Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Embriologia Hepática Fígado e vias biliares originam-se de um brotamento ventral, o divertículo hepático, da porção caudal do intestino anterior (duodeno), no início da 4° semana - começa os dobramentos do embrião Cresce rapidamente da 5-10° semana – atinge 10% do peso corporal do embrião Ocupa grande porção da cavidade abdominal superior Proliferação de células endodérmicas na extremidade distal do intestino primitivo → placa hepática → divertículo ou broto hepático → origina fígado, vias biliares, vesícula biliar e pâncreas ventral O divertículos expande-se para o septo transverso e se divide em uma porção cranial (fígado) e caudal (vesícula) Associação com desenvolvimento do coração e pâncreas: o divertículo hepático e o broto ventral do pâncreas se desenvolvem a partir de duas populações celulares do endoderma. Fatores de crescimento de fibroblastos (FGps), secretados pelo coração em desenvolvimento, interagem com células bipotenciais e induzem a formação do divertículo hepático. O divertículo hepático expande-se para o septo transverso, uma massa de mesoderma esplâncnico situada entre o coração e o intestino médio. O septo transverso forma o mesentério ventral nessa região (diafragma) O fígado fetal não tem a conformação poliédrica do fígado adulto; a veia não está no centro; Os hepatócitos ainda não estão na sua conformação correta; difícil ver os sinusoides Há células hematopoiéticas, grandes e multinucleadas Ilhas de células hematopoiéticas colonizam a região entre os hepatócitos e seus vasos circunjacentes para produzir células sanguíneas O mesênquima que participa da formação do fígado e vesícula biliar é derivado do mesoderma cardiogênico Produção de bile: começa na 12° semana pelas células hepáticas; a pequena porção caudal do divertículo hepático dá origem à vesícula biliar; a entrada da bile no duodeno após a 13° semana dá cor verde-escura ao mecônio Hematopoese: faz a hematopoese no embrião, até o 5° mês após o nascimento (mas pode durar mais tempo). Produz Eritroblastos (eritrócitos), células granulocíticas, megacariócitos. Não tem função de detoxificação e produção de proteínas como no adulto. Células e estruturas do fígado Hepatócitos Sinusoides o Cordões hepáticos: primórdios dos sinusoides hepáticos Estroma (sustentação) Hepatoblastos darão origem aos hepatócitos (produzem proteínas, captam os nutrientes) e colangiócitos (revestimento de ductos biliares intra-hepáticos) Células de Kupffer e Células de Ito: são formadas no embrião mas só terão função após o nascimento Fígado Fetal X Adulto Fetal: Não tem os lóbulos hepáticos Tem células hematopoiéticas (linhagem branca, vermelha e plaquetas), até o 5° mês de vida Não tem função de detoxificação ou produção de proteína 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Adulto: Tem lóbulos hepáticos Não tem células hematopoiéticas Tem função de detoxificação e produção de proteína Embriologia do Sistema Nervoso O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que se origina de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes. É dividido em: SN Central – encéfalo e medula espinhal SN Periférico – nervos e gânglios nervosos SN Autônomo – partes do central e parto do periférico; músculo liso, músculo cardíaco, epitélio glandular; simpático e parassimpático Os quais são compostos de: Neurônios – função recepção e transmissão dos estímulos o Motores (eferentes) o Sensoriais (aferentes) o Interneurônios Células da Glia ou Neuróglia – sustentação, nutrição e proteção dos neurônios o Astrócitos: sustentação do SN o Oligodendrócitos: produzem bainhas de mielina (isolantes elétricos) em vários axônios o Micróglias: células fagocitárias o Células de Schwann: produzem bainhas de mielina num único axônio OBS.: Essa bainha de mielina atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. Por volta da 3° semana ocorre a gastrulação, ou seja, divisão em 3 folhetos: Ectoderma: pele e SN Mesoderma: músculos e partes moles