Buscar

Histologia UCVII

Prévia do material em texto

3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Embriologia Hepática 
 Fígado e vias biliares originam-se de um 
brotamento ventral, o divertículo hepático, da 
porção caudal do intestino anterior (duodeno), 
no início da 4° semana - começa os 
dobramentos do embrião 
 Cresce rapidamente da 5-10° semana – atinge 
10% do peso corporal do embrião 
 Ocupa grande porção da cavidade abdominal 
superior 
 Proliferação de células endodérmicas na 
extremidade distal do intestino primitivo → placa 
hepática → divertículo ou broto hepático → 
origina fígado, vias biliares, vesícula biliar e 
pâncreas ventral 
 O divertículos expande-se para o septo 
transverso e se divide em uma porção cranial 
(fígado) e caudal (vesícula) 
Associação com desenvolvimento do coração e 
pâncreas: o divertículo hepático e o broto ventral do 
pâncreas se desenvolvem a partir de duas populações 
celulares do endoderma. Fatores de crescimento de 
fibroblastos (FGps), secretados pelo coração em 
desenvolvimento, interagem com células bipotenciais e 
induzem a formação do divertículo hepático. 
O divertículo hepático expande-se para o septo 
transverso, uma massa de mesoderma esplâncnico 
situada entre o coração e o intestino médio. O septo 
transverso forma o mesentério ventral nessa região 
(diafragma) 
 
O fígado fetal não tem a conformação poliédrica do 
fígado adulto; a veia não está no centro; 
Os hepatócitos ainda não estão na sua conformação 
correta; difícil ver os sinusoides 
Há células hematopoiéticas, grandes e multinucleadas 
 Ilhas de células hematopoiéticas colonizam a 
região entre os hepatócitos e seus vasos 
circunjacentes para produzir células sanguíneas 
 O mesênquima que participa da formação do 
fígado e vesícula biliar é derivado do mesoderma 
cardiogênico 
Produção de bile: começa na 12° semana pelas células 
hepáticas; a pequena porção caudal do divertículo 
hepático dá origem à vesícula biliar; a entrada da bile no 
duodeno após a 13° semana dá cor verde-escura ao 
mecônio 
Hematopoese: faz a hematopoese no embrião, até o 5° 
mês após o nascimento (mas pode durar mais tempo). 
Produz Eritroblastos (eritrócitos), células granulocíticas, 
megacariócitos. Não tem função de detoxificação e 
produção de proteínas como no adulto. 
Células e estruturas do fígado 
 Hepatócitos 
 Sinusoides 
o Cordões hepáticos: primórdios dos 
sinusoides hepáticos 
 Estroma (sustentação) 
Hepatoblastos darão origem aos hepatócitos (produzem 
proteínas, captam os nutrientes) e colangiócitos 
(revestimento de ductos biliares intra-hepáticos) 
Células de Kupffer e Células de Ito: são formadas no 
embrião mas só terão função após o nascimento 
Fígado Fetal X Adulto 
Fetal: 
 Não tem os lóbulos hepáticos 
 Tem células hematopoiéticas (linhagem branca, 
vermelha e plaquetas), até o 5° mês de vida 
 Não tem função de detoxificação ou produção 
de proteína 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
 
Adulto: 
 Tem lóbulos hepáticos 
 Não tem células hematopoiéticas 
 Tem função de detoxificação e produção de 
proteína 
 
