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Medicina de cães e gatos - Instagram @apostilasvet_danny_elis

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Apostilas da Vet Danny Elis (051) 993328868 @apostilasvet_danny_elis 
 
MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
0 
 
 
 
 
Medicina de Cães e Gatos 
Compilado de resumos e aulas digitadas. 
Danny Elis Simioni 
Medicina Veterinária - UFRGS 
Os resumos utilizados para elaboração deste polígrafo não são de minha 
autoria e foram feitos por alunos, portanto, podem conter erros. 
 Apostilas da Vet Danny Elis (051) 993328868 @apostilasvet_danny_elis 
 
MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
1 
 
 SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 
07:30 
08:30 
09:30 
10:30 
11:30 
12:30 
13:30 
14:30 
15:30 
16:30 
17:30 
 
 
Datas de provas e saídas 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
6 
 
 
Sumário 
PLANEJAMENTO ACADÊMICO SEMESTRAL .....................................................................................................................................10 
SISTEMA LOCOMOTOR ................................................................................................................................................................14 
ANÁLISE DA LOCOMOÇÃO E EXAME ORTOPÉDICO .................................................................................................................................14 
Claudicações ........................................................................................................................................................................14 
Inspeção ..............................................................................................................................................................................14 
Exame dos Membros Torácicos ............................................................................................................................................15 
Exames dos Membros Pélvicos .............................................................................................................................................16 
Joelhos .................................................................................................................................................................................17 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE FRATURAS .......................................................................................................................................18 
Exame Clínico Geral .............................................................................................................................................................18 
Exame Clínico Específico .......................................................................................................................................................18 
Biomecânica das Fraturas ....................................................................................................................................................18 
Cuidados Pré-Cirúrgicos .......................................................................................................................................................19 
Tratamento da Ferida ..........................................................................................................................................................19 
Métodos de Osteossíntese ...................................................................................................................................................20 
PRINCIPAIS AFECÇÕES ARTICULARES EM PEQUENOS ANIMAIS ..................................................................................................................22 
Displasia Coxofemoral ..........................................................................................................................................................22 
Luxação coxofemoral ...........................................................................................................................................................24 
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur ...............................................................................................................................25 
Luxação Medial de Patela ....................................................................................................................................................25 
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO ...............................................................................................................................................26 
HÉRNIAS .....................................................................................................................................................................................26 
SISTEMA DIGESTÓRIO ..................................................................................................................................................................30 
DOENÇAS CIRÚRGICAS DA BOCA E GLÂNDULAS SALIVARES......................................................................................................................30 
Mucocele salivar ..................................................................................................................................................................30 
Odontologia de Pequenos Animais .......................................................................................................................................31 
DOENÇAS CIRÚRGICAS DO ESÔFAGO..................................................................................................................................................35 
Corpo Estranho Esofágico ....................................................................................................................................................35 
Megaesôfago .......................................................................................................................................................................36 
DOENÇAS CIRÚRGICAS DO ESTÔMAGO ...............................................................................................................................................37 
Dilatação-Torção Gástrica....................................................................................................................................................37 
DOENÇAS CIRÚRGICAS DO INTESTINO ................................................................................................................................................41 
Obstrução Intestinal .............................................................................................................................................................41 
Prolapso de Reto ..................................................................................................................................................................44 
DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO ..................................................................................................................................................45 
Disfagia ...............................................................................................................................................................................45 
Anorexia ..............................................................................................................................................................................45Esôfago ................................................................................................................................................................................45 
Alterações Esofágicas ..........................................................................................................................................................46 
Alterações Gástricas ............................................................................................................................................................47 
Alterações Intestinais ...........................................................................................................................................................48 
DOENÇAS DO FÍGADO E PÂNCREAS....................................................................................................................................................52 
Material Suplementar: Estudo Dirigido Pré-Aula de Doenças do Fígado E Pâncreas Exócrino em Cães .................................52 
Doenças do Fígado em Cães .................................................................................................................................................60 
Doenças do Pâncreas Exócrino em Cães ...............................................................................................................................65 
Lipidose Hepática e Colangite Felinas ...................................................................................................................................69 
DOENÇAS INFECCIOSAS DE FELINOS ............................................................................................................................................78 
PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF) ................................................................................................................................................78 
RETROVIROSES FELINAS ..................................................................................................................................................................80 
Imunodeficiência Viral Felina (FIV) .......................................................................................................................................80 
Leucemia Viral Felina (FeLV).................................................................................................................................................82 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
7 
 