Endoderma: TGI, respiratório, revestimento de órgãos; Tubo Neural Na 2° semana parte da ectoderme diferencia-se em placa neural O tubo neural é originado a partir da placa neural perto do 22-23° dia, por meio de uma invaginação: 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Pregas neurais se fundem, dando origem ao sulco neural, o qual se fecha e forma o tubo neural Cranial ao 4° par de somitos Esse fechamento ocorre primeiramente na região medial; o rostral fecha-se por volta do 25° dia; caudal 27° dia O tubo neural origina o SNC – encéfalo, cerebelo, medula, tronco entre a 3° e a 4° semana As cristas neurais originam o SNP – SNP e gânglios autônomos Durante a gastrulação, se formam a linha primitiva, as camadas germinativas e a notocorda. Notocorda É formada através da migração de células mesenquimais através da linha primitiva. Essas células migram do nó e da fosseta primitiva formando o cordão celular mediano, o qual dará origem ao processo notocordal. Logo ela adquire um lúmen, o canal notocordal. Função: define o eixo longitudinal do embrião; induz a formação do tubo neural a partir da placa neural, por volta do 22-23° dias. Ademais, contribui para a formação de discos IV A neurulação completa-se na 4° semana Desenvolvimento do Cérebro Início na 3° semana com a placa e o tubo neurais a partir do neuroectoderme; há 3 vesículas primárias Vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo (anterior, médio e posterior) Vesículas encefálicas secundárias: 5 semanas Prosencéfalo → telencéfalo e diencéfalo o Telencéfalo: córtex cerebral/hemisférios o Diencéfalo: epitálamo, tálamo e hipotálamo Mesencéfalo: tronco Rombencéfalo → metencéfalo e mielencéfalo o Metencéfalo: cerebelo e ponte (4° ventrículo) o Mielencéfalo: bulbo 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Falhas do desenvolvimento: como por exemplo; falha no fechamento rostral e/ou caudal; espinha bífida, anencefalia, craniorraquisquise, encefalocele Desenvolvimento do encéfalo: tem diversas flexuras: flexura do mesencéfalo, flexura cervical e flexura pontina Metencéfalo: como dá origem ao cerebelo, tem a divisão filogenética: Arquicerebelo: relacionado com vestíbulo (+ primitivo, seres mais simples) Paleocerebelo: informação sensorial dos membros (2° fase evolutiva) Neocerebelo: lobo posterior; controle seletivo dos movimentos dos membros O Mesencéfalo sofre menos alterações; dará origem, além do tronco, ao canal neural e ao aqueduto cerebral (o qual conecta o 3° e 4° ventrículos); contém grupos de neurônios (reflexo visual e auditivo – colículos), substância nigra e pedúnculos O Prosencéfalo terá 2 protuberâncias laterais: as vesículas ópticas, as quais são os primórdios da retina e do nervo óptico; ainda, as vesículas telencefálicas são os primórdios dos hemisférios. Diencéfalo: 3 intumescências se desenvolvem para formar o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. Tálamo: duas massas ovoides unidas por adesão Inter talâmica Hipotálamo: Proliferação de neuroblastos - atividade endócrina e homeostase Epitálamo e Pineal Desenvolvimento da medula espinhal Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão das pregas neurais, o tubo neural é constituído por células neuroepiteliais,que formam a camada neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo neural caudal fechado, as células neuroepiteliais → as células nervosas primitivas ou neuroblastos, que formam a camada do manto → forma a camada marginal. Isso irá formas as 3 zonas As paredes se espessam até formar um minúsculo canal central, por volta da 9-10° semana Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e células macrogliais da medula espinhal. É a mais interna Zona Intermediária: formada por neuroblastos, provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular. Neuroblastos se tornam neurônios. Zona Marginal: composta pelas partes externas das células neuroepiteliais. É a futura substância branca da medula espinhal É a mais externa O terço caudal da placa e do tubo neural