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UNIDADE V- AULA 01 - IMPOSTOS FEDERAIS - Direito Tributário

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MÓDULO 02 – DIREITO TRIBUTÁRIO
1
IMPOSTOS FEDERAIS
2
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. 
Art. 19 CTN. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
3
A rigor, para incidência do gravame, a condição necessária e suficiente é a de que, cumulativamente, implementem-se os seguintes requisitos:
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. (CTN, art. 19)
Entrada no território nacional;
De produto estrangeiro;
Para permanência definitiva. 
b) Sujeito ativo: União 
c) Sujeito passivo: Contribuinte 
d) Contribuinte:
O contribuinte do importo de importação é o importador ou a quem a ele a lei equiparar, e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (CTN, art. 22). Geralmente, o importador é uma pessoa jurídica, regularmente estabelecida, mas, para os fins do imposto, é considerado importador qualquer pessoa, seja natural ou jurídica, regularmente estabelecida ou não, que realize a introdução da mercadoria no território nacional. 
4
e) Lançamento do Imposto – Deve-se observar as seguintes situações:
Em regra, o lançamento é por homologação, pois são de competência do importador o cálculo do montante do imposto devido e o seu recolhimento antecipado.
Exceção: Imposto incidente sobre bagagem é lançado por declaração.
f) O responsável pelo Imposto de Importação conforme artigo 105 e 106 do RA é o:
- Transportador;
- Depositário;
- qualquer outra pessoa designada em Lei.
5
O Imposto de Importação (II) é uma tarifa alfandegária brasileira. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, I, da Constituição Federal).
O fato gerador do Imposto de Importação ocorre quando da entrada de produtos estrangeiros no território nacional. No entanto, se um produto estrangeiro ingressa no país com a finalidade de retornar para o exterior dentro de um prazo certo, o lançamento do tributo fica suspenso até ser dispensado no caso de serem cumpridas as condições estipuladas para o retorno do produto ao exterior dentro do prazo, ou até que sejam descumpridas as condições, ocasião em que o imposto deve ser lançado com a alíquota que estava em vigor na data do registro da Declaração de Importação no Siscomex.
O contribuinte do imposto é o importador, ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos, o contribuinte é o arrematador.
6
A alíquota utilizada depende de ato infralegal, ou seja, decreto presidencial, pois sendo extrafiscal não está totalmente sujeito ao principio da legalidade(art. 150, I da CF/88), de maneira que o imposto deve ser obrigatoriamente instituído por Lei ordinária federal, mas a fixação de alíquotas pode ser realizada por ato normativo do poder executivo (legalidade mitigada). A base de cálculo, quando a alíquota for "ad valorem" é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). A função do Imposto de Importação é puramente econômica, ou regulatória. Por essa razão, a Constituição previu que este imposto não precisa obedecer o princípio da anterioridade: ou seja, alterações nas alíquotas podem valer para o mesmo exercício financeiro (ano) em que tenha sido publicada a lei que o aumentou. Seguem a mesma linha o Imposto de Exportação, o Imposto sobre operações financeiras, o Imposto Extraordinário de Guerra, o Imposto sobre Produtos Industrializados, sendo que esse último ainda deve obedecer a Anterioridade Nonagesimal ("noventena", ou ainda, "Carência Tributária"), à semelhança das contribuições sociais ordinárias, nominadas na Constituição Federal, em seu art. 195, incisos de I a IV. Em comum, há o fato de que todos esses tributos são federais.
7
O Regime de Tributação Simplificada consiste no pagamento do Imposto de Importação calculado à alíquota de 60%.
Os bens que integrem remessa postal internacional de valor não superior a US$ 50,00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
Verifica-se que o Decreto-Lei nº 1.804/80, no art. 2º, II, estabelece que as remessas de até cem dólares são isentas do imposto de importação quando destinados a pessoas físicas, nada mencionando sobre o remetente.
Após, a Portaria MF nº 156/99 e a IN SRF 096/99 passaram a exigir que tanto o destinatário quanto o remetente fossem pessoas físicas e diminuiu o valor da isenção para o limite de US$ 50,00 (cinquenta dólares).
8
REGIME DE TRIBUTAÇÃO ESPECIAL 
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens incluídos no conceito de bagagem, mediante, exclusivamente, o pagamento do imposto de importação de 50% sobre o valor do bem. 
Entende-se como bagagem os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais.
Aplica-se esse regime aos bens que, embora incluídos no conceito de bagagem, não possam se beneficiar da Isenção de Tributos sobre a Bagagem.
9
Dessa forma, o imposto é cobrado sobre o valor:
Dos bens integrantes de bagagem acompanhada que excederem a cota de isenção, cujo valor varia conforme o meio de transporte do viajante (US$ 500.00 quando o viajante ingressar no País por via aérea ou marítima e US$ 150,00 quando ingressar por via terrestre, fluvial ou lacustre);
Dos bens que excederem o limite de isenção estabelecido para aquisição em lojas francas de chegada no Brasil (US$ 500.00); e
Das roupas e objetos de uso pessoal novos (os usados são isentos), integrantes de bagagem desacompanhada, que chegarem ao País dentro do prazo de três meses anteriores ou até seis meses posteriores à chegada do viajante e que forem provenientes dos países de sua estada ou procedência.
10
	Função Predominante	Extrafiscal (instrumento regulador do comércio exterior)
	Princípio da legalidade	Admite exceção: Alteração de alíquota pelo poder Executivo (Decreto ou portaria Ministerial)
	Princípio da anterioridade	Não se sujeita
	Princípio da noventena	Não se sujeita
	Fato Gerador	Entrada dos produtos estrangeiros em território nacional
Ou data do registro da declaração de importação da mercadoria submetida a despacho para consumo
	Base de cálculo	I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
 