Complexo Respiratório Felino ...............................................................................................................................................83 
Herpes Vírus Felino-1 ...........................................................................................................................................................83 
Calicivírus Felino ..................................................................................................................................................................84 
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES .................................................................................................................................................86 
CINOMOSE ..................................................................................................................................................................................86 
GASTROENTERITES VIRAIS ...............................................................................................................................................................89 
Parvovirose ..........................................................................................................................................................................89 
Coronavírus ..........................................................................................................................................................................90 
LEPTOSPIROSE ..............................................................................................................................................................................91 
RAIVA ........................................................................................................................................................................................95 
LEISHMANIOSE .............................................................................................................................................................................97 
VACINAÇÃO .................................................................................................................................................................................98 
HEMATOLOGIA CLÍNICA ...............................................................................................................................................................99 
HEMOGRAMA ..............................................................................................................................................................................99 
LEUCOGRAMA ............................................................................................................................................................................ 100 
PLAQUETAS ............................................................................................................................................................................... 103 
URINÁLISE ................................................................................................................................................................................. 104 
DOENÇAS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO E HEMOSTASIA....................................................................................................... 110 
ANEMIA.................................................................................................................................................................................... 110 
Anemia Hemolítica ............................................................................................................................................................. 112 
TERAPIA TRANSFUSIONAL ............................................................................................................................................................. 114 
HEMOPARASITOSES ..................................................................................................................................................................... 116 
DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO DE CÃES E GATOS ................................................................................................................ 120 
INJÚRIA RENAL ........................................................................................................................................................................... 120 
Contextualização ............................................................................................................................................................... 120 
Injúria Renal Aguda............................................................................................................................................................ 122 
Doença Renal Crônica ........................................................................................................................................................ 125 
Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos (DTUIF) ......................................................................................................... 132 
LITÍASES E OBSTRUÇÕES ............................................................................................................................................................... 136 
Urolitíase ...........................................................................................................................................................................136 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ..................................................................................................................................................... 139 
Cistite Bacteriana ............................................................................................................................................................... 139 
Cistite Idiopática em Felinos ............................................................................................................................................... 142 
OFTALMOLOGIA ........................................................................................................................................................................ 144 
ANATOMIA DOS OLHOS E ANEXOS .................................................................................................................................................. 144 
AFECÇÕES DOS ANEXOS OFTÁLMICOS .............................................................................................................................................. 146 
Afecções Palpebrais ........................................................................................................................................................... 146 
Afecções dos Cílios ............................................................................................................................................................. 148 
Afecções da Terceira Pálpebra ........................................................................................................................................... 149 
AFECÇÕES OCULARES................................................................................................................................................................... 150 
Córneas .............................................................................................................................................................................. 150 
Doenças Não-Ulcerativas da Córnea .................................................................................................................................. 155 
DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO.......................................................................................................................................... 157 
ESTUDO DIRIGIDO PRÉ-AULA DE DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ..................................................................................................... 157 
DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ................................................................................................................................................ 186 
OBESIDADE ............................................................................................................................................................................... 187 
DIABETES MELLITUS .................................................................................................................................................................... 190 
CETOACIDOSE DIABÉTICA .............................................................................................................................................................. 196 
HIPERADRENOCORTICISMO............................................................................................................................................................ 198 
TRANSTORNOS FUNCIONAIS DA TIREOIDE ......................................................................................................................................... 201 
HIPOTIREOIDISMO ....................................................................................................................................................................... 201 
HIPERTIREOIDISMO...................................................................................................................................................................... 204 
PROVAS PROFESSOR ALAN ............................................................................................................................................................ 206 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
8 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................................................................................................................................ 208 
SÍNDROME DA VIA AÉREA BRAQUICEFÁLICA ...................................................................................................................................... 208 
COLAPSO DE TRAQUEIA ................................................................................................................................................................ 209 
Asma Felina ....................................................................................................................................................................... 213 
AFECÇÕES DO PARÊNQUIMA PULMONAR.......................................................................................................................................... 214 
Pneumonia ......................................................................................................................................................................... 214 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA MEDIASTINAL E CAVIDADE PLEURAL ............................................................................................ 215 
Efusão Pleural .................................................................................................................................................................... 215 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ............................................................................................................................................ 216 
VAGINITE .................................................................................................................................................................................. 216 
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA ................................................................................................................................................ 216 
PROLAPSO VAGINAL .................................................................................................................................................................... 217 
PIOMETRITE ............................................................................................................................................................................... 218 
FISIOMETRIA .............................................................................................................................................................................. 220 
PSEUDOCIESE ............................................................................................................................................................................. 220 
DISTOCIA .................................................................................................................................................................................. 220 
ECLAMPSIA ................................................................................................................................................................................ 221 
NEOPLASIAS DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO .......................................................................................................................... 221 
Neoplasias Ovarianas......................................................................................................................................................... 221 
Neoplasias Uterinas ........................................................................................................................................................... 223 
Neoplasias Vaginais e Vulvares ..........................................................................................................................................224 
Tumor Venéreo Transmissível (TVT) ................................................................................................................................... 225 
Tumores Mamários ............................................................................................................................................................ 225 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO......................................................................................................................................... 230 
ANATOMIA ................................................................................................................................................................................ 230 
AFECÇÕES DO PÊNIS .................................................................................................................................................................... 231 
Hipospadia ......................................................................................................................................................................... 231 
Fimose ............................................................................................................................................................................... 231 
Parafimose......................................................................................................................................................................... 232 
Neoplasias De Prepúcio ...................................................................................................................................................... 232 
Neoplasias De Pênis ........................................................................................................................................................... 232 
Trauma e Neoplasias penianas........................................................................................................................................... 232 
AFECÇÕES PROSTÉTICAS ............................................................................................................................................................... 233 
Hiperplasia Prostática ........................................................................................................................................................ 233 
Prostatite ........................................................................................................................................................................... 233 
Cistos Prostáticos ............................................................................................................................................................... 234 
Neoplasias Prostáticas ....................................................................................................................................................... 234 
ORQUITE .................................................................................................................................................................................. 235 
TUMORES TESTICULARES .............................................................................................................................................................. 236 
CRIPTORQUIDISMO ...................................................................................................................................................................... 236 
ONCOLOGIA ............................................................................................................................................................................... 237 
SISTEMA TEGUMENTAR ............................................................................................................................................................. 241 
DOENÇAS PARASITÁRIAS ............................................................................................................................................................... 241 
Pulicose .............................................................................................................................................................................. 241 
Ixodidiose ........................................................................................................................................................................... 244 
Sarnas ................................................................................................................................................................................ 246 
INFECÇÕES BACTERIANAS .............................................................................................................................................................. 249 
INFECÇÕES FÚNGICAS .................................................................................................................................................................. 252 
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE ............................................................................................................................................... 254 
AFECÇÕES DO SISTEMA AUDITIVO ............................................................................................................................................ 258 
SISTEMA NERVOSO .................................................................................................................................................................... 260 
EXAME NEUROLÓGICO: ................................................................................................................................................................ 260 
FIBRAS: .................................................................................................................................................................................... 261 
NEUROLOCALIZAÇÃO MEDULAR: ..................................................................................................................................................... 262 
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9 
 
EXAME NEUROLÓGICO MEDULAR ................................................................................................................................................... 262 
DOENÇAS DOS DISCOS INTERVERTEBRAIS: ........................................................................................................................................ 264 
CEREBELO ................................................................................................................................................................................. 271 
SISTEMA VESTIBULAR ................................................................................................................................................................... 273 
SÍNDROMES VESTIBULARES ........................................................................................................................................................... 276 
CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO ................................................................................................................................................. 280 
EPILEPSIA .................................................................................................................................................................................. 280 
CONVULSÃO .............................................................................................................................................................................. 284 
SÍNDROME DE DISFUNÇÃO COGNITIVA ............................................................................................................................................ 287 
SISTEMA CARDIOVASCULAR ......................................................................................................................................................289 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA .............................................................................................................................................................. 290 
CARDIOMIOPATIAS CANINAS E FELINAS ............................................................................................................................................ 297 
Endocardiose ..................................................................................................................................................................... 297 
Cardiomiopatia Dilatada .................................................................................................................................................... 298 
Cardiomiopatia Hipertrófica ............................................................................................................................................... 300 
Efusão Pericárdica.............................................................................................................................................................. 301 
 
 
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10 
 
Planejamento Acadêmico Semestral 
 
 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
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Mês 
 
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D
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1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
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Mês 
 
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D
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1 2 3 4 5 6 7 
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Mês 
 
Semana 
D
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1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
13 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
Sistema Locomotor 
Análise da Locomoção e Exame Ortopédico 
• Identificação do paciente ortopédico: 
o Espécie; 
o Raça (componente genético envolvido); 
o Idade (maior ocorrência de artrose em 
animais senis); 
o Sexo (machos são mais pesados → mais 
lesões); 
o Peso (animais mais pesados têm mais 
lesões pela sobrecarga); 
o Hábitos Alimentares (deficiências 
nutricionais causam problemas 
osteodistróficos, mas é raro 
atualmente); 
o Função do paciente (guarda, de 
companhia, etc.); 
• Histórica médica: 
o Pregressa: É crônico? Tem fratura? 
Doença prévia? Tentativa de terapia? 
Doses das medicações usadas? 
o Atual: Queixa Principal. Normalmente a 
queixa consiste em claudicações e 
alterações comportamentais 
(deprimidos, retraídos, agressivos). 
Gatos costumam não apresentar 
claudicação nas fases iniciais, pois são 
predadores. O tutor pode notar 
mudança de comportamento (ex: o 
gato não pula nos locais que pulava 
antes). 
 
Claudicações 
• Início; 
• Duração; 
• Existência de causa incitante (Tumor prévio? 
Doença? Acidente? → nem sempre é óbvio!).; 
• Local afetado; 
• Associação com exercício; 
• Tipos de claudicação: 
o Intermitente: osteoartrite (artrose) ou 
excesso de exercício; 
o Migratória: artrite caliciviral ou 
panosteíte; 
o Aditiva: artropatias inflamatórias 
imunomediada; 
o Complementares: sobrecarga articular; 
o Composta: causas distintas (mais de uma); 
Inspeção 
Postura 
• Menor peso sobre o membro afetado. 
• Lesão nos membros torácicos: apoio nos membros 
pélvicos; 
• Lesão nos membros pélvicos: apoio nos membros 
torácicos; 
• Afastamento dos dígitos (muito peso apenas em um 
membro); 
• Desgaste irregular das unhas; 
• Áreas sem pelo; 
• Lacerações no dorso dos dígitos; 
• Lesão neurológica periférica: interrupção da 
comunicação neurológica (p.ex. avulsão do plexo 
braquial); 
Avaliação da Marcha 
• Claudicação: interferência na locomoção normal. 
• Protocolo de observações: 
o Passo lento → trote → galope; 
o Em direção ao / afastando-se do observador; 
o Em círculos fechados; 
o Subindo escadas; 
Em (B) se mostra que os animais com lesões nos m. 
pélvicos apresentam forma mais quadrada na região 
dorsal do corpo. 
Na imagem à esquerda mostra como o animal pode se 
posicionar em caso de lesão nos m. pélvicos. 
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MEDICINA DE CÃES E GATOS DANNY ELIS SIMIONI 
 
15 
 
Exame Físico 
• Giniometria: ângulos das articulações; 
• Palpação: óssea, articular, tecidos modelos; 
• Assimetria: neoplasias, abscessos, atrofias, 
edema. 
o Atrofia muscular que tem evolução 
muito rápida provavelmente tem 
origem neurogênica (p.ex. contratura 
do quadríceps); 
• Resposta a dor: aplicar pressão; 
• Amplitude articular: 
o Aumentada: ruptura de ligamentos; 
o Diminuída: contratura muscular; 
• Temperatura: gelado pode ser 
tromboembolismo e quente pode ser 
inflamação. 
• Instabilidade; 
• Sons anormais: crepitação e estalos (lesão de 
meniscos, normalmente com lesão do 
ligamento cruzado concomitante). 
 
 
Exame dos Membros Torácicos 
Tendão do Bíceps 
• Tenossinovite do bíceps. 
• Mantém-se o animal em posição quadrupedal, 
levando a pata caudalmente, sempre esticada, 
tensionando e palpando o tendão. 
 
 
 
 
 
Extensão do Ombro 
• Avalia a cavidade glenoide e o bíceps. 
• Traciona-se o cotovelo para frente (cranial), 
tensionando a articulação úmero-escapular e o 
bíceps. 
 
Flexão do Ombro 
• Avalia a superfície caudal da cabeça umeral. 
• Na osteocondrite dissecante da cabeça do 
úmero, há necrose de um segmento da 
articulação 
 
Adução do Membro 
• Avalia a capsula articular. 
• Nesse exame, pode-se ter exacerbação da dor. 
Alguns pacientes apresentam um grau de 
abdução maior (instabilidade articular). 
 
 
 
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16 
 
Extensão do Membro 
• Abduz o ancôneo. 
• A principal doença é a não união do processo 
ancôneo, causando muita dor nessa avaliação, 
sendo raro em animais de porte médio e 
pequeno. Esse processo se fecha em até 24 
semanas em cães de grande porte e 28 
semanas em cães de porte gigante. 
 
Flexão do Cotovelo 
• Faz sobrecarga nos côndilos umerais, processos 
coronoides e tríceps braquial. 
 
Rotação do Cotovelo 
• Avalia processos coronoides. 
• Movimenta-se o membro medialmente e 
lateralmente (não união do processo coronoide 
medial). Em caso de aumento da amplitude, os 
ligamentos colaterais do cotovelo 
provavelmente estão rompidos. 
• Ocorre em luxação do cotovelo. 
 
Carpos e Extremidades distais 
 
 
Exames dos Membros Pélvicos 
Simetria Pélvica 
• Deve haver um triângulo no ângulo da pélvis. 
Quando não há ou ela está deslocada, sugere-
se luxação coxofemoral, que normalmente é 
unilateral após o rompimento do ligamento 
redondo. A displasia coxofemoral normalmente 
é bilateral. 
 
Stand-test 
• Nesse teste, o animal fica de pé e pode-se 
avaliar: 
o Displasia coxofemoral; 
o Artrose; 
 
Comprimento dos Membros 
• Encurtamento: sugere luxação coxofemoral 
craniodorsal (rompimento do ligamento 
redondo); 
• Alongamento: sugere luxação coxofemoral 
ventral (raro);Teste de Ortolani 
• Nesse teste, empurra-se o fêmur dorsalmente e 
se abduz o membro. Quando o teste for positivo 
(anormal), o fêmur se desencaixa da articulação. 
É necessário observar que em caso de animais 
mais velhos (com artrose) com displasia podem 
apresentar um teste falso-negativo. 
 
 
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Teste da Crepitação 
• Avalia o atrito audível e palpável durante o 
movimento, em caso de comprometimento 
articular; 
 
 
Joelhos 
• Os maiores problemas estão localizados na patela e no ligamento cruzado. 
Luxação Patelar Medial e Lateral 
• Após empurrar a patela, ela não pode sair do 
sulco troclear, caso saia, sugere-se luxação 
patelar. O lado do deslocamento vai definir se 
será medial ou lateral. 
• Para a correta avaliação, segure o membro na 
região da patela e tracione o membro lateral ou 
medialmente. 
 
Teste da Compressão Tibial 
• Avalia somente o ligamento cruzado cranial, o 
teste é positivo quando a tíbia se desloca para 
frente. 
 
Teste da Gaveta 
• Avaliação do ligamento cruzado cranial e 
caudal. Segure o fêmur firmemente e mova a 
tíbia para frente para avaliação do ligamento 
cruzado cranial ou mova a tíbia para trás para 
avaliação do ligamento cruzado caudal. Na 
maioria dos casos, o LC caudal é mais atingido. 
 
• A ruptura do ligamento pode ser parcial 
(retângulo 1) ou total (retângulo 2): 
 
 
Teste Para Ligamentos Colaterais do Tarso 
 
 
 
 
 
Exames Complementares 
• Radiografia; 
• Artrografia; 
• Tomografia computadorizada; 
• Ressonância magnética; 
• Artroscopia; 
• Artrocentese; 
• Cirurgia exploratória; 
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Diagnóstico e Tratamento de Fraturas 
• Atribuições do Veterinário: independentemente da especialidade: 
o Identificar a fratura; 
o Identificar outras lesões concomitantes; 
o Estabilizar o paciente; 
o Promover analgesia; 
o Selecionar o melhor método de fixação; 
o Determinar cuidados pós-operatórios; 
Exame Clínico Geral 
• Avaliar a presença ou função de: 
o Ausculta torácica: contusão pulmonar e hérnia diafragmática; 
o Exame neurológico: SNC e SNP; 
o Exame urológico: fraturas pélvicas e fraturas femorais; 
o Radiografias torácicas: animais fraturados → trauma torácico (60%) → 20% têm sinais clínicos; 
• No exame clínico, é importante o veterinário identificar lesões e fraturas subclínicas. Outras lesões que 
podem ocorrer são as hérnias e as lacerações hepáticas. O veterinário tem de aconselhar o proprietário a 
retornar e refazer radiografias e reavaliação geral no pós-operatório. 
o As fraturas de crânio e vértebras atingem mais o sistema nervoso 
central, enquanto que as fraturas nos membros afetam mais o sistema 
nervoso periférico, então sempre avaliar possibilidade de lesão 
nervosa. 
o Na radiografia, pode-se identificar possíveis rupturas diafragmáticas. 
 
Exame Clínico Específico 
• Sinais clínicos: 
o Disfunção do membro; 
o Dor; 
o Postura anormal; 
o Crepitação; 
o Contusão de tecidos moles; 
• Exame radiográfico: 
o Para tanto, deve-se promover analgesia ou anestesia para correta posição dos membros. 
o No mínimo duas projeções em posições divergentes; 
Biomecânica das Fraturas 
• Forças que atuam nos ossos: 
o A. Rotação; 
o B. Envergamento; 
o C. Cisalhamento vertical; 
o D. Cisalhamento horizontal; 
o E. Aposição dos fragmentos; 
• Classificação das fraturas: 
o Osso fraturado; 
o Localização da fratura (epífise, metáfise, diáfise, linha de crescimento, cartilagem articular, medula 
óssea); 
o Configuração da linha de fratura; 
o Deslocamento dos fragmentos (deslocado ou pouco deslocado); 
o Contato com o meio externo (aberta (exposta) ou fechada; 
o Nomes próprios: 
▪ Salter Harris: fratura na linha de crescimento dos ossos; 
▪ Monteggia: fratura na região da articulação do cotovelo; 
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• Configuração da linha de fratura: 
o Em galho verde (normalmente patológico/nutricional); 
o Transverso; 
o Oblíqua; 
o Espiral; 
 
o Múltiplas; 
o Cominutivas; 
o Por esmagamento (nas linhas de crescimento/extremidades); 
o Por avulsão (arrancamento), normalmente há ruptura de ligamentos 
concomitantemente, como o ligamento patelar. 
 
