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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL APLICATIVO COMPUTACIONAL PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO EM SISTEMAS DE BOMBEAMENTO ISSIS VILLAFÁN Canoas 2013 ISSIS VILLAFÁN APLICATIVO COMPUTACIONAL PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO EM SISTEMAS DE BOMBEAMENTO Trabalho de Conclusão de Curso. Apre- sentado como requisito final para obten- ção do título de Engenheira Mecânica na Universidade Luterana do Brasil. Orientador: Msc. Eng. Eduardo Pedro Eidt Canoas 2013 ISSIS VILLAFÁN APLICATIVO COMPUTACIONAL PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO EM SISTEMAS DE BOMBEAMENTO Trabalho de Conclusão de Curso. Apre- sentado como requisito final para obten- ção do título de Engenheira Mecânica na Universidade Luterana do Brasil. Aprovada em ___ / ___ / _____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. Msc. Eduardo Pedro Eidt _________________________________________________________ Prof. Msc. André Cervieri _________________________________________________________ Prof. Msc. Leonardo Haerter dos Santos Canoas 2013 4 Agradecimentos A Deus pela oportunidade de poder concluir mais uma importante etapa da minha vida. Ao meu esposo Jailson pelo incentivo, amor e total dedicação durante todos esses anos. Ao meu filho Max Juan, que iluminou minha vida e me deu forças para conclu- ir essa jornada. Aos meus queridos pais, por todos os ensinamentos e apoio durante os mo- mentos mais difíceis. Ao meu irmão de coração Claudio Damasceno, pelos incontáveis ensinamen- tos, pelo incentivo e por ter sido a pessoa responsável pelo meu amadurecimento profissional. Muito provavelmente não teria iniciado a graduação de Engenharia Me- cânica sem a sua ajuda. A empresa Texius pelas oportunidades e colaborações. A minha família, aos meus irmãos de coração e a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para que eu chegasse até aqui. Ao Professor Eduardo Pedro Eidt pela ajuda dispensada durante o desenvol- vimento desse trabalho. A todos, agradeço profundamente pelo apoio e compreensão da minha cons- tante ausência. 5 “Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.” (Isaac Newton) “O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.” (Aristóteles) 6 RESUMO O presente estudo tem por finalidade, desenvolver um aplicativo computacio- nal para a obtenção do diâmetro econômico em instalações hidráulicas. Profissionais responsáveis por projetos hidráulicos, normalmente não fazem ideia do quanto pode significar, em termos de perda de carga, uma pequena altera- ção no diâmetro interno do tubo, e acabam por utilizar tubulações de pequenos diâ- metros com o intuito de baratear o custo da instalação. Como forma de amenizar esse tipo de problema, o aplicativo foi desenvolvido para facilitar o dimensionamento das tubulações, indicando ao usuário o diâmetro mais econômico para cada aplica- ção desejada, contribuindo assim, para um menor consumo da energia elétrica e consequentemente a redução dos custos operacionais do sistema de bombeamento. O aplicativo é indicado para diferentes tipos de líquidos e tubulações e possi- bilita a adição de diferentes parâmetros, de forma a tender a diversas situações. Foi desenvolvido em linguagem de programação Visual Basic, apresenta interfaces cla- ras e objetivas e seus campos foram dispostos de forma a permitir uma fácil e intuiti- va navegabilidade. O cálculo da perda de carga foi obtido pela equação de Darcy-Weisbach, que é apontada por todas as bibliografias consultadas como a Equação Universal, sendo amplamente utilizada no meio da hidráulica. Para a obtenção do diâmetro econômico, foi utilizado o método das tentativas, onde faz um comparativo entre o custo total do sistema de bombeamento para uma gama de diâmetros comerciais disponíveis no mercado, e aponta como econômico, o que apresentar o menor custo. De forma satisfatória, o aplicativo foi desenvolvido e pode ser considerado uma importante ferramenta para o dimensionamento inteligente das tubulações, con- tribuindo, de forma global, para uma significativa redução do consumo da energia elétrica no país. Palavras-chave: Diâmetro econômico, bombas, eficiência energética, dimensionamento de tubula- ções, Darcy-Weisbach, perda de carga. ABSTRACT The objective of this study is to develop a computer application for obtaining the economic diameter in hydraulic installations. Professionals responsible for hydraulic projects, typically have no idea of how much it can mean, in terms of pressure loss, a small change in internal diameter of the tube and use of small piping diameters with the aim to cheapen the installation. As a way to alleviate this problem, the application was developed to facilitate the siz- ing of pipes, indicating to the user the diameter more economic for each application required, thus contributing to a lower consumption of electrical energy and conse- quently reducing operational costs of pumping system. The application is suitable for different types of liquids and piping and allows the addition of different parameters, in order to assist the various situations. It was developed in Visual Basic programming language, and presents clear and objective interfaces. Their fields were arranged so as to allow an easy and intuitive navigability. The calculation of loss of load was obtained by the equation of Darcy- Weisbach, which is pointed out by all the bibliographies consulted, such as the Uni- versal equation, being widely used in the middle of hydraulics. For obtaining the economic diameter was used, the method of attempt, that makes a comparison between the total cost of the pumping system for a range of commercial diameters available on the market, and it points out how economic, who submit the lowest cost. In a satisfactory manner, the application was developed and can be consid- ered as an important tool for the smart sizing of mains, contributing, in aggregate form, to a significant reduction in the consumption of electricity in the country. Keywords: Economic diameter, pump, energetic efficiency, sizing of pipes, Darcy- Weisbach, loss pressure. 8 Listas de Figuras Figura 1 – Desenvolvimento do perfil da velocidade e da camada limite.............................. 15 Figura 2 - Rugosidade absoluta em superfície ..................................................................... 17 Figura 3 – Representação gráfica da Equação de Bernoulli................................................. 19 Figura 4 – Coeficiente de resistência para entrada de tubos ................................................ 26 Figura 5 – Coeficiente de resistência para contrações e expanções .................................... 26 Figura 6 – Vista lateral e frontal do corpo de uma bomba dinâmica ..................................... 27 Figura 7 – Tipos de bomba em função do ponto de operação ............................................. 28 Figura 8 – Rendimentos de bombas centrífugas em função da velocidade específica ......... 29 Figura 9 – Curva do sistema e características superpostas ................................................. 31 Figura 10 – Curvas de custos versus diâmetros de tubulação ............................................. 34 Figura 11 – Custo da tubulação de PVC com classe de pressão 10 .................................... 42 Figura 12 – Planilha para o cálculo das perdas de carga ..................................................... 44 Figura 13 – Gráfico com a curva do sistema ........................................................................ 45 Figura 14 – Diagrama de blocos para altura manométricatotal. .......................................... 45 Figura 15 – Diagrama de blocos para altura manométrica total. .......................................... 46 Figura 16 – Aplicativo DiâmetroEconômico - Tela inicial. ..................................................... 47 Figura 17 – Tela Dados de entrada ...................................................................................... 48 Figura 18 – Tela Diâmetro Econômico ................................................................................. 49 Figura 19 – Cálculos das perdas de carga para tubulações de PVC .................................... 49 Figura 20 – Tela de resultados para obtenção da perda de carga ....................................... 50 Figura 21 – Tela delimitações .............................................................................................. 51 Figura 22 - Custos das Tubulações e Acessorios de PVC ................................................... 55 Figura 23 - Custos das Tubulações e Acessorios de Ferro Fundido .................................... 56 Figura 24 – Resultado dos cálculos para a primeira validação ............................................. 60 Figura 25 – Resultados obtidos paara validação .................................................................. 60 Figura 26 – Resultado Epanet para a primeira validação - Nós ........................................... 61 Figura 27 – Resultado Epanet para a primeira validação – Trechos das tubulações ........... 