Embriologia do Sistema Nervoso 
O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que 
se origina de fora ou do interior do organismo. Ao ser 
estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os 
impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por 
distâncias relativamente grandes. É dividido em: 
 SN Central – encéfalo e medula espinhal 
 SN Periférico – nervos e gânglios nervosos 
 SN Autônomo – partes do central e parto do 
periférico; músculo liso, músculo cardíaco, 
epitélio glandular; simpático e parassimpático 
Os quais são compostos de: 
 Neurônios – função recepção e transmissão dos 
estímulos 
o Motores (eferentes) 
o Sensoriais (aferentes) 
o Interneurônios 
 Células da Glia ou Neuróglia – sustentação, 
nutrição e proteção dos neurônios 
o Astrócitos: sustentação do SN 
o Oligodendrócitos: produzem bainhas de 
mielina (isolantes elétricos) em vários 
axônios 
o Micróglias: células fagocitárias 
o Células de Schwann: produzem bainhas 
de mielina num único axônio 
OBS.: Essa bainha de mielina atua como isolante elétrico 
e contribui para o aumento da velocidade de propagação 
do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é 
contínua, entre uma célula de Schwann e outra existe 
uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta 
a existência de uma constrição (estrangulamento) 
denominada nódulo de Ranvier. 
Por volta da 3° semana ocorre a gastrulação, ou seja, 
divisão em 3 folhetos: 
 Ectoderma: pele e SN 
 Mesoderma: músculos e partes moles 
 Endoderma: TGI, respiratório, revestimento de 
órgãos; 
 
Tubo Neural 
 Na 2° semana parte da ectoderme diferencia-se 
em placa neural 
 O tubo neural é originado a partir da placa neural 
perto do 22-23° dia, por meio de uma 
invaginação: 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
 Pregas neurais se fundem, dando origem ao 
sulco neural, o qual se fecha e forma o tubo 
neural 
 Cranial ao 4° par de somitos 
 Esse fechamento ocorre primeiramente na 
região medial; o rostral fecha-se por volta do 25° 
dia; caudal 27° dia 
 O tubo neural origina o SNC – encéfalo, 
cerebelo, medula, tronco entre a 3° e a 4° 
semana 
 As cristas neurais originam o SNP – SNP e 
gânglios autônomos 
 
Durante a gastrulação, se formam a linha 
primitiva, as camadas germinativas e a notocorda. 
Notocorda 
É formada através da migração de células 
mesenquimais através da linha primitiva. Essas células 
migram do nó e da fosseta primitiva formando o cordão 
celular mediano, o qual dará origem ao processo 
notocordal. Logo ela adquire um lúmen, o canal 
notocordal. 
Função: define o eixo longitudinal do embrião; induz a 
formação do tubo neural a partir da placa neural, por 
volta do 22-23° dias. Ademais, contribui para a formação 
de discos IV 
 
A neurulação completa-se na 4° semana 
Desenvolvimento do Cérebro 
Início na 3° semana com a placa e o tubo neurais 
a partir do neuroectoderme; há 3 vesículas primárias 
Vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo, 
mesencéfalo e rombencéfalo (anterior, médio e 
posterior) 
 
 
Vesículas encefálicas secundárias: 5 semanas 
 Prosencéfalo → telencéfalo e diencéfalo 
o Telencéfalo: córtex cerebral/hemisférios 
o Diencéfalo: epitálamo, tálamo e 
hipotálamo 
 Mesencéfalo: tronco 
 Rombencéfalo → metencéfalo e mielencéfalo 
o Metencéfalo: cerebelo e ponte (4° 
ventrículo) 
o Mielencéfalo: bulbo 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Falhas do desenvolvimento: como por exemplo; 
falha no fechamento rostral e/ou caudal; espinha bífida, 
anencefalia, craniorraquisquise, encefalocele 
 Desenvolvimento do encéfalo: tem diversas 
flexuras: flexura do mesencéfalo, flexura cervical e flexura 
pontina 
Metencéfalo: como dá origem ao cerebelo, tem a 
divisão filogenética: 
 Arquicerebelo: relacionado com vestíbulo (+ 
primitivo, seres mais simples) 
 Paleocerebelo: informação sensorial dos 
membros (2° fase evolutiva) 
 Neocerebelo: lobo posterior; controle seletivo 
dos movimentos dos membros 
O Mesencéfalo sofre menos alterações; dará origem, 
além do tronco, ao canal neural e ao aqueduto cerebral 
(o qual conecta o 3° e 4° ventrículos); contém grupos 
de neurônios (reflexo visual e auditivo – colículos), 
substância nigra e pedúnculos 
O Prosencéfalo terá 2 protuberâncias laterais: as 
vesículas ópticas, as quais são os primórdios da retina e 
do nervo óptico; ainda, as vesículas telencefálicas são os 
primórdios dos hemisférios. 
 
