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Resumo do livro Ética na Comunicação de Clóvis de Barros Filho

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Resumo do livro “Ética na Comunicação” de Clóvis de Barros Filho
Os pilares da comunicação
Os pilares - simbologia, (pseudo)objetividade, subjetividade, ética e simulacro -, da mesma forma que alguns tabus da comunicação, são interdependentes e antagonistas ao mesmo tempo. Tais conceitos são abordados na primeira parte do livro “Ética na Comunicação”, do jornalista brasileiro Clóvis de Barros Filho.
A objetividade é analisada ao longo do tempo, deixando a máscara das coisas naturais para resultados temporários e culturais. Usado para reconhecer a legitimação como um símbolo, nada mais é do que uma adaptação aos meios dominantes de comunicação e pensamento.
A reação a adjetivos e citações de fontes, fotos, dados e sonoras aproximam as pessoas da realidade. Isso pode tirar toda a responsabilidade de um repórter, a menos que ele seja quem mais frequentemente escolhe em quem confiar.
Antes, a Teoria do Espelho era seguida e a visão dos jornalistas era refinada. Com o surgimento das revistas impressas, os textos passaram a ser trabalhados com mais tempo e ousadia no intuito de atender um público que esperava publicações mais aprofundadas. 
 
Era oferecido além-fato, desdobramentos, fontes alternativas, a busca pelas ramificações dos acontecimentos núcleo. Se ir além permitia ir tão longe, era pouco se fechar no óbvio ocorrido. O mais correto não é discutido, mas o mais prático. A preocupação (não aparente, claro) não é ser ético, é não ser antiético.
A pseudo-objetividade continua com a agenda setting. Os fatos a serem relatados são selecionados de acordo com padrões pré-determinados e consistentes entre as empresas de comunicação.
A violência é criticada, mas sofre uma exposição em larga escala que envolve um toque de instinto de sobrevivência e egoísmo humano. O sociólogo francês, Émile Durkheim, chamou esse comportamento de “solidariedade mecânica”. Entretanto, existem regras para profissionais e quem pretende começar a trabalhar na área de comunicação. 
A pirâmide invertida e as seis perguntas são parte do piloto automático do jornalista informativo. Para sair da monotonia em que um número qualquer de linhas noticiosas são respondidas em um lead, jornalismo e literatura precisavam se misturar.
Infográficos diversos foram outra saída para prender a leitura. Tudo para que uma memória coletiva seja criada nos padrões estruturados e consonantes entre concorrentes. Fotos e vivos na violenta imposição de mundo objetivo. No simulacro e na simulação o real é confuso e a ficção midiática se torna uma realidade comum.
Quando os hábitos são quebrados há estranhamento geral e as críticas são esquecidas, pois o meio inovador não atende a todos os padrões de qualidade.
O subjetivo, por sua vez, é sempre criticado, quase exorcizado aparentemente, mas está intrínseco em cada pauta, cada escolha, cada palavra publicada. O processo de produção se confunde entre jornal e jornalista, afinal, quem produz? Quem determina a linha editorial ou a semântica?
Relação do público com a mídia
A relação mídia-público, meios de comunicação de massa e receptor, é de primordial conhecimento das corporações comunicativas. Os resultados das pesquisas, assim como o contexto e modo de viver e pensar geral, foi se modificando com o tempo – sempre levando em conta as maiorias e a subjetividade do indivíduo. 
Com a abertura de pensamento chegam também os canais fechados; uma pseudo variedade dando vida às nossas telas, e atualmente, a diversidade vertical e a horizontal deixam muito a desejar. Culpa da mídia? Culpa do receptor? Ambos, somados a outros fatores. 
Por que será que no centro da cultura pop e de consumo (EUA) os realities e programas sobre celebridades dominam a televisão? E por que os programas de auditório e de ajuda (escreva sua carta e ajudaremos você) prendem grande público brasileiro? 
Questões culturais, comportamentais, históricas e psicológicas podem esclarecer as questões. Teorias da comunicação de massa classificam fatores. A agulha hipodérmica, por exemplo, trabalha com o princípio do behaviorismo, estímulo e resposta, e a exemplo do cãozinho do experimento de Pavlov, a recepção televisiva passa a se dar pela inércia, às vezes. 
Para lidar com tantas pesquisas e descobertas sem perder a audiência, surgem os tratados de ética. Ainda na uniformização, manuais de jornalismo não basta ser bom, tem que seguir as regras do jogo, como nomeou Cláudio Abramo e os estudiosos da recepção lúdica, é tudo um jogo. 
A mandante, a exposição seletiva, que resulta em mais vertentes de fatores psicológicos: dissonância cognitiva, utilidade da informação (só mães e jornalistas lêem colunas sobre amamentação e cuidados infantis), envolvimento, expectativa e atenção. A imagem exerce grande influência em toda esta gama de fatores. 
Uma imagem que cause choque pode apagar da memória tudo que foi dito antes dela, e impregnar o que a segue. O exemplo mais clássico e mundial é o atentado de 11 de setembro, e isto ajuda a comprovar a supremacia da televisão.
Isso também acontece no contrato de comunicação mídia-público, o que quer ser visto. Ou seria o Big Brother, as novelas e afins (além de entretenimento, ainda que de valores questionáveis) algo mais do que vitrines da vontade geral? 
Entra em cena outra teoria dos MCM, o agenda setting, que trabalha basicamente com o meio comunicacional escolhendo o que é e o que não é notícia e a disposição dos fatos escolhidos pelo jornal, devido a ordem de importância determinada, também, pela empresa de comunicação. 
Assim, a mídia forma ou cala opiniões, segundo a teoria da Espiral do Silêncio.
Os indivíduos com pensamentos discrepantes aos da maioria se calam, ficam presos neste ciclo (espiral) e forma-se a opinião pública, mostrando a concordante e reprimindo a que discorda. 
Bibliografia
DURKHEIM. Émile. Ética e sociologia da moral. Tradução: Paulo César Castanheira.São Paulo: Martin Claret, 2009. 
FILHO, Clóvis de Barros. Ética na Comunicação; atualização Sérgio Praça. 6º edição. São Paulo: Summus, 2008. 
Material de Thaís Margarida Reis de Paula

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