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APONTAMENTOS SOBRE ACESSIBILIDADE A Norma NBR 9050 é um instrumento que serve para instruir arquitetos, construtores, engenheiros e outros profissionais da área, sobre critérios e parâmetros técnicos na construção, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e ainda na instalação e adaptação de edificações. Embora a Norma criada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas tenha contribuído muito para o ganho de qualidade de vida de pessoas com as mais variadas formas de deficiência, muitos pontos eram pouco detalhados em suas três versões anteriores, sem um consenso geral ou mesmo inexistentes. Desta forma, em setembro de 2015, a ABNT publicou a atualização da Norma NBR 9050, com um texto muito mais amplo, evoluído para os tempos atuais e centrado no conceito de desenho universal. Uma sociedade só é realmente justa a partir do momento em que ela garante, a todos, a igualdade de direitos e isso envolve, diretamente, a acessibilidade. Não oferecer condições adequadas de acessibilidade é negar direitos e negar direitos é crime. Por isso, a busca por construir por um Brasil mais Acessível. Acessibilidade em Edificações, Mobiliários e Espaços Urbanos Questões de acessibilidade vão muito além de proporcionar maior conforto, segurança e dignidade a deficientes físicos, como a maioria da população imagina. Há um público enorme a ser beneficiado por uma Norma como a NBR 9050. Basta pensarmos nos idosos, nas gestantes, nas pessoas recém - operadas e até nos obesos. Todas as pessoas com algum tipo de deficiência são diretamente impactadas e tem seu dia a dia mais facilitado mediante o cumprimento da NBR 9050. As melhores práticas e o conceito universal devem ser aplicados ao espaço físico, no transporte, na informação e comunicação, principalmente em instalações e serviços de uso público, no ambiente urbano ou rural. No setor da construção, a norma técnica NBR 9050 é conhecida por trazer critérios e parâmetros para instalação de equipamentos e adaptação de espaços urbanos, de forma a se tornarem acessíveis para todas as pessoas. Recentemente, ela recebeu uma atualização. O modelo de 2004 foi deixado para trás, dando lugar à versão de 2015. Mas, antes de falar dessas mudanças, é necessário explicar qual é o objetivo central do documento. NBR é a sigla para a expressão Norma Brasileira. Todas as regulamentações nacionais precisam ser aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essa é uma entidade privada e sem fins lucrativos, que tem a tarefa de padronizar os processos produtivos que acontecem em todo o país. Ela também representa o órgão internacional mais importante de normalização, a ISO (International Organization for Standardization). As normas técnicas são regimentos estabelecidos de acordo com a opinião e o consenso de pesquisadores e profissionais das áreas de interesse. Seu papel é elaborar regras e orientações sobre determinados produtos ou serviços. O objetivo central é melhorar a produtividade da empresa, a qualidade final do que é comercializado e a competitividade no mercado. Existem leis brasileiras e normas regulamentadoras que exigem o cumprimento de certas NBRs — dessa maneira, elas passam a ser obrigatórias em diversos casos. O mais importante, no entanto, é notar que seguir uma NBR é um dos melhores caminhos para realizar determinados procedimentos. Assim, evitam-se falhas, conflitos e incompatibilidades. Respeitar essas diretrizes significa estar preocupado com itens como a diminuição de acidentes de trabalho, da poluição e da contaminação de todo o meio ambiente. A NBR 9050 é utilizada por arquitetos, construtores, engenheiros e outros profissionais da área que têm como base de atuação critérios técnicos, independentemente do setor, promovendo: “acessibilidade em edificações, mobiliários e espaços urbanos”. Porém, esse assunto vai muito mais além. Para se ter uma ideia, ele abrange questões como proporcionar mais conforto, segurança e dignidade a pessoas com deficiência, idosos, gestantes, recém-operados, obesos e a qualquer um que precise de assistência física no dia a dia. As práticas são aplicadas ao espaço material, ao transporte, à informação e também às instalações e serviços de uso público, como prédios e apartamentos, por exemplo. A nova NBR 9050 Na atualização mais