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Estudo de Caso Caso 1: No dia 15 de janeiro de 2013, uma pessoa encomendou e retirou em uma drogaria próxima de sua residência 50 cápsulas Ginkgo biloba, extrato seco de 100 mg, e a manipulação de 30 cápsulas de omeprazol 20 mg. Após alguns dias de uso dos produtos, o paciente notou que os medicamentos não faziam o mesmo efeito que o daqueles que havia comprado em uma farmácia com manipulação localizada no centro da cidade e, ao analisar os produtos, identificou que o Ginkgo biloba, apesar de industrializado, não possuía registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que o omeprazol havia sido manipulado por uma farmácia localizada em endereço diverso da drogaria onde encomendou e retirou os medicamentos. Ao investigar o caso, o CRF-SP convocou, em 05 de junho de 2013, o responsável técnico pelo estabelecimento, que não foi encontrado na drogaria. Ele informou ter se desligado desta drogaria em 05 de abril de 2013, mostrando cópia de sua carteira de trabalho, onde constava a demissão. Identifique as possíveis irregularidades ocorridas no caso acima, os procedimentos inadequados, possíveis erros e responsabilidades do farmacêutico, com base na legislação: • Resolução CFF nº 596/14; Resposta: Analisando o estudo de caso, inicialmente é possível observar que o Ginkgo biloba apesar de industrializado não possuía registro na Agencia nacional de vigilante (Anvisa), o que é errado pois todo medicamento precisa estar registrado junto à Anvisa para poder ser fabricado e vendido. Uma vez constatada a aplicabilidade do registro como medicamento, o produto não poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de ser registrado junto à Anvisa, conforme estabelecido no artigo 12 da Lei 6.360/1976. Devido à venda desse medicamento sem registro o farmacêutico cometeu uma irregularidade contra as leis nacionais segundo o código de ética conforme o Art. 10 - O farmacêutico deve cumprir as disposições legais e regulamentares que regem a prática profissional no país, sob pena de aplicação de sanções disciplinares e éticas regidas por este regulamento. Ele também deveria ter comunica a irregularidade do estabelecimento (RDC Anvisa nº 44/09 segundo o Art. 30. Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à Anvisa, conforme legislação vigente), de adquirir e de estarem disponibilizando esse produto à venda, Segundo Art. 12, dos deveres, anexo I- comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às demais autoridades competentes os fatos que caracterizem infringência a este Código e às normas que regulam o exercício das atividades farmacêuticas; e anexo XIV - recusar o recebimento de mercadorias ou produtos sem rastreabilidade de sua origem, sem nota fiscal ou em desacordo com a legislação vigente; Outra irregularidade observada foi referente ao o omeprazol que havia sido manipulado por uma farmácia localizada em endereço diverso da drogaria onde encomendou e retirou os medicamentos. Segundo RESOLUÇÃO-RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007, As farmácias que mantêm filiais devem possuir laboratórios de manipulação funcionando em todas elas, não sendo permitidas filiais ou postos exclusivamente para coleta de receitas, podendo porém, a farmácia centralizar a manipulação de determinados grupos de atividades em sua matriz ou qualquer de suas filiais, desde que atenda às exigências desta Resolução. A RESOLUÇÃO-RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 diz também que as drogarias, ervanárias e postos de medicamentos não podem captar receitas com prescrições magistrais e oficinais, bem como não é permitida a intermediação entre farmácias de diferentes empresas. Outra irregularidade observada do farmacêutico em questão, esta relacionada a esse trecho do caso: “Ao investigar o caso, o CRF-SP convocou, em 05 de junho de 2013, o responsável técnico pelo estabelecimento, que não foi encontrado na drogaria. Ele informou ter se desligado desta drogaria em 05 de abril de 2013, mostrando cópia de sua carteira de trabalho, onde constava a demissão”. O farmacêutico deveria ter comunicado seu afastamento junto ao Conselho Regional de Farmácia, segundo o artigo 12 da Resolução CFF nº 596/14 , É dever de um farmacêutico comunicar ao Conselho Regional de Farmácia, em 5 (cinco) dias, o encerramento de seu vínculo profissional de qualquer natureza, independentemente de retenção de documentos pelo empregador. As irregularidades cometidas pelo farmacêutico em questão estão sujeitas as penalidades segundo a Resolução CFF nº 596/14, das Infrações e Sanções Disciplinares, que descreve no Artigo 20, que o profissional pode sofrer uma advertência, multa no valor de um salário mínimo a três salários mínimos regionais, suspensão de três meses a um ano, ou sua eliminação profissional, conforme previstas na Lei Federal no 3.820/60.
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