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Apendicite aguda Causa mais frequente de abdome agudo Pico entre 10-30 anos Raro nos extremos etários Prevalência discreta no sexo masculino Causa de abdome agudo na criança, adolescente, adulto e jovem Obstrução lumial (duas causas principais) Hiperplasia linfóide em crianças (60%) Fecalitos nos adultos (30%) Pode ocorrer por corpo estranho (sementes, fibras vegetais), vermes (enterobius e áscaris) ou neoplasias (apêndice, ceco e metástases) Com a obstrução do lúmen ocorre acúmulo fecal que permite proliferação bacteriana e aumento excessivo de muco (irritação do epitélio glandular – secreção ativa de muco) Muco não sai gerando distensão do lúmen (aumento da pressão intraluminal) Distensão do apêndice gera obstrução venosa e linfática Inicia a inflamação aguda 1º: edema 2º: isquemia 3º: necrose 4º: perfuração Bloqueio do omento levando a uma peritonite localizada, abcesso e plastrão (95%) Esse bloqueio evita que ocorra a disseminação abdome pélvica do material fecal presente na luz do apêndice Quando não ocorre o bloqueio há peritonite difusa (5%) Catarral: apendicite está no período de produção de mucina intraluminal Supurativa: extensão da inflamação até a serosa Gangrenosa: comprometimento isquêmico (trombose venosa, isquemia da borda antimesentérica) Perfurativa: 90% dos casos ocorrem por fecalito (apêndice perfura) Pietra Rosa TXIX Tríade de Murphy (75%) Sintomas aparecem em ordem: Dor (localizada na região anatômica do apêndice cecal) Náuseas ou vômitos Febre Momentos da dor Imprecisa na região do hipogástrio, depois mesogástrio e posteriormente na fossa ilíaca direita Depois dessa dor o paciente sente náusea ou vômitos e posteriormente febre Sinal de Blumberg Ponto de McBurney: dor provocada no ponto com a pressão que aumenta com a descompressão Serosa acinzentada Congestão vascular subserosa (o apêndice normal não tem vasos visíveis) Mais de horas Opacidade da serosa, com áreas avermelhadas Depósito na superfície de material amarelado (exsudato fibriopurulento) Demonstra que a inflamação acometeu toda a parede desde a mucosa até a serosa Casos mais avançados: superfície com maior quantidade de exsudato purulento com aspecto avermelhado enegrecido Parede enegrecida Evento isquêmico da parede Ocorre após algumas horas de casos mais avançados de apendicite aguda fibrinopurulenta Hperemia de vasos na serosa do apêndice Apendicite aguda > 72h Todo envolvimento da parede apendicular Infiltração inflamatória de neutrófilo desde a mucosa até a serosa Inflamação aguda: dilatação, congestão vascular parietal Casos mais avançados: exsudato fibrinopurulento Neutrófilos infiltrando a serosa, camada muscular e mucosa Presença de neutrófilos entre as células musculares é essencial para o diagnóstico histológico (patognomônico) Gangrena e perfuração Infecção da parede (frequente) Abcesso abdominal Abcesso hepático Pileflebite (inflamação dos vasos sanguíneos da região) Fístulas (necrose e perfuração da parede do ceco) Óbito Linfadenite mesentérica (secundária à infecção não reconhecida por Yersinia ou enterocolite viral) Salpingite aguda Gravidez ectópica Mittelschmerz (dor associada a ovulação) Diverticulite de Meckel
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