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Beatriz Cunta – Turma 2024 ULTRASSONOGRAFIA É uma técnica de imagem não invasiva que utiliza ondas sonoras de alta frequência, variando entre 1MHz e 20MHz. Um dispositivo chamado transdutor é usado para emitir e receber ondas sonoras (refletidas) de vários tecidos no copo. Ele é posicionado contra a pele com uma camada de gel, que desloca o ar e impede interferência dele no exame. EFEITO PIEZOELÉTRICO: Consiste na capacidade de alguns cristais – no interior do transdutor – gerarem corrente elétrica por resposta a uma pressão mecânica, formando a imagem na ultrassonografia. EFEITO PIEZOELÉTRICO INVERSO: Ocorre quando os cristais, em virtude de estimulação elétrica, produzem tensões mecânicas. Esse fenômeno dá origem às ondas do exame de ultrassom. A amplitude da onda de retorno depende, em parte, do grau de absorção do feixe. Um tom de cinza é atribuída a cada amplitude, sendo mais próximos do branco ecos fortes e mais próximos do preto, ecos fracos. ECOGENICIDADE Estruturas podem ser: Anecoicas: adquirem cor preta Hipoecoicas: adquirem tonalidades de cinza. Hiperecoicas: adquirem cor branca ECOTEXTUTA Também é possível visualizar textura dos tecidos Heterogênea Homogênea OBS: Quando as ondas são emitidas em maior frequência, têm menor penetração (ideal para superfícies, como olhos e pele). Quando emitidas em menor frequência, têm maior penetração (utilizadas em US abdominais, por exemplo). A profundidade do tecido refletor pode ser calculada com tempo percorrido pelo feixe e velocidade média do som no tecido humano. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES: Sem radiação ionizante: o torna ideal para ginecologia, obstetrícia e pediatria. Informações dinâmicas e em tempo real: intervenções guiadas por US para facilitar biópsias, drenagem de abcessos e ablação por radiofrequência. Pode ser realizado à beira do leito Baixo custo e alta disponibilidade Moderada sensibilidade Técnica Doppler: detecção de desvios de frequência no feixe refletido usando efeito Doppler. Diferenciar lesões sólidas de císticas: as císticas se apresentam como nódulos sem limites bem definidos, com conteúdo anecoico e reforço acústico posterior. As lesões sólidas se apresentam normalmente como nódulos ovoides e circunscritos, paralelos à pele. Operador dependente: exige técnica. Limitado no TGI: ondas sonoras não conseguem penetrar em gás, gerando muitos ecos e artefatos. Também há Beatriz Cunta – Turma 2024 visualização variável de órgãos abdominais na linha média (como pâncreas). Ondas sonoras não penetram em ossos APLICAÇÕES DA ULTRASSONOGRAFIA: Abdome e TGI: fígado, vesícula biliar, pâncreas e rins, esôfago. Pelve: órgãos reprodutivos femininos. Feto: avaliações fetais de rotina para detecção de anomalias. Sistema vascular: aneurismas, comunicações arteriovenosas, TVP, exames com contraste venoso. Testículos: tumor, torção, infecção. Mamas Tórax: tamanho e localização de coleções de líquido pleural. Cérebro pediátrico: anomalias e malformações congênitas. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Técnica que produz imagens seriadas perpendiculares ao eixo longo do corpo, a partir de raios x. O feixe de raios que atravessa o corpo é muito colimado e fino, reduzindo a produção de feixes secundários que degradariam a imagem. Os feixes são captados por detectores de fótons e as medidas de atenuação tissular são calculadas e armazenadas no computador, e feitas em Unidades Hounsfield (UH). Quanto mais densas as regiões do corpo, maiores são seus valores em UH. As estruturas são classificadas de acordo com suas densidades: Hipodenso: tonalidades mais escuras de cinza e preto. Isodenso: tonalidades claras de cinza. Hiperdenso: coloração branca, esbranquiçada. OBS: Permite visualização de variadas estruturas com alta qualidade de imagem. TC CONVENCIONAL x TC ESPIRAL Os equipamentos de TC convencional operam no modo corte a corte, deixando o paciente em posição estacionária e o reposicionando a cada corte. A TC espiral é caracterizada pelo movimento contínuo do paciente, ao mesmo tempo em que uma série de rotações do tubo adquire os dados, reduzindo o tempo de exame e aumento da capacidade de detectar lesões. VANTAGENS DA TC: Alta resolução Alta sensibilidade/especificidade Rapidez Disponibilidade Beatriz Cunta – Turma 2024 Melhor caracterizador tecidual que US DESVANTAGENS TC: Radiação Contraste iodado Maior custo Caracterizador tecidual inferior à Ressonância Magnética RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Os núcleos dos átomos de hidrogênio, quando submetidos a um forte campo magnético, se mantêm alinhados e podem absorver energia de radiofrequência. Quando esse impulso cessa, eles voltam à posição original e emitem sinais ressonantes que podem ser captados por uma antena receptora. Esse fenômeno foi chamado de Ressonância Magnética Nuclear e, anos depois de ser descoberto, começou a ser utilizado na Medicina Diagnóstica. Na imagem da RM, utiliza-se emissão de radiofrequência pulsada na presença de um forte campo magnético para gerar imagens de alta qualidade do corpo. Essas imagens podem ser adquiridas em praticamente qualquer plano, porém mais frequentemente nos planos axiais, coronais e sagitais. VANTAGENS DA RM: Não utiliza radiação ionizante Multiplanar Alta resolução espacial e alto contraste Melhor caracterizador tecidual Alta sensibilidade e especificidade Não invasiva DESVANTAGENS DA RM: Artefatos Baixa sensibilidade para osso/cálcio Alto custo Baixa disponibilidade CONTRAINDICAÇÕES Marca-passo Próteses metálicas Clipes cirúrgicos Válvulas cardíacas metálicas Claustrofobia Corpos estranhos metálicos Equipamentos de suporte (respirador, por exemplo). As imagens são divididas em: HIPOINTENSAS (HIPOSSINAL): coloração preta Ar Osso cortial Sangue nos vasos Tecido fibroso Água/Edema (t1) HIPERINTENSAS (HIPERSINAL): coloração branca Gordura Hemorragia Alto conteúdo Melanina Água/Edema (T2) OBS: T1 e T2 Quando o pulso de radiofrequência é desligado e os átomos de hidrogênio voltam à organização normal, os tecidos relaxam, e esse processo varia de acordo com as propriedades de cada um. Elas são designadas em tempos de relaxamento longitudinal (T1) e tempos de relaxamento transversal (T2). APLICAÇÕES CLÍNICAS Indicações neurológicas: tumores cerebrais, isquemia aguda, infecção e anormalidades congênitas. Imagens musculoesqueléticas: grandes articulações Imagens cardíacas: malformações, função cardíaca, viabilidade miocárdica, doença vascular, etc. Imagens hepáticas, biliares e pancreáticas Imagens renais, adrenais e pélvicas Avaliação da mama: classificação do câncer Imagem espinal
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