61 Figura 28 – Indicação do diâmetro econômico ..................................................................... 62 Figura 29 – Diâmetro econômico para exemplo de aplicação .............................................. 64 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704903 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704904 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704905 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704906 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704907 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704908 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704909 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704910 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704911 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704912 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704913 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704914 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704915 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704916 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704917 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704918 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704919 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704920 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704921 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704922 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704923 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704924 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704925 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704926 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704927 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704928 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704929 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704930 file:///E:/ENGENHARIA/ULBRA/DISCIPLINAS/2013-2%20%20%20TCC-2/-%20TCC%202%20-%20FINAL/TCC-2%20%20%20revisao%20final.docx%23_Toc373704931 9 Listas de tabelas Tabela 1 – Velocidades médias recomendadas na aspiração e no recalque. ...................... 16 Tabela 2 – Rugosidade dos tubos sugerida para o cálculo da perda de carga..................... 18 Tabela 3 – Coeficiente C sugerido para a equação de Hazen-Williams. .............................. 23 Tabela 4 – Comprimento equivalente em diâmetro de tubulação Le/D ................................ 26 Tabela 5 – Nível de tensão dos grupos de consumidores de energia .................................. 38 Tabela 6 – Velocidade recomendadas e correspondentes valores de .............................. 40 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 12 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 13 1 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 14 1.1 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS ................................................................................. 14 1.2 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE ................................................................................... 14 1.2.1 Vazão em volume ....................................................................................................... 15 1.2.2 Velocidade média de escoamento .............................................................................. 15 1.3 NÚMERO DE REYNOLDS ............................................................................................ 16 1.4 RUGOSIDADE ( ).......................................................................................................... 17 1.5 COEFICIENTE DE ATRITO ........................................................................................... 18 1.6 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA .................................................................................... 19 1.6.1 Equação Geral da Energia .......................................................................................... 20 1.7 PERDAS DE CARGA ....................................................................................................21 1.7.1 Perda de Carga Distribuída ......................................................................................... 21 1.7.2 Perda de Carga Localizada ......................................................................................... 24 1.8 BOMBAS CENTRÍFUGAS ............................................................................................. 27 1.9 VELOCIDADE ESPECÍFICA .......................................................................................... 28 1.9.1 Rotação específica ..................................................................................................... 28 1.10 POTÊNCIAS E RENDIMENTOS .................................................................................. 30 1.11 CURVA DO SISTEMA E CURVAS CARACTERÍSTICAS ............................................ 31 1.12 CAVITAÇÃO ................................................................................................................ 32 1.13 NPSH........................................................................................................................... 32 1.14 CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO E DE OPERAÇÃO ....................................................... 34 1.14.1 Custo de implantação ............................................................................................... 35 1.14.2 Custo de operação .................................................................................................... 35 1.14.3 Custos totais ............................................................................................................. 39 1.15 MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO .................................. 39 1.15.1 Equação de Bresse ................................................................................................... 39 1.15.2 Método baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações ............................ 41 1.15.4 Método Baseado no peso da tubulação .................................................................... 43 2 MÉTODO .......................................................................................................................... 44 2.1 PLANILHA DE PERDAS DE CARGA ............................................................................ 44 2.2 DIAGRAMA DE BLOCOS .............................................................................................. 45 3 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 47 3.1 APRESENTAÇÃO DO APLICATIVO ............................................................................. 47 3.1.1 Tela Dados de entrada ............................................................................................... 48 3.1.2 Tela Diâmetro Econômico - PVC e FOFO .................................................................. 48 3.1.3 Tela Perda de Carga ................................................................................................... 50 3.1.4 Tela Delimitações ....................................................................................................... 51 3.2 DEFINIÇÃO DOS DADOS DE ENTRADA ..................................................................... 51 3.3 RESULTADOS PARA OBTENÇÃO DA PERDA DE CARGA ......................................... 54 3.4 RESULTADOS PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO .............................. 55 3.5 DELIMITAÇÕES DO APLICATIVO ................................................................................ 58 3.6 VALIDAÇÃO .................................................................................................................. 58 3.6.1 Exemplo para validação .............................................................................................. 59 3.6.2 Análise dos resultados para obtenção da perda de carga ........................................... 60 3.6.3 Análise dos resultados para indicação do diâmetro econômico .................................. 61 3.7 EXEMPLO DE APLICAÇÃO .......................................................................................... 63 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 66 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 68 APÊNDICE .......................................................................................................................... 69 ANEXOS ............................................................................................................................. 71 12 INTRODUÇÃO Nos tempos atuais, tem havido uma crescente preocupação com a redução do consumo de energia elétrica no país. Motores elétricos e bombas centrífugas es- tão sendo certificados por órgãos competentes, de forma a garantir que fabricantes os produzam com maior eficiência energética. Em contra partida, muitos profissio- nais responsáveis por projetos de instalações hidráulicas, não fazem ideia de quanto o diâmetro da tubulação pode influir na perda de carga. Em uma estação de bombeamento é preciso especificar a tubulação e a mo- tobomba, itens de suma importância ao sistema. Para tanto, deve-se haver a preo- cupação em aliar o baixo custo de investimento com alta eficiência energética da bomba. Contudo, é difícil saber qual diâmetro utilizar, saber o que é mais vantajoso, se indicar tubulações com diâmetros pequenos, para ter um baixo custo de investi- mento, ou indicar uma tubulação com maior diâmetro, de forma a ter uma menor perda de carga, e consequentemente uma bomba de baixa potência. De forma a facilitar o dimensionamento da tubulação e consequentemente da bomba de recalque, foi desenvolvido um aplicativo computacional que fornecerá uma estimativa de custo para a implantação da tubulação, da potência requerida pelo sistema e do diâmetro mais econômico da tubulação. Dessa forma, o usuário poderá fazer os devidos comparativos e assim tomar sua decisão baseado em da- dos concretos. A partir de informações relacionadas ao sistema hidráulico, o aplicativo com- putacional indicará o diâmetro econômico para tubulações de PVC e Ferro fundido para diferentes tipos e temperaturas de líquidos. Além da indicação do diâmetro econômico, será possível obter a altura ma- nométrica total do sistema para diversos tipos de tubulações e líquidos, quando o diâmetro da tubulação for conhecido. OBJETIVO GERAL O objetivo geral desse trabalho é desenvolver um aplicativo computacional, em linguagem de programação Visual Basic, para o cálculo da perda de carga e ob- tenção do diâmetro econômico para estações de bombeamento. 13 OBJETIVOS ESPECÍFICOS De forma a atingir o objetivo proposto, as etapas a seguir foram desenvolvi- das: a) Definir os parâmetros de entrada; b) Definir o método de cálculo; c) Gerar a programação; d) Validar o aplicativo computacional; e) Delimitar condições para utilização correta do aplicativo. 14 1 REFERENCIAL TEÓRICO O dimensionamento das tubulações em uma estação de bombeamento é um problema muito discutido dentro da hidrodinâmica. Basicamente, esse dimensiona- mento é relativo à vazão requerida pelo sistema e dependerá diretamente da perda de carga que será gerada. A seguir serão abordados alguns conceitos básicos da mecânica dos fluidos no que diz respeito ao escoamento interno de fluido newtoniano e incompressível, para a obtenção da perda de carga e potência requerida, onde serão utilizados como métodos para a indicação do diâmetro econômico. 1.1 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS Segundo Çengel (2007), propriedade é qualquer característica de um sistema, podendo ser citadas as que mais serão vistas nesse estudo como a pressão, a tem- peratura, o volume, a massa específica, a viscosidade, o peso específicoe a pres- são de vapor. Os fluidos podem apresentar-se na forma de líquido, gás ou vapor. São prati- camente incompressíveis e resistem pouco à tração e esforços cortantes. Já os ga- ses ou vapores são altamente compressíveis e de pequena densidade quando com- parado com os líquidos (NETTO, 2012). 1.2 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE O balanço da quantidade de um fluido que escoa por um tubo de corrente é dada equação da continuidade (equação 1). É indicada para escoamentos em regi- me permanente e relaciona a massa específica do fluido, a área da seção transver- sal do tubo e a velocidade média de escoamento (BRUNETTI, 2005). (1) equação 1 - Continuidade Onde: é a área interna do tubo, em m²; é a velocidade média do fluido, em m/s; 15 é a massa específica do fluido, em kg/m³; Os sub índices 1 e 2 referem-se, respectivamente, às seções de entrada e de saída do trecho de um tubo. 1.2.1 Vazão em volume Para Mott (1996) a vazão de um fluido num sistema, pode ser obtida através da vazão em massa (M) em kg/s; vazão em peso (W) em N/s e a vazão em volume (Q) em m³/s, sendo esse último o mais importante para este estudo. Sabendo-se que a vazão em volume é o produto da área pela velocidade média de escoamento do fluido, pode-se dizer que, partindo do princípio da continuidade, o escoamento possui a mesma vazão em qualquer seção da tubulação. 1.2.2 Velocidade média de escoamento No escoamento de líquidos através de tubos circulares, a velocidade do fluido na superfície do tubo é nula devido ao não escorregamento, à medida que se afasta da superfície, a velocidade da corrente fluida aumenta gradativamente até atingir seu valor máximo no centro do tubo, conforme se observa na Figura 1. Em função disso, é conveniente trabalhar com uma velocidade média, que permanece constan- te no escoamento incompressível quando a área da seção transversal do tubo for constante (ÇENGEL, 2007). Figura 1 – Desenvolvimento do perfil da velocidade e da camada limite Fonte: Adaptado de Çengel (2007) 16 A partir da equação da continuidade, pode-se obter a velocidade média do escoamento de um fluido incompressível, e pode ser obtida pela equação 2. (2) equação 2 - Velocidade média do escoamento Onde: é a vazão, em m³/s. Com a finalidade de evitar demasiada turbulência do fluido, através da Tabela 1, Macintyre (1997) indica a velocidade média para as linhas de sucção e de recal- que dos diferentes tipos de fluidos e diâmetros comerciais das tubulações. Tabela 1 – Velocidades médias recomendadas na aspiração e no recalque. Diâmetro (mm) Velocidade na linha de sucção (m/s) Velocidade na linha de Recalque (m/s) Água Óleos leves Óleos viscosos Água Óleos leves Óleos Viscosos 25 0,5 0,5 0,3 1,0 1,0 1,0 50 0,5 0,5 0,33 1,1 1,1 1,1 75 0,5 0,5 0,375 1,15 1,15 1,1 100 0,55 0,55 0,4 1,25 1,25 1,25 150 0,6 0,6 0,425 1,5 1,5 1,2 200 0,75 0,7 0,45 1,75 1,75 1,2 250 0,9 0,9 0,5 2,0 2,0 1,3 300 1,4 0,9 0,5 2,65 2,0 1,4 > 300 1,5 - - 3,0 Fonte: (MACINTYRE, 1997) 2.3 NÚMERO DE REYNOLDS Os escoamentos foram classificados por Osborne Reynolds (1883), a partir de observações feitas no comportamento do fluxo dos líquidos, como laminar, de tran- sição e turbulento. Ele verificou que o regime de escoamento depende de um valor adimensional, dado pela equação 3, chamada de número de Reynolds. (3) equação 3 - Número de Reynolds Onde: é o número de Reynolds; é o diâmetro interno do tubo, em m; é a viscosidade dinâmica do fluido, em kg/m.s. 17 O regime laminar é caracterizado por um escoamento laminar; não há o cru- zamento entre a trajetória das partículas em movimento, sendo bem definidas. Esse ocorre quando o número de Reynolds é inferior a 2000. O regime turbulento é carac- terizado por um escoamento com o movimento desordenado das partículas e é iden- tificado quando o número de Reynolds é superior a 4000. O regime de transição é caracterizado pela presença simultânea do escoamento laminar e turbulento e ocor- re para número de Reynolds superiores a 2000 e inferiores a 4000 (BRUNETTI, 2005). 1.4 RUGOSIDADE ( ) A rugosidade está presente em qualquer tipo de superfície. No caso de esco- amentos em tubulações, diz-se que uma superfície é lisa quando a sua rugosidade não ultrapassa a camada laminar de uma corrente de fluido, conforme Figura 2- a.Quando a superfície possui protuberâncias que ultrapassam a camada laminar, e projetam-se na zona turbulenta (Figura 2-b), ocorre um aumento da turbulência, o que origina uma maior perda para o escoamento (NETTO, 2012). A rugosidade divide-se em absoluta e relativa. A absoluta refere-se à altura das saliências da parede do tubo. E a rugosidade relativa é a divisão da rugosidade absoluta pelo diâmetro interno do tubo. A rugosidade absoluta para tubos novos é encontrada em bibliografias de mecânica dos fluidos. No entanto, superfícies constituídas de materiais como o ferro fundido e o aço podem ter a sua rugosidade consideravelmente aumentada devido às incrustações internas. Em função disso, Netto (2012) recomenda que o tempo de utilização da tubulação seja considerado ao se obter o valor da rugosidade para o cálculo da perda de carga. Na tabela 2 é possível verificar a relação da rugosidade Figura 2 - Rugosidade absoluta em superfície Fonte: (Netto, 2012) 18 para alguns tipos de tubulações, levando-se em consideração o envelhecimento destes. Tabela 2 – Rugosidade dos tubos sugerida para o cálculo da perda de carga. Material Novos (m) Velhos(m) Aço galvanizado 0,00015 – 0,00020 0,0046 Ferro fundido 0,00025 – 0,00050 0,0030 – 0,0050 Plástico (PVC / PPR) 0,00001 0,00001 Fonte: Adaptado de Netto (2012) 1.5 COEFICIENTE DE ATRITO O coeficiente de atrito pode ser obtido de ábacos ou equações empíricas, sendo a de Colebrook-White, dada pela equação 4, a mais utilizada (GOMES, 2012). (4) equação 4 - Coeficiente de atrito de Colebrook-White Onde: é o coeficiente de atrito; é a rugosidade absoluta. O coeficiente de atrito depende do regime de escoamento e da rugosidade da tubulação, podendo ser obtido a partir do diagrama de Moody, apresentado no Ane- xo C. Esse diagrama é uma simplificação da equação de Colebrook-White. O coeficiente de atrito para o regime laminar é definida pela equação 5 (MOTT, 1996). (5) equação 5 - Coeficiente de atrito para regime laminar O coeficiente de atrito também é obtido a partir da equação de Swamee e Ja- in (1976), dada pela equação 6, uma vez que em regime de escoamento transitório e 19 turbulento, pode ser confiavelmente empregado, pois seu resultado é muito seme- lhante aos calculados a partir da equação de Colebrook White. (6) equação 6 - Coeficiente de atrito de Swamee e Jain A equação de Swamee fornece um resultado que se refere a 1% do resulta- do obtido pela Colebrook. Essa deve ser utilizada para rugosidade relativa de 1 x 103 até 1 x 106 e para número de Reynolds de 5 x 103 a 1 x 108 (MOTT, 1996). 