudicada e a morfologia 
lesionada; podem retornar ao normal se o estímulo 
for removido 
 As organelas celulares são tumefeitas por absorção 
de água 
 Organelas degeneradas e lipídeos podem acumular 
na célula 
 Duas principais correlações morfológicas: tumefação 
e alteração gordurosa 
 Quando o núcleo é rompido = morte celular 
 
A – túbulos renais normais e viáveis 
B – Lesão isquêmica reversível, núcleo preservado, 
citoplasma irregular, com bolhas, eosinofilia aumentada e 
tumefação celular 
C – lesão necrótica irreversível com perda dos núcleos, 
fragmentação das células, extravasamento dos 
conteúdos 
 Tumefação: aumenta a permeabilidade da 
membrana celular, citoplasma pálido, maior turgor e 
peso do órgão, com vacúolos (retículo 
endoplasmático); há alteração hidrópica ou 
degeneração vacuolar 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 Alteração gordura: vacúolos lipídicos com tecido 
gorduroso no citoplasma; órgãos envolvidos no 
metabolismo dos lipídeos 
 
 
 
 
 
 Membrana citoplasmática: bolhas, apagamento ou 
distorção de microvilosidades e afrouxamento de 
anexos intercelulares. 
 Mitocôndrias: tumefação, densidades de fosfolipídeos 
 Dilatação RE: o liso atua no metabolismo de 
substâncias químicas (resistência a fármacos e 
aumento do metabolismo de outros químicos por 
hipertrofia do REL) 
 Núcleo: fica menor, condensação de cromatina e a 
quebra 
 Citoplasma: formam figuras de mielina (fosfolipídeos); 
fica mais acidófilo por conta da necrose 
 
Ponto de irreversibilidade: 
 Mesmo que diminua o estímulo que está lesionando 
a célula, ela não se recupera mais 
 Lesões que impedem que as mitocôndrias façam 
ATP 
 Perda da integridade da membrana citoplasmática e 
das membranas intracelulares 
 Lesão, mutação, perda de DNA 
 
Morte Celular 
 
 Necrose: morte celular acidental, por isquemia, 
trauma, infecções, toxinas, lesões graves e sempre 
patológicas. As membranas celulares se desintegram e as 
enzimas celulares extravasam e digerem a célula. Provoca 
reação inflamatória para eliminar os debris celulares e 
fazer o reparo. 
 Falha na geração de ATP por redução de 
O2/lesão mitocondrial → danos às membranas → 
extravasamento de conteúdo celular → danos 
irreversíveis causados por espécies reativas de oxigênio 
 
 Alterações citoplasmáticas, nucleares 
o Há tumefação, aumento do tamanho da 
célula 
o Núcleo: picnose → cariorrexe → cariólise 
o Membrana plasmática é rompida 
 
 Padrões de necrose: 
o Coagulação: mantêm a estrutura do tecido; 
não acontece no cérebro; 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
Fígado 
 
Rins - glomérulo 
o Liquefativa: bactérias ou fungos; não 
consegue ver qual tecido que era – muda 
toda a conformação; acontece com o 
cérebro; material purulento 
 
 
 
o Gangrenosa: necrose de coagulação em 
membros; pode ter infecção bacteriana 
secundária 
o Caseosa: vimos na tuberculose – macro e 
microscopia; tecido amarelo-claro, que se 
esfarela, com morfologia destruída. Associa-
se à granuloma 
 Pulmão 
 
Tuberculose 
o Gordurosa: mama, hipoderme, pâncreas 
(lipases pancreáticas digerem o órgão); há 
destruição do tecido adiposo, com 
calcificação do tecido 
 
Pancreatite Aguda 
 
o Fibrinoide: reações autoimunes (por 
antígeno-anticorpo) e em hipertensão 
grave; 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
 
 Apoptose: lesões menos graves, que pode ser 
manipulada por agentes terapêuticos ou mutações 
genéticas. Há uma morte celular regulada. Irá eliminar 
células anômalas sem induzir processo inflamatório, DNA 
ou proteínas danificadas. Pode ocorrer em tecidos 
normais e em neoplasias 
 Causas: fisiológicas (desenvolvimento normal, 
ciclos de perda e proliferação celular, fatores de 
crescimento) e patológicas (eliminar células danificadas 
que não podem ser reparadas) 
 Células ativam enzimas que degradam o DNA 
nuclear, proteínas nucleares e citoplasmáticas 
 Há retração do tamanho da célula; o macrófago 
fagocita sem inflamação 
 Núcleo: fragmentação em fragmentos do tamanho 
de nucleossomas 
 Membrana plasmática é intacta 
 
 
Células apoptóticas 
 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Mecanismos de Apoptose 
 Vias bioquímicas: controlam o equilíbrio entre os 
sinais indutores de morte e sobrevivência: ativação de 
enzimas denominadas caspases (degradam 
componentes celulares) 
 Mitocondrial (intrínseca): várias proteínas que 
induzem apoptose – citocromo c – no citosol, 
juntamente com certos cofatores, ativa a caspase-9. 
Ativação da cascata de caspases que desencadeia a 
fragmentação nuclear e leva à formação de corpos 
apoptóticos 
 Via do receptor de morte da apoptose (extrínseca): 
moléculas de superfície - receptores de morte. 
Maioria parte da família do TNF, que contém em 
suas regiões citoplasmáticas um “domínio de morte” 
conservado. TNF tipo I e Fas (LT) (CD95), ativam 
caspase-8. LT citotóxicos 
 Eliminação de células apoptóticas: fagócitos 
reconhecem sinalizadores na membrana. Rápida para 
não ativar inflamação 
 Outras vias: necroptose e piroptose 
 
Apoptose micro: os núcleos apresentam várias fases da 
cromatina e fragmentação do DNA; células encolhidas; 
sem resposta inflamatória 
 
 
 Autofagia: digestão lisossômica dos 
componentes da célula; sobrevivência quando há 
privação de nutrientes. Organelas intracelulares e 
porções do citosol são os primeiros a serem 
sequestrados para dentro do vacúolo autofágico derivado 
de RE, cuja formação é iniciada pelas proteínas citosólicas 
que detectam a privação de nutrientes. Ocorre em 
isquemia, miopatias, etc 
Mecanismos de lesão celular e morte celular 
 A resposta celular aos estímulos prejudiciais depende 
do tipo de lesão, da sua duração e da sua gravidade. 
 As consequências de um estímulo nocivo também 
dependem do tipo, do estado, da adaptabilidade e da 
composição genética da célula lesionada: o músculo 
esquelético estriado na perna tolera a isquemia 
completa por 2 a 3horas sem lesão irreversível, 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
enquanto o músculo cardíaco morre após apenas 20 
a 30 minutos de isquemia. 
 A lesão celular geralmente resulta de anormalidades 
funcionais e bioquímicas em um ou mais 
componentes celulares essenciais. 
Hipóxia e isquemia 
A morte celular é causada por falta de ATP, poishaverá 
falha de vias metabólicas dependentes de energia. 
 A hipóxia persistente ou grave e a isquemia causam 
falha na geração de ATP e esgotamento de ATP 
das células 
 Restauração (reperfusão após isquemia) do fluxo de 
forma abrupta pode causar mais lesão, 
principalmente no coração e cérebro. 
 Reoxigenação: aumenta geração de EROs e pode 
aumentar a inflamação 
 
 Estresse oxidativo: induzido por EROs/radicais 
livres; causados por lesões químicas e por radiação – 
causam envelhecimento celular, lesão tecidual; atacam 
ácidos nucleicos, proteínas e lipídeos; geram mais radicais 
livres. 
 Toxinas: podem ser ambientais ou produzidas 
por patógenos – faz necrose: podem ser de ação direta 
(atuam em componente molecular) ou latentes 
(convertidos em metabólitos ativos – citocromo P-450) 
 Estresse do retículo endoplasmático: acúmulo de 
proteínas mal dobradas faz com que haja uma resposta 
e ativação de sensores proapoptóticos (BH3) e caspases 
→ apoptose. Pode ser por mutações, envelhecimento, 
vírus, alterações de pH, fibrose cística, Alzheimer, entre 
outros 
 Dano do DNA: por radiação, quimioterápicos, 
EROs, mutações → apoptose. O p53 suspende o ciclo 
celular; com dano nele, há apoptose 
Eventos comuns na lesão celular de causas diversas 
 Disfunção mitocondrial 
 Instabilidade de membrana 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Adaptações celulares ao estresse 
 Hipertrofia – célula que aumenta de tamanho 
 Hiperplasia – aumento do n° células normais 
 Atrofia – célula que diminui de tamanho 
 Metaplasia – célula se diferencia em outra para 
sobreviver à lesão 
Acúmulos intracelulares 
 Alteração gordurosa 
 Colesterol e ésteres de colesterol 
 Proteínas 
 Glicogênio 
 Pigmentos: carbono, lipofuscina, melanina 
 
Lipofusina em miócitos cardíacos 
 
Pigmento granular em células hepáticas 
 
Depósitos de ferro em células hepáticas 
Calcificação patológica 
 Deposição anormal de sais de cálcio e outros 
minerais. Pode ser distrófica (tecidos mortos ou 
lesionados) ou metastática (Hipercalcemia em tecidos 
normais) 
 
 
 
Envelhecimento 
 É regulado por um n° limitado de genes e vias de 
sinalização conservadas evolutivamente das 
leveduras aos mamíferos. 
 Há declínio progressivo do tempo de vida e da 
capacidade funcional das células 
o Mutações no DNA: mecanismos de reparo 
ineficientes 
o Menor replicação celular: encurtamento dos 
telômeros, parada do ciclo celular; pode 
diminuir a capacidade de regeneração das 
células-tronco 
o Homeostase defeituosa de proteínas: perda 
de proteínas normais e acúmulo de 
dobradas 
o Inflamação persistente 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
HIPERPLASIA 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Patologia do Sistema 
Cardiovascular 
Vasos 
 Histologia dos Vasos sanguíneos: camadas íntima, 
média e adventícia 
o Íntima: camada única de células endoteliais 
(epitélio simples pavimentoso) 
o Média: células musculares lisas e matriz 
extracelular + tecido conjuntivo frouxo, 
fibras nervosas e vasos menores 
 Vasa Vasorum 
o Adventícia 
 Estrutura dos vasos sanguíneos: células musculares 
lisas e matriz extracelular, coberto por células 
endoteliais. 
o Artérias: mais espessas, várias camadas de 
células musculares lisas 
 Grandes – elásticas, perdida com o 
envelhecimento; médias – 
musculares 
o Veias: paredes mais finas e distensíveis 
 Pericito – envolve os capilares, faz 
reparação e contração 
 Endotélio: revestem internamento todo o sistema 
cardiovascular; modulam a inflamação, fatores de 
crescimento, produção de MEC, manutenção da 
carreira/permeabilidade, produção de 
anticoagulantes e pró-trombóticos 
 
 Doença hipertensiva: teoria é que a hipertensão 
resulta da interação de vários polimorfismos genéticos e 
fatores ambientais. Grande problema, muito comum no 
mundo todo; geralmente é assintomática 
 Primária ou idiopática: 95% dos casos. 
 Secundária a uma condição subjacente: doença renal 
crônica, estreitamento da artéria renal, distúrbios 
suprarrenais 
 