 Diencéfalo: 3 intumescências se desenvolvem 
para formar o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. 
 Tálamo: duas massas ovoides unidas por adesão 
Inter talâmica 
 Hipotálamo: Proliferação de neuroblastos - 
atividade endócrina e homeostase 
 Epitálamo e Pineal 
Desenvolvimento da medula espinhal 
Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão 
das pregas neurais, o tubo neural é constituído por 
células neuroepiteliais,que formam a camada 
neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo neural caudal 
fechado, as células neuroepiteliais → as células nervosas 
primitivas ou neuroblastos, que formam a camada do 
manto → forma a camada marginal. Isso irá formas as 3 
zonas 
 
As paredes se espessam até formar um minúsculo 
canal central, por volta da 9-10° semana 
 Zona Ventricular: constituída por células 
neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão 
origem a todos os neurônios e células macrogliais 
da medula espinhal. É a mais interna 
 Zona Intermediária: formada por neuroblastos, 
provenientes das células neuroepiteliais em 
divisão da zona ventricular. Neuroblastos se 
tornam neurônios. 
 Zona Marginal: composta pelas partes externas 
das células neuroepiteliais. É a futura substância 
branca da medula espinhal É a mais externa 
 
O terço caudal da placa e do tubo neural representa a 
futura medula espinhal 
Células 
Neuroblastos 
 Neurônios 
 Células neuroepiteliais → neuroblastos → 
neurônios 
Glioblastos ou Espongioblastos 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
 Células neuroepiteliais 
 Células de sustentação primordiais 
 Dão origem aos Astrócitos e Oligodendrócitos 
 
Placa alar (dorsal – aferente) e Placa basal (ventral – 
eferente) 
Células Mesenquimais 
 Dão origem às células microgliais: disseminadas 
por toda a substância branca e cinzenta da 
medula; invade o SNC e faz parte do sistema 
fagocitário 
Meninges 
Originam-se a partir das células da crista neural e do 
mesênquima, entre 20-35 dias; migram para circundar o 
tubo neural; dividida em: 
 Externa: dura-máter 
 Internas: aracnoide-máter e pia-máter 
Plexo coroide e Líquido cérebro-espinhal 
 Líquor forma-se pela 5° semana 
 Plexo coroide secreta LCE 
 A Absorção ocorre pelo sistema venoso – 
vilosidades aracnoides – seios venosos durais 
 
Desenvolvimento do SNP 
 Crista neural: nervos cranianos, espinhais e 
viscerais, gânglios cranianos espinhais e 
autônomos; neurônios aferentes, revestidos por 
cápsula de células de Schwann (as quais também 
derivam da crista neural) 
 Gânglios sensoriais formados por células da crista 
neural (NC V, VII, IX, VIII e X) 
 Neurônios multipolares dos gânglios autônomos 
(como tronco simpático, plexo celíaco, 
mesentérico, etc) 
 Células paraganglionares retroperitoniais e células 
da medula adrenal 
Nervos espinhais: motores originados da medula, no 
final da 4° semana; surgem da placa basal da medula 
Mielinização: bainhas ricas em lipídios – isolante 
elétrico – condução mais rápida e eficiente; início na fase 
final do período fetal; continuam a ser formadas 1 ano 
após o nascimento; 
 Oligodendrócitos em volta do axônio 
 Células de Schwann nos nervos periféricos 
Nervos Espinhais: raiz nervosa ventral – músculos; 
dorsal – gânglios espinhais; se unem pra formar o nervo 
espinhal 
Nervos cranianos: 12 pares formados entre 5-6° 
semana; IV, VI, XII e III – motores; nervos dos arcos 
faríngeos: V, VII, IX, X, XI – aferentes e eferentes; 
sensoriais especiais: I, II e VIII 
 
