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Pancreatite aguda Processo inflamatório agudo do pâncreas, com envolvimento variável de outros tecidos regionais ou sistemas de órgãos remotos, de inúmeras etiologias Reversível se a causa subjacente da inflamação for removida Dor abdominal Elevação das enzimas pancreáticas sanguíneas e/ou urinárias Amilase e lipase 3X maior que o valor normal (já pensar em pancreatite aguda) Clínico Parâmetros bioquímicos (enzimas aumentadas) Imagiologia Diagnóstico histológico é impraticável Litíase biliar (colelitíase – 40%) Álcool (30%) Drogas Outros fatores menos comuns: Hiperlipoproteinemia, hipercalcemia, mutações, trauma, dano iatrogêico, choque, ateroembolia, poliartrite nodosa, caxumba, coxsackievírus, obstruções nos ductos pancreáticos não relacionadas com cálculos biliares Fator etiológico gera um processo inflamatório e dano dos acinos pancreáticos, levando a autodigestão do parênquima pancreático por enzimas pancreáticas ativadas inapropriadamente 1ª enzima ativada é a tricsina: ativa o restante das enzimas Tricseina ativa a calicreína, provocando edema e inflamação do pâncreas Posteriormente ativa a quimiotripsina que aumenta o edema e provoca dano na parede vascular (hemorragia no parênquima pancreático) Depois ocorre ativação da elastase a qual piora o dano dos vasos, piorando a hemorragia Após ocorre a ativação da fosfolipase A2 que provoca necrose isquêmica do parênquima Pietra Rosa TXIX Por último é ativada a lipase que provoca a necrose gordurosa do parênquima pancreático e peri-pancreático Quando ocorre a necrose enzimática gordurosa o tecido adiposo da cavidade abdominal já está comprometido, formando um líquido com aspecto de caldo de galinha e há hemorragia grave A hemorragia intersticial é a mais frequente (80-85%) Pancreatite aguda leve Sem falência orgânica Sem complicações locais ou sistêmicas Pancreatite aguda moderadamente grave Falência orgânica transitória (com tratamento se resolve em 48h) Pode apresentar complicações locais ou sistêmicas sem persistência de falência orgânica Paciente começa a apresentar distúrbios hidroeletrolíticos Pancreatite aguda grave Menos frequente Falência orgânica persistente única ou múltipla Pior prognóstico Pâncreas normal, edemaciado, hiperêmico e/ou friável (necrose) Destruição do parênquima Áreas de hemorragia Áreas de necrose gordurosa amarelo esbranquiçadas Icterícia A causa pode ser colecistite ou colelitíase (fatores desencadeