Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Paula M. Mattei Trato Gastrintestinal Visão Geral Órgãos: cavidade oral, faringe, esôfago, intestino delgado, intestino grosso, estômago e ânus. Eles são delimitados entre si por esfíncteres. Órgãos anexos: glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar O SGI (sistema gastrintestinal) trabalha em conjunto com o sistema circulatório, o qual conduz os produtos para o fígado e para os tecidos, onde serão fonte de energia. Além da função de nutrição, o SGI tem função imunológica que é efetuada por células (linfócitos, mastócitos, macrófagos, eosinófilos...), nodos e gânglios linfáticos secretores de substâncias imunológicas que em conjunto formam o GALT (gut associated lymphoid tissue) Secreção Salivar Saliva é hipotônica em relação ao plasma. Por dia secreta-se 1 a 1,5L de saliva. pH por volta de 6 a 7,4 Tipos de Secreção • Serosa • Mucosa • Mista Quem a Secreta Glândulas salivares maiores constituídas de células acinares: • Parótidas: Responsável por 45 a 50% da saliva estimulada pela presença de alimento. Produzem a secreção serosa, com pouca glicoproteína (mucina) e mais α-amilase (ptialina). • Submandibulares: Responsável por cerca de 70% da saliva não estimulada e por 45 a 50% da saliva estimulada pela presença de alimento. Produzem secreção mista de mucina e ptialina. • Sublinguais: Responsável por cerca de 70% da saliva não estimulada. Produção de secreção mista porém mais mucosa. Composição Enzimas amilase, lipase lingual, calicreína e lisozima. Microorganismo, RNAases, DNAases, peroxidase, K+, HCO3-. Função Amilase: quebra carboidratos (principalmente amido) e gera maltose, maltotriose, dextrinas. Ela hidrolisa até 75% dos carboidratos da boca ao estômago. Lipase lingual: hidrolisa os triglicerídeos e forma ácidos graxos livres e monoacilgliceróis. É ativada em pH inferiores a 4, portanto só é ativa depois de deglutida. Também não é essencial por causa da secreção pancreática. Geral: Dilui, solubiliza e lubrifica os alimentos para proteger a mucosa e também os dentes a ação mecânica e facilita a deglutição. Gustação: Estimula as papilas gustativas. Regulação da temperatura dos alimentos, refreando- os ou aquecendo-os. Limpeza, pois remove restos de alimentos entre os dentes. Maria Paula M. Mattei Fonação (o ato de falar). Ação tamponante por causa do pH alcalino que protege a mucosa contra alimentos ácidos, contra o quimo ácido do estômago quando vomitamos e os dentes contra os produtos ácidos da fermentação bacteriana dos restos alimentares entre os dentes. Ação bactericida advinda da secreção da enzima lisozima, do sulfocianeto (SCN-). Cicatrizam feridas na mucosa oral com o fator de crescimento epidérmico Controle Sistema nervoso simpático – norepinefrina: inibe Sistema nervoso parassimpático – acetilcolina: estimula e mantém a secreção salivar. Sistema nervoso central: estímulos como tato, olfato, visão e parte psíquica. Feridas também estimulam a salivação. A salivação é inibida em situações estresse, medo, excitação, ansiedade, fadiga, sono e desidratação. Nas células acinares a acetilcolina eleva a concentração de Ca2+ e ativa as proteinoquinases C (PKC), que induzem o aumento do fluxo salivar e também da secreção serosa. A elevação de Ca2+ estimula a secreção fluida. A estimulação parassimpática induz, também, crescimento do fluxo sanguíneo das glândulas e aumento da atividade metabólica. O sistema nervoso simpático libera norepinefrina, que estimula a secreção enzimática e eleva o nível de Ca2+ e assim potencializa o efeito da acetilcolina. Inicialmente a estimulação simpática eleva o fluxo secretor por estimular a contração de células mioepiteliais e potencializar o efeito da acetilcolina. Entretanto, ela causa vasoconstrição em uma segunda fase, o que diminui a secreção salivar, tendo pequeno volume, sendo viscosa e com alta concentração de K+ e de HCO3-. Secreção: Os ácinos liberam a secreção I contendo mucina e amilase, isotônica em relação ao plasma. Mas quando a secreção passa pelos ductos, ocorre uma reabsorção maior de Na+ e menor secreção de K+, fazendo com que o interior do ducto fique mais negativo em relação ao exterior, por isso, o Cl- sai do ducto para deixar a secreção mais neutra, fazendo dela agora hipotônica em relação ao plasma. Secreção Gástrica O estômago têm funções secretórias, motoras e hormonais. Ele produz cerca de 1 a 2L de suco gástrico por dia. Glândulas: Oxínticas/Gástricas: Localizadas no corpo e no fundo. • Células enterocromafins: secretam histamina • Célula mucosa: secreta muco e pepsinogênio • Células principais/pépticas: pepsinogênio • Células parietais/oxínticas: HCl e fator intrínseco Maria Paula M. Mattei Pilórica: Localizadas no antro. • Células G: secretoras de gastrina • Células D: secretoras de somatostatina • Células principais • Célula mucosa • Células enterocromafins Composição HCl, pepsinogênio, lipase gástrica, muco, HCO3- (bicarbonato), gastrina, somatostatina, histamina e fator intrínseco. Baixas taxas secretórias: secreção hipotônica em relação ao plasma. Altas taxas secretórias: suco gástrico é isotônico em relação ao plasma. Taxa máxima de secreção: é uma solução de HCl contendo K+ em concentração superior a plasmática. Dois componentes: • Não parietal/basal: baixo volume e alcalino. Contém Na+, Cl- e K+ em concetrações semelhantes ao do plasma, e bicarbonato. • Parietal: secretada nos períodos digestivos, que vai sobrepor a não parietal, misturando- se a ela. É um fluido ligeiramente hipertônico em relação ao plasma. Fases Cefálica: são os sentidos, responsável por 30% da secreção. Gástrica: quando o alimento está presente, responsável por 60% da secreção. Intestinal: quando o alimento está no duodeno, responsável por 10 a 15% da secreção. Função HCl: faz com que o pH do estômago chega a 1 ou 2. Nos momentos interdigestivos, o pH é 4 a 6. O pH converte pepsinogênio em pepsina no lúmen gástrico. Ele tem importante função bactericida. Pepsinogênio: A pepsina quebra proteínas. Lipase Gástrica: já lançada na forma ativa. Ela hidrolisa, em meio ácido, triacilgliceróis. Muco: são dois tipos: • Insolúvel/visível: retém o bicarbonato. Este muco faz parte da barreira mucosa gástrica, protegendo a superfície contra a ação do HCl e pepsina. • Solúvel: se mistura com a comida para lubrifica-la e assim proteger mecanicamente a parede do intestino. Bicarbonato HCO3-: fica retido na camada de muco insolúvel da barreira gástrica, tamponando o HCl e protegendo a mucosa gástrica. Gastrina: é um hormônio que estimula a secreção de HCl e o crescimento da mucosa gástrica. Somatostatina: Inibe HCl Histamina: parácrino que estimula a secreção de HCl. Fator intrínseco: glicoproteína necessária para absorção de vitamina B12 no íleo. Na luz gástrica, a vitamina B12 se liga à uma proteína, a qual protege a vitamina da ação da pepsina e do HCI. No duodeno, a proteína é digerida pelas enzimas proteolíticas pancreáticas, liberando a vitamin. É a única excreção essencial, pois na sua ausência, ocorre a anemia perniciosa. Como ocorre a secreção: Inicia quando o H+ do citosol da célula parietal é bombeado para a luz do estômago em troca de K+ pela H+ K+ ATPase. O Cl-, então segue o hidrogênio pelos canais de cloreto abertos. Os dois átomos se juntam e formam HCl na luz. O HCO3 vai para o sangue deixando o pH elevado. Maria Paula M. Mattei Essa fase de elevação do pH sanguíneo é conhecida como fase alcalina pós-prandial. Essa fase pode ser o motivo por termos sono após comermos. Regulação: Secreção de HCl: • Estimulado: Gastrina, acetilcolina (ACh), histamina, aroma, gosto e distensão do estômago. • Inibido: Quimo noduodeno, somatostatina, redução do pH do conteúdo gástrico, prostaglandinas. Gastrina e acetilcolina, além de estimularem diretamente as células parietais, agem, também, sobre as células enterocromafins secretoras de histamina, que possuem receptores para os dois agonistas. A histamina é o mais potente estimulador da secreção de HCI. Na fase gástrica da digestão ocorrem reflexos vago- vagais e intramurais, além de ações hormonais e parácrinas. A fase gástrica ocorre em resposta à