	Contribuintes	I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada. 
 
	Lançamento	Por homologação, salvo incidente sobre bagagem lançado por declaração
	Cumulação de impostos	Na Importação podem incidir 03 impostos: II, IPI e ICMS
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
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Imposto Sobre Exportação - Imposto de exportação de produtos nacionais ou nacionalizados      
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes no território nacional (CTN, art. 23).
Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente, porém a condição necessária para incidência do tributo é a de, cumulativamente, implementarem-se os seguintes requisitos:
Saída do território nacional;De produto nacional ou nacionalizado;
Para consumo ou uso no exterior. 
b) Sujeito ativo: União 
c) Sujeito passivo: Contribuinte 
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d) Contribuinte:
Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar (CTN, art. 27).
A Constituição Federal não vinculou o imposto de exportação a um sujeito passivo específico, nem atribuiu à lei complementar essa definição de sorte que o legislador ordinário pode livremente escolher o contribuinte desse imposto. É claro, porém, que esse sujeito passivo, para assumir a condição de contribuinte, há de ter relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo, por força do que estabelece o art. 121, parágrafo único, do CTN. A lei não pode, portanto, equiparar ao exportador pessoa sem qualquer relação com a exportação.
 
E) Lançamento: O tributo é lançado por homologação, cabe ao exportador elaborar e registrar no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), comprovando o recolhimento antecipado do tributo.
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	Função predominante	Extrafiscalidade (Regulador da balança comercial)
	Princípio da Legalidade	Admite exceção: Alteração da alíquota pelo poder Executivo (Decreto ou portaria ministerial)
	Princípio da anterioridade	Não se sujeita
	Princípio da Noventena	Não se sujeita
	Fato gerador	A saída destes do território nacional.
Ou da data do registro de Exportação no SISCOMEX
	Base de Cálculo	I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
 