representa a futura medula espinhal Células Neuroblastos Neurônios Células neuroepiteliais → neuroblastos → neurônios Glioblastos ou Espongioblastos 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Células neuroepiteliais Células de sustentação primordiais Dão origem aos Astrócitos e Oligodendrócitos Placa alar (dorsal – aferente) e Placa basal (ventral – eferente) Células Mesenquimais Dão origem às células microgliais: disseminadas por toda a substância branca e cinzenta da medula; invade o SNC e faz parte do sistema fagocitário Meninges Originam-se a partir das células da crista neural e do mesênquima, entre 20-35 dias; migram para circundar o tubo neural; dividida em: Externa: dura-máter Internas: aracnoide-máter e pia-máter Plexo coroide e Líquido cérebro-espinhal Líquor forma-se pela 5° semana Plexo coroide secreta LCE A Absorção ocorre pelo sistema venoso – vilosidades aracnoides – seios venosos durais Desenvolvimento do SNP Crista neural: nervos cranianos, espinhais e viscerais, gânglios cranianos espinhais e autônomos; neurônios aferentes, revestidos por cápsula de células de Schwann (as quais também derivam da crista neural) Gânglios sensoriais formados por células da crista neural (NC V, VII, IX, VIII e X) Neurônios multipolares dos gânglios autônomos (como tronco simpático, plexo celíaco, mesentérico, etc) Células paraganglionares retroperitoniais e células da medula adrenal Nervos espinhais: motores originados da medula, no final da 4° semana; surgem da placa basal da medula Mielinização: bainhas ricas em lipídios – isolante elétrico – condução mais rápida e eficiente; início na fase final do período fetal; continuam a ser formadas 1 ano após o nascimento; Oligodendrócitos em volta do axônio Células de Schwann nos nervos periféricos Nervos Espinhais: raiz nervosa ventral – músculos; dorsal – gânglios espinhais; se unem pra formar o nervo espinhal Nervos cranianos: 12 pares formados entre 5-6° semana; IV, VI, XII e III – motores; nervos dos arcos faríngeos: V, VII, IX, X, XI – aferentes e eferentes; sensoriais especiais: I, II e VIII Desenvolvimento pós-natal: o crescimento do cérebro não é regular/contínuo; há picos de desenvolvimento – saltos cognitivos; o feto assimila estímulos sonoros, gustativos e superficiais; desenvolvimento psíquico e social até o 5° ano de vida 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Embriologia Cardiovascular O sistema cardiovascular inicia o seu desenvolvimento no final da 3° semana O coração começa a bater no início da 4° semana (22-23 dia) Mesoderma esplâncnico → células mesenquimais → agregados celulares isolados → tubos cardíacos → usem-se para formar o primórdio do sistema cardiovascular Coração primitivo: bulbo cardíaco + ventrículo + átrio + seio venoso A septação em 4 cavidades ocorre entre 4-8 semanas Tronco arterial: primórdio de aorta e tronco pulmonar 3 sistemas venosos: o Sistema vitelino → sistema portal o Veias cardinais → sistema cava o Sistema umbilical → desaparece após o nascimento Arcos aórticos na 6-8 semana → artérias carótidas, subclávias e pulmonares Período crítico do desenvolvimento: 20-50° dia após fecundação Uma vez que os pulmões não são funcionantes durante a vida pré-natal, o sistema cardiovascular fetal é planejado estruturalmente de maneira que o sangue seja oxigenado na placenta e em grande parte desviado dos pulmões. O sistema linfático começa a se desenvolver no final da sexta semana em íntima associação ao sistema venoso. Inicialmente, desenvolvem-se seis sacos linfáticos, que, posteriormente, se tornam interconectados pelos vasos linfáticos. Os linfonodos desenvolvem-se ao longo da rede de vasos linfáticos; nódulos linfoides não aparecem até próximo ou após o nascimento. Coração e Vasos Sanguíneos No meio da 3° semana, o sistema vascular e o coração primitivo começam a aparecer; antes disso, a nutrição e oxigenação era feita por osmose Mesoderma irá formar o coração: Campo cardíaco primário: formará os cordões Campo cardíaco secundário: é