Arteriosclerose X Aterosclerose 
 Arteriosclerose: espessamento e perda da 
elasticidade da parede arterial; afeta arteríolas e 
pequenas artérias; há endurecimento das artérias; 
o Paredes dos vasos degeneradas que 
aceleram a aterogênese (formação de 
placas de ateroma) 
o Hialina: espessamento hialino róseo da 
parede arteriolar (rosa), perda de detalhes 
estruturais e lúmen menor. Há 
extravasamento de componentes 
plasmáticos, aumentando a produção de 
MEC – em idosos, isso já ocorre sem a HAS 
 
 
Nos rins, causa comprometimento vascular difuso, 
chamado de nefroesclerose hipertensiva ou rim do 
hipertenso. Há cicatrizes glomerulares, isquemias focais 
e pode evoluir para insuficiência renal crônica 
 
o Hiperplásica: lesões em casca de cebola – 
espessamentos laminares (células 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
musculares lisas) e concêntricos, com 
estreitamento do lúmen; pode evoluir pra 
necrose 
 
o Outros tipos de arteriosclerose: esclerose 
medial ou mediosclerose de Monckeberg, 
hiperplasia fibromuscular da íntima e 
aterosclerose 
 
 Aterosclerose: lesões na camada íntima chamadas 
ateromas, os quais avançam sobre o lúmen vascular 
e podem se romper, causando oclusão. É base da 
patogenia de doenças vasculares diversas e muito 
prevalentes; envolve fatores de risco constitucionais 
e modificáveis 
 Patogenia da aterosclerose: hipótese de resposta à 
lesão: a aterosclerose é uma resposta inflamatória 
crônica da parede arterial à lesão endotelial. A lesão 
causa interação de lipoproteínas modificadas e outras 
células. 
o Lesão de células endoteliais aumentam a 
permeabilidade, adesão de leucócitos e 
trombose 
o Acúmulo de lipoproteínas – LDL, colesterol 
o Adesão plaquetária 
o Adesão monócitos que migram para a 
íntima, onde haverá diferenciação em 
macrófagos 
o Acúmulo de lipídeos dentro dos macrófagos 
dá origem às células espumosas, que 
liberam citocinas inflamatórias 
o Há recrutamento de células musculares lisas 
em resposta aos fatores liberados 
o Proliferação de células musculares causa 
produção de MEC e menor lúmen 
 Manifestações morfológicas da aterosclerose: 
o Estrias gordurosas: linhas amarelas que 
formam lesões alongadas com macrófagos 
espumosos, já presentes em crianças desde 
os primeiros anos de vida 
 
 
A – aorta com estrias gordurosas; B – estrias 
gordurosas na íntima e células espumosas derivadas de 
macrófagos 
o Placa aterosclerótica: espessamento da 
íntima e acúmulo de lipídeos; são lesões 
elevadas branco-amareladas, com trombo 
sobreposto cor vermelho-acastanhada; 
formada por células musculares lisas, 
macrófagos, linfócitos, colágeno, fibras 
elásticas, proteoglicanos e lipídeos 
 
 
A – aorta com aterosclerose discreta; B – aorta com 
lesões graves e complicadas 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
F – capa fibrosa; C – centro necrótico; em azul: 
colágeno; L – lúmen estreitado 
o Possíveis desfechos da aterosclerose: 
ruptura, ulceração ou erosão 
(trombos/isquemia); hemorragia intraplaca; 
ateroembolismo (atingem a circulação); 
aneurismas (enfraquecimento da camada 
média e da parede) 
 
Ruptura de placa aterosclerótica; setas: local da ruptura 
Placa estável X Placa vulnerável/instável: 
 Placa estável: capa fibrosa espessa, densamente 
colagenizada, com inflamação mínima e centro 
aterosclerótico discreto subjacente 
 Placa vulnerável: capa fibrosa delgada, grande núcleo 
lipídico e inflamação aumentada; elevado risco de 
ruptura (muito lipídeo, muitas células espumosas) 
 
 
Aneurismas 
 Dilatações dos vasos podendo ser congênitos ou 
adquiridos; 
o Pode ser verdadeiro (sacular ou fusiforme) 
ou falso (hematoma) 
 Fatores de risco: aterosclerose e hipertensão; outras 
causas: hereditárias, síntese inadequada de tecido 
conjuntivo 
Veias Tromboflebite e flebotrombose (trombose + 
inflamação) 
 Trombose venosa de membros inferiores (TVP) é 
mais comum em pacientes imobilizados por muito 
tempo, como os acamados, pós operatório, em 
viagens longas 
 Fragmentos de trombo podem se desprender e 
embolizar 
 
Coração 
 Histologia: células estriadas com 1-2 núcleos centrais, 
discos intercalares (junções comunicantes, de 
adesão, desmossomos), mitocôndrias, estriações – 
contrações fortes, rápidas e involuntárias. 
 
Camadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio 
 Condução do impulso elétrico: feixe AV ou de His – 
fibras de Purkinje 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
 Visão geral das cardiopatias: 6 mecanismos 
principais: insuficiência da bomba, obstrução do fluxo, 
fluxo regurgitante, desvio do fluxo, distúrbios da 
condução cardíaca e ruptura do coração ou de um vaso 
de grande calibre. 
 