1.6 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA O Teorema de Bernoulli, baseado na Primeira Lei da Termodinâmica, conhe- cida também como o princípio da conservação da energia, estabelece que, nos es- coamentos permanentes de fluidos newtonianos e incompressíveis, a soma das altu- ras cinéticas, piezométricas e geométricas são constantes. Pode-se observar na Figura 3, que a soma da pressão e da energia potencial dá origem à linha piezométrica e a soma delas com a energia cinética forma a linha de energia que, neste caso, representa a constante de Bernoulli, considerando a ausência de atrito (GOMES, 2012).Figura 3 – Representação gráfica da Equação de Bernoulli Fonte: (Gomes, 2012) 20 Assim, para quaisquer dois pontos do escoamento, a equação de Bernoulli é definida conforme a equação 7. (7) equação 7 - Bernoulli Onde: é a carga de posição, em m; é a carga de pressão, em m; é a carga cinética, em m. A equação de Bernoulli é aplicada somente para líquido incompressível e newtoniano, movimento permanente, não pode haver dispositivos mecânicos que gerem energia ao fluido, não pode haver transferência de calor entre o fluido e o meio e por último, deve ser um fluido ideal, ou seja, não pode haver perda de ener- gia por atrito. Para escoamentos reais, é preciso levar em conta a viscosidade dos fluidos e o atrito, porque esses determinam uma degradação da energia mecânica e na práti- ca não podem ser desprezados. Para tanto, é necessário expandir a equação de Bernoulli para a equação geral da Energia, onde se introduz um termo corretivo, co- nhecido como perda de carga. 1.6.1 Equação Geral da Energia A equação geral da energia, definida pela equação 8, é uma ampliação da equação de Bernoulli, onde torna possível a resolução de problemas práticos que envolvam perdas ou adições de energia. (MOTT, 1996) (8) equação 8 - Equação geral da energia Onde: é a adição de energia, em m; é a remoção de energia, em m; é a perda de energia, em m. 21 1.7 PERDAS DE CARGA Perda de carga é a energia transferida do meio, por um fluido em escoamen- to. Fatores como a velocidade média, a viscosidade do fluido e a rugosidade da su- perfície do tubo são responsáveis pela acentuação da perda de energia. Para Netto (2012), no regime laminar a resistência ao escoamento deve-se in- teiramente à viscosidade do fluido, uma vez que nesse regime não há atrito entre o fluido e a parede do tubo, pois a velocidade nesse ponto é nula. Já no regime turbu- lento, a perda de carga deve-se ao combinado das forças devido à inércia e a visco- sidade do fluido. Num escoamento permanente e uniforme, a perda de carga num determinado trecho da tubulação é proporcional ao seu comprimento e permanece constante ao longo desse trecho. Essa perda é chamada de perda de carga por atrito ou perda de carga distribuída e depende das características físicas do fluido e das características geométricas do conduto (GOMES, 2012). Há também a perda de carga localizada, que é a perda de energia ocasiona- da pela geometria das conexões e válvulas e também em função das entradas e sa- ídas das tubulações. 1.7.1 Perda de Carga Distribuída O cálculo da perda de carga distribuída é determinado através de equações empíricas, desenvolvidas para diferentes aplicações. Para regime de escoamento turbulento, presente nos sistemas pressurizados, as equações de Flamant, Fair- Whipple-Hsiao, Hazen-Williams e Darcy-Weisbach são comumente utilizadas. Chézy, em 1775 foi o primeiro a representar, de forma algébrica, a perda de carga devido ao escoamento em um conduto. Com o passar dos anos, inúmeros autores propuseram uma série de equações para o mesmo fim (NETTO, 2012). 1.7.1.1 Equação de Flamant A equação de Flamant (1982), dada pela equação 9, é usada para tubulações de pequenos diâmetros, de 19 a 38 mm (NETTO, 2012). 22 (9) equação 9 - Flamant Onde: é a perda de carga distribuída, em mcl; é o coeficiente de Flamant. O coeficiente de Flamant é definido a partir do tipo da tubulação, sendo: = 0,00023 para tubos usados, de aço e ferro fundido; = 0,000185 para tubos novos, de aço e ferro fundido; = 0,000140 para tubos de chumbo; = 0,000130 para tubos de cobre; = 0,000120 para tubos de plástico (PVC, PPR, CPVC). 1.7.1.2 Equação de Fair-Whipple-Hsiao A equação de Fair-Whipple-Hsiao (1930) também deve ser utilizada para es- coamentos com água para tubos com diâmetro de 1/2 a 2 polegadas. A perda de carga em tubos de ferro galvanizado para água fria e tubos de cobre e latão para água fria e quente pode ser obtida pela equação 10 (MACINTYRE, 2010). (10) equação 10 - Fair-Whipple-Hsiao Onde: possui valor de 0,002021 para tubos de ferro galvanizado para água fria; 0,0086 para tubos de cobre e latão para água fria e 0,000704 para tubos de cobre e latão para água quente; possui valor de 1,88 para tubos de ferro galvanizado para água fria e 1,75 para tubos de cobre e latão para água fria e quente; possui valor de 4,88 para tubos de ferro galvanizado para água fria e 4,75 para tubos de cobre e latão para água fria e quente. 23 1.7.1.3 Equação de Hazen-Williams A equação de Hazen-Williams (equação 11) resulta de um estudo estatístico cuidadoso, onde foram utilizados dados obtidos anteriormente por um grande núme- ro de pesquisadores e também por dados observados pelos próprios autores. Essa equação possui uma grande aceitação devido ao seu amplo uso e às confirmações experimentais. A equação de Hazen-Williams leva em consideração o envelhecimento dos tubos e é aplicada para qualquer tipo de conduto e de material. Atende a diâmetros de 50 a 3500 mm e escoamentos com água a velocidades média máxima de 3m/s (NETTO, 2012). (11) equação 11 - Hazen-Williams Onde: é o coeficiente adimensional que depende do material e do estado da pare- de do tubo. A equação de Hazen-Williams é teoricamente correta, pois a soma dos expo- entes apresenta uma diferença desprezível sobre os valores teóricos. Esses expoen- tes permitem uma pequena variação do coeficiente C para tubos com mesmo grau de rugosidade. Os valores bem determinados dos coeficientes C deveu-se a grande aceitação da equação de Hazen-Williams, dessa forma, pode-se estimar o envelhe- cimento dos tubos. Na tabela 3 podem-se verificar os valores do coeficiente C para alguns tipos de tubos. Tabela 3 - Coeficiente C sugerido para a equação de Hazen-Williams. Material Novos Usados (~10 anos) Usados (~20 anos) Aço galvanizado 125 100 - Aço soldado 125 110 90 Cobre 140 135 130 Ferro fundido 140 130 120 Plástico (PVC) 140 135 130 Fonte: Adaptado de Netto (2012 p. 150) 24 1.7.1.4 Equação de Darcy-Weisbach Depois de Chézy apresentar a primeira forma algébrica para o cálculo da per- da de carga, Darcy e Weisbach apresentaram um método científico baseado em considerações físicas e matemáticas para o cálculo da perda de carga em meados do século XIX. Com base em apenas duzentas observações, Darcy obteve uma equação cu- ja utilidade e aplicação tem sido reconhecida e assegurada por mais de cem anos. Foi ainda o primeiro a considerar a natureza e o estado da superfície interna dos tubos (GOMES, 2009). A equação 12 é conhecida como a equação de Darcy-Weisbach ou Universal, pode ser utilizada para escoamento de qualquer tipo de líquido e em diversos tipos de tubulações, sendo indicada pela norma NBR 12215 da ABNT para o cálculo de adutoras em sistemas de abastecimento de água. (12) equação 12 - Darcy-Weisbach Onde: é o coeficiente de atrito; é o comprimento da tubulação, em m; é a aceleração da gravidade, em m/s². Conforme visto no item 1.5, o coeficiente de atrito é uma relação entre o regi- me de escoamento de um fluido, representado pelo número de Reynolds, e da rugo- sidade relativa da superfície interna do tubo. 1.7.2 Perda de Carga Localizada Sempre que possível, a perda de carga localizada deve ser calculada a partir de informações concedidas pelos fabricantes das válvulas e conexões. Como na grande maioria dos casos não se sabe a marca da tubulação que será utilizada, as perdas de carga localizadas são calculadas através de equações retiradas das bibli- ografiasde mecânica dos fluidos que indicam dois métodos para sua obtenção. 25 1.7.2.1 Método do comprimento equivalente A perda de carga localizada pode ser fornecida em termos de comprimento equivalente, onde a perda de carga através de um componente é fornecida em ter- mos de comprimento da tubulação que produz uma perda de carga equivalente a do componente. 