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Farmacologia 
AINE’s 
 
Eicosanoides 
Os eicosanoides são moléculas que são classificadas como autacoides, que são substancias que são sintetizadas de maneira 
rápida e atuam em locais próximos ao que foram sintetizadas. Sendo assim, os eicosanoides representam um tipo de 
autacoides e o seu nome deriva de eicosa (vinte), ou seja, são moléculas que possuem 20 carbonos. Dentre os eicosanoides 
focados, inclui-se aqui aqueles que são sintetizados pela enzima cox. 
A importância do estudo da farmacologia dos eicosanoides se dá por uma série de razões, sendo que uma delas é que 
os eicosanoides atuam no processo inflamatório, que por sua vez é a base para diversas doenças, como a asma, a artrite 
reumatoide, câncer, etc. Como os eicosanoides são moléculas que atuam no processo inflamatório, a sua modulação 
farmacológica, em teoria, auxilia no tratamento farmacológico de diversas condições que tem a inflamação como base. 
Durante o processo inflamatório há a síntese desses eicosanoides. Os principais eicosanoides que citaremos na aula são 
produzidos a partir do ácido araquidônico. Esse araquidonato está esterificado na membrana plasmática a fosfolipídios, 
principalmente fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina, sendo assim, esse ácido araquidônico não está livre na célula, mas sim 
esterificado na membrana plasmática e é a partir desse ácido que há a produção de eicosanoides. Durante o processo 
inflamatório, a ligação entre ácido araquidônico e o fosfolipídio da membrana é clivada pela Fosfolipase A2 (enzima 
extremamente importante e que é alvo de fármacos, como corticoesteróides), liberando o ácido araquidônico. Esse ácido 
araquidônico livre poderá passar por diversas reações envolvendo algumas vias, como a via da ciclo-oxigenase, da lipo-
oxigenase e da epoxigenase do 
citocromo P450. Por meio da via da 
lipo-oxigenase teremos a síntese dos 
leucotrienos (estudados na 
farmacologia da asma) e lipoxinas. 
A via de interesse para essa aula é a 
via da ciclo-oxigenase, que é a enzima 
COX, que possui mais de uma 
isoforma. Quando essa enzima COX 
atua sobre o ácido araquidônico há a 
síntese de algumas moléculas, como 
prostaglandinas, prostaciclinas e 
tromboxanos, que, além de possuírem 
papel no processo inflamatório, 
desempenham algumas funções 
fisiológicas importantes de manutenção. 
 
Diferenças entre as enzimas COX 
Basicamente possuímos duas isoformas de COX (1 e 2). A COX1 é considerada uma enzima constitutiva, ou seja, está 
sempre presente; enquanto a COX2 é considerada induzida, embora possa ser constitutiva em outros tecidos, como em 
partes do sistema nervoso. Essa indução ocorre no processo de inflamação, em que algumas citocinas pró-inflamatórias, 
como a TNF-α e IL-I, podem induzir a síntese e expressão de COX2. Sendo assim, a COX1 possui uma expressão ubíqua 
e uma função mais de proteção e manutenção (produção de prostaglandinas que tem papel importante na citoproteção), 
enquanto a COX2 está classicamente presente em locais inflamados e, por conta disso, é considerado que a COX2 possui 
funções pró-inflamatórias, sintetizando eicosanoides que auxiliam no processo inflamatório, além de outras funções para o 
equilíbrio da homeostasia. 
Atentando-se a essas informações, considera-se que quando um fármaco inibe a COX2 há a redução de efeitos pró-
inflamatórios, havendo efeito terapêutico. Já a COX1, quando bloqueada pelos fármacos, temos os efeitos adversos, 
principalmente de Sistema Gastrointestinal. 
 
Via das Ciclo-Oxigenases (COX) 
O ácido araquidônico, após ser solto da membrana plasmática, irá sofrer ação da COX, que é uma enzima que sintetiza 
as Prostaglandinas por meio de duas reações. A primeira delas é a que envolve a Cicleoxigenase, que produzirá um 
intermediário instável chamado Prostaglandina G2 e 
posteriormente há a etapa de Peroxidase, gerando a 
Prostaglandina H2. A partir da Prostaglandina H2 haverá 
a síntese das Prostaglandinas específicas, como a 
PGE2 e PGI2, entre outros. 
 
 
Tromboxanos e Prostaciclinas 
Além disso, como citado anteriormente, temos a Prostaciclina-sintase que irá sintetizar Prostaciclina (PGI2) a partir da 
Prostaglandina H2 e a Tromboxano-sintase, sintetizando o Tromboxano A2 (TxA2) a partir da mesma substancia. Essas 
reações são importantes devido ao fato de que as plaquetas não possuem prostaciclina-sintase (vasodilatador e inibidor da 
agregação plaquetária), apenas o tromboxano-sintase, que é vasoconstritor e garante a adesão e agregação plaquetária. 
Sendo assim, temos que a Prostaciclina e o Tromboxano A2 atuam como opostos, e em uma relação de equilíbrio para 
a manutenção da homeostasia do corpo. 
O endotélio dos vasos, por sua vez, possui apenas prostaciclina-sintase, produzindo as Prostaciclinas. Sendo assim, o 
endotélio vascular e as plaquetas produzem substancias que garantem um equilíbrio homeostático. Porém, quando ocorre 
um desequilíbrio na presença de uma dessas substancias, podem haver prejuízos para o corpo, como uma trombose. 
 
Mecanismos gerais anti-inflamatórios 
Os corticosteroides podem inibir a ação da fosfolipase A2 por meio 
da síntese de um intermediário chamado Lipocortinas, diminuindo 
a liberação de ácido araquidônico ou ainda reduzir a expressão da 
enzima COX, reduzindo a síntese de prostaglandinas, prostaciclinas 
e tromboxanos. 
Os AINE’s inibem a COX, não permitindo as reações e formações 
de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos (principalmente a 
Prostaglandina E2, que é uma pró-inflamatória clássica). 
 
 
 
 
 
AINE’s 
Nós temos a presença de AINE’s mais tradicionais, como o AAS, que possuem efeitos inibitórios em ambas as isoformas 
da COX em graus variáveis, e também os AINE’s mais específicos para a inibição de uma só forma, que é a COX2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com exceção dos AAS, que atuam com uma acetilação 
irreversível, os AINE’s promovem uma inibição competitiva e 
reversível das COX’s. Esses fármacos competirão com o 
ácido araquidonico, entrando na enzima no lugar do ácido, 
não permitindo a ocorrencia da reação. 
O AAS, por sua vez, faz uma acetilaçãi irreversível, de tal 
forma que a enzima fica acetilada de forma irreversível, sendo 
necessário que haja nova síntese de COX para que o 
funcionamento correto seja retomado. 
Podemos 
observar 
que a 
COX2 possui em sua estrutura um bolso lateral, sendo assim, fármacos 
com grupos laterais mais volumosos se encaixam melhor com essa 
porção da enzima, favorecendo uma maior seletividade para COX2.

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