 
Cuidados Pré-Cirúrgicos 
• Estabilização temporária: tem como objetivo o conforto do paciente e minimização das lesões, com 
bandagens do tipo Robert Jones ou RJ modificada (bandagem mais acolchoada, usada antes o gesso ou pós 
cirurgia; evita lesão vascular após lesão que irá edemaciar). 
• Fratura Exposta: é toda a fratura onde há comunicação do seu foco com o meio externo ou cavidades 
contaminadas. 
• Classificação: 
o Grau I: perfuração de pele com < 1 cm provocada pelo osso, tendo mínimo trauma sobre os tecidos 
moles. É pouco contaminada (relativamente) e o osso pode ou não ser visualizado. 
o Grau II: exposição óssea provocada por penetração externa com grau moderado de trauma nos 
tecidos moles. Tem maior contaminação do que o grau I. 
o Grau III: trauma intenso (por exemplo, ferida a bala) com severos danos aos tecidos moles, incluindo 
pele, músculos e possibilidade de lesão nervosa. Há grandes riscos de complicações infecciosas. 
o Grau IV: envolve amputação ou a iminência desta, com severa lesão aos tecidos moles e lesão 
neurovascular significativa. 
 
 
Tratamento da Ferida 
• Antimicrobiano: de amplo espectro, IV e que 
atue bem em Staphylococcus resistente a β-
lactamases. Ação bactericida. A fratura 
exposta pode ter exposição ao ambiente ou 
para cavidades contaminadas. O 
antimicrobiano, quando administrado em 
até 3 h após a fratura, proporciona menor 
risco de infecção. Como mostrado na 
imagem à direita, uma fratura exposta 
normalmente leva a uma infecção. Portanto, 
sempre usar uma técnica asséptica nesses 
casos. 
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Métodos de Osteossíntese 
 
Métodos de Fixação Externa 
• Compreendem as talas metálicas ou plástica e bandagens. 
• As bandagens são utilizadas no pós-operatório com objetivo de prevenir 
contaminações, seroma e automutilação. Normalmente são tecidos de algodão 
macios que ajudam ao edema do PO. 
• Talas ou bandagens; 
 
Método de Fixação Interna 
• Compreende os pinos intramedulares, os fixadores externos, as placas e parafusos metálicos e haste 
medular. 
• Pinos intramedulares; 
o Vantagens: 
▪ Menor custo, com pequena quantidade de material especializado. 
▪ Menor exposição do campo cirúrgico (menos traumatismo e menos lesão vascular). 
▪ O tempo cirúrgico também é menor, com fácil remoção e mínimo efeito sobre o suprimento 
sanguíneo. 
o Desvantagens: 
▪ Tem fixação menos estável em fraturas distais, com pouca 
ação sobre as forças compressivas e sobre as forças de 
rotação. 
▪ Contraindicado em fraturas expostas. 
▪ Basicamente, é muita complicação e não funciona em todas 
as fraturas. 
▪ Deve-se usar para indicações específicas. Normalmente não 
é um método usado sozinho, pois não evita outros 
movimentos do osso! 
• Fixadores esqueléticos externos; 
o É um método mais versátil em relação ao tipo de abrangência de fraturas (as mais estáveis, instáveis, 
expostas e de mandíbula). Usado para osteotomias corretivas e para não-união ou união retardada. 
Também em artrodeses, fixação articular temporária (reparo de ligamentos e tendões) e um meio 
auxiliar para outros métodos de osteossíntese. 
o É uma técnica que funciona muito bem, 
contudo a maior desvantagem é que o manejo 
no pós-operatório (enfermagem do 
proprietário) é muito frequente. Depois de um 
tempo, o fixador começa aficar mais solto e 
após uns meses deve ser retirado. 
o Principais complicações: 
▪ Secreção no local de inserção dos pinos: infecção no tecido mole, osteomielite focal e 
sequestro ósseo. 
▪ Afrouxamento dos pinos; 
▪ Fratura iatrogênica; 
▪ Lesões neurovasculares ou musculares; 
 
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• Placas e parafusos metálicos; 
o Indicadas para estabilização de qualquer fratura em ossos longos. É ideal para uso em animais 
semidomesticados, pois têm menores cuidados PO e tem rápido retorno funcional do membro. 
Diferentemente das outras técnicas, as placas não precisam ser retiradas a menos se houver 
complicações. Como desvantagens, deve-se ter o investimento de muito material e o cirurgião deve 
ter bastante treinamento. A incisão da cirurgia é bastante ampla, sendo outra importante 
desvantagem. 
o Complicações: 
▪ Placas não funcionais (frouxas, quebradas, encurvadas); 
▪ Agindo como condutores térmicos; 
▪ Causando osteoporose; 
▪ Interferência no crescimento ósseo; 
▪ Irritação; 
▪ Presença de infecção; 
▪ Diminuição do desempenho funcional; 
 
 
 
 
 
 
• Haste intramedular bloqueada; 
o Indicação: para fraturas simples ou complexas. Atua 
nas forças de compressão, envergamento e rotação. 
Contudo, o material deve ser de ótima qualidade, 
porque como visto na imagem à direita, quem define 
a altura e a profundidade do parafuso é a régua. Caso 
ela não seja bem simétrica, o parafuso pode atingir a 
medula mais profundamente, tornando o método 
ineficaz. 
o Equipamento necessário: 
▪ Haste medular; 
▪ Parafusos de fixação; 
▪ Extensor de haste; 
▪ Sistema guia; 
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Principais Afecções Articulares em Pequenos Animais 
Displasia Coxofemoral 
• É o desenvolvimento anormal das articulações coxofemorais, caracterizado por subluxação ou luxação da 
cabeça do fêmur em animais jovens e por doença articular degenerativa em animais idosos. É uma doença 
de caráter progressivo. 
• Fatores predisponentes: 
o Fatores genéticos; 
o Fatores adicionais: 
▪ Alterações hormonais e musculares; 
▪ Superalimentação; 
▪ Deficiência de vitamina C; 
▪ Alteração na cápsula articular, ligamento redondo do fêmur e líquido sinovial; 
o Alterações biomecânicas e instabilidade articular; 
o Alterações articulares secundárias; 
o Excesso de peso, etc. 
• Histórico e sinais clínicos: 
o Cães jovens: os primeiros sinais são a redução da atividade (andar, pular, correr, subir escadas), dor 
na articulação coxofemoral e músculos pélvicos e da coxa pobremente desenvolvidos. Normalmente 
ocorre em animais com 7 a 12 meses. 
o Cães idosos: claudicação bilateral após o exercício vigoroso. Locomoção bamboleante, 
movimentação articular restrita e crepitação. Os cães idosos têm como fator predisponente também 
a doença degenerativa (artrose). Mais em raças de grande porte. 
• Diagnóstico: 
o Histórico; 
o Teste de Ortolani e teste de Bardens: 
▪ O teste de Bardens é um exame eficaz no início da doença (precoce), normalmente nos 
animais jovens de 4 a 8 semanas de idade, apresentando instabilidade articular. 
▪ No teste de Ortolani, o teste é positivo em jovens e raramente positivo (presente) em 
idosos, pois a doença degenerativa afeta o acetábulo. 
o Exames complementares: radiografia → pode indicar algum grau de displasia, mas só deve ser 
tratada caso o paciente apresente sinais clínicos. 
 