recente da norma, o fato mais importante sobre isso é que as mudanças visam trazer a acessibilidade para o “desenho universal”, em busca de um padrão que garanta os direitos e a cidadania de todos os brasileiros. É possível notar mais assertividade na variedade das condições de mobilidade e percepção do ambiente, especialmente em detalhes relacionados ao ver, ouvir e sentir. O conceito de desenho universal, inclusive, merece atenção. Ele foi incorporado ao novo documento com mais profundidade no que diz respeito à comunicação (abarcando, até mesmo, a Língua Brasileira de Sinais – Libras). https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2015/12/iso-9000-na-engenharia-o-que-voce-precisa-saber/ https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/05/normas-regulamentadoras/ https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/03/acidentes-de-trabalho-no-brasil/ http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_164.pdf O conceito surgiu na década de 1960, nos Estados Unidos, quando alguns especialistas questionaram a padronização feita pelo homem em projetos de ambientes. Hoje, o tema é tão importante que está exposto como obrigatório em cursos universitários da área de construção e suas vertentes. Conceito: Tecnologia de democratização do uso de espaços e objetos, podendo indiscriminadamente ser usados por todas as pessoas, independente de suas características pessoais, idade ou habilidades, sem a necessidade de qualquer tipo de adaptação ou projeto especial para pessoas portadoras de algum tipo de necessidade especial. O objetivo é incluir produtos acessíveis para todas as pessoas, sem se importar com suas características individuais e habilidades. Desse modo, qualquer um poderia usufruir plenamente de mercadorias e ambientes, independentemente da situação em que se encontra. O desenho universal valoriza o desenvolvimento do cidadão, que pode mudar conforme a fase da vida (a postura e o tamanho, por exemplo). Foi a partir disso que a ideia começou a ser utilizada em todos os setores, inclusive na construção. A nova versão da NBR 9050 usa muito desse conceito em suas revisões. Por fim, a construção é um setor de fundamental interesse para o desenvolvimento sustentável de cidades e espaços de convivência. A acessibilidade é essencial para o pleno exercício da cidadania — e as diretrizes que guiam os empreendimentos favoráveis a essa realidade se encontram na NBR 9050. Essa norma veio para embasar as construções do futuro. Seguir suas determinações é, além de cumprir o que manda a legislação do país, garantir uma obra de sucesso e estimular uma sociedade mais humana e inclusiva. CONSIDERAÇÕES: Acessibilidade inclusive à a utilização de transportes, informação, sistemas e tecnologias Calçadas Manobras de calçadas e a existência de mobiliários em rotas acessíveis. Isso tem a ver, ainda, com um maior detalhamento sobre puxadores e maçanetas, visando às pessoas deficientes visuais. Símbolos Símbolos e desenhos representando obesos, idosos, grávidas, indivíduos com bebê de colo, deficientes visuais com ou sem cão-guia e aqueles com mobilidade reduzida são de uso obrigatório. Som A colocação de sinais em áreas de resgate, focando em rotas de fuga que se adaptem às pessoas com cadeiras de rodas. Rampas As calçadas devem ter rebaixamento para a instalação de rampas, considerando um limite de 6%. FiSCALIZAÇÃO A fiscalização pertinente aos aspectos da NBR 9050 é feita pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). O documento que atestao atendimento à norma é a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) vinculada ao projeto. Entretanto, órgãos municipais de licenciamento para obras também podem realizar essa vistoria, amparados por leis municipais e federais. Vale destacar que o responsável pelo cumprimento das exigências da NBR 9050 é o arquiteto ou engenheiro que assina o projeto da edificação. Os CREAs geralmente possuem materiais que orientam os profissionais sobre o tema, para evitar o desrespeito aos princípios de acessibilidade universal por desconhecimento das normas. A promoção da acessibilidade é uma lei regulamentada pelo Decreto 5.296, de 2004. A chamada Lei de Inclusão, de 2015, veio para complementar essa legislação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
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