 
 Insuficiência Cardíaca: desfecho comum de muitas 
cardiopatias; é progressiva, com prognóstico 
desfavorável. Leva à insuficiências anterógrada e 
retrógrada. Mecanismos compensatórios: aumento 
do débito cardíaco, ativação do SRAA (aumenta a 
FC), hipertrofia dos miócitos 
o IC Esquerda: pode resultar de doença 
isquêmica do coração, hipertensão 
sistêmica, doença da valva da aorta e outros. 
Há edema e congestão pulmonar 
 Consequências: diminui a perfusão 
sistêmica (anterógrada) e eleva a 
pressão pulmonar (retrógrada) 
 Morfologia coração: macro: 
ventrículo hipertrofiado/dilatado; 
micro: inespecífica 
 Morfologia pulmão: congestão, 
edema, derrame pleural, pulmões 
pesados e encharcados, edema 
alveolar + hemácias extravasadas 
 
IC Esquerda: A – hipertrofia por pressão; B – 
hipertrofia ventricular esquerda com e sem dilatação; C 
– Miocárdio normal; D – miocárdio hipertrofiado 
 
o IC Direita: pode resultar de IC esquerda ou 
distúrbios pulmonares. Há edema periférico 
e congestão visceral, além de fadiga, ascite, 
anorexia, veias jugulares distendidas e pode 
causar hipertensão portal, esplenomegalia 
congestiva, derrames pleural ou pericárdico 
 Consequências: congestão venosa 
sistêmica 
 Morfologia fígado: aumento do 
tamanho/peso; congestão passiva; 
necrose centrolobular e “cirrose 
cardíaca” e fígado em noz moscada 
no aspecto macro 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
 Arritmias: podem ser causadas por alterações 
isquêmicas ou estruturais no sistema de condução 
ou por instabilidade elétrica. Podem ser também por 
mutações nos canais de íons 
 Doença Isquêmica: relacionada com várias 
síndromes; geralmente resulta da aterosclerose das 
artérias coronárias (90%) 
o Angina pectoris: dor torácica aos esforços 
pela perfusão inadequada 
o Angina instável: aumento da frequência da 
dor, podendo ser até em repouso. Há 
pequena fissura ou ruptura em uma placa 
aterosclerótica 
o Morte súbita cardíaca: resulta de arritmia 
fatal 
o Doença isquêmica crônica com ICC: 
insuficiência cardíaca progressiva que resulta 
de lesão isquêmica de infartos prévios 
o IAM: normalmente resulta de trombose 
aguda após ruptura de placa – necrose do 
músculo cardíaco. O miocárdio perde sua 
contratilidade, há alterações estruturais e 
lesões irreversíveis. Alcança sua extensão 
total em 3-6 horas 
 
Infarto recente – não são visíveis macroscopicamente; 
após 24h, há uma coloração vermelho-azulada do 
sangue estagnado. Após dias: amarelo-acastanhadas 
 
Infarto já cicatrizado; macroscopicamente é um tecido 
de granulação amarelado 
 
A – infarto após um dia, inflamação aguda; B – infiltrado 
de neutrófilos 2-3 dias após; C – remoção da necrose 
por macrófagos de 7-10 dias; D – tecido de granulação; 
E – IAM cicatrizado com colágeno denso 
 
Complicações do IAM – A, B, C: ruptura; D: pericardite 
fibrinosa; E: trombo mural; F: aneurisma 
 Doença valvar: pode levar à oclusão/estenose ou 
regurgitação/insuficiência. As mais comuns são as 
estenoses (calcificação ou cicatrização) e 
insuficiências (regurgitação ou incompetência). 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
o Degenerativa: afetam a integridade da matriz 
extracelular da valva: calcificações, alterações 
na MEC, na produção da matriz ou 
degenerativas (envelhecimento) 
 
Doença valvar degenerativa calcificada 
Ossos, articulações, partes 
moles, nervos periféricos e 
músculos 
Principais doenças congênitas e 
metabólicas dos ossos 
 São mutações hereditárias, nos estágios iniciais 
da formação óssea. As doenças podem ser por 
problemas na migração e condensação do mesênquima 
(disostose, aplasia – ausência de osso; formação de ossos 
extras, fusão anormal – sindactilia, caniossinostose) e 
desorganização global do osso/cartilagem (displasia – 
crescimento anormal; mutações em genes) 
Tipos de nanismos: 
 Acondroplasia: nanismo, mais comum, autossômica 
dominante – crescimento da cartilagem retardado 
 Displasia tanatofórica: forma mais letal; Há redução da 
reprodução de condrócitos e da desorganização na 
zona de proliferação 
 Doenças do colágeno tipo I ou osteogênese 
imperfeita: doença hereditária mais comum do TC. 
Há da deficiência síntese do colágeno tipo 1 e é 
autossômica dominante. 
 Osteopetrose ou ossos de mármore: a reabsorção 
óssea é baixa e há esclerose esquelética simétrica 
difusa, formação/função prejudicada dos 
osteoclastos. 
Doenças metabólicas: 
 Osteoporose e osteopenia: histologicamente, o osso 
é normal; há diminuição da massa óssea. Na 
osteoporose, a perda óssea é suficientemente grave 
para aumentar o risco de fratura. Fatores que 
influenciam: idade (baixa renovação), atividade física 
(imobilidade), mutações genéticas, pouco cálcio, 
muito PTH, pouca vitamina D 
o Osteoporose pode ser 1° ou 2°; mais 
comumente senil ou pós menopausa 
 