chegada do alimento ao estômago. É a principal fase da secreção gástrica, responsável por 50 a 60% da secreção total durante o período digestivo. As células G são também estimuladas por peptídeos e aminoácidos contidos na luz gástrica. Nesta fase, a queda do pH intragástrico estimula as células D antrais a secretarem somatostatina, a qual inibe as células G, diminuindo a secreção de HCI. Secreção de Pepsinogênio: • Estimulado: nervo vago, pH baixo. Secreção de Fator Intrínseco: • Estimulado: Gastrina, secretina e histamina. Fármacos inibidores da bomba de prótons (omeprazol): se ligam irreversivelmente a grupos sulfidrílicos da H+/K+ ATPase, inibindo a liberação de H+. São usados em tratamento de úlceras pépticas resultantes de hipersecreção de HCl. Maria Paula M. Mattei Secreção Exócrina do Pâncreas O pâncreas é uma glândula túbulo-acinar com secreção endócrina e exócrina. Suas enzimas digestivas funcionam com um pH em torno de 7 a 8. Suas enzimas são secretadas como zimogênios que vão ser ativadas depois de secretadas porque se não iriam digerir o pâncreas. Secreção vai digerir: carboidratos, proteínas e lipídios. Dois tipos de secreção exócrina: • Componente proteico/enzimático: secretado por células acinares. Quebra carboidratos, proteínas e lipídios em moléculas absorvíveis. • Componente aquoso: Secreta cerca de 1 L por dia, é alcalino , com alta concentração de bicarbonato. No duodeno vai neutralizar o quimo ácido. Conteúdo: Tripsina (ativa todas as outras enzimas), quimotripsina, carboxipeptidase, amilase pancreática, lipase pancreática, colesterol esterase, fosfolipase e íons de bicarbonato. As enzimas ficam nas células pancreáticas na forma inativa como tripsinogênio, quimotripsinogênio e procarboxipolipeptidase. Função: Íons de bicarbonato: neutralização da acidez do quimo. Tripsina e quimotripsina: hidrolisam proteínas a peptídeos, não aminoácidos. Carboxipolipeptidase: cliva os peptídeos até virarem aminoácidos. Amilase pancreática: hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos menos celulose, para formar dissacarídeos e alguns trissacarídeos. Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos. Regulação: Secreção aquosa: Estimulantes: chegada de quimo ácido no duodeno, ACh, CCK e secretina. Secreção enzimática: Estimulantes: peptídeos, ácidos graxos e polissacarídeos; acetilcolina (ACh) e colecistocinina (CCK). Estimulantes: acetilcolina, colecistocinina, secretina Secreção: O ácido clorídrico mais bicarbonato de sódio resulta em cloreto de sódio e ácido carbônico. O ácido carbônico se dissocia em dióxido de carbono é água. Esse CO2 é transferido para o sangue e expirado pelos pulmões. Maria Paula M. Mattei Secreção de bicarbonato: o CO2 do sangue entra nas células e se combina com água para formar ácido carbônico (H2CO3). Ele se dissocia em íons bicarbonato (HCO3-) e hidrogênio (H+). Os íons bicarbonato são ativamente transportados associados ao sódio para a luz do ducto. Os íons hidrogênio são trocados por íons sódio na membrana sanguínea da célula para suprir a quantidade de sódio que está indo para o lúmen. Esse movimento do bicarbonato e o sódio cria uma pressão osmótica que causa o fluxo da água também para o ducto pancreático. Fases da Secreção: Cefálica: Iniciada pelo cheiro, gosto, produz secreção enzimática, liberação da acetilcolina. Gástrica: iniciada pela distensão do estômago, produz secreção enzimática e acetilcolina. Fase intestinal: fase mais importante (80% da secreção pancreática). As duas secreções são estimuladas. Quimo deixa o estômago e há a secreção de suco em resposta à secretina. Secreção Duodenal Somatostatina, bicarbonato, secretina (células S, promove secreção pancreática e biliar de bicarbonato). Secreção Biliar A bile ajuda a digerir gorduras porque ela possui ácidos biliares que ajudam a emulsificar as grandes partículas de gorduras e transformá-las em moléculas menores paras as lipases do suco pancreático conseguirem atacá-las. Mistura de sais biliares, colesterol e pigmentos. A bile é produzida e secretada pelo fígado, armazenada na vesícula