	Contribuintes	Qualquer pessoa que promova a saída de mercadorias do território aduaneiro
	Lançamento	Por homologação
	Cumulação de impostos	IPI e ICMS não incidem quando o destino das mercadorias for o mesmo.
IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA     
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Princípios constitucionais aplicados ao IR:
Generalidade
Universalidade
Progressividade
Isonomia
Capacidade contributiva
Não se sujeita ao princípio da noventena.
Fato Gerador – Artigo 43 do CTN, são praticamente intermináveis as divergências acerca dos conceitos de disponibilidade econômica e jurídica das rendas e proventos de qualquer natureza, para efeito da definição legal do imposto de renda.
O fato gerador do Imposto depende da disponibilidade de rendimentos sendo bastante discutível a possibilidade de a Lei definir o momento em que os lucros são considerados disponibilizados.
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IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA                
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
De renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
De proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
1°. A incidência do imposto depende da denominação da receita ou do rendimento da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
2°. Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (CTN, art. 43).  
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Disponibilidade Jurídica – É a obtenção de direitos de créditos, não sujeitos a condição suspensiva. EX: Recebimento de um cheque
Disponibilidade econômica – É a obtenção da faculdade de usar, gozar e dispor de dinheiro ou coisas nele conversíveis, entrados no patrimônio do adquirente por ato ou fato jurídico. EX: Recebimento de valores m dinheiro
Base de Cálculo: Prevista no artigo 44 do CTN. A Base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos Tributáveis.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
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b) Sujeito ativo: União 
c) Sujeito passivo: Contribuinte 
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o art.43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. (CTN, art 45)  
E) Lançamento:    Muita confusão se faz em torno da modalidade de lançamento a que está sujeito o imposto de Renda, entretanto a formulação da declaração pelo sujeito passivo do tributo devido, é mera declaração acessória que auxilia no cálculo;
Constatada a ausência ou insuficiência de pagamento de acordo com o fato gerador ocorrido, o crédito correspondente deve ser constituído de oficio, respeitando o prazo decadencial 
Tabela progressiva mensal:
Pessoa Física – Varia de 7,5% a 27,5% de acordo com o rendimento
Pessoa Jurídica – Varia de acordo com o Regime tributário estabelecido na empresa.
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	Função predominante	Fiscal
	Princípio da legalidade	Sujeita-se
	Princípio da anterioridade	Sujeita-se
	Princípio da noventena	Não se sujeita
	Fato gerador	A aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior
	Base de cálculo	É o montante Real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis
	Contribuintes	É o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
	Lançamento	Homologação
21
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IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS        
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
O seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
A sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51;
A sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
Parágrafo único - Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. (CTN, art. 46) 
b) Sujeito ativo: União 
c) Sujeito passivo: Contribuinte 
d) Contribuinte:
23
FATO GERADOR – Está disciplinado no artigo 46 do CTN:
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
24
Contribuinte do imposto é:
O importador ou quem a lei a ele equiparar;
O industrial ou quem a lei a ele equiparar;
O comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. 
Parágrafo único - Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. (CTN, art. 51).
25
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS APLICÁVEIS
Seletividade – É necessariamente seletivo, de forma que suas alíquotas podem ser fixados de acordo com a essencialidade do produto sendo menores para gêneros considerados essenciais e maiores para os considerados supérfluos. O objetivo é graduar de maneira indireta a carga tributária do imposto de acordo com a capacidade contributiva de seus consumidores.
Não cumulatividade – Obrigatoriamente obedecido, permitindo-se a compensação do que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, é a técnica que tem por objetivolimitar a incidência tributária nas cadeias de produção e circulação mais extensas, fazendo com que cada cadeia, o imposto incida sobre o valor adicionado nessa etapa. No CTN a não cumulatividade está prevista no artigo 49: 
Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes.
26
IMUNIDADES
A política é exportar mercadorias e não impostos, o legislador constituinte resolveu imunizar as exportações de produtos industrializados, art. 153 da CF/88.
INCENTIVOS A AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL
Com o advento da EC 42/2003, passou a prever que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do Imposto na Forma da Lei. O objetivo do benefício foi incentivar a aquisição de bens e capital, primordialmente máquinas, por parte do industrial, principal contribuinte do Imposto.
Lançamento: É lançado por homologação, pois o próprio sujeito passivo que a cada período de tempo determinado na lei, respeitando a sistemática de débitos e créditos, podendo lançar de ofício as diferenças por ventura devidas
27
	Função predominante	Extrafiscal com divergências
	Princípio da legalidade	Admite exceção: alteração de alíquota pelo poder executivo
	Princípio da anterioridade	Não se sujeita
	Princípio da noventena	Sujeita-se
	Fato Gerador	I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
	Base de cálculo	I – No caso de produto procedente do exterior, o preço normal que é o mesmo, ou seu similar, alcaçaria ao tempo da importação, em uma venda ou em condições de livre concorrência, para a entrega no porto ou lugar de entrada do produto no país, acrescido do montante:
Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante:
a) do imposto sobre a importação;
 b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
No caso de saída de mercadoria do estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante: 
II - no caso do inciso II do artigo anterior: 
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; 
No caso de arrematação do produto apreendido ou abandonado e levado a leilão, o preço da arrematação: 
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.
28
	Contribuintes	I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
 
	Lançamento	Por homologação
	Cumulação de impostos	Não Incide nos produtos destinados ao exterior, mas pode ser colocado em conjunto com o ICMS e com o II
 
	Características principais	Seletividade, não cumulatividade (ambas de observância obrigatória).
29
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS E SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS.
O IOF foi criado para ser um instrumento regulatório da economia. Por meio da arrecadação desse imposto, o Governo tem como saber como está a demanda e a oferta de crédito no Brasil. É um imposto regulatório que pode ser alterado a qualquer momento.
30
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS E SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS. 
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único - A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito. (CTN, art 63) 
31
b) Sujeito ativo: União 
c) Sujeito passivo: Contribuinte 
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. (CTN, art 66) 
São contribuintes do imposto:
Os tomadores de crédito, os compradores de moeda estrangeira para pagamento de importação de bens e serviços;
Os segurados e os adquirentes de títulos e valores mobiliários;
Os primeiros tomadores – pessoas físicas ou jurídicas – dos créditos concedidos pelos agentes do Sistema Financeiro da Habitação. 
A CF/88, no seu artigo 153, V, atribui à união competência para instituir o impostos sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores imobiliários.
O imposto possui clara finalidade extrafiscal, possibilitando á União intervir no funcionamento do mercado financeiro, aquecendo-o ou esfriando-o, de acordo com a necessidade.
32
Lançamento: Por homologação incumbe ao sujeito ativo antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Base de cálculo: Previsto no 64 do CTN:
Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Contribuintes:
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
33
CURIOSIDADE:
O IOF tem alíquotas, ou taxas, diferentes para cada operação:
- 3% ao ano para pessoa física; (qualquer movimentação de crédito).
- 0,38% na abertura da operação de crédito;
- Máximo de 25% para operações de câmbio e de seguro;
1,5% ao dia para títulos e valores imobiliários.
A alíquota do IOF é diária — ou seja, se você ficou negativado no salto da conta corrente ao final do dia, o imposto será cobrado. Porém, apesar de ser calculado com base diária, seu recolhimento é mensal.
34
	Função predominante	Extrafiscal – funcionamento do mercado financeiro
	Princípio da legalidade	Admite exceção: Alteração da alíquota pelo poder executivo (decreto)
	Princípio da anterioridade	Não se sujeita
	Princípio da noventena	Não se sujeita
	Fato gerador	I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento quea represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
 
