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Clareamento de Dentes Vitais Estética em Dentística É a arte de criar, reproduzir, copiar e harmonizar procedimentos e restaurações com as estruturas dentais, de modo que o trabalho se torne belo, expressivo e imperceptível. Objetividade - forma - simetria - proporções - cor Subjetividade variável - época - idade - cultura - fatores externos (família, grupo social, atividade profissional, religião, localização geográfica e origem). MANCHAS EXTRÍNSECAS - Chá; - Café; - Cigarro; - Bebidas com corantes; - Alimentos com corantes; - Placa, cálculo. MANCHAS INTRÍNSECAS - Escurecimento natural ou fisiológico; - Escurecimento por pigmentos adquiridos; - Traumatismo dental; - Dentes tratados endodonticamente escurecidos; - Hipoplasia com manchas escuras associadas; - Fluorose, quando há presença de manchas escuras e ausência de perda da estrutural dental; - Tetraciclina (graus I, II, III e IV) ou dentes manchados por minociclina. Desde 1800: cloreto de lima, cloreto de soda, ácido oxálico, etc. 1884 (Harlan): uso de peróxido de hidrogênio. 1937 (Ames): peróxido de hidrogênio + instrumento aquecido. - Desde então, o peróxido de hidrogênio (nas suas diferentes concentrações de apresentação) tem sido a base do tratamento clareador. - A melhor técnica é aquela que traz resultados eficazes e conforto ao paciente. Diagnóstico e Planejamento Está diretamente relacionada com a avaliação e a supervisão do profissional e a seleção do agente clareador. Necessidade de troca de restaurações; Registro da cor – feito por meio de fotografias ou análise pela escala de cor; Regime clareador diário – pode ser noturno (6 a 8h) ou 30 min a 2h diárias; Escolha do tipo e concentração do agente clareador depende: - histórico de sensibilidade dental; - exigência do paciente quando à velocidade do tratamento (produto mais ou menos concentrado). Momento de parar o clareamento: - satisfação do paciente; - quando os caninos alcançarem a cor dos incisivos; - quando os dentes não clarearem de uma avaliação para a outra. Clareamento caseiro: - estimar o número de seringas que serão utilizadas; - paciente deve ter noção de custos. Limitações da Técnica Paciente com lesões não cariosas com sensibilidade. - O que fazer: tratar a sensibilidade dental. Paciente com restaurações anteriores infiltradas. - O que fazer: trocas as restaurações mesmo que depois seja necessário repará-las. Paciente com cárie. - O que fazer: remover a lesão de cárie antes do procedimento clareador. Paciente fumante. - O que fazer: explicar as limitações da técnica e solicitar que não fume 2h antes nem 2h depois do clareamento. Paciente com menos de 16 anos de idade. - O que fazer: adiar o clareamento. Paciente com fluorose. - O que fazer: tentar primeiro o clareamento e, se necessário, a microabrasão em seguida. Paciente com manchamento por tetraciclina. - O que fazer: realizar o clareamento dental por meio da associação das técnicas caseira e ambulatorial. O tratamento pode durar até 6 meses. Classificação 1. Quanto à vitalidade dental - clareamento de dentes vitais; - clareamento de dentes não-vitais. 2. Quanto a técnica - clareamento caseiro; - clareamento de consultório com uso de moldeira (PC 35 a 37%); - clareamento em consultório (laser/LAD/luz alógena); - clareamento combinado (caseiro/consultório). 3. Quanto à natureza - peróxido de hidrogênio; - peróxido de carbamida; - perborato de sódio. Mecanismo de Ação PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO oxigênio livre PENETRAÇÃO, DIFUSÃO E DISSOCIAÇÃO NO ESMALTE E NA DENTINA Clareamento Dental Caseiro Técnica utilizada pelo paciente sob supervisão do dentista, empregando o uso do agente em uma moldeira individual. AGENTES DE CLAREAMENTO CASEIRO Peróxido de carbamida, nas concentrações entre 10 a 22%; Peróxido de hidrogênio, nas concentrações entre 5,5 a 7,5%. - contém glicerina, carbopol, água, dessensibilizantes, aromatizantes, sabor, etc. - apresentam pH levemente ácidos para maior estabilidade (5,5 a 6,5). MECANISMO DE AÇÃO Peróxido de carbamida Eleva o pH, mas podem degradar proteína aumento da permeabilidade AMÔNIA DIÓXIDO DE CARBONO Permite permeabilidade do esmalte - Emoliente; - Desidratante (base anidra). - Espessante; - Maior aderência do material ao dente; - Prolonga liberação de oxigênio livre. INDICAÇÕES DO CLAREAMENTO CASEIRO Escurecimento natural, fisiológico ou por pigmentos adquiridos; Escurecimento por trauma em dentes vitais; Hipoplasias com manchas escurecidas associadas; Fluorose, quando há presença de manchas escuras e ausência de perda da estrutura dental; Tetraciclina ou dentes manchados por minociclina. CONTRA INDICAÇÕES Lesões de mancha branca ativa de cárie – podem levar a maior perda de minerais; Manchamento por produtos de corrosão do amálgama (sulfeto de ferro); Pigmentação de lesões de cárie paralisadas (sulcos pigmentados); Grávidas; Fumante (?); Pacientes com hipersensibilidade (?); Pacientes com problemas periodontais; Pacientes alérgicos; Pacientes não colaboradores com uso da moldeira; Pacientes que requerem clareamento rápido. PROTOCOLO CLÍNICO Diagnóstico da etiologia de alteração de cor (seleção de casos); Registro da cor inicial: escala vitta ou fotografias; Moldagem, vazamento do molde e recorte do modelo; Avaliar necessidade de confecção de alívios (1mm de espessura) na face V dos dentes a serem clareados. Deixar 1mm livre próximo à margem gengival; Confecção da moldeira em silicone ou plástico transparente com aproximadamente 0,8 mm de espessura. COMO PREVER OS RESULTADOS? Secagem dos dentes Avaliar: - tempo em que o dente esteve manchado; - etiologia da alteração de cor; - forma de manutenção do dente clareado (hábitos – fumo, alimentos). Tempo máximo: 6 semanas - maior tempo de uso, maior estabilidade. QUAL AGENTE CLAREADOR UTILIZAR? Peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio - concentração; - produto reconhecido; - custo, quantidade, kit; - sabor; - agentes dessensibilizantes. OBS: peróxido de carbamida a 10% deve ser a primeira escolha, pois é mais seguro. o Tempo máximo: 6 semanas - maior tempo de uso, maior estabilidade de cor. o Consultas de controle. EFEITOS SECUNDÁRIOS Irritação gengival: devido moldeira ou produto clareador em excesso; Sensibilidade dental: devido livre passagem do agente clareador pelos poros do esmalte e canalículos dentinários, causando pulpite reversível; Uso do clareador por mais de 1x ao dia leva a maior sensibilidade; Irritação gástrica, vômitos e diarreia: devido a ingestão do produto. RESULTADOS Satisfatórios; Seguros; Delegação de responsabilidade e interatividade do tratamento; 98% de efetividade. VANTAGENS Preserva a estrutura dental e segurança de uso; Baixa concentração; Vários dentes; Técnica simples e de fácil aplicação; Não emprega calor; Pouco tempo clínico. SE AS RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS EM RESINA NÃO ALTERAM A COR, DEVO SUBSTITUÍ-LAS... QUANDO SUBSTITUIR? Restaurações Adesivas Sugere-se aguardar de 1 a 2 semanas entre o clareamento e o tratamento restaurador (clareamento caseiro ou de consultório). Recomendável: 2 semanas. USO DE FITAS LIBERADORAS DE PERÓXIDO USO DE FITAS CLAREADOAS Formato para dentes superiores e inferiores; Maior quantidade de peróxido na saliva; 30 min 2x ao dia; Para pacientes que não toleram moldeira; Não clareiam dente posteriores; Elimina problemas de irritação gengival. DENTIFRÍCIOS Efeito clareador duvidoso; Remoção de manchas extrínsecas; Peróxido de hidrogênio ou carbamida em pequena concentração; Pequeno período de tempo em contato com os dentes; Apresentam potencial cariostático. Clareamento De Consultório Utiliza: Peróxido de hidrogênio a 35% a 38%; Peróxido de carbamida a 37% a 40%. INDICAÇÕES Mesmas que as relatadas para o clareamento caseiros. - resultados mais rápidos; - quando não há tolerância pelo uso da moldeira ou sabor do produto; - supervisão total; - motivação inicial seguida pelo uso do clareamento caseiro. FONTE DE ATIVAÇÃO o Calor; o Luz halógena; o Laser; o Led; o Arco de plasma; o Acelerar degrau de pH. A fonte luminosa não aumenta o efeito clareador do produto. Portanto, não há evidências científicas do benefício das luzes em termos de melhoria no resultado final em longo prazo do processo clareador. PROTOCOLO CLÍNICO Diagnóstico da etiologia de alterações de cor (seleção do caso); Registro da cor inicial: escala vitta ou fotografias; Proteção para olhos e EPI para a equipe; Proteção prévia da gengiva do paciente, utilizando cremes insolúveis (Omcilon-A); Isolamento do campo absoluto ou com barreiras gengivais; Capacidade de penetração pelo esmalte e dentina depende: - tempo de aplicação; - concentração; - tipo de agente; - temperatura. Aplicação do produto na vestibular dos dentes; - tempo de aplicação: de acordo com as instruções do fabricante. Podendo ser aplicado por no máximo 4 sessões com intervalo de 7 dias (sensibilidade). Remoção da barreira ou do isolamento; Aplicação tópica de flúor. DESVANTAGENS Sensibilidade; - maior porosidade do dente e trânsito de oxigênio. Irritação gengival; Várias sessões; Custo e tempo de consultório. MODOS DE APLICAÇÃO DOS DESSENSIBILIZANTES Aplicação do dessensibilizante à base de nitrato de potássio e flúor na moldeira após o tratamento clareador; Aplicação de flúor gel neutro a 2% na moldeira por 1min; Uso de creme dental dessensibilizante antes e durante o clareador; Bochecho com solução de fluoreto de sódio. Clareamento Dental Combinado Realiza-se o clareamento de consultório, seguido pelo clareamento caseiro.
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