Parte inferior: osso trabecular da medula; parte superior: 
osso cortical 
 Raquitismo: A osteomalácia é caracterizada por um 
osso que é insuficientemente mineralizado. No 
esqueleto em desenvolvimento, as manifestações 
são caracterizadas por uma condição denominada 
raquitismo. É por deficiência de vitamina D ou falha 
no metabolismo. 
 Hiperparatireoidismo e as alterações ósseas: 
hiperparatiroidismo surge da hipersecreção PTH e 
há aumento da atividade dos osteoclastos, 
aumentando a reabsorção óssea. 
o Excreção aumentada de fosfatos 
o Reabsorção de cálcio nos túbulos renais 
o Aumento da síntese de vitamina D, da 
absorção de cálcio e reabsorção de cálcio 
o Aumento de cálcio sérico 
o Primário: lesões em paratireoides 
o Secundário: lesão renal primário, acidose 
metabólica, depósito de alumínio nos ossos 
o Histologia: osteoporose, tumor marrom e 
osteíte fibrosa cística 
 
Tumor marrom – benigno 
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Osteoclastos no entorno do centro da trabécula – 
osteíte dissecante 
 Doença de Paget óssea: quantidade aumentada de 
tecido ósseo, desorganizada e estruturalmente fraco. 
Osteolítico, osteoclástico-osteoblástico com 
predomínio da segunda, estágio osteoesclerótico. 
 
 
Padrão em mosaico do tecido ósseo lamelar 
 Osteonecrose avascular: infarto das células do osso 
e medula; lesão vascular: traumas, medicamentos, 
doenças sistêmicas, radiação 
 
 Osteomielite: inflamação do osso e da medula, 
secundário a uma inflamação; complicação de 
qualquer infecção sistêmica – qualquer 
microorganismo; fraturas expostas; cirurgias; pé 
diabético 
Tumores ósseos e lesões semelhantes a 
tumores 
 Principais tumores benignos e malignos: 
formadores de osso (produzem matriz osteóide não 
mineralizada ou osso reticular mineralizado) ou de 
cartilagem (osteoma Osteoide, osteoblastoma, condroma, 
osteossarcoma, condrossarcoma) e de origem 
desconhecida (Ewing, tumor de células gigantes, cisto) 
 Osteoma Osteoide e Osteoblastoma: são compostos 
por osteoblastos benignos que sintetizam osteoide; 
histologicamente parecidos, diferem na clínica e 
radiologia 
o Osteoma osteoide:até 2cm de diâmetro; 
mais em homens jovens, fêmur ou tíbia, no 
córtex. Há dor noturna intensa que alivia com 
AAS e AINE 
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o Osteoblastoma: maior que 2 cm; lâminas e 
pedículos. Dor não responde aos 
medicamentos 
 
 Osteocondroma: são tumores benignos (mais 
comum) que produzem cartilagem hialina. Há 
exostose, revestido por cartilagem, ligando-se ao 
esqueleto por pedículo. Geralmente é solitário. 
 
 
 Osteossarcoma: é um tumor agressivo de 
osteoblastos malignos, mais comum em menores de 
20 anos e depois em pacientes com fatores de risco 
(doença de Paget, infartos ósseos, radiação prévia); 
mais comum em fêmur e tíbia (joelho); há massas 
volumosas cinza esbranquiçadas, com hemorragia ou 
citificação. Destroem córtex, partes moles, canal 
medular e epífise 
o Mais comum em joelho – quadril – ombro 
– pescoço 
 
Proliferação de osteoblastos atípicos, desorganizados 
 
 Condroma: benigno de cartilagem hialina sem atipias, 
em ossos de origem encondral. Pode ser 
encondroma (20-50 anos – cavidade medular) e 
condroma justacorticais (superfície cortical) 
 
 Condrossarcoma: são tumores malignos compostos 
por condrócitos que envolvem o esqueleto axial em 
adultos, produzem cartilagem, com atipias Pode ser 
convencional (90%), desdiferenciado, células claras e 
mesenquimal (esses 2 últimos mais comuns em 
crianças). Preferencialmente no esqueleto axial; 
podem ser secundários a outros tumores; vemos a 
proliferação do tecido cartilaginoso, apagamento da 
cortical óssea, invasão de tecidos moles 
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Tumores de origem desconhecida 
 Sarcoma de Ewing: são tumores agressivos, 
malignos, compostos de pequenas células 
arredondadas, azuis e com diferenciação em 
diversos graus. É o 2° tumor ósseo mais comum em 
crianças; forma massas dolorosas, com locais 
quentes e inchados. Rosetas de Homer-Wright 
 
 Tumor de células gigantes: predomínio de células 
gigantes multinucleadas do tipo osteoclasto. 
Destroem o córtex subjacente, massa vermelho-
acastanhadas, envolta por camada de osso reativo. É 
agressiva pro local, mais comum em adultos e em 
ossos longos/fêmur/tíbia. Semelhantes a artrite 
reumatoide na sintomatologia 
 
 
 Cisto ósseo aneurismático: benigno, espaços císticos 
com sangue; metáfise de ossos longos e vértebras 
 
Cisto com espaço cístico repleto de sangue, circundado 
por parede fibrosa contendo fibroblastos em 
proliferação, osso reticular reativo e células gigantes 
Lesões não neoplásicas que simulam neoplasia: 
 Fibroma não ossificante: benigna provavelmente 
reativa, 50% dos 2-25 anos. Defeito fibroso 
cortical/metafisário 
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 Displasia fibrosa: distúrbio causado por mutações de 
ganho de função que ocorrem durante o 
desenvolvimento. É benigno; Expandem e distorcem 
o osso, tem proliferação Fibroblástica, sem 
osteoblastos evidentes 
 
 Metástases: extensão direta, via hematogênica e 
linfática, propagação intraespinal – em próstata, rim, 
mama, pulmão, etc 
 
Articulações 
 Artrite reumatoide: é uma doença inflamatória 
crônica autoimune que afeta principalmente as 
pequenas articulações, formando granulomas. A AR 
produz sinovite proliferativa inflamatória em toda a 
membrana sinovial. Causada por predisposição 
genética e fatores ambientais. Há destruição da 
cartilagem e anquilose (osso contra osso), com lesões 
extra articulares. 
Nódulo reumatoide com área de necrose central 
 