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o Sinais clínicos: 
▪ Os animais podem apresentar alterações visíveis da morfologia, com as patas em base 
estreita (afastamento da cabeça do fêmur do acetábulo) ou base aberta (cabeça do fêmur 
encaixa mais profundamente no acetábulo), também chamado de posição antiálgica. Alguns 
apresentam andar de coelho. 
▪ Na radiografia, deve-se fazer a projeção VD, com os membros torácicos o mais esticado 
possível. Na avaliação, deve-se observar o ângulo de Norberg. Esse teste deve ser feito após 
18 meses de vida e como critério reprodutivo, ou seja, os animais com ângulo abaixo de 105° 
são descartados como matriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
o Clínico: 
▪ Controle do peso (animais mais pesados forçam a articulação); 
▪ Exercícios controlados, sendo os exercícios de escolha os aquáticos; 
▪ Antiinflamatórios (para diminuir a crise): 
• Flunixin meglumine; 
• Cetoprofeno; 
• Vedaprofeno; 
• Meloxicam; 
• Carprofeno; 
▪ Condroprotetores; 
o Cirúrgico: 
▪ Paliativo: pois tem duração temporária e é indicado para animais imaturos que têm pouca 
ou nenhuma alteração degenerativa articular. 
• Pectinotomia/pectinectomia: secção do músculo da virilha melhorando o ângulo da 
articulação. 
▪ Preventiva: osteotomia pélvica tripla ou osteotomia intertrocantérica: 
• Aposição mais íntima entre o fêmur e o acetábulo em animais imaturos com pouca 
ou nenhuma alteração articular degenerativa. 
▪ Salvamento: excisão da cabeça e colo femorais. Indicado para alteração articular 
degenerativa em animais de porte médio. Troca a articulação dolorosa por uma articulação 
livre de dor. A recuperação é lenta. Também tem prótese de quadril, indicado para cães de 
grande porte e atléticos com alteração articular degenerativa. A recuperação é lenta e com 
prognóstico excelente. 
 
Categoria Classificação Ângulo Figura 
A (HD-) Sem sinais = 105º 8 
B (HD±) Fronteira < 105º 9 
C (HD+) Displasia Leve > 100º 10 
D (HD++) Displasia moderada > 90º 11 
E (HD+++) Displasia Grave < 90º 12 
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Luxação coxofemoral 
• É o deslocamento da cabeça do fêmur do acetábulo; 
• De 59 a 83% dos casos são causados por traumatismos; 
• Tipos: 
o Tipo 1: craniodorsal 80%; 
▪ Fêmur fica alojado nos músculos; 
o Tipo 2: caudodorsal 18%; 
o Tipo 3: ventrocaudal 2%. 
▪ Cabeça do fêmur se insere no forame 
obturador. 
• Histórico e sinais clínicos: 
o Claudicação; 
o Traumatismo; 
o Desvio angular; 
o Crepitação; 
o Dor; 
• Exame físico: 
o Luxação craniodorsal: membro aduzido e joelho rotado 
externamente. Membro mais curto. O triângulo entre a 
pelve e o trocânter maior está deslocado dorsalmente. 
O animal apresenta o membro afetado elevado na andadura e no exame. 
o Luxação caudodorsal: o membro está abduzido e o joelho rotado internamente. 
o Luxação ventral: a palpação do trocânter é difícil e o membro está mais alongado. 
• Tratamento: 
o Redução fechada (até 48h após o trauma); 
o Redução aberta (cirúrgico): reconstrução capsular, pino transarticular, transposição do trocanter 
maior e estabilização com material sintético (mimetiza o ligamento redondo). 
 
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Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur 
• É a necrose não infecciosa da cabeça do fêmur por lesão vascular, de causa genética ou por atividade 
hormonal sexual precoce. 
• Epidemiologia: afeta mais as raças Toy, tanto machos quanto fêmeas e podendo ser bilateral (12 e 16,5%). A 
ocorrência é principalmente para animais jovens, entre 5 a 8 meses de idade. A amplitude é de 3 a 13 meses. 
• Sinais clínicos: 
o Irritabilidade: morde a área do flanco e articulação coxofemoral e coça no início da necrose; 
o Dor na abdução do membro; 
o Crepitação; 
o Movimentação restrita e encurtamento do membro; 
o Atrofia gradual da musculatura; 
• Achados radiográficos: 
o Focos de densidade óssea diminuída; 
o Cabeça femoral achatada; 
• Tratamento: 
o Clínico: anti-inflamatório (paliativo); 
o Cirúrgico: excisão da cabeça e colo do fêmur (colecefalectomia);Luxação Medial de Patela 
Classificação Características 
Grau I 
Patela pode ser luxada, mas retorna espontaneamente ao local. A flexão e a extensão 
são normais. Raramente esse tipo de animal apresenta sinais de claudicação. 
Grau II 
Patela luxa mais frequente que no grau I. A patela permanece luxada e pode ter leve 
deformidade angular e rotacional (até 30°) 
Grau III 
Patela permanece luxada, mas retorna ao local com manipulação. A flexão e a 
extensão resultam em reluxação (30 a 60°). 
Grau IV Patela permanentemente luxada e com alteração angular e rotacional grave (60 a 90°) 
 
• Histórico e sinais clínicos: 
o A claudicação é contínua ou intermitente. 
o O paciente pode caminhar com os membros pélvicos encolhidos e apresenta desvios angulares. 
o O animal pode apresentar “andar de coelho”. 
• Avaliação radiográfica: 
o Patela luxada medialmente grau III ou IV; 
o Desvios rotacionais e angulares em fêmur e tíbia; 
• Tratamento: 
o Clínico: 
▪ Indicado para animais idosos e que apresentam graus I e II de claudicação. 
▪ Usar anti-inflamatório e analgésicos. 
▪ Evitar o excesso de peso e repouso 
o Cirúrgico: 
▪ Trocleoplastia: aprofundamento do sulco troclear (imagem); 
▪ Transposição da fáscia lata (indicado para luxações mais graves, mas as chances de recidivas 
são mínimas). 
▪ Pregueamento da 
fáscia lata (diminuir a 
cápsula articular); 
▪ Osteotomias; 
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Sistema Musculoesquelético 
Hérnias 
• Definições importantes: 
o Hérnia: é a protrusão de um órgão ou uma parte dele através de um defeito na parede da cavidade 
anatômica na qual se situa o órgão; 
o Eventração: ruptura da parede abdominal por trauma (inclusive incisionais ou pós-cirúrgicas) com 
saída do conteúdo e permanecendo no espaço subcutâneo (sem contato com o meio externo). São 
consideradas falsas hérnias (adquiridas). 
o Evisceração: exposição de vísceras ao meio externo por ruptura da pele. Ocorre principalmente na 
região abdominal e é considerada mais grave. 
• Epidemiologia: 
o A hérnia congênita é causada por uma hipoplasia do músculo retoabdominal e aponeurose dos 
músculos abdominais oblíquos (umbilical). 
 
 
 
• Componentes: 
o Conteúdo herniário; 
o Anel herniário; 
o Saco herniário; 
• Local: 
o Diafragmática: considerada hérnia 
falsa; 
o Inguinal: mais em fêmeas; 
o Perianal: mais em machos, junto com a 
testicular e escrotal; 
o Umbilical: principal hérnia verdadeira; 
• Conteúdo: 
o Redutível: ao empurrar a hérnia para o 
interior, ela permanece. 
o Encarcerado: Há sangue presente no 
local e a hérnia fica presa no anel (não 
consegue empurrar para dentro), mas o 
tecido continua vivo. 
o Estrangulado: a quantidade de sangue 
está diminuída e o tempo até o 
tratamento pode levar à necrose. É 
considerada uma emergência médica! 
o Hérnias simplex ou múltiplas. 
 