1.7.2.2 Método do coeficiente de resistência A perda de carga localizada é definida pela equação 13 onde utiliza um coefi- ciente de resistência, que é definido através do tipo de conexões que causam per- turbações bruscas e da geometria da peça ou do tipo de entradas e saídas das tubu- lações (MOTT, 1996). (13) equação 13 - Perda de carga localizada Onde é a perda de carga localizada ou singular, em mcl; é o coeficiente de resistência. O coeficiente de resistência é definido pela equação 14, onde relaciona o coe- ficiente de atrito, visto no item 1.6, e a proporção do comprimento equivalente. (14) equação 14 - Método do coeficiente de resistência Onde: é a proporção do comprimento equivalente. A proporção do comprimento equivalente para alguns tipos de válvulas e co- nexões são mostrados na Tabela 4. 26 Tabela 4 – Comprimento equivalente em diâmetro de tubulação Le/D Tipo de acessório Le/D Registro globo aberta 340 Registro angular aberta 150 Registro gaveta aberta 8 Registro esfera aberta 3 Válvula retenção giratória 100 Válvula retenção esfera 150 Válvula de pé com crivo 420 Curva / cotovelo 90º 30 Curva / cotovelo 45º 16 Tê - escoamento passagem plena 20 Tê - escoamento passagem lateral 60 Fonte: (MOTT, 1996) e (FOX, 2006) As saídas das tubulações possuem valor de “K” igual a 1, independente da forma da saída. O coeficiente de resistência para as entradas das tubulações é in- formado na Figura 4. O coeficiente de resistência para as expansões e contrações é indicado pela Figura 5. Fonte: (Fox, 2006) Figura 4 – Coeficiente de resistência para entrada de tubos Figura 5 – Coeficiente de resistência para contrações e expanções Fonte: (Fox, 2006) 27 1.8 BOMBAS CENTRÍFUGAS Bombas centrífugas são máquinas de fluxo que transformam a energia mecâ- nica, proveniente de um motor, em energia hidráulica transferindo assim energia ci- nética ao fluido quando este entra em contato com o rotor da bomba. As bombas podem ser dinâmicas, que se dividem em Centrífuga, Axial e de Fluxo Misto ou Bombas Volumétricas, de deslocamento positivo. Numa bomba do tipo centrífuga, o fluido entra na direção axial através da en- trada do rotor, é centrifugado para fora à medida que escoa através da passagem pelas janelas do rotor, sendo descarregado na direção tangencial, como exposto na Figura 6 (GOMES, 2012). As bombas volumétricas ou de deslocamento positivo, fornecem a mesma va- zão, independentemente da pressão do sistema, pois desloca a mesma quantidade de líquido em forma de pulsos. Possuem uma característica de fornecerem baixa vazão a pressões elevadas. A escolha da bomba pode ser feita a partir da vazão e da pressão requisitada pelo sistema. É possível observar na Figura 7, um gráfico onde Henn (2006) relacio- na a vazão e pressão com o tipo de bomba mais indicada. Figura 6 – Vista lateral e frontal do corpo de uma bomba dinâmica Fonte: (Gomes, 2012) 28 1.9 VELOCIDADE ESPECÍFICA Segundo Gomes (2012), uma bomba é selecionada a partir da pressão e va- zão requerida pelo sistema, porém o tipo da bomba a ser utilizada pode ser definida a partir da sua velocidade de rotação, que é ditada pela velocidade do motor elétrico. 1.9.1 Rotação específica A rotação específica é obtida a partir da lei de similaridade para bombas, que por sua vez estipula que, para dois escoamentos semelhantes (perfeita semelhança geométrica, possuindo a mesma escala em todas as dimensões), é possível prever grandezas como diâmetro do rotor, rotação, potência hidráulica, pressão e vazão entre uma bomba tida como modelo e outra como protótipo. Assim, a partir da lei da similaridade e considerando-se uma bomba unidade (vazão de 1 m³/s e altura manométrica de 1 m), a rotação específica, definida pela equação 15, pode ser compreendida como a velocidade com que a bomba unidade deve girar para que seja equivalente a uma bomba qualquer de grandezas como a vazão, altura manométrica e rotação (GOMES, 2012). Figura 7 – Tipos de bomba em função do ponto de operação Fonte: (Henn, 2006) 29 (15) equação 15 - Rotação específica Onde: é a rotação específica; é a rotação do motor elétrico, em rpm; é a altura manométrica total, em m. A velocidade específica, dada pela equação 16 é utilizada para determinar o ti- po mais indicado de bomba, depois de fixadas a vazão, a altura manométrica e a velocidade de rotação do motor elétrico. Além disso, é utilizada também para se de- finir o rendimento da bomba para a obtenção da potência mecânica, conforme Figu- ra 8. (16) equação 16 - Velocidade específica Onde: é a velocidade específica; é o número de estágios da bomba. Fonte: (Gomes, 2012 p. 85) Figura 8 – Rendimentos de bombas centrífugas em função da velocidade específica 30 1.10 POTÊNCIAS E RENDIMENTOS A potência hidráulica pode ser definida como a energia transferida ao fluido, pela bomba. Essa pode ser obtida, com base no trabalho específico (energia por unidade de massa), pela equação 17. (17) equação 17 - Potência hidráulica Onde: é a potência hidráulica, em W; é o peso específico do fluido, em N/m³. O rendimento hidráulico relaciona a perda de energia ocasionada pelo atrito entre o fluido e as partes internas da bomba. Esse pode ser obtido através da Figura 8, onde relaciona a velocidade específica e a vazão do sistema. A potência mecânica, ou potência no eixo da bomba, obtida a partir da equa- ção 18, é a razão entre a potência hidráulica e o rendimento hidráulico. (18) equação 18 - Potência mecânica Onde: é a potência mecânica, em W; é o rendimento hidráulico. A potência elétrica, dada pela equação 19 pode ser obtida através da razão entre a potência mecânica e o rendimento do motor elétrico. O rendimento do motor elétrico altera-se em função da rotação, potência e do número de polos. No anexo B.1 pode-se verificar os rendimentos elétricos mínimos, estipulado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização, e qualidade Industrial), conforme portaria nº 455010, para motores monofásicos e trifásicos, de dois e quatro polos, para uma faixa de 0,12 kW a 18,5 kW. 31 (19) equação 19 - Potência elétrica Onde: é a potência elétrica, em W; é o rendimento elétrico. O produto do rendimento hidráulico pelo rendimento elétrico resulta no rendi- mento global, conforme definido na equação 20. A potência elétrica, também pode ser obtida a partir da razão entre a potência hidráulica e o rendimento global. (20) equação 20 - Rendimento global Onde: é o rendimento global. 1.11 CURVA DO SISTEMA E CURVAS CARACTERÍSTICAS A curva do sistema é um gráfico que relaciona a pressão e a vazão que uma bomba deverá fornecer para suprir a altura manométrica total e a vazão requerida pelo sistema hidráulico. A altura manométrica total refere-se à perda de carga do sistema somada aos desníveis geométricos que deverão ser alcançados. A curva característica é o resultado de ensaio de uma bomba centrífuga ope- rando à velocidade constante. É representada porum gráfico que relaciona a pres- são versus vazão, o rendimento e a potência absorvida da bomba (NETTO, 2012). A curva do sistema e a curva característica estão representadas na Figura 9. Fonte: Adaptado de Fox (2006) Figura 9 – Curva do sistema e característicassuperpostas 32 Sobrepondo-se a curva do sistema com a curva característica da bomba, ob- tém-se o ponto de operação no momento da interseção das duas curvas. “O ponto de interseção é a única condição em que as vazões do sistema e da bomba, e as alturas manométricas do sistema e da bomba são iguais” (FOX, 2006). 1.12 CAVITAÇÃO A cavitação é um fenômeno que ocorre quando a pressão estática local é re- duzida até atingir a pressão de vapor do líquido, sem que haja alteração da tempera- tura. Quando isso ocorre, há a formação de pequenas bolhas onde seu estado físico modifica-se para vapor. Esse líquido, misturado com as bolhas de vapor, entra em colapso ao atingir regiões de elevada pressão dentro da bomba, pois nesse instante ocorre a conden- sação do vapor, retornando ao estado líquido. Segundo Netto (2012), a cavitação pode ocorrer também em condutos fixos, nos pontos de pressão muito baixa e velocidade muito elevada. A cavitação ocasiona um ruído característico no sistema, e pode danificar o sistema de bombeamento. 1.13 NPSH O NPSH é a energia disponível para conduzir o líquido pela linha de sucção e pela bomba, sem risco de ocorrer a cavitação. Na língua inglesa, o NPSH significa Net Positive Suction Head e é adotada universalmente para designar a energia disponível na sucção. Segundo Henn (2006), o NPSH é definido como a energia total na sucção da bomba menos a ener- gia correspondente à pressão de vapor do líquido, na temperatura de bombeamento. O NPSH divide-se em requerido e disponível. O NPSH requerido é a energia, expressa em metros de coluna de líquido, ne- cessária para que não ocorra a cavitação; depende da forma construtiva da bomba e também de algumas propriedades do fluido. Sua determinação é realizada por meios experimentais e é fornecida normalmente pelos fabricantes de bombas. 