A direita: cada “bolinha roxa” é uma célula inflamatória; 
destruição da cavidade articular 
 Osteoartrite: é a doença mais comum das 
articulações, é um processo degenerativo da 
cartilagem articular em que a degradação da matriz 
excede a sua síntese. A inflamação é mínima e 
tipicamente secundária. A produção local de citocinas 
inflamatórias pode contribuir para a progressão da 
degeneração articular. Mais comum após os 50 anos. 
É por estresse biomecânico, genética, citocinas, etc 
 
Fibrilação da cartilagem articular 
 Artrite idiopática juvenil: antes dos 16 anos, é uma 
Oligoartrite sistêmica, sem nódulos reumatoides 
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 Espondiloartropatias soronegativas: provavelmente 
autoimune 
 Artrite infecciosa: artrite supurativa, infecção direta 
por microrganismos 
 Artrite de Lyme: infecção sistêmica por Borrelia 
burgdoferi 
 Gota e pseudogota: derivam de respostas 
inflamatórias desencadeadas pela precipitação de 
urato ou pirofosfato de cálcio, respectivamente. 
Gota: tem tofos, nefropatia gotosa 
 
Tofo gotoso (gota) 
 
Depósitos na cartilagem – material basofílio amorfo 
(pseudogota) 
Lesões que se assemelham a tumores: 
 Cistos gangliônicos e cistos sinoviais 
 Tumores de células gigantes tenossinoviais 
Tumores de tecidos moles 
 A categoria de neoplasias de tecidos moles 
descreve tumores que surgem de tecidos não epiteliais, 
excluindo-se o esqueleto, as articulações, o sistema 
nervoso central e os tecidos hematopoiético e linfoide. A 
maioria é benigno e esporádica, sem causa 
predisponente. Quanto mais superficiais forem, melhor o 
prognóstico 
 Lipoma: benigno, mais comum em adultos, 
subcutâneo de extremidades e tronco 
 
 Lipossarcoma: maligno, menos comuns, mais em 50-
60 anos, são profundos e no retroperitônio. Pode ser 
bem diferenciado, mixoide ou pleomórfico 
 
 
Tumores fibrosos: 
 Fasciite nodular: proliferação Fibroblástica e 
miofibroblástica, autolimitada, em membros 
superiores, com história de trauma. Confunde muito 
com sarcoma, histologicamente. 
 Fibromatoses: podem ser superficiais (deformidade 
local, inócua, fibroblastos proliferados associados ao 
colágeno abundante – plantar, peniana, palmar) e 
profundas (grandes massas infiltrativas, recorrentes, 
em adultos mais jovens; acometem parede 
abdominal, mesentério, etc 
 
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Tumores do tecido muscular 
esquelético 
A grande maioria é maligno; 
 Rabdomiossarcoma: é maligno mesenquimal com 
diferenciação muscular esquelética. Pode ser alveolar, 
embrionário, pleomórfico. É uma massa infiltrativa, 
cinza, com células semelhantes ao músculo 
esquelético. 
 
 Leioimioma: é uma neoplasia benigna de tecido 
muscular liso. Sem atipia 
 
 Leiomiossarcoma: menos comum; é maligno, mais 
em mulheres e em extremidades/retroperitônio. São 
massas firmes, indolores, volumosas, com atipias, 
mitoses e necrose 
 
Tumores de origem incerta 
 Sarcoma sinovial: 20-40 anos, raros; é uma massa 
profunda; são monofásicos ou bifásicos (mais 
comum). Não se sabe da onde é originado. 
 
 Sarcoma pleomórfico indiferenciado: maligno com 
células pleomórficas de alto grau. Grande, com 
necrose e hemorragia 
 
 
Tumores das bainhas dos nervos 
periféricos 
 Na maioria dos tumores das bainhas dos nervos, 
as células neoplásicas mostram evidências de 
diferenciação de células de Schwann. Há dor e perda da 
função. 
 Schwannoma: são tumores benignos circunscritos, 
usualmente encapsulados, tem uma proliferação 
dupla (uma bem celular e outra não) atinge as partes 
moles, raízes nervosas e órgãos internos. 
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Paliçadas – núcleos “agrupados” (em B); ajuda no 
diagnóstico 
 Neurofibromas: são benignos; não encapsulados; não 
formam nódulos bem delimitados; “manchas café 
com leite” na pele; plexiforme, difusos 
 
 Neuroma traumático: bem comum nos pés; é não 
neoplásico, 
 
Provável trauma pós cirurgia em parótida; lesionou o 
nervo 
Patologias não neoplásicas 
do SNC 
Introdução 
 Doenças graves, em maioria 
 Características únicas que refletem a função 
altamente especializada do SNC 
 Sinais e sintomas dependem da região cerebral 
afetada 
 Neurônio: unidade funcional do SNC que pode 
apresentar vulnerabilidade seletiva (devidoa 
propriedades distintas entre grupos de neurônios); 
não fazem divisão celular quando maduros → lesão 
pequena em área específica pode causar déficit 
 
Células da glia: 
 Astrócitos: sustentação de neurônios, controle da 
composição iônica e molecular do ambiente 
extracelular 
 Oligodendrócito: fazem bainha de mielina 
 Micróglia: fazem fagocitose; participam de 
inflamações 
 Epêndima: revestimento dos ventrículos e 
movimentação do líquor 
 
 
Lesão neuronal 
Neurônio vermelho: encolhimento do corpo celular, 
picnose do núcleo, desaparecimento do nucléolo, perda 
dos corpúsculos de Nissl e eosinofilia intensa do 
citoplasma 
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Gliose: processo de reparo e cicatrização do cérebro; 
o Aumento do número ou volume dos astrócitos e 
deposição de fibrilas gliais no tecido NC 
o Recente: muitos astrócitos gemistocísticos 
o Antiga: tecido fibrilar, delicadas e eosinófilas, poucos 
núcleos 
o É o achado mais comum ao redor dos infartos, 
hemorragias e abscessos, meses ou anos após a fase 
aguda. 
 