 
 
 
 
 
• Causas: 
o Gestação; 
o Tumores; 
o Obesidade; 
o Enfraquecimento do diafragma pélvico; 
o Desequilíbrio hormonal (nas fêmeas, as 
hérnias inguinais ocorrem depois do 
cio); 
o Constipação (muita força para defecar 
pode romper o peritônio); 
o Traumas (hérnias falsas); 
• Fisiopatologia: 
o Depende do efeito da ocupação do 
espaço. Por exemplo, hérnia de omento 
tem bom prognóstico, enquanto hérnia 
de intestino o prognóstico é ruim. 
o Encarceramentos alteram a função pela 
obstrução dos órgãos acometidos. 
o O estrangulamento do conteúdo leva a 
bloqueio da circulação sanguínea 
(emergência). 
 
 
 
 
 
 
• Sinais clínicos: 
o Tumefação; 
o Redutibilidade do conteúdo (se é 
móvel); 
o Volume; 
o Outros sinais devido ao 
encarceramento dos órgãos 
comprometidos; 
• Diagnóstico: 
o Histórico clínico; 
o Palpação; 
o US; 
o Radiografia (mais indicado para hérnia 
diafragmática); 
o Diagnóstico diferencial: neoplasias, 
abcesso, hematomas; 
 
 
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• Tratamento: 
o Conservador: mais em filhotes, pois em muitos casos há o fechamento espontâneo até os seis meses 
de vida (umbilicais). Também indicada para pequenas hérnias redutíveis em adultos. 
o Cirúrgico: indicado para hérnias com aproximadamente a largura do intestino, hérnias que 
contenham órgãos abdominais, encarceradas ou estranguladas (emergência cirúrgica). 
▪ Procedimento cirúrgico: 
• Retornar com o conteúdo viável para dentro da cavidade normal, checando sempre 
a viabilidade. 
• Garantir o fechamento do colo da hérnia para evitar recidiva. 
• Eliminar o tecido em excesso do saco herniário. 
• Tentar usar os tecidos do próprio paciente, se possível (hérnias traumáticas: 
diafragmática e eventrações). 
▪ Complicações: 
• Complicações vasculares; 
• Lesões no nervo isquiático e pudendo (mais para hérnia perineal); 
• Incontinência fecal; 
• Infecção; 
• Deiscência da sutura; 
• Neuroplaxia do ciático (mais comum para hérnia inguinal); 
• Sutura do lúmen retal; 
• Prolapso de reto; 
• Recidivas; 
Nome Características 
Abdominal 
Ventral: umbilical 
Caudais: inguinal, escrotal, femoral 
Diafragmática 
Pleuroperitonial 
Traumática 
Pericárdica Peritoneopericárdica congênita 
Hiatal Segmento do estômago que entra no orifício hiatal 
Perineal 
É resultado do enfraquecimento e desunião dos músculos e fáscias musculares que compõem o diafragma pélvico, 
resultando em deslocamento caudal de órgãos situados na região abdominal ou pélvicos no períneo. 
 
• Tipos de hérnias: 
o H. paratocostal; 
o H. dorsal lateral; 
o H. inguinal; 
▪ É considerada uma falsa hérnia, pois normalmente é adquirida, sendo a mais comum em 
cães, afetando frequentemente cadelas não castradas de meia-idade. Nesse tipo, os 
hormônios sexuais têm papel importante, pois eles alteram a resistência e característica do 
tecido conjuntivo, dilatando o anel inguinal. Normalmente ocorrem em cadelas na fase 
estral ou gestando. Quando congênitas, têm relação com as hérnias umbilicais, perineais e 
criptorquidismo. Contudo, desconhecem-se as hérnias inguinais de origem hereditária e 
também se recomenda castração. Os sinais clínicos incluem aumento de volume indolor, uni 
ou bilateral, com consistência macia e firme na região inguinal. Pode ser uma hérnia 
permanente ou hérnia transitória. 
▪ O diagnóstico é feito com exame clínico e palpação da região, onde apresenta aumento de 
volume inguinal, de consistência macia e deslocada medialmente à mama inguinal. Pode ser 
feito um ultrassom para verificar o conteúdo e radiografia (em caso de suspeita de gestação 
ectópica). O diagnóstico diferencial inclui: neoplasia mamária, lipomas, linfadenomegalia, 
abcesso e hematoma. 
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▪ O tratamento cirúrgico é melhor quanto mais precoce possível, com abordagem mediana, 
evitando a incisão do tecido mamário, permitindo a abordagem dos dois canais e facilitando 
a laparotomia. Realizar a técnica da herniorrafia tradicional e castração do paciente. O pós-
operatório deve ter muito repouso, cuidados com a ferida e dieta em caso de ressecção e 
anastomose intestinal. O prognóstico é de bom a reservado, dependendo da presença de 
complicações. 
o H. pré-púbica; 
o H. femoral; 
▪ Raríssima e sua ocorrência é semelhante à hérnia inguinal. Pode ter causa iatrogênica por 
pectinectomia. 
o H. umbilical; 
▪ É uma hérnia congênita e de maioria hereditária, por isso, caso haja incidência desse 
problema, o animal não deve ser usado como matriz e deve ser castrado. Nesses animais, 
houve falha ou demora na fusão dos músculos abdominais e fáscia, sendo muito comum em 
pequenos animais (a de maior ocorrência). Deve ser diferenciado de onfalocele, que é um 
grande defeito umbilical na linha média e na pele, com conteúdoenvolto por membrana 
transparente de tecido amniótico, podendo facilmente romper. A recidiva da alteração é 
rara após o tratamento e porque em muitos casos há o fechamento até os seis meses de 
idade. 
o H. ventral; 
o H. escrotal; 
▪ Normalmente é congênito e causado por um defeito no anel vaginal. Também pode ter 
origem traumática (adquirida). É raro e, quando ocorre, é em animais jovens e normalmente 
bilateral. O diagnóstico diferencial é orquite e neoplasia. 
o H. hiatal: 
▪ É incomum em cães e rara em gatos. Há protrusão dos órgãos abdominais através do hiato 
esofágico, geralmente por deslizamento. Os sinais incluem hipersalivação, regurgitação, 
hematoêmese, êmese, disfagia, dispneia, ortopneia, e intolerância a exercícios. 
o H. Pleuroperitonial congênita: 
▪ Há poucos casos relatados. O defeito no diafragma dorsolateral, com ou sem defeito no 
tendão central, não envolvendo o pericárdio. 
o H. peritocárdica congênita: 
▪ Há poucos casos relatados. O defeito no diafragma dorsolateral, com ou sem defeito no 
tendão central, não envolvendo o pericárdio. 
 
o H. perineal: 
▪ É a hérnia mais comum entre animais com 7 a 9 anos, comumente em machos. Causado por 
deterioração da função de sustentação do diafragma pélvico e fraqueza muscular. Os fatores 
predisponentes incluem: atrofia muscular ou miopatias, atrofia senil, atrofia neurogênica e 
fatores hormonais (efeito androgênico) associado a neoplasias testiculares, aumento 
prostático e outras condições que causem disquesia (prostatite/cistite, obstrução urinária, 
dilatação/divertículo retal e inflamação perianal). 
▪ Sinais clínicos: 
• Aumento de volume 
perineal redutível; 
• Constipação, obstipação, 
tenesmo e disquesia; 
• Aumento geralmente 
ventrolateral ao ânus; 
• Estrangúria por aumento prostático ou 
retroflexão da bexiga; 
• Ocasionais: ulceração e inflamação da 
pele, incontinência fecal e urinária e 
alteração postural da cauda. 
 