33 Na ausência da curva do NPSH requerido, fornecido pelo fabricante, Gomes (2012) indica que o emprego do Coeficiente de cavitação ou de Thoma, que é defi- nido pela equação 21 (21) equação 21 - NPSH requerido Onde: é o coeficiente de Thoma; é o NPSH requerido, em mcl. O coeficiente de Thoma é definido pela equação 22 e depende da rotação es- pecífica, definida da equação 15 e do coeficiente , que possui valor de 0,0011 para bombas centrífugas de sucção simples. (22) equação 22 - Coeficiente de Thoma Onde: é o coeficiente para obtenção de Thoma. O NPSH disponível é a energia disponível, em metros de coluna de líquido, para introduzir o líquido na bomba sem que ocorra a cavitação. É uma característica das instalações e deve ser obtido através da equação 23. (23) equação 23 - NPSH disponível Onde: é a pressão disponível na sucção da bomba, em mcl é a pressão atmosférica do local, em N/m²; é a pressão de vapor do líquido, em N/m²; é a soma de todas as perdas de carga na sucção, em mcl; é a altura geométrica entre o líquido e a sucção da bomba (quando a bomba estiver abaixo do nível do líquido (diz-se afogada), o valor de será positivo; 34 quando a bomba estiver acima do nível do líquido, o valor de será negativo), em m. Para o bom funcionamento do sistema de bombeamento, o NPSH disponível deve ser maior ou igual ao NPSH requerido, evitando assim a cavitação. 1.14 CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO E DE OPERAÇÃO EM SISTEMAS DE BOMBE- AMENTO O dimensionamento das tubulações num sistema de bombeamento deve ser realizado a partir de uma série de análises e comparações. É preciso ter esse cuida- do, pois dependendo do sistema, quanto menor o diâmetro da tubulação, menor se- rá o custo de implantação, em contrapartida, maior será o custo de operação, ou seja, maior será o consumo de energia elétrica, pois a potência do conjunto motor bomba será maior (GOMES, 2009). De forma simplificada, pode-se afirmar que quanto maior for o custo de im- plantação, menor será o custo de operação e vice versa e a soma desses fornecerá o custo total do sistema. A partir da Figura 10 pode-se concluir que o diâmetro mais econômico será aquele onde o custo do conjunto atingir o seu menor valor. Quando se pretende determinar o custo de um projeto de um sistema de re- calque, devem-se computar os custos fixos de investimento e os gastos variáveis de operação e manutenção, que incidem ao longo do alcance do projeto. Figura 10 – Curvas de custos versus diâmetros de tubulação Fonte: (Gomes, 2009) 35 Os custos fixos dizem respeito à aquisição dos equipamentos das instalações hidráulicas, juntamente com os gastos de implantação do sistema. Os custos variá- veis, que incidem ao longo da vida útil do projeto, dizem respeito aos gastos de ex- ploração, que compreendem as despesas de operação e manutenção das instala- ções e gastos com energia elétrica (GOMES, 2009). 1.14.1 Custo de implantação O custo de implantação, ou custo fixo, é determinado em função do custo da tubulação somado aos gastos com transporte, escavação, montagem e peças de conexões e controle. Os custos das tubulações variam diretamente com seus com- primentos, materiais, diâmetros e pressões nominais dos tubos escolhidos. Aos preços unitários dos tubos devem ser somados os custos de montagem, em unidades monetárias por metro, que dependem dos gastos com o movimento de terra (em R$/m³), recuperação do pavimento (em R$/m³), mão de obra e transporte (caso este não tenha sido incluído no custo unitário do tubo). O custo de implantação é definido pela equação 24, onde o custo de investi- mento de cada trecho do sistema é determinado pelo produto do custo unitário de implantação da tubulação pelo comprimento do trecho. (24) equação 24 - Custo de implntação Onde: é o custo da tubulação por metro de comprimento, em R$/m; é o diâmetro interno do tubo, em m; é o comprimento total da tubulação, em m; é o custo de implantação da tubulação, por metro de comprimento, e por metro de diâmetro (R$/m/m). 1.14.2 Custo de operação O custo de operação é representado pelo custo da energia elétrica para o bombeamento, uma vez que esse ultrapassa, ao longo da vida útil dos projetos, os custos de implantação. 36 1.14.2.1 Custo da energia de bombeamento Segundo Gomes (2009), o custo da energia de bombeamento pode ser de- terminado em função da potência elétrica, número de horas de operação da bomba e pelo custo unitário da energia conforme a equação 25. (25) equação 25 - Custo de operação Onde: é o Custo da energia, em unidade monetária (R$), num determinado inter- valo de tempo; é o número de horas de bombeamento num determinado intervalo de tem- po, em horas; é o custo unitário da energia elétrica local, em R$/kWh. O intervalo de tempo, normalmente, empregado nas análises dos custos e- nergéticos é o mensal ou anual, de maneira que o número de horas de bombeamen- to corresponderá ao número de horas mensais ou anuais. O número de horas de bombeamento é estimado em função do número médio de horas diárias de bombe- amento, que dependerá do regime de funcionamento do sistema de bombeamento. O custo unitário da energia (em R$/kWh) é estabelecido conforme as tarifas cobradas pelas empresas concessionárias de energia elétrica. No Brasil, a cobrança da energia elétrica corresponde à quantidade de energia elétrica consumida no mês, estabelecida por kWh (quilowatt-hora) multiplicada por um valor unitário, chamado de tarifa,medida em R$/kWh (Reais por quilowatt-hora), que corresponde ao preço de um quilowatt consumido em uma hora. 1.14.2.2 Estruturas tarifárias As tarifas de energia elétrica são estabelecidas pela Agência Nacional de E- nergia Elétrica (ANEEL), que as divide nas seguintes classes e subclasses de con- sumo: a) Residencial - classe I: Consumidores residenciais; 37 b) Industrial - classe II: Consumidores que desenvolvem atividade industrial, assim como também transporte de matéria prima, insumo ou produto resultante do seu processamento; c) Comercial, serviços e Outras Atividades - classe III: São os que prestam serviços de transporte, comunicação e telecomunicação e outros afins; d) Rural - classe IV: Consumidores que exercem atividades de agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, coletividade rural e serviço público de irrigação rural; e) Poder Público – classe V: Se enquadram as atividades dos Poderes Públi- cos Federal, Estadual ou Distrital e Municipal; f) Iluminação Pública – classe VI: Se enquadra a iluminação pública de ruas, praças, jardins, estradas e outros logradouros de domínio público de uso comum e livre acesso; g) Serviço Público – classe VII: Se enquadram os serviços de água, esgoto e saneamento; h) Consumo Próprio – classe VIII: Refere-se ao fornecimento destinado ao consumo de energia elétrica da própria empresa de distribuição. Há também dois grupos de tarifas de consumidores. As tarifas do grupo “A” que são os consumidores atendidos pela rede de alta tensão, de 2,3 a 230 kV e as tarifas do grupo “B” que são os consumidores atendidos em tensão inferior a 2,3 kV e são estabelecidos para as seguintes classes de consumo B1 para a classe resi- dencial e subclasse residencial de baixa renda; B2 para a classe rural; B3 para a classe industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço pú- blico e consumo próprio e B4 para a classe iluminação pública. As características dos grupos de consumidores, segundo o nível de tensão e característica do consumidor podem ser vistas na Tabela 5. Segundo Gomes (2012), no Brasil as tarifas de energia elétrica são diferenci- adas em função da tensão de alimentação, para as unidades do grupo A, e da clas- se de consumo, para as unidades do grupo B. Os valores dessas tarifas estão agru- pados em Estrutura Tarifária Convencional e Estrutura Tarifária Horossazonal. 38 Tabela 5 – Nível de tensão dos grupos de consumidores de energia Grupo de consumidor Nível de tensão dos grupos de consumidores A1 Tensão igual ou superior a 230 kV A2 88 a 138 kV A3 69 kV A3a 30 a 44 kV A4 2,3 a 25 kV AS Ligados em baixa tensão localizados em áreas de distribuição subterrânea, com consumo mensal maior ou igual a 30MWh B1 Residencial B1a Residencial de baixa renda B2 Rural B3 Demais classes B4 Iluminação pública Fonte: Tsutyia, 2001 apud (GOMES, 2009 p. 66) Na Estrutura Tarifária Convencional, o valor da tarifa correspondente ao con- sumo de energia elétrica e/ou de demanda de potência, não depende do horário de utilização e nem do período do ano. Sendo dividida em Tarifa Monômia, aplicada somente às unidades do grupo B e a Tarifa Binômia, modalidade constituída por preços aplicáveis às componentes de consumo de energia e demanda faturável. Na Estrutura Tarifária Horossazonal, o valor da tarifa correspondente ao con- sumo de energia elétrica e/ou de demanda de potência, depende do horário de utili- zação e do período do ano, sendo dividida em: a) Tarifa Azul: Tarifas diferenciadas de consumo de energia e de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia e períodos do ano; b) Tarifa Verde: Tarifas diferenciadas de consumo de energia de acordo com as horas de utilização do dia e períodos do ano, e uma única tarifa de demanda de potência ativa; c) Horário de ponta: Período, definido pela concessionária, composto por três horas diárias consecutivas, exceto aos sábados, domingos e feriados nacionais; d) Horário fora de ponta: Período diário consecutivo que complementa o horá- rio de ponta; e) Período úmido: Período de 5 meses consecutivos, de Dezembro à Abril; f) Período seco: Período de 7 meses consecutivos, de Maio à Novembro. 