Substância branca com gliose 
Astrócitos gemistocísticos: tem vários prolongamentos, 
normalmente; o núcleo fica mais periférico e o citoplasma 
eosinofílico e brilhante. 
 
Doenças cerebrovasculares 
Distúrbios cerebrais causados por vasos sanguíneos: 
importante causa de óbito e sequelas neurológicas; 
causada por 3 principais mecanismos: oclusão trombótica, 
oclusão embólica e ruptura vascular. 
 AVC: forma aguda; pode ser por trombose ou 
embolia (isquemia) ou hemorragia. 
o Trombose ou embolia: causam perda de O2 e 
substratos metabólicos, o que leva ao infarto ou 
lesão isquêmica 
o Hemorragia: causa dano tecidual direto e então 
lesão isquêmica secundária. 
 Hipóxia, isquemia e infarto: o cérebro depende muito 
de O2 e glicose, recebendo cerca de 15-20% do 
débito cardíaco e do oxigênio. Há 2 mecanismos de 
privação de oxigênio: 
o Hipóxia funcional: por anemia extrema, altas 
altitudes, intoxicação por CO 
o Isquemia: pode ser transitória ou permanente; 
por hipotensão ou obstrução vascular 
 Isquemia cerebral global: é uma lesão hipóxico 
isquêmica difusa; pode ocorrer na hipotensão 
sistêmica grave (como paradas cardíacas e choques) 
o Leve: pode recuperar, causa quadros 
confusionais transitórios 
o Graves: estado vegetativo e morte encefálica 
o Morfologia: causa edema cerebral e perda da 
demarcação da substância B-C 
 12-24H: neurônios vermelhos → 
astrócitos e oligodendrócitos reacionais 
→ infiltrado neutrofílico 
 24h-2 semanas: necrose tecidual, 
macrófagos, proliferação vascular e 
gliose 
 Isquemia cerebral focal: geralmente é causada por 
oclusão arterial, a qual leva a isquemia e infarto. 
o Infarto embólico: mais comum, Êmbolos 
oriundos de trombos cardíacos, doença valvar 
ou placas carotídeas. O território da artéria 
cerebral média é o mais afetado. 
o Infarto trombótico: por placa de ateroma. 
o Morfologia: hemorrágicos e não hemorrágicos 
 Hemorrágicos: petéquias múltiplas; pode 
ter hematomas extensos; na 
microscopia: infarto isquêmico + 
extravasamento de hemácias e 
reabsorção 
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 Não hemorrágicos: no macro, parece 
normal nas primeiras horas; após 48h: 
tecido macio, pálido e com edema; após 
2-10dias: gelatinoso e friável; após 
semanas: liquefação + reabsorção do 
tecido. No micro: 24h: neurônios 
vermelhos e edema → proliferação 
endotelial e desintegração celular; dias: 
infiltração neutrofílica; semanas: 
macrófagos, fagocitose e liquefação 
 
Infarto anêmico de 1 semana no território da artéria 
cerebral média; aspecto amolecido 
 
 
 
A – infiltração por neutrófilos nas bordas, suprimento 
vascular intacto; B – 10° dia, macrófagos e gliose reativa; 
C – infartos antigos com áreas de perda tecidual e 
gliose residual 
Hemorragias intracranianas 
 Hemorragia intraparenquimatosa cerebral primária: é 
não traumática e mais comum em adultos e idosos; 
tem como causa principal a HAS; pode ou não ser 
assintomática. 
o Micro: sangue coagulado circundado por tecido 
edematoso (fagocitose) 
 
 Hemorragia subaracnoide: a causa mais comum do 
tipo não traumático é um aneurisma sacular 
(evaginação de parede fina de uma artéria – com 
revestimento de 1 camada da íntima hialinizada 
o Outras causas: MAV, coagulopatias, hemorragia 
intracerebral 
o Clínica: cefaleia intensa, perda de consciência 
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Malformações vasculares 
 4 tipos: malformações arteriovenosas (MAVs), 
telangiectasias capilares, malformações cavernosas e 
angiomas venosos 
 MAVs são mais comuns em homens, de 10-30 anos. 
Causam hemorragia e convulsões. 
 Macroscopia: rede emaranhada de vasos 
 Microscopia: vasos aumentados, paredes anormais 
com espessamento ou duplicação, sinais de 
hemorragia antiga 
 
MAV 
 
Cavernoma 
Outras doenças vasculares 
 Doença cerebrovascular hipertensiva: paredes ficam 
enfraquecidas, mais vulneráveis a ruptura; podem 
haver microaneurismas; podem ocorrer infartos 
lacunares (pequenos, mais na substância cinzenta) 
o Encefalopatia hipertensiva aguda: devido 
aos aumentos súbitos e prolongados da 
PA, há aumento da PA intracraniana, o 
que leva a disfunção cerebral global e 
sintomas como cefaleia, vômitos e 
confusão 
 
 
Infartos lacunares no núcleo caudado e putamen 
Infarto cerebral na sequência: 
 