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▪ O conteúdo herniário pode ser: 
• Saculação ou flexura retal; 
• Próstata; 
• Líquido, tecido conjuntivo 
e gordura retroperitoneal; 
• Bexiga; 
• Jejuno; 
• Cisto prostático; 
▪ Tratamento: 
• Conservador ou cirúrgico; 
• O tratamento conservador é realizado adjuvante à cirurgia, com uma dieta rica em 
fibra, laxativos e terapia hormonal, que visa reduzir a próstata (com castração e 
antiandrogênicos). 
• O tratamento cirúrgico requer procedimentos pré-operatórios importantes, como a 
cateterização urinária/cistocentese, fluidoterapia, radiografia (para verificar o 
trânsito intestinal), enema (12 a 18 h antes da cirurgia) e jejum de 24 h. 
▪ Complicações: 
• Infecção cirúrgica; 
• Incontinência fecal 
(lesão do nervo 
pudendo); 
• Tenesmo; 
• Prolapso retal; 
• Disfunção urinária; 
• Paralisia do nervo ciático (com claudicação 
temporária ou permanente); 
• Recidiva da hérnia (erro da técnica ou fraqueza 
muscular); 
• Herniação contralateral; 
o H. diafragmática: 
▪ Ocorre quando há perda da continuidade do diafragma, onde os órgãos abdominais 
conseguem migrar para a cavidade torácica devido à pressão negativa (-6 a -22 mmHg). 
Acomete cães e gatos e pode ter causa congênita por ausência de fusão das pregas 
diafragmáticas ou adquiridas por traumas (atropelamentos, quedas, traumatismos, chutes). 
É considerada hérnia falsa, pois tem apenas o conteúdo herniário e ausência de saco e anel 
herniário. 
▪ As vísceras que podem estar presentes na hérnia diafragmática são: 
• Intestino Delgado; 
• Omento; 
• Fígado; 
• Estômago; 
• Baço; 
• Pâncreas; 
• Cólon (+++); 
• Útero (+++); 
▪ Sinais clínicos: 
• Dispneia, intolerância ao exercício, anorexia, depressão, vômito, diarreia e perda de 
peso. 
▪ Tratamento: 
• O tratamento cirúrgico é feito com os animais estabilizados. 
• A herniação gástrica é considerada uma emergência. Devem ser usados fármacos 
com depressão respiratória mínima e inalatória, de preferência. As abordagens 
cirúrgicas devem ser feitas na linha média (identificar a hérnia na radiografia) e duas 
técnicas podem ser escolhidas: a esternotomia, sendo usada em casos muito graves 
e urgentes e onde as outras técnicas são impossíveis já que é uma cirurgia muito 
agressiva ou a toracotomia intercostal no EIC 8° e 9°. 
• A escolha da técnica depende da capacidade de localização da hérnia na radiografia, 
da cronicidade e de aderências nas estruturas envolvidas. 
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Sistema Digestório 
Doenças Cirúrgicas da Boca e Glândulas Salivares 
Mucocele salivar 
• É o acúmulo de saliva que se deposita em 
local ectópico. 
• Afeta principalmente a glândula sublingual, 
podendo ser poliostomática ou 
monostomática; essa glândula tem maior 
predisposição porque tem maior número 
de orifícios de saída salivar. 
• É importante ressaltar que a mucocele 
salivar não é um cisto. 
• Locais de acometimento: 
o Mucocele cervical (área mais 
afetada), localizada na área 
intermandibular, cervical cranial. 
o Mucocele sublingual (rânula), fica 
no assoalho da boca. 
o Mucocele faringeal, adjacente à 
faringe. 
o Mucocele zigomática, ventral ao globo ocular 
• As causas ainda são desconhecidas, mas acredita-se que seja por traumas, corpos estranhos e sialólitos; 
• Diagnóstico: 
o Predisposição racial (Poodle e Pastor Alemão); 
o História: depende da localização: 
▪ Mucocele cervical: os pacientes são assintomáticos e o volume de saliva cresce 
gradualmente e tem consistência flutuante e indolor. 
▪ Mucocele sublingual ou rânula: sangramento oral e dificuldade de apreensão. 
▪ Mucocele faringeal: dificuldade respiratória e disfagia. 
▪ Mucocele zigomática: exoftalmia e estrabismo divergente. 
o No exame físico, nota-se aumento de volume flutuante e indolor. 
• Diagnóstico diferencial: 
o Neoplasia; 
o Abcesso; 
o Hematoma; 
o Sialoadenite; 
• Tratamento: 
o Muitas vezes são feitas repetidas drenagens, cauterização química ou administração de agentes 
inflamatórios que complicam a cirurgia. Por isso, não é recomendado nenhuma intervenção de 
rotina que não a cirúrgica. 
o A cirurgia consiste na excisão da glândula e do seu ducto ou, quando rânula, na marsupialização, 
método onde se faz uma incisão na glândula de modo que a saliva vá para cavidade oral. 
 
• Possíveis complicações: 
o Seroma pelo espaço morto; 
o Infecção pela quebra de assepsia; 
o Recorrência pela remoção inadequada; 
Excisão da glândula. Marsupialização. 
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Odontologia de Pequenos Animais 
• Fórmula dentária: 
o Cão: 
▪ Decíduos: 2 (I 3/3; C 1/1; P 3/3) = 28 
▪ Permanentes: 2 (3/3; C1:1; P 4/4; M 2/3) 
= 42 
o Gato: 
▪ Decíduos: 2 (I 3/3; C 1/1; P 3/2) = 26 
▪ Permanentes: 2 (I 3/3; C 1/1; P 3/2; M 
1/1) = 30 
• Tempo de erupção dos dentes tem a ver com a idade e 
tipo de dentição: 
Dentes 
Decíduos (semanas) Permanentes (meses) 
Cão Gato Cão Gato 
Incisivos 3 a 4 2 a 3 3 a 5 3 a 4 
Caninos 3 3 a 4 4 a 6 4 a 5 
Pré-molares 4 a 12 3 a 6 4 a 6 4 a 6 
Molares - - 5 a 7 4 a 5 
 
 
• É importante saber quantas raízes (uma, duas ou três) 
tem o dente que será extraído, pois isso implicará em 
maior ou menor cuidado e tempo. Assim como a 
anatomia, pois cada tratamento é realizado em uma 
parte do dente ou adjacências, por exemplo, o 
tratamento de canal é realizado na polpa dentária. 
Doença Periodontal 
• Definições: 
o Doença periodontal: conjunto de condições 
inflamatórias de caráter crônico e de origem 
bacteriana, que começa afetando o tecido 
gengival e pode levar, com o tempo, à perda dos 
tecidos de suporte dos dentes. 
o Periodontite: inflamação do ligamento periodontal, osso alveolar, gengiva e cemento. Há 
reabsorção,afrouxamento dessas estruturas e exposição da raiz do dente. Pode se tornar um 
problema irreversível, por isso é necessário interromper a progressão da doença assim que 
aparecem os primeiros sinais. 
• Estágios: 
o 1º. sinal → gengivite: 
▪ É a inflamação da gengiva que envolve o dente. 
▪ Se tratado, pode não evoluir para sinais mais graves. 
▪ O tratamento pode ser feito em casa com limpeza da área. 
▪ Aparece como uma área avermelhada adjacente ao (s) dente (s) 
afetado. Na manipulação ou escovação da área pode ocorrer 
sangramentos leves. 
o 2º. sinal → placa bacteriana: 
▪ Forma-se em 24 h. 
▪ Quando não tratado (com limpeza e profilaxia), pode evoluir para tártaro. 
o 3º sinal → tártaro: 
▪ É a calcificação da placa bacteriana. 
▪ O tártaro só é retirado pelo dentista, não adianta escovação. 
▪ Placas escuras no dente afetado. 
▪ Quanto mais calcificado e grande, mais difícil a remoção e maiores 
as chances de evoluir para periodontite. 
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• Fatores predisponentes: 
o Idade: quanto maior a idade, maiores os riscos de doença periodontal. 
o Raça: maior acometimento das raças de pequeno porte e um dos motivos é porque são raças com 
problemas de dentes supranumerários mais que os de grande porte. 
o Tipo de alimentação: alimentos muito moles, especialmente para cães, são prejudiciais. Então 
quanto mais rígido o alimento, menos as chances de doença periodontal. 
o Fatores individuais: saliva com pH alcalino proporciona maiores riscos, sendo o quarto pré-molar 
superior o mais afetado. 
o Permanência dos dentes decíduos: maior acúmulo de alimento e placa bacteriana. 
o Presença de dentes supranumerários. 
o Má oclusão (alteração de posição do dente). 
o Cinomose: hipoplasia do esmalte dentário. 
 