	Base de cálculo	I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
 
	Contribuintes	Qualquer das partes na operação tributada
	Lançamento	Por homologação
	Cumulação de Impostos	Ouro Utilizado como mercadoria: ICMS, IPI, II, IE
Ouro como meio de pagamento: IOF
35
36
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL 
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domicílio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município. ( CTN, art. 29) 
b) Sujeito ativo: União - c) Sujeito passivo: Contribuinte 
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (CTN, art. 31) 
Possibilidade de delegação da fiscalização e cobrança – A EC42/2003 trouxe importante inovação, ao possibilitar que seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios, que assim optarem na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
A previsão consta no artigo 158, II da CF/88, repassa aos municípios 50% da Arrecadação do ITR, referente aos imóveis nele situados, cabendo a totalidade em hipóteses da opção de cobrança.
37
Amparado pela Lei nº 9.393/1996 É um imposto com finalidade marcantemente extrafiscal, pois nos termos do art. 153, § 4º, I da CF/88, suas alíquotas serão fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedade improdutivas.
As alíquotas não ão fixadas, portanto, de modo a otimizar a arrecadação, o que se quer tributar de uma maneira mais gravosa as propriedades menos produtivas, de forma a desestimular a manutenção da situação.
Base de cálculo – Valor fundiário - Terra nua, grandeza que não varia com o aumento do grau de utilização da terra, a consequência é que quem produz mais paga menos, em cumprimento a função social da propriedade.
Progressividade – O aumento da alíquota toma como critério a área do imóvel. 
Imunidades das pequenas glebas – O legislador constituinte originário, em homenagem ao princípio da função social da propriedade, caso o proprietário não possua outro imóvel;
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Base de cálculo:
 	 	 	Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
Construções instalações e benfeitorias.
Culturas permanentes e temporárias.
Pastagens Cultivadas e melhoradas.
Florestas plantadas.
CONTRIBUINTE:
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
Titular do domínio útil – É quem recebeu do proprietário o direito de usar, gozar e dispor da propriedade, conservando o domínio direto. 
Não se considerado contribuinte do imposto quem exerce posse sem ânimo definitivo, contrato de locação.
Lançamento: Por homologação
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	Função Predominante	Extrafiscal (Visa desestimular a manutenção de propriedade improdutiva)
	Princípio da legalidade	Sujeito
	Princípio da anterioridade	Sujeito
	Princípio da noventena	Sujeito
	Fato gerador	O domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.
	Base de cálculo	Valor fundiário - Terra nua, grandeza que não varia com o aumento do grau de utilização da terra, a consequência é que quem produz mais paga menos, em cumprimento a função social da propriedade.
	Contribuintes	Proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título
	Lançamento	Por homologação
	Característica	Progressividade
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
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IMPOSTOS SOBRE GRANDES FORTUNAS – IGF
O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), é um tributo brasileiro ainda não regulamentado desde a Constituição de 1988.
É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Constituição da República, art. 153, inciso VII).
Por não ter sido regulamentado, ainda não foi instituído.
Uma pessoa com patrimônio considerado grande fortuna pagaria sobre a totalidade de seus bens uma alíquota de imposto.
Em determinados projetos de lei apresentados no Senado Federal, as alíquotas previstas são progressivas, ou seja, quanto maior o patrimônio, maior a porcentagem incidente sobre a base de cálculo.
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Os instrumentos utilizados para evitar a concentração de renda e riqueza consistem em políticas públicas de incentivo (educação, subsídios a pequenos empreendedores etc) ou políticas de tributação, progressivas ou não progressivas, incidentes sobre diversos fatos geradores, tais como:
Consumo (exemplos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, que não precisa ser progressivo e Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, obrigatoriamente progressivo) ;
Patrimônio (exemplos: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana - IPTU);
Renda (exemplo: Imposto de Renda, embora a distribuição de lucros seja isenta no Brasil);
Transmissões gratuitas (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD) .
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