Neurônios vermelhos: infarto/AVC 
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Doenças neurodegenerativas 
 Perda progressiva de neurônios 
 Afetam tipicamente os neurônios com 
interconexões funcionais similares 
Acúmulo de agregados proteicos: processo patológico 
compartilhado pela maioria das doenças 
neurodegenerativas (marco histológico) 
o Podem ser secundários as mutações 
o Produção excessiva de proteínas ou produção 
errônea 
o Acumulam-se dentro das células – podem ser 
tóxicos aos neurônios, gerando uma resposta 
inflamatória 
Principais doenças neurodegenerativas 
 Doença de Alzheimer: causa mais comum de 
demência em idosos; pode ser familiar ou esporádico 
(mais comum); há perda de memória, mudança de 
humor e comportamento alterado. Há acúmulo das 
proteínas Aβ e Tau 
o Aβ: acumula-se em forma de placas e, 
provavelmente, diminui o número de sinapses. 
o Tau: acumula em forma de emaranhados; 
está presente nos microtúbulos dos axônios 
o Há uma resposta inflamatória em micróglia e 
astrócitos contra os acúmulos das 2 proteínas; 
esses depósitos aparecem no cérebro bem 
antes do comprometimento cognitivo 
o Morfologia: atrofia cortical, alargamento dos 
sulcos, aumento ventricular compensatório 
 
A – placas cercando os núcleos centrais de depósito 
amiloide; micróglia e astrócitos reacionais; B – 
imunorreatividade para Abeta; C – emaranhados 
neurofibrilares, ressaltadas por coloração de prata em D 
 
Alterações neuropatológicas: deposição de material 
amiloide em três localizações diferentes no tecido 
nervoso central 
Citoplasma de neurônios: alterações neurofibrilares por 
Tau 
Tecido entre os corpos celulares (neurópilo): placas 
senis por Abeta 
Vasos da leptomeninge ou do parênquima: angiopatia 
amiloide 
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 Degeneração lobar frontotemporal: engloba vários 
distúrbios; há deterioração progressiva da linguagem 
e mudanças na personalidade. Podem haver 
depósitos de Tau. 
o Macroscopia: atrofia dos lobos frontal e 
temporal; perda neuronal e gliose 
o Microscopia: inclusões citoplasmáticas ou 
intranucleares 
 
A – atrofia do córtex; B – perda neuronal grave e 
gliose; C – Tau; 
 
 Doença de Parkinson: distúrbio do movimento; há 
perda de neurônios dopaminérgicos da substância 
negra; outras causas levam ao “parkisonismo”, como 
uso de antagonistas dopaminérgicos 
o Acúmulo de agregação de proteínas, 
anormalidades mitocondriais e perda neuronalna substância nigra e em outras partes do 
cérebro 
o Corpo de Lewy: inclusão contendo alta-
sinucleína, proteína envolvida da transmissão 
sináptica; 
 
Corpo de Lewy; Quando demência ocorre no prazo de 
1 ano após o início dos sintomas motores, é chamada 
demência com corpos de Lewy (DCL). 
 
 Doença ou Coreia de Huntigton: é um distúrbio 
autossômico dominantes com movimentos 
espasmóticos involuntários de todas as partes do 
corpo, de contorcionismo. Há degeneração do corpo 
estriado (caudado e putamen); a alteração na 
proteína huntingtina faz degradação celular proteica 
e proteólise, formando agregados intranucleares de 
caráter tóxico 
o Macro: cérebro pequeno, atrofia de núcleo 
caudado, ventrículos dilatados, atrofia cortical 
o Micro: perda de neurônios nas regiões 
afetadas, gliose, inclusões intranucleares de 
huntingtina nos neurônios remanescentes 
 Doença lateral amiotrófica ou Doença de Lou Gehrig: 
Morte de neurônios motores inferiores na medula 
espinhal e tronco encefálico, além de perda de 
neurônios motores superiores no córtex cerebral 
o Sintomas: Sensibilidade inalterada desnervação 
de músculos, atrofia muscular (amiotrofia), 
fraqueza e fasciculações (NMI), paresia, hiper-
reflexia, espasticidade, além de degeneração 
dos tratos corticoespinais na porção lateral da 
medula espinal (“esclerose lateral”) (NMS) 
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o Mais um homens, 50-60 anos; na fase mais 
final há envolvimento de músculos 
respiratórios 
o Patogenia: maioria é esporádica; alguns genes 
e mutações envolvidas; 10% familiar 
o Macro: raízes anteriores da medula, finas e 
cinzas; pode haver atrofia de giro pré-central 
o Micro: redução do número de neurônios no 
corno anterior, gliose reativa, perda de fibras 
mielinizadas 
 
Doenças da mielina 
 Mielina - isolante elétrico, permite a propagação 
rápida dos impulsos neurais 
 Tem várias camadas de membranas plasmáticas 
altamente especializadas, montadas pelos 
oligodendrócitos 
 Principalmente substância branca afetada 
Doenças desmielinizantes do SNC: condições adquiridas 
– esclerose múltipla 
 Esclerose múltipla: distúrbio desmielinizante 
autoimune caracterizado por episódios intermitentes 
de doença ativa, que produzem lesões 
interespaçadas na substância branca 
o Patogenia: resposta autoimune dirigida 
contra componentes da bainha de mielina 
o Mais em mulheres jovens 
o Surtos e remissões de déficits neurológicos 
 
 
Morfologia: lesões em placas, cor cinza-acastanhada, 
comuns perto dos ventrículos; placas ativas contém 
macrófagos abundantes, preenchidos com debris de 
mielina 
Leucodistrofias: Hereditárias, mielina produzida 
inadequadamente com renovação anormal (maioria 
causada por mutações que impedem a formação de 
proteínas necessárias para a formação das bainhas de 
mielina normais)

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