39 1.14.3 Custos totais Para a obtenção dos custos totais, devem-se somar os custos relacionados à implantação e à operação. Como esses custos incidem em tempos diferentes, faz-se necessário converter, financeiramente, os gastos variáveis em fixos ou os fixos em variáveis. Desta forma podem-se comparar as várias alternativas de projetos e esco- lher aquela que apresenta o menor custo total (investimento + energia). Para efetuar a conversão de uma série de custos anuais a uma taxa de juro anual “i” e de aumento de energia “e” (expressa em decimais) em um valor fixo atua- lizado utiliza-se o fator de atualização “ ”, também chamado de Fator de Valor Pre- sente, dado pela equação 26 (GOMES, 2009). (26) equação 26 - Fator do valor presente Onde: é o fator do Valor presente; é a taxa de aumento de energia; é a taxa de juro anual; é o número de anos correspondente à vida útil das instalações ou ao al- cance do projeto. 1.15 MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO Existem vários métodos que são utilizados para a indicação do diâmetro eco- nômico. Alguns desses serão apresentados a seguir. 1.15.1 Equação de Bresse A equação de Bresse, definida pela equação 27 é uma das primeiras equa- ções da hidráulica que ainda é utilizada para a indicação do diâmetro econômico em escoamentos de água (GOMES, 2009). 40 (27) equação 27 - Equação de Bresse Onde: é o coeficiente de Bresse. O coeficiente de Bresse depende de inúmeros fatores, e segundo Netto (2012) é uma consequência do custo da eletricidade, dos materiais e das máquinas. Como esses fatores variam com o tempo e região, o valor do coeficiente de Bresse, atualizado para as condições atuais, varia de 0,7 a 1,5. Assim, esse coeficiente é uma solução aproximada e que para pequenas instalações podem indicar um diâme- tro aceitável. Para instalações de grande porte, o autor sugere que seja realizada uma primeira aproximação para que depois seja realizada uma pesquisa econômica onde serão levados em conta diâmetros próximos, inferiores e superiores. O valor do coeficiente de Bresse pode ser determinado, em termos de segu- rança e economia do sistema, a partir da velocidade, aonde através da continuidade chega-se à equação 28 (GOMES, 2009). (28) equação 28 - Coeficiente de Bresse Os valores da velocidade média e do respectivo coeficiente k são mostrados na Tabela 6. Tabela 6 – Velocidade recomendadas e correspondentes valores de Tipo de Tubo Velocidade (m/s) Coef. de Bresse (k) Tubulação de sucção em bombas 0,5 a 1,0 1,1 a 1,6 Tubo de descarga em bombas 1,5 a 2,0 0,7 a 1,0 Redes de distribuição para água potável: Tubulação principal 1,0 a 2,0 0,7 a 1,1 Tubulação lateral 0,5 a 0,7 1,3 a 1,6 Tubos de grandes diâmetros 1,5 a 3,0 0,7 a 1,0 Fonte: (Ávila apud GOMES, 2009, P.73) Uma vez que a equação de Bresse aplica-se a sistemas de funcionamento i- ninterrupto, a norma brasileira ABNT NBR-5626 (1998) recomenda a utilização da 41 equação 29 para a obtensão do diâmetro econômico, onde é considerado o tempo de funcionamento do sistema. (29) equação 29 - Diametro Economico pelo coeficiente de Bresse Onde: é o diâmetro interno do tubo, em m; ’ é o número de horas por dia de funcionamento do sistema, em horas. De forma a obter um valor mais preciso para o diâmetro econômico e possa atender instalações hidráulicas de pequeno e grande porte, Gomes indica a equa- ção 30 para obter o coeficiente de Bresse a partir deequações que relacionam o custo de energia elétrica, de implantação da tubulação, número de horas de bombe- amento, rendimento da motobomba, taxa de juros e estimativa de aumento do custo da energia elétrica. (30) equação 30 - Coeficiente de Bresse adaptado por Gomes 1.15.2 Método baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações O Método Baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações parte do principio de que o custo de implantação da tubulação varia linearmente com o seu diâmetro. Considerando que esses custos incidem em tempos distintos, uma vez que o de implantação é no inicio do projeto e o de operação é ao longo da vida útil do sis- tema de bombeamento, faz-se necessário considerar o fator do valor presente (GOMES, 2009). Assim, para esse método, o custo total do sistema de recalque de água é da- do pela equação 31. 42 (31) equação 31 - Método baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações, Custo total Onde: é o custo total do sistema, em unidades monetárias; é a variável de perdas, representada pela equação 32, em m. (32) equação 32 - Método baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações, Variável de perdas Por seguinte, o diâmetro econômico é definido pela equação 32. (32) equação 33 - Método baseado na Variação Linear dos Custos das Tubulações, Diâmetro econômico O diâmetro obtido partir da equação 32 deve ser arredondado para o comer- cial mais próximo, que poderá ser o consecutivo superior ou inferior (GOMES, 2001). A limitação do método baseado na variação linear dos custos é que se supõe que o custo varia linearmente com o diâmetro, ou seja, que o preço do tubo de 400 mm seria o dobro do preço do tubo de 200 mm, e na prática isso não ocorre. Após uma pesquisa de preços realizada pelo autor em tubos de PVC (Figura 11), pode-se comprovar a limitação desse método. Fonte: (Gomes, 2001 p. 112) Figura 11 – Custo da tubulação de PVC com classe de pressão 10 43 1.15.3 Método das Tentativas O Método das Tentativas baseia-se na comparação do resultado obtido pelos cálculos dos custos reais de implantação e de operação para uma gama de diâme- tros comerciais disponíveis no mercado, no qual o mais econômico será aquele que proporcionar o menor custo de implantação mais o de operação. Para esse método considera-se o custo de implantação, o custo do material e transporte, assim como também as despesas do serviço de montagem da tubulação (escavação, aterro e reposição do pavimento). A equação 34 é uma adaptação da equação indicada por Gomes (2009) para a obtensão do custo total do sistema que nada mais é do que a soma do custo de implantação com o de operação. A adaptação da equação deve-se ao fato que o autor a recomenda para es- coamento de água, onde substituiu a propriedade peso específico do líquido pela constante 9,81 (peso específico da água igual a 9,81 kN/m³). Como o objetivo deste estudo é o escoamento de água e também de outros líquidos, foi substituído na e- quação original, o valor de 9,81 pelo peso específico. (34) equação 34 - Método das tentativas, Custo total do sistema 1.15.4 Método Baseado no peso da tubulação O Método Baseado no peso da tubulação parte do princípio que o custo da tubulação é proporcional ao seu peso, e o seu valor é definido através da equação 35. (35) equação 35 - Método Baseado no peso da tubulação, Custo total De acordo com Gomes (2001) esse método ajusta-se às tubulações metáli- cas, aonde realmente os custos são proporcionais ao peso da tubulação e, conse- quentemente, ao quadrado do diâmetro da tubulação. 44 2 MÉTODO De forma a facilitar o desenvolvimento inicial do aplicativo computacional, foi desenvolvido uma planilha de cálculo e um diagrama de blocos que serão apresen- tados a seguir. 2.1 PLANILHA DE PERDAS DE CARGA Uma planilha de cálculo para a obtenção da altura manométrica total foi de- senvolvida, a partir dela, um gráfico com a curva do sistema foi gerado. A planilha contém os principais dados de entrada e o resultado da altura ma- nométrica total, sua interface é mostrada na Figura 12. Os resultados relacionados à velocidade média do fluido, número de Reynolds, viscosidade, perda de carga distri- buída e localizada estão no apêndice A. Com base nos dados de entrada inseridos na planilha de cálculo da perda de carga, foi gerada a curva do sistema, mostrada na Figura 13. 12 m³/h 20 ºC PVC PVC 46,6 mm 46,6 mm 0 m 0 m 0 m 50 m Bitola ( " ) Qtd Bitola ( " ) Qtd 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 mca 60 % 0,3 mca 4,3 mca 5,1 mca 12,0 m³/h 0,28 kW Vazão Perda + desnível sucção Altura manométrica total Perda de carga rec. principal CÁLCULO DE PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS Válvula de globo Válvula de retenção Curva / cotovelo 90º Curva / cotovelo 45º Válvula de gaveta Temperatura da água Vazão Recalque - Ramal Pricipal Pressao desejada no ponto Sucção Comprimeto da tubulação Conexões Conexões Válvula de gaveta Válvula de globo Válvula de retenção Curva / cotovelo 90º Comprimeto da tubulação Tipo de material Diametro interno do tubo Desnível de recalque Potência requerida Rendimento motobomba Diametro interno do tubo Desnível de sucção Tipo de material Te - escoamento principal Válvula de pé com crivo Curva / cotovelo 45º Te - escoamento principal Figura 12 – Planilha para o cálculo das perdas de carga 45 2.2 DIAGRAMA DE BLOCOS O diagrama de blocos foi elaborado para planejar a programação do aplicativo computacional. Nela contem todos os dados de entrada que deverão ser inseridos no aplicativo, as propriedades e informações que precisariam de um banco de dados e todas as equações necessárias para a obtenção dos resultados finais. A Figura 14 contém o diagrama com todos os dados necessários para a ob- tenção da altura manométrica total. Figura 13 – Gráfico com a curva do sistema Figura 14 – Diagrama de blocos para altura manométrica total. 