biliar e ejetada para o lúmen do intestino delgado quando a vesícula biliar é estimulada a se contrair. Quem a Secreta Fígado em duas etapas: 1. Hepatócitos secretam a solução inicial, que contém ácidos biliares, colesterol, fosfolipídios, pigmentos, íons e água. 2. A bile flui pelos canalículos biliares para desembocar no ducto hepático e ao ducto biliar comum. Nesse percurso a segunda porção da secreção é adicionada, contendo solução aquosa de íons sódio e bicarbonato. Depois vai para o duodeno ou pode ser armazenada por minutos ou horas na vesícula biliar. Composição Água, sais biliares, bilirrubina, colesterol, ácidos graxos, lecitina, Na +, K+, Ca+2, Cl-, HCO3- e fosfolipídios. Na vesícula biliar, a água e os eletrólitos, menos o cálcio são reabsorvidas pela mucosa da vesícula biliar. Função Maria Paula M. Mattei Colesterol: precursor dos sais biliares Sais Biliares: são anfipáticos, assim solubilizam os lipídios. Formam micelas e diminuem a área de superfície das gorduras para que as enzimas consigam atacá-las. Fosfolipídios: suas porções hidrofóbicas apontam para o interior da micela, e as porções hidrofílicas se dissolvem na solução aquosa intestinal. Principal fosfolipídio é a lecitina. Regulação: Quando o alimento começa a ser digerido, a vesícula começa a se esvaziar, especialmente quando alimentos gordurosos chegam ao duodeno. Ela se esvazia por contrações estimuladas pela colecistocinina (CCK). O hormônio secretina aumenta a secreção de bile. Secreções do Intestino Delgado pH ligeiramente alcalino, na faixa de 7,5 a 8,0. Vilosidades: possuem enterócitos absortivos e digestivos. Os enterócitos possuem microvilosidades que formam a borda em escova que produzem as enzimas da borda em escova: maltase (maltose), sacarase (glicose) e lactase (lactose). Criptas de Lieberkuhn: células secretoras de água e íons Muco: Secretado pelas glândulas de Brunner. Essas glândulas secretam grande quantidade de muco alcalino em resposta a estímulos táteis ou irritativos na mucosa duodenal, estimulação vagal, que causa maior secreção das glândulas de Brunner, concomitantemente ao aumento da secreção gástrica e hormônios gastrointestinais, especialmente a secretina. Função: Proteger a parede duodenal da digestão pelo suco gástrico, muito ácido. Além disso, o muco contém íons bicarbonato, que se somam aos íons bicarbonato da secreção pancreática e da bile hepática, na neutralização do ácido clorídrico que entra no duodeno vindo do estômago. Regulação O principal estímulo para a sua produção é a distensão ou irritação da mucosa intestinal por quimo ácido ou hipertônico – sistema nervoso entérico. Secreção do Intestino Grosso Muco A mucosa do intestino grosso tem muitas criptas de Lieberkühn, mas não tem vilos, com células mucosas que secretam, apenas, muco. Esse muco contém quantidade moderada de íons bicarbonato, secretados por algumas células epiteliais não secretoras de muco. A secreção de muco é regulada, principalmente, pela estimulação tátil direta das células epiteliais que revestem o intestino grossoe por reflexos nervosos locais que estimulam as células mucosas nas criptas de Lieberkühn. Maria Paula M. Mattei Produtos da Digestão Carboidratos: glicose, galactose e frutose. Proteínas: aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos Lipídios: ácidos graxos, monoglicerídeos e colesterol Desequilíbrio das Secreções do TGI Cálculos biliares: Sob condições anormais, o colesterol pode se precipitar na vesícula biliar, resultando na formação de cálculos biliares de colesterol. A quantidade de colesterol na bile é determinada, em parte, pela quantidade de gorduras que a pessoa ingere. Por essa razão, pessoas que ingerem dieta rica em gorduras, durante período de anos, tendem a desenvolver cálculos biliares. A inflamação do epitélio da vesícula biliar, muitas vezes, em consequência de infecção pode, também, alterar as características absortivas da mucosa da vesícula biliar, às vezes, permitindo a absorção excessiva de água e de sais biliares, mas não de colesterol na vesícula biliar, e, como consequência, a concentração de colesterol aumenta. O colesterol passa a precipitar, primeiro, formando pequenos cristais, na superfície da mucosa inflamada que, então, crescem para formar os grandes cálculos biliares. Úlceras: hipersecreção ácida, em geral por aumento do número de células parietais. Há também hipersecreção de pepsinogênio. Ocorre aumento do nível de gastrina no plasma em resposta a uma refeição e também uma maior sensibilidade ao hormônio. Pode ser causada por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Sua presença causa uma reação imunológica que resulta uma gastrite superficial, muitas vezes assintomática ou com sintomas toleráveis. Entretanto, em alguns indivíduos esta gastrite evolui para uma gastrite crônica ou para uma úlcera péptica. Diarreia (intestino grosso): Causada por secreção excessiva de água e eletrólitos em resposta à irritação. Sempre que um segmento do intestino grosso fica intensamente irritado, como ocorre na presença de infecção bacteriana, na enterite, a mucosa secreta quantidade de água e eletrólitos além do muco alcalino e viscoso normal. Isso serve para diluir os fatores irritantes e causar o movimento rápido das fezes, na direção do ânus. O resultado é a diarréia, com perda de grande quantidade de água e eletrólitos. Contudo, a diarreia também elimina os fatores irritativos, promovendo a recuperação mais rápida da doença. Xerostomia: neuropatia congênita ou causada por lesão dos VII e IX nervos cranianos. Ausência crônica da secreção salivar ou "boca seca". Ocasiona lesões das mucosas oral e esofágica, por ausência do efeito lubrificador da mucina; causa, também, aumento da incidência de cáries dentárias por processos infecciosos, devidos à ausência de anticorpos (imunoglobulinas) e de substâncias bactericidas (lisozima) e bacteriostáticas (lactoferrina) na secreção salivar. Pancreatite aguda: Pode ser desencadeada pelo bloqueio da secreção no ducto biliar. Os níveis elevados de acetilcolina são um dos fatores desencadeantes de pancreatite. Ambos os agentes atuam na secreção acinar e na ativação patológica de enzimas nos grânulos de zimogênio, que não conseguem ser protegidos. Distúrbios da Imagem Corporal: Conceito de imagem corporal envolve três componentes: • Perceptivo, que se relaciona com a precisão da percepção da própria aparência física, Maria Paula M. Mattei envolvendo uma estimativa do tamanho corporal e do peso; • Subjetivo, que envolve aspectos como satisfação com a aparência, o nível de preocupação e ansiedade a ela associada; • Comportamental, que focaliza as situações evitadas pelo indivíduo por experimentar desconforto associado à aparência corporal. Crenças culturais determinam normas sociais na relação com o corpo humano. A mídia promove distúrbios da imagem corporal e alimentar. Análises têm estabelecido que modelos, atrizes e outros ícones femininos vêm se tornando mais magras ao longo das décadas. Geram: Anorexia Bulimia Vício em exercícios físicos rigorosos Os indivíduos em relação a sua imagem corporal têm: Pensamento dicotômico – o indivíduo pensa em extremos com relação à sua aparência ou é muito crítico em relação a ela; comparação injusta – quando o indivíduo compara sua aparência com padrões extremos; Atenção seletiva – focaliza um aspecto da aparência e erro cognitivo, o indivíduo acredita que os outros pensam como ele em relação à sua aparência. Referências: Fisiologia Gastrointestinal: Funções Secretoras do Trato Alimentar. In: HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratato de Fisiologia Médica. 12. ed. Mississippi: Elsevier, 2011. Cap. 64. p. 815-829. SANIOTO, Sonia Malheiros Lopes. Fisiologia do Sistema Gastrintestinal: Secreções do Sistema Gastrintestinal. In: AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 61. p. 901-944. SAIKALI, Carolina Jabur et al. Imagem corporal nos transtornos alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 31, n. 4, p.164-166, nov. 2004. Disponível em: <file:///C:/Users/user/Downloads/16262- Article%20Text-19408-1-10-20120519.pdf>. Acesso em: 22 maio 2019.
Compartilhar