 
 
• Sinais clínicos: 
o Halitose, causado pelo metabolismo 
bacteriano e, dependendo do grau da 
doença, por necrose tissular. 
o Disfagia; 
o Anorexia, aparecendo mais em gatos e 
incomum em cães; 
o Sialorreia; 
o Sangramento bucal; 
o Úlceras na mucosa oral; 
o Abcesso periapical e fístulas (animal com 
fístula infraorbital que não se soluciona); 
o Retração gengival; 
o Corrimento nasal purulento (fístula oronasal); 
o Relutância ao toque/dor; 
o Emagrecimento progressivo; 
 
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• Diagnóstico: 
o Inspeção visual; 
o Radiografia intra-oral; 
o Sondagem periodontal: 
▪ Normal: ± 2 mm; 
▪ Doença periodontal: > 3mm; 
▪ Na sondagem periodontal usa-se uma sonda periodontal (há vários 
tipos) que possui marcações com milimetragens definidas. Coloca-
se a sonda no sulco da gengiva e percorre-se todo o entorno do 
dente e observa-se a profundidade da sonda (que pode ser 
diferente em diferentes partes do entorno dental) no sulco. Quanto 
mais profundo, mais grave o prognóstico. 
• Periodontite inicial: gengivite + tártaro = ambas reversíveis 
• Periodontite severa: grande acometimento da infecção. Irreversível, o prognóstico é 
a extração dentária. 
• Tratamento: 
o Remoção do cálculo supra e subgengival; 
o Irrigação com clorexidine 0,2%; 
o Revisão subgengival com jato de ar; 
o Polimento; 
o Lavagem das superfícies; 
o Secagem; 
 
 
 
• Profilaxia bacteriana: 
o Para animais que estão com doenças sistêmicas, como animais com problemas cardíacos; 
o Animais que estão fazendo uso de corticoides ou quimioterápicos; 
o Apenas usar antibióticos sistêmicos se realmente for necessário: 
▪ Amoxicilina/clavulanato; 
▪ Clindamicina; 
▪ Metronidazol; 
▪ Espiramicina; 
• Prevenção: 
o Exame odontológico periódico a cada 6 meses; 
o Escovação dentária; 
o Manejo dietético, oferecer alimentos de consistência firme e brinquedos rígidos, como tiras de 
couro; 
o Administração de inibidores de placa, normalmente cobrindo biscoitos (hexametafosfato 0,6% a 
1,8%); 
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Exodontia 
• Indicações: 
o Doença periodontal, perda óssea e mobilidade; 
o Fratura dentária com exposição do canal (fraturas patológicas), comprometimento da coroa e da 
raiz; 
o Dentes decíduos que permaneceram depois do tempo; 
o Má oclusão de dentes supranumerários ou deslocados; 
o Dentes na linha de fratura; 
• Materiais necessários: 
o Sindesmótomo: desinserção da gengiva ao redor do dente; 
o Alavanca ou elevador apical: luxar o dente do alvéolo; 
o Fórceps: luxar o dente e removê-lo do alvéolo (o fórceps realmente extrai o dente); 
o Curetas: remover o tecido desvitalizado (serve para dividir o dente em várias partes quando esse 
possui mais de uma raiz); 
o Instrumental para odontosecção: motor e broca, cizel e martelo; 
o Instrumental para síntese; 
• Complicações: 
o Fratura de raiz; 
o Hemorragias; 
o Fraturas de mandíbula e maxilar (iatrogenia); 
o Fístulas oronasais; 
o Deiscência de sutura; 
o Anormalidades funcionais (incapacidade mastigatória); 
o Repercussões sistêmicas (endocardite, osteomielite, artrite); 
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Doenças Cirúrgicas do Esôfago 
• O esôfago é um órgão oco que une a faringe ao estômago, com função de transporte de alimento e água. 
• Histologicamente, o esôfago possui 4 camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. O esôfago não 
tem serosa, portanto o processo cicatricial é mais complicado nessa região. 
• Esse órgão é caracterizado por baixo suprimento sanguíneo, movimentos peristálticos constantes e 
dificuldade de omentalização. 
 
Corpo Estranho Esofágico 
• É mais frequente em cães pelo seu comportamento menos seletivo na alimentação do que em gatos. 
• É uma emergência médica e os CE mais comuns são os ossos, especialmente aos pacientes de porte 
pequeno, por apresentarem esôfago com menor diâmetro e para gatos os mais comuns são os lineares (fios, 
agulhas, etc.). 
• Os locais de obstrução são a entrada do tórax, base do coração e junção gastroesofágica, sendo na entrada 
do tórax 90% dos casos. 
• Diagnóstico: 
o Anamnese; 
o Sinais clínicos: 
▪ Regurgitação; 
▪ Sialorreia; 
▪ Anorexia; 
▪ Disfagia; 
▪ Tosse; 
o Exames complementares: 
▪ Radiografia: 
• Podem se apresentar como radiodensos ou radioluscentes. 
• Pode-se usar contraste para auxiliar no exame, como os iodados (os não-iônicos são 
mais seguros em caso de aspiração acidental) e o de bário. 
▪ Endoscopia: 
• Dependendo do tamanho do CE, ele pode ser retirado na endoscopia, além de 
identificar melhor CE menos radiopacos. 
• Diagnóstico diferencial: neoplasias (menos de 0,5%), estenose e intussuscepção gastroesofágica. 
• Tratamento: 
o O CE pode ser tratado de duas formas: o método fechado (anestesia geral + remoção com pinça) e 
método aberto (esofagostomia e gastrotomia). 
o A sutura esofágica é realizada com Vycrl (absorvível) 4-0 e deve suturar todas as camadas (até a 
submucosa). Em caso de incisão muito ampla, opta-se pela colocação de uma membrana/enxerto 
(propileno) para auxiliar na cicatrização. Há uma técnica de enxerto importante com centro-frênico 
diafragmático preservado de vários animais e que pode ser usado entre as espécies. 
o Outros enxertos usados: 
▪ Pericárdio; 
▪ Flapes musculares; 
▪ Segmentos intestinais; 
▪ Prótese de silicone; 
▪ Implante de propileno; 
o Cuidados pós-operatórios: 
▪ Jejum durante 24 a 48 h; 
▪ Alimentação por sonda por 5-7 dias, pode ser 
por faringostomia (técnica mais prática, pela 
região cervical), sonda gástrica ou nasogástica. 
▪ 7 a 15 dias de alimentação pastosa; 
▪ Considerar as necessidades hídrica (80 mL/kg) e 
calórica (70 kcal/kg/dia); 
▪ Antibioticoterapia durante 7 a 10 dias; 
▪ Tratar esofagite com sucralfato, via oral, 
3x/dia/7 dias; 
▪ Analgesia com flunixin meglumine 1.1 mg/kg,

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