46 A Figura 15 contém o diagrama com todos os dados necessários para a ob- tenção do diâmetro econômico. De posse das equações necessárias para os cálculos da altura manométrica e obtenção do diâmetro econômico e também com o planejamento da estrutura in- terna do aplicativo computacional, foi dado início à programação em Visual Basic da Microsoft Visual Studio. Figura 15 – Diagrama de blocos para altura manométrica total. 47 3 ESTUDO DE CASO O aplicativo computacional, intitulado como DiâmetroEconômico foi desenvol- vido para calcular a altura manométrica total do sistema hidráulico e indicar o diâme- tro mais econômico para instalações hidráulicas com escoamento de líquidos new- tonianos, incompressível e em regime permanente. Quando o diâmetro da tubulação for informado, o aplicativo fornecerá a altura manométrica total e as demais informações relacionadas ao sistema hidráulico. Quando o diâmetro da tubulação não for conhecido, o aplicativo informará a altura manométrica e o custo total do sistema para tubos de PVC de 20 a 110 mm e também para tubos de ferro fundido de 80 a 250 mm. 3.1 APRESENTAÇÃO DO APLICATIVO A interface do aplicativo DiâmetroEconômico possui todos os campos relacio- nados aos dados de entrada, conforme pode ser observado na Figura 16. Figura 16 – Aplicativo DiâmetroEconômico- Tela inicial. 48 O aplicativo possui quatro telas principais, identificadas como Dados de En- trada, Diâmetro Econômico - PVC e FOFO, Perda de Carga e Delimitações. 3.1.1 Tela Dados de entrada A tela Dados de entrada é mostrada na Figura 17. Nela, o usuário deverá op- tar entre a obtenção da perda de carga (quando o diâmetro da tubulação for conhe- cido) e a obtenção do diâmetro econômico. Além disso, deverá inserir as informa- ções relacionadas com a instalação hidráulica. 3.1.2 Tela Diâmetro Econômico - PVC e FOFO Nesta tela, será indicado além do diâmetro econômico, o custo total do siste- ma para cada diâmetro comercial das tubulações, a altura manométrica total e a po- tência requerida. Sua interface pode ser visualizada na Figura 18. Selecionando-se a opção “Verificar Desenvolvimento dos Cálculos” (Figura 18), aparecerá uma tela com os demais resultados obtidos, conforme Figura 19. Figura 17 – Tela Dados de entrada 49 Figura 18 – Tela Diâmetro Econômico Figura 19 – Cálculos das perdas de carga para tubulações de PVC 50 3.1.3 Tela Perda de Carga Nesta tela, será indicada a altura manométrica total, a perda de carga distribu- ída e localizada, o NPSH, a potência requerida, o rendimento global e os demais resultados necessários para o cálculo da perda de carga. Sua interface pode ser vi- sualizada na Figura 20. Figura 20 – Tela de resultados para obtenção da perda de carga 51 3.1.4 Tela Delimitações Conforme Figura 21, esta tela informa as condições para a utilização correta do aplicativo. 3.2 DEFINIÇÃO DOS DADOS DE ENTRADA 3.2.1 Pressão atmosférica local O aplicativo tem como referencia a pressão atmosférica ao nível do mar, 101,325 kPa, valor esse que poderá ser alterado pelo usuário quando houver dife- rença na altitude ou quando o sistema for pressurizado. 3.2.2 Vazão A vazão requerida pelo sistema deverá ser informada pelo usuário. Figura 21 – Tela delimitações 52 3.2.3 Tipo e temperatura do fluido Água à temperatura de 0 a 90°C; Etanol, gasolina e querosene a 20°C; Óleos tipo SAE 10W, 10W30, 30W e 50W a 20°C; Manual Selecionando-se a opção manual, é possível informar o peso específico e a viscosidade cinemática. 3.2.4 Tipo de material e Rugosidade manual a) PVC – Soldável e roscável; b) PPR; c) CPVC – Aquatherm d) Aço e) Ferro fundido f) Manual Quando o tipo de tubulação requerida não estiver listada nas opções acima, haverá a possibilidade de selecionar a opção “Manual” e então inserir o valor da ru- gosidade do material do tubo no campo “Rugosidade manual”. Esse campo somente será habilitado quando a opção “manual” for selecionada. A rugosidade pode ser informada, tanto para um tipo de material diferente, quanto para considerar o aumento da rugosidade na superfície quando a tubulação for usada. 3.2.5 Diâmetro da tubulação e Diâmetro interno manual a) AÇO de 20 a 110 mm; b) PVC soldável de 20 a 110 m; c) PVC roscável de 1/2 a 4 polegadas; d) PPR – PN12, PN20 e PN25 de 20 a 110 mm; e) CPVC – Aquatherm de 15 a 114 mm; f) Ferro fundido de 80 a 250 milímetros; g) Manual. 53 Quando o diâmetro da instalação hidráulica não estiver listado nas opções a- cima, haverá a possibilidade de selecionar a opção “Manual” e então inserir no cam- po Diâmetro Interno manual, o valor pretendido. Contudo, esse campo somente será habilitado quando a opção “manual” for selecionada. 3.2.6 Comprimento total da tubulação Deve-se informar o comprimento total da tubulação, que é a soma de todos os trechos da tubulação (altura e distância total). 3.2.7 Desníveis geométricos a) Desnível negativo na sucção: Refere-se ao desnível, em metros, relativo à altura entre o nível do líquido e a sucção da bomba, quando essa está acima do ní- vel do líquido. b) Desnível positivo na sucção: Refere-se ao desnível, em metros, relativo à altura entre o nível do líquido e a sucção da bomba, quando essa está baixo do nível (afogada). c) Desnível de recalque: Refere-se à altura entre a sucção da bomba e o pon- to de consumo mais elevado (menos favorável). 3.2.8 Pressão requerida pelo sistema Pressão que o sistema necessita, descartando-se a perda de carga da insta- lação. Por exemplo: Para que uma máquina injetora de plásticos opere dentro do esperado, deve ser previsto uma refrigeração com água gelada com pressão mínima de 15 metros de coluna de água, logo, a pressão requerida será de 15 mca. 3.2.9 Tipos e quantidades de acessórios O aplicativo oferece as seguintes opções de acessórios: Válvula gaveta, vál- vula globo, válvula de retenção, curvas e cotovelos de 90 e 45º, Tês de passagem plena e lateral, válvula de pé com crivo, entrada de tubulações e saída de reservató- rio. 54 3.2.10 Dados específicos para definição do diâmetro econômico As informações relacionadas ao motor e rede elétrica, ao tempo de operação da bomba, a vida útil do sistema, os custos relacionados com a aquisição da tubula- ção e com o consumo de energia elétrica e as taxas financeiras, referem-se especi- ficamente par a indicação do diâmetro econômico. Os dados do motor elétrico, o tempo de operação da bomba centrífuga e a vi- da útil da instalação de bombeamento deverão ser informados. O rendimento global do sistema será calculado a partir das equações defini- das na referência bibliográfica, porém, se esse valor for conhecido, poderá ser pre- enchido o campo Rendimento global (rendimento do motor e da bomba). O Custo das tubulações, da energia elétrica, da taxa de juros e da taxa de aumento da energia elétrica deverá ser atualizado pelo usuário, pois esses sofrem desvalorização com o passar do tempo e sofrem alterações devido à localização da instalação. 3.3 RESULTADOS PARA OBTENÇÃO DA PERDA DE CARGA O cálculo da perda de carga distribuída foi obtido através da equação 12, de Darcy-Weisbach. Uma vez que é considerada, dentro da hidráulica, como a equação universal para o cálculo da perda de carga. É válida para qualquer diâmetro de tubu- lação e para qualquer tipo de fluido. A equação 13 foi utilizada para calcular a perda de carga localizada, pois é a mais indicada quando não se possui os valores de perda de carga dos fabricantes. O coeficiente de atrito utilizado na equação de Darcy-Weisbach foi calculado pela equação 6, de Swamee e Jain para regime de escoamento de transição e tur- bulento. Para o regime de escoamento laminar, foi utilizada a equação 5. Os valores da rugosidade, utilizada nos cálculos do aplicativo, foram extraídos da Tabela 2, e são indicadas para tubos novos. As propriedades termofísicas dos líquidos foram obtidas a partir das Tabelas B.1 e B.2, do Apêndice B, onde são fornecidos os valores da massa específica ( ) viscosidade cinemática ( ), viscosidade dinâmica ( ) e peso específico ( ). 55 O valor do peso específico foi calculado através do produto da densidade ab- soluta e da aceleração da gravidade, onde, segundo Fox (2006) possui valor é igual a 9,8066 m/s². O diâmetro interno das tubulações foi extraído de catálogos técnicos de fabri- cantes e também da bibliografia estudada, conforme Anexo A. 3.4 RESULTADOS PARA OBTENÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO O custo de implantação foi obtido através da equação 24. Foi levado em con- sideração somente o custo relacionado à aquisição da tubulação, uma vez que o programa é destinado a projetos de pequeno e médio porte, onde não há envolvi- mento com escavação, movimento de terra e recuperação de pavimento. Para a obtenção do custo
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