medial; provém do mesoderma faríngeo A partir da crista neural, forma-se o sistema de condução do coração (nó AS, feixe de Hiss) As veias são vasos que vão para o coração e as artérias vasos que saem do coração; são diferenciadas dessa maneira pois não há diferença histológica 18° dia, mesoderma lateral: a esplancnopleura (mesoderma próxima da vesícula umbilical) origina quase todos os componentes do coração; Mesoderma faríngeo → células endocárdicas → tubos cardíacos direito e esquerdo (antes do dobramento) Com os dobramentos do embrião, os tubos endocárdicos se aproxima, se fundem e formam o tubo cardíaco, de forma craniocaudal. Esse dobramento torna o coração ventral. Fluxo sanguíneo começa na 4° semana. Todo o sistema cardiovascular será formado da 3-4 semanas Veias associadas ao coração embrionário Veias vitelinas: retornam sangue pobre em oxigênio da vesícula umbilical (futuro intestino), acompanhando o ducto onfalomesentérico para dentro do embrião. Forma maior parte sistema porta hepático e uma porção da veia cava inferior. Veias umbilicais: transportam sangue bem oxigenado do saco coriônico, a cada lado do fígado e transportam sangue oxigenado da placenta para seio venoso. Conforme fígado se desenvolve perdem conexões com o coração e se esvaziam no fígado. Veias cardinais comuns: retornam sangue pobre em oxigênio do corpo do embrião para o coração. Principal sistema de drenagem venosa do embrião – formará a veia cava superior 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Veia cava inferior: após série de alterações nas veias primitivas do tronco quando sangue retorna da parte inferior e vai da esquerda para a direita. 4 segmentos principais: hepático, pré-renal, renal e pós- renal Anomalias: Veia cava superior dupla: veia cava superior esquerda. Veia cava superior esquerda: formada pela veia cardinal anterior esquerda (ao invés da direita) e veia cardinal comum. Sangue da direita pela veia braquiocefálica à VCS anormal Ausência do seguimento hepático da veia cava inferior. Veias hepáticas se abrem direito no átrio direito. Veia cava inferior dupla: incomum. Dois vasos para as veias renais, esquerdo menor Artérias Artérias dos Arcos Faríngeos e outros Ramos: Surgem do saco aórtico e terminam na aorta dorsal, durante 4ª e 5ª semanas Células da crista neural Aortas dorsais se fundem nas porções caudais (aorta tóraco-abdominal), do restante a direita regride e a esquerda – aorta primitiva. Artérias intersegmentares: 30 ou mais ramos da aorta dorsal passam entre e perfundem os somitos e seus derivados, no pescoço formam artéria vertebral de cada lado. No tórax as intersegmentares permanecem como intercostais. No abdomen se tornam artérias lombares. 5º par de intersegmentares lombares permanecem como ilíacas comuns. Na região sacral: artériassacrais laterais. Artérias vitelínicas e Umbilicais: Três derivados da artéria vitelina: Tronco arterial celíaco para intestino anterior Artéria mesentérica superior intestino médio Artéria mesentérica inferior para intestino posterior Artérias umbilicais: sangue pobre em oxigênio para placenta, formam artérias ilíacas internas e artérias vesicais superiores (proximal). Distal formam ligamentos umbilicais médios. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Desenvolvimento Final do Coração Miocárdio: vem do mesoderma esplâncnico ao redor da cavidade pericárdica Entre miocárdio e endocárdio: geleia cardíaca Endocárdio: revestimento interno, endotelial Epicárdio: superfície externa, vem das células mesoteliais (mesmas células que formam a pleura e o peritônio) O coração se alonga e forma dilatações e constrições: bulbo cardíaco, ventrículos, átrios e seio venoso Tronco arterioso = artérias do arco aórtico Giro para a direita (faz com que os átrios, originados em baixo, girem para cima; ventrículos giram para baixo) Conforme ele se alonga, invagina-se no celoma → pericárdio Contrações Cardíacas São como ondas do átrio para o ventrículo; no começo, têm fluxo e refluxo. Na 4° semana, confere um fluxo unidirecional. Sangue entra no seio venoso de embrião através das veias cardinais comuns, placenta em desenvolvimento pelas veias umbilicais e vesícula umbilical através das veias vitelinas. Válvulas sinoatriais controlam entrada no átrio primitivo, depois passa para canal atrioventricular e para ventrículo primitivo. Deste vai para bulbo cardíaco e do tronco arterioso para o saco aórtico, do qual é distribuído para as artérias do arco faríngeo e para aorta dorsal para distribuir para embrião, vesícula umbilical e placenta. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Saco cardíaco: superior (tronco arterial) medial (ventrículos) distal (átrios); 28° dia – rotação pra direita e átrios são jogados para direita, torcida e jogada para trás do coração; ventrículos vem pra baixo Septação Começa no meio da 4° semana e completa-se ao final da 8° semana Ao final da 4° semana: o átrio é dividido em direito e esquerdo. Os septos primum e secundum juntam-se para formar o forame primum → forame secundum → cresce um septum secundum → 5-6 semana forma o forame oval, o qual se fecha após o nascimento A mistura de sangue oxigenado e não oxigenado na vida fetal é normal Sistema de Condução Nó AS: 5° semana no alto do átrio direito Incorporação do seio venoso → nó AV e feixe AV Crista neural Septação do ventrículo Iniciada pela crista mediana Miócitos da parede dos ventrículos primitivos direito e esquerdo contribuem para formação da porção muscular do septo interventricular Forame interventricular até a sétima semana; fecha-se antes da formação do forame oval Conexões venosas pulmonares anômalas: quando nenhuma das veias pulmonares conecta-se com o átrio esquerdo ou se unem em uma confluência posterior ao átrio esquerdo. Defeitos congênitos Ocorrem de 6-8 a cada mil nascimentos; alguns são por um único gene ou mecanismo; a exposição a teratógenos aumenta seu risco (como a rubéola) Dextrocardia: tubo cardíaco se dobra para esquerda e não para direita Ectopia cardíaca: parcialmente ou completamente exposto, não fusão do esterno e saco pericárdico aberto Defeitos do septo atrial: mais comum em mulheres e é a persistência do forame oval. Defeito ostium secundum, defeito seio venoso, defeito do coxim endocárdico e do ostium primum e defeito do átrio comum Defeitos do septo ventricular: 25% dos defeitos cardíacos. Fechamento incompleto forame interventricular, ventrículo único. Tronco arterioso persistente: único vaso que forma tronco pulmonar e aortas ascendente. DSV Defeito do septo aórtico pulmonar: abertura entre aorta e tronco pulmonar Transposioção de grandes artérias: causa comum de doença cardíaca cianótica em RN (DAS, DSV) Divisão desigual do tronco arterioso. DSV Tetralogia de Fallot: cianose (EAP, DSV, DA, HVD) Estenose e atresia aórticas: hipertrofia VE e sopros Síndrome do coração esquerdo hipoplásico Coarctação de aorta Artéria dupla do arco faríngeo: rara ◦ Arco direito da aorta Artéria subclávia direita anômala Embriologia do Sistema Respiratório Os órgãos respiratórios começam a se formar aproximadamente no 28° dia/final da 4° semana Assoalho caudal do Intestino anterior → divertículo respiratório (faringe primitiva) Até o final da 4° semana sulco laringotraqueal se projeta → divertículo laringotraqueal Divertículo Laringotraqueal: é o broto pulmonar; formará um tubo laringotraqueal (a partir do septo traqueoesofágico até o fim da 5° semana) parte ventral (primórdio da laringe, traqueia, dos brônquios e pulmões) e uma parte dorsal (orofaringe e esôfago) O endoderma do sulco laringotraqueal origina o epitélio pulmonar e as glândulas da laringe, da traqueia, dos brônquios, como também o epitélio pulmonar. O tecido conjuntivo, cartilagens e musculatura lisa dessas estruturas se desenvolvem do mesoderma esplâncnico que envolve o intestino anterior 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Tubo laringotraqueal → ramificações → brotos brônquicos primários, secundários, terciários... 