Desenvolvimento pós-natal: o crescimento do 
cérebro não é regular/contínuo; há picos de 
desenvolvimento – saltos cognitivos; o feto assimila 
estímulos sonoros, gustativos e superficiais; 
desenvolvimento psíquico e social até o 5° ano de vida 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Embriologia Cardiovascular 
 O sistema cardiovascular inicia o seu 
desenvolvimento no final da 3° semana 
 O coração começa a bater no início da 4° 
semana (22-23 dia) 
 Mesoderma esplâncnico → células 
mesenquimais → agregados celulares isolados 
→ tubos cardíacos → usem-se para formar o 
primórdio do sistema cardiovascular 
 Coração primitivo: bulbo cardíaco + ventrículo + 
átrio + seio venoso 
 A septação em 4 cavidades ocorre entre 4-8 
semanas 
 Tronco arterial: primórdio de aorta e tronco 
pulmonar 
 3 sistemas venosos: 
o Sistema vitelino → sistema portal 
o Veias cardinais → sistema cava 
o Sistema umbilical → desaparece após o 
nascimento 
 Arcos aórticos na 6-8 semana → artérias 
carótidas, subclávias e pulmonares 
 Período crítico do desenvolvimento: 20-50° dia 
após fecundação 
 Uma vez que os pulmões não são funcionantes 
durante a vida pré-natal, o sistema cardiovascular 
fetal é planejado estruturalmente de maneira 
que o sangue seja oxigenado na placenta e em 
grande parte desviado dos pulmões. 
 O sistema linfático começa a se desenvolver no 
final da sexta semana em íntima associação ao 
sistema venoso. Inicialmente, desenvolvem-se 
seis sacos linfáticos, que, posteriormente, se 
tornam interconectados pelos vasos linfáticos. Os 
linfonodos desenvolvem-se ao longo da rede de 
vasos linfáticos; nódulos linfoides não aparecem 
até próximo ou após o nascimento. 
Coração e Vasos Sanguíneos 
No meio da 3° semana, o sistema vascular e o 
coração primitivo começam a aparecer; antes disso, a 
nutrição e oxigenação era feita por osmose 
Mesoderma irá formar o coração: 
 Campo cardíaco primário: formará os cordões 
 Campo cardíaco secundário: é medial; provém 
do mesoderma faríngeo 
A partir da crista neural, forma-se o sistema de 
condução do coração (nó AS, feixe de Hiss) 
As veias são vasos que vão para o coração e as 
artérias vasos que saem do coração; são diferenciadas 
dessa maneira pois não há diferença histológica 
 
 18° dia, mesoderma lateral: a esplancnopleura 
(mesoderma próxima da vesícula umbilical) 
origina quase todos os componentes do 
coração; 
 Mesoderma faríngeo → células endocárdicas → 
tubos cardíacos direito e esquerdo (antes do 
dobramento) 
Com os dobramentos do embrião, os tubos 
endocárdicos se aproxima, se fundem e formam o tubo 
cardíaco, de forma craniocaudal. Esse dobramento torna 
o coração ventral. 
 Fluxo sanguíneo começa na 4° semana. Todo o 
sistema cardiovascular será formado da 3-4 
semanas 
Veias associadas ao coração embrionário 
Veias vitelinas: retornam sangue pobre em 
oxigênio da vesícula umbilical (futuro intestino), 
acompanhando o ducto onfalomesentérico para dentro 
do embrião. Forma maior parte sistema porta hepático 
e uma porção da veia cava inferior. 
Veias umbilicais: transportam sangue bem 
oxigenado do saco coriônico, a cada lado do fígado e 
transportam sangue oxigenado da placenta para seio 
venoso. Conforme fígado se desenvolve perdem 
conexões com o coração e se esvaziam no fígado. 
Veias cardinais comuns: retornam sangue pobre 
em oxigênio do corpo do embrião para o coração. 
Principal sistema de drenagem venosa do embrião – 
formará a veia cava superior 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Veia cava inferior: após série de alterações nas 
veias primitivas do tronco quando sangue retorna da 
parte inferior e vai da esquerda para a direita. 4 
segmentos principais: hepático, pré-renal, renal e pós-
renal 
Anomalias: 
 Veia cava superior dupla: veia cava superior 
esquerda. 
 Veia cava superior esquerda: formada pela veia 
cardinal anterior esquerda (ao invés da direita) e 
veia cardinal comum. Sangue da direita pela veia 
braquiocefálica à VCS anormal 
 Ausência do seguimento hepático da veia cava 
inferior. Veias hepáticas se abrem direito no átrio 
direito. 
 Veia cava inferior dupla: incomum. Dois vasos 
para as veias renais, esquerdo menor 
Artérias 
Artérias dos Arcos Faríngeos e outros Ramos: 
 Surgem do saco aórtico e terminam na aorta 
dorsal, durante 4ª e 5ª semanas 
 Células da crista neural 
 Aortas dorsais se fundem nas porções caudais 
(aorta tóraco-abdominal), do restante a direita 
regride e a esquerda – aorta primitiva. 
Artérias intersegmentares: 30 ou mais ramos da aorta 
dorsal passam entre e perfundem os somitos e seus 
derivados, no pescoço formam artéria vertebral de cada 
lado. No tórax as intersegmentares permanecem como 
intercostais. No abdomen se tornam artérias lombares. 5º 
par de intersegmentares lombares permanecem como 
ilíacas comuns. Na região sacral: artériassacrais laterais. 
Artérias vitelínicas e Umbilicais: 
Três derivados da artéria vitelina: 
 Tronco arterial celíaco para intestino anterior 
 Artéria mesentérica superior intestino médio 
 Artéria mesentérica inferior para intestino 
posterior 
Artérias umbilicais: sangue pobre em oxigênio para 
placenta, formam artérias ilíacas internas e artérias 
vesicais superiores (proximal). Distal formam ligamentos 
umbilicais médios. 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Desenvolvimento Final do Coração 
 Miocárdio: vem do mesoderma esplâncnico ao 
redor da cavidade pericárdica 
 Entre miocárdio e endocárdio: geleia cardíaca 
 Endocárdio: revestimento interno, endotelial 
 Epicárdio: superfície externa, vem das células 
mesoteliais (mesmas células que formam a 
pleura e o peritônio) 
O coração se alonga e forma dilatações e 
constrições: bulbo cardíaco, ventrículos, átrios e seio 
venoso 
 Tronco arterioso = artérias do arco aórtico 
 Giro para a direita (faz com que os átrios, 
originados em baixo, girem para cima; 
ventrículos giram para baixo) 
 Conforme ele se alonga, invagina-se no celoma 
→ pericárdio 
 
 
Contrações Cardíacas 
 
São como ondas do átrio para o ventrículo; no 
começo, têm fluxo e refluxo. Na 4° semana, confere um 
fluxo unidirecional. Sangue entra no seio venoso de 
embrião através das veias cardinais comuns, placenta em 
desenvolvimento pelas veias umbilicais e vesícula umbilical 
através das veias vitelinas. 
Válvulas sinoatriais controlam entrada no átrio 
primitivo, depois passa para canal atrioventricular e para 
ventrículo primitivo. Deste vai para bulbo cardíaco e do 
tronco arterioso para o saco aórtico, do qual é distribuído 
para as artérias do arco faríngeo e para aorta dorsal para 
distribuir para embrião, vesícula umbilical e placenta. 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Saco cardíaco: superior (tronco arterial) medial 
(ventrículos) distal (átrios); 28° dia – rotação pra direita e 
átrios são jogados para direita, torcida e jogada para trás 
do coração; ventrículos vem pra baixo 
Septação 
 Começa no meio da 4° semana e completa-se 
ao final da 8° semana 
Ao final da 4° semana: o átrio é dividido em direito 
e esquerdo. Os septos primum e secundum juntam-se 
para formar o forame primum → forame secundum → 
cresce um septum secundum → 5-6 semana forma o 
forame oval, o qual se fecha após o nascimento 
 A mistura de sangue oxigenado e não oxigenado 
na vida fetal é normal 
Sistema de Condução 
 Nó AS: 5° semana no alto do átrio direito 
 Incorporação do seio venoso → nó AV e feixe 
AV 
 Crista neural 
Septação do ventrículo 
 Iniciada pela crista mediana 
 Miócitos da parede dos ventrículos primitivos 
direito e esquerdo contribuem para formação da 
porção muscular do septo interventricular 
 Forame interventricular até a sétima semana; 
fecha-se antes da formação do forame oval 
 
Conexões venosas pulmonares anômalas: 
quando nenhuma das veias pulmonares conecta-se com 
o átrio esquerdo ou se unem em uma confluência 
posterior ao átrio esquerdo. 
Defeitos congênitos 
Ocorrem de 6-8 a cada mil nascimentos; alguns 
são por um único gene ou mecanismo; a exposição a 
teratógenos aumenta seu risco (como a rubéola) 
 Dextrocardia: tubo cardíaco se dobra para esquerda 
e não para direita 
 Ectopia cardíaca: parcialmente ou completamente 
exposto, não fusão do esterno e saco pericárdico 
aberto 
 Defeitos do septo atrial: mais comum em mulheres 
e é a persistência do forame oval. 
 Defeito ostium secundum, defeito seio venoso, 
defeito do coxim endocárdico e do ostium primum 
e defeito do átrio comum 
 Defeitos do septo ventricular: 25% dos defeitos 
cardíacos. Fechamento incompleto forame 
interventricular, ventrículo único. 
 Tronco arterioso persistente: único vaso que forma 
tronco pulmonar e aortas ascendente. DSV 
 Defeito do septo aórtico pulmonar: abertura entre 
aorta e tronco pulmonar 
 Transposioção de grandes artérias: causa comum de 
doença cardíaca cianótica em RN (DAS, DSV) 
 Divisão desigual do tronco arterioso. DSV 
 Tetralogia de Fallot: cianose (EAP, DSV, DA, HVD) 
 Estenose e atresia aórticas: hipertrofia VE e sopros 
 Síndrome do coração esquerdo hipoplásico 
 Coarctação de aorta 
 Artéria dupla do arco faríngeo: rara ◦ Arco direito da 
aorta 
 Artéria subclávia direita anômala 
Embriologia do Sistema Respiratório 
 Os órgãos respiratórios começam a se formar 
aproximadamente no 28° dia/final da 4° semana 
 Assoalho caudal do Intestino anterior → 
divertículo respiratório (faringe primitiva) 
 Até o final da 4° semana sulco laringotraqueal se 
projeta → divertículo laringotraqueal 
 Divertículo Laringotraqueal: é o broto pulmonar; 
formará um tubo laringotraqueal (a partir do 
septo traqueoesofágico até o fim da 5° semana) 
parte ventral (primórdio da laringe, traqueia, dos 
brônquios e pulmões) e uma parte dorsal 
(orofaringe e esôfago) 
 O endoderma do sulco laringotraqueal origina o 
epitélio pulmonar e as glândulas da laringe, da 
traqueia, dos brônquios, como também o epitélio 
pulmonar. 
 O tecido conjuntivo, cartilagens e musculatura 
lisa dessas estruturas se desenvolvem do 
mesoderma esplâncnico que envolve o intestino 
anterior 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
 
 Tubo laringotraqueal → ramificações → brotos 
brônquicos primários, secundários, terciários... 
 5° semana – primórdio do brônquio principal 
 7° semana – brônquios segmentares começam 
a se formar 
 24° semana – bronquíolos respiratórios (últimos 
antes dos alvéolos) 
 
Fases de maturação dos pulmões e semanas 
 Embrionário (4-7 semanas) 
Estruturas muito rudimentares, iniciais; 
 
 Pseudoglandular (5-17 semanas) 
 As estruturas alveolares lembram glândulas 
exócrinas nos cortes histológicos; respiração impossível, 
pois não tem vasos, ou seja, não haveria troca gasosa 
 
 
 Canalicular (16-26 semanas) 
 Luz dos brônquios maiores; bronquíolos; o tecido 
torna-se vascularizado; a respiração é possível ao final 
desse período, com 26-27 semanas; quando os sacos 
alveolares são formados 
 
 Saco terminal (24 semanas-nascimento) 
 Capilares protuberantes; vascularização bem 
formada; alvéolos primitivos; epitélio mais delgado, mas 
não como no adulto (1 camada de pneumócitos tipo 1). 
Barreira hematoaérea formada, porém precisa 
amadurecer; começa a produzir surfactante (20-22 
semanas; pico no final da gestação) 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
 
 Alveolar (nascimento-8 anos de idade) 
 Estágio de amadurecimento; novos alvéolos 
surgem; a membrana fica mais delgada; a troca gasosa 
fica mais eficiente; completo até os 3 anos, mas novos 
alvéolos surgem até os 8 anos 
 
 
Pulmão adulto 
Malformações respiratórias 
Atresia Laríngea 
 Obstrução; falha na recanalização da faringe 
 Anomalia rara 
 Pulmões repletos de líquido 
 Ascite e hidropsia 
Fístula Traqueoesofágica 
 Comunicação entre traqueia e esôfago 
 Mais comum em meninos 
 85% associados a atresia esofágica 
 Divisão incompleta de parte do intestino anterior, 
na 4° semana 
 
Infecções no período perinatal 
Pneumonias transplacentária 
 Rubéola, varicela, CMV, herpes vírus, HIV, 
influenza (em maioria, vírus) 
Pneumonias adquiridas no período perinatal 
 Congênita (parto e nascimento) 
 Sintomas após o nascimento, pouco dias 
 Principais: bactérias – estreptococos, gram 
negativas; Klebsiella, E coli, pseudomonas, etc 
Pneumonias adquiridas no período pós natal 
 Pseudomonas, Flavobacterium, Klebsiella, 
Serratia marcescens 
 Contaminação das mãos de profissionais da 
saúde: Staphylococos aureus 
 CMV, ou hemoderivados ou leite materno 
 
Síndrome da Angústia Respiratória ou Doença da 
Membrana Hialina 
 Por volta da 20a semana, os pneumócitos do tipo 
II começam a secretar surfactante pulmonar. A deficiência 
de surfactante resulta na síndrome da deficiênciarespiratória ou doença da membrana hialina (DMH). 
 Há incapacidade do pulmão imaturo de sintetizar 
surfactante suficiente. Com a primeira respiração do 
recém-nascido saudável, o surfactante recobre a 
superfície dos alvéolos, reduzindo a tensão de superfície 
e a pressão necessária para mantê-los abertos. 
 Em um pulmão com deficiência de surfactante, 
os alvéolos tendem a colabar e necessitam de um maior 
esforço na inspiração para manter a abertura dos 
alvéolos. O bebê fica cansado e causa atelectasia 
generalizada, assim como hipóxia e à formação de 
membranas hialinas. 
 Quanto mais prematuro, mais chance de 
desenvolver a SAR 
 Pacientes mais acometidos: bebês prematuros, 
gênero masculino, diabetes materno e parto 
cesáreo 
Outras causas: sedação excessiva da mãe, lesões na cabeça 
do feto durante o parto, aspiração de sangue ou de líquido 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
amniótico e hipóxia intrauterina secundária à compressão pelo 
enrolamento do cordão umbilical ao redor do pescoço 
 
 
SAR; há atelectasia e espessas membranas hialinas 
eosinofílicas revestindo os alvéolos dilatados 
Formação de membranas hialinas: formadas por células 
epiteliais necrosadas e proteínas plasmáticas extravasadas 
 A síntese de surfactante é regulada por 
hormônios → corticosteroides estimulam a 
formação de lipídeos surfactantes e proteínas 
associadas. 
 As condições associadas ao estresse intrauterino 
e à restrição de crescimento fetal, que 
aumentam a liberação de corticosteroide, 
reduzem os riscos de desenvolvimento de SAR. 
Sabe-se que o trabalho de parto aumenta a 
produção de surfactante. 
Embriologia do Timo, Baço e Linfonodos 
Timo 
 Órgão linfoide primário 
 Folheto embrionário: endoderme (epitélio 
escamoso) e mesoderma (células tronco → 
tecido linfoide); crista neural pode participar da 
formação 
 Estruturas de origem: 3° par de bolsas faríngeas 
 Corpúsculos de Hassal: células dos cordões 
epiteliais se dispõem em torno de um ponto 
central, formando pequenos grupos de células 
 Origem dos linfócitos tímicos: derivam das 
células-tronco hematopoiéticas 
 Função: maturação de LT 
 5° semana 
 Crescimento irá terminar após o nascimento 
 Depois da puberdade, regride 
Endoderma → células epiteliais → tubos epiteliais → 
cordões e ramos laterais → se tornam os eixos de cada 
lobo do timo 
Mesoderme → timócitos → precursores dos LT 
 
 
 
 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Baço 
 Órgão linfático vascular 
 Folheto embrionário de origem: mesoderme; 
células mesenquimais no mesogástrio dorsal: 
cápsula, tecido conjuntivo e mesênquima 
 Semana de formação: 5° semana 
 Formato Final: é lobulado no feto, mas os lóbulos 
normalmente desaparecem antes do 
nascimento, no período fetal. 
 Funções: hematopoese até 28 semanas; 
destruição de hemácias; função imune 
 Baços acessórios 
 
 
+ Polpa branca 
Linfonodos 
 Origem (4 estruturas): 
o Os sacos linfáticos (6) são: sacos 
jugulares (2), sacos ilíacos (2), saco 
retroperitoneal (1) e cisterna do quilo (1) 
o Jugular: drena cabeça, pescoço e 
MMSS 
o Ilíacos: MMII 
o Retroperitoneal e cisterna do quilo: 
abdominal 
 Sacos são preenchidos por mesoderme: tecido 
conjuntivo, seios e cápsula dos linfonodos; 
 Linfócitos: até o nascimento, vêm do timo 
 Ductos torácicos esquerdo (cranial) e direito 
(caudal) → ducto comum, que conecta saco 
jugular e a cisterna do quilo 
 Formação no final de período embrionário, 7-8 
semanas 
 Vasos linfáticos de conexão – fazem a 
drenagem dos líquidos e desemboca no coração 
 Exceto na parte superior da cisterna do quilo, os 
sacos linfáticos são transformados em grupos de 
linfonodos durante o início do período fetal. Células 
mesenquimais invadem cada saco linfático e dividem sua 
cavidade em uma rede de canais linfáticos - os primórdios 
de seios linfáticos. Outras células mesenquimais originam 
a cápsula e a trama conjuntiva do linfonodo. 
 
 
 
 
3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 
Exantemas 
 Lesões avermelhadas, de padrões e tamanhos 
variados. 
 Reações adversas do sistema imune: 4 tipos de 
reações de hipersensibilidade (I, II, III e IV). 
 Sistema imune da pele: linfócitos recirculando 
continuamente, do sangue para os tecidos e destes para 
sistema linfático – tráfico ou homing. 
 Pele normalmente contém somente linfócitos T, 
maioria ao redor de vênulas pós-capilares da derme 
superior próximo aos anexos, 2% na epiderme (T 
supressor expressando CD8). Na derme linfócitos T-
helper CD4 e CD8 em quantidades iguais. 
 Mais linfócitos e outras células como neutrófilos, 
eosinófilos e macrófagos são chamados quando 
necessário. 
 Células de Langerhans: apresentadoras de 
antígenos para macrófagos e linfócitos 
presentes na derme e epiderme; vírus 
 Queratinócitos: produzem citocina. 
 Resposta imune doenças cutâneas: Células de 
Langerhans processam antígeno (moléculas de classe II 
MHC) atravessa a epiderme → na derme chega aos 
linfáticos que os levam a região de células T no linfonodo. 
Apresentam antígeno junto ao MHC classe II à célula T 
apropriada, ativando-a e sensibilizando-a. o Proliferação de 
células T de memória. 
 Pelos linfáticos eferentes e vasos sanguíneos, as 
células migram para a pele afetada levando à reação 
inflamatória transitória. 
 Ficam células T de memória na pele. 
Num próximo contato com antígeno, são ativadas e 
chamam mais células para o local, por ativação de células 
endoteliais das vênulas da derme, que se tornam mais 
altas e cuboides. 
 VCAM-1 células endoteliais se ligam ao VLA-4 
dos linfócitos T sensibilizados, os quais migram para o 
tecido causando inflamação. 
 Vírus: dependem das células. Estas possuem 
receptores para algumas proteínas presentes na 
superfície do vírus 
 
Vermelhidão = vasodilatação → maior fluxo sanguíneo 
levando células de defesa 
 Pele inflamada: muitos linfócitos na derme

Outros materiais