5° semana – primórdio do brônquio principal 7° semana – brônquios segmentares começam a se formar 24° semana – bronquíolos respiratórios (últimos antes dos alvéolos) Fases de maturação dos pulmões e semanas Embrionário (4-7 semanas) Estruturas muito rudimentares, iniciais; Pseudoglandular (5-17 semanas) As estruturas alveolares lembram glândulas exócrinas nos cortes histológicos; respiração impossível, pois não tem vasos, ou seja, não haveria troca gasosa Canalicular (16-26 semanas) Luz dos brônquios maiores; bronquíolos; o tecido torna-se vascularizado; a respiração é possível ao final desse período, com 26-27 semanas; quando os sacos alveolares são formados Saco terminal (24 semanas-nascimento) Capilares protuberantes; vascularização bem formada; alvéolos primitivos; epitélio mais delgado, mas não como no adulto (1 camada de pneumócitos tipo 1). Barreira hematoaérea formada, porém precisa amadurecer; começa a produzir surfactante (20-22 semanas; pico no final da gestação) 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Alveolar (nascimento-8 anos de idade) Estágio de amadurecimento; novos alvéolos surgem; a membrana fica mais delgada; a troca gasosa fica mais eficiente; completo até os 3 anos, mas novos alvéolos surgem até os 8 anos Pulmão adulto Malformações respiratórias Atresia Laríngea Obstrução; falha na recanalização da faringe Anomalia rara Pulmões repletos de líquido Ascite e hidropsia Fístula Traqueoesofágica Comunicação entre traqueia e esôfago Mais comum em meninos 85% associados a atresia esofágica Divisão incompleta de parte do intestino anterior, na 4° semana Infecções no período perinatal Pneumonias transplacentária Rubéola, varicela, CMV, herpes vírus, HIV, influenza (em maioria, vírus) Pneumonias adquiridas no período perinatal Congênita (parto e nascimento) Sintomas após o nascimento, pouco dias Principais: bactérias – estreptococos, gram negativas; Klebsiella, E coli, pseudomonas, etc Pneumonias adquiridas no período pós natal Pseudomonas, Flavobacterium, Klebsiella, Serratia marcescens Contaminação das mãos de profissionais da saúde: Staphylococos aureus CMV, ou hemoderivados ou leite materno Síndrome da Angústia Respiratória ou Doença da Membrana Hialina Por volta da 20a semana, os pneumócitos do tipo II começam a secretar surfactante pulmonar. A deficiência de surfactante resulta na síndrome da deficiênciarespiratória ou doença da membrana hialina (DMH). Há incapacidade do pulmão imaturo de sintetizar surfactante suficiente. Com a primeira respiração do recém-nascido saudável, o surfactante recobre a superfície dos alvéolos, reduzindo a tensão de superfície e a pressão necessária para mantê-los abertos. Em um pulmão com deficiência de surfactante, os alvéolos tendem a colabar e necessitam de um maior esforço na inspiração para manter a abertura dos alvéolos. O bebê fica cansado e causa atelectasia generalizada, assim como hipóxia e à formação de membranas hialinas. Quanto mais prematuro, mais chance de desenvolver a SAR Pacientes mais acometidos: bebês prematuros, gênero masculino, diabetes materno e parto cesáreo Outras causas: sedação excessiva da mãe, lesões na cabeça do feto durante o parto, aspiração de sangue ou de líquido 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 amniótico e hipóxia intrauterina secundária à compressão pelo enrolamento do cordão umbilical ao redor do pescoço SAR; há atelectasia e espessas membranas hialinas eosinofílicas revestindo os alvéolos dilatados Formação de membranas hialinas: formadas por células epiteliais necrosadas e proteínas plasmáticas extravasadas A síntese de surfactante é regulada por hormônios → corticosteroides estimulam a formação de lipídeos surfactantes e proteínas associadas. As condições associadas ao estresse intrauterino e à restrição de crescimento fetal, que aumentam a liberação de corticosteroide, reduzem os riscos de desenvolvimento de SAR. Sabe-se que o trabalho de parto aumenta a produção de surfactante. Embriologia do Timo, Baço e Linfonodos Timo Órgão linfoide primário Folheto embrionário: endoderme (epitélio escamoso) e mesoderma (células tronco → tecido linfoide); crista neural pode participar da formação Estruturas de origem: 3° par de bolsas faríngeas Corpúsculos de Hassal: células dos cordões epiteliais se dispõem em torno de um ponto central, formando pequenos grupos de células Origem dos linfócitos tímicos: derivam das células-tronco hematopoiéticas Função: maturação de LT 5° semana Crescimento irá terminar após o nascimento Depois da puberdade, regride Endoderma → células epiteliais → tubos epiteliais → cordões e ramos laterais → se tornam os eixos de cada lobo do timo Mesoderme → timócitos → precursores dos LT 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Baço Órgão linfático vascular Folheto embrionário de origem: mesoderme; células mesenquimais no mesogástrio dorsal: cápsula, tecido conjuntivo e mesênquima Semana de formação: 5° semana Formato Final: é lobulado no feto, mas os lóbulos normalmente desaparecem antes do nascimento, no período fetal. Funções: hematopoese até 28 semanas; destruição de hemácias; função imune Baços acessórios + Polpa branca Linfonodos Origem (4 estruturas): o Os sacos linfáticos (6) são: sacos jugulares (2), sacos ilíacos (2), saco retroperitoneal (1) e cisterna do quilo (1) o Jugular: drena cabeça, pescoço e MMSS o Ilíacos: MMII o Retroperitoneal e cisterna do quilo: abdominal Sacos são preenchidos por mesoderme: tecido conjuntivo, seios e cápsula dos linfonodos; Linfócitos: até o nascimento, vêm do timo Ductos torácicos esquerdo (cranial) e direito (caudal) → ducto comum, que conecta saco jugular e a cisterna do quilo Formação no final de período embrionário, 7-8 semanas Vasos linfáticos de conexão – fazem a drenagem dos líquidos e desemboca no coração Exceto na parte superior da cisterna do quilo, os sacos linfáticos são transformados em grupos de linfonodos durante o início do período fetal. Células mesenquimais invadem cada saco linfático e dividem sua cavidade em uma rede de canais linfáticos - os primórdios de seios linfáticos. Outras células mesenquimais originam a cápsula e a trama conjuntiva do linfonodo. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Exantemas Lesões avermelhadas, de padrões e tamanhos variados. Reações adversas do sistema imune: 4 tipos de reações de hipersensibilidade (I, II, III e IV). Sistema imune da pele: linfócitos recirculando continuamente, do sangue para os tecidos e destes para sistema linfático – tráfico ou homing. Pele normalmente contém somente linfócitos T, maioria ao redor de vênulas pós-capilares da derme superior próximo aos anexos, 2% na epiderme (T supressor expressando CD8). Na derme linfócitos T- helper CD4 e CD8 em quantidades iguais. Mais linfócitos e outras células como neutrófilos, eosinófilos e macrófagos são chamados quando necessário. Células de Langerhans: apresentadoras de antígenos para macrófagos e linfócitos presentes na derme e epiderme; vírus Queratinócitos: produzem citocina. Resposta imune doenças cutâneas: Células de Langerhans processam antígeno (moléculas de classe II MHC) atravessa a epiderme → na derme chega aos linfáticos que os levam a região de células T no linfonodo. Apresentam antígeno junto ao MHC classe II à célula T apropriada, ativando-a e sensibilizando-a. o Proliferação de células T de memória. Pelos linfáticos eferentes e vasos sanguíneos, as células migram para a pele afetada levando à reação inflamatória transitória. Ficam células T de memória na pele. Num próximo contato com antígeno, são ativadas e chamam mais células para o local, por ativação de células endoteliais das vênulas da derme, que se tornam mais altas e cuboides. VCAM-1 células endoteliais se ligam ao VLA-4 dos linfócitos T sensibilizados, os quais migram para o tecido causando inflamação. Vírus: dependem das células. Estas possuem receptores para algumas proteínas presentes na superfície do vírus Vermelhidão = vasodilatação → maior fluxo sanguíneo levando células de defesa Pele inflamada: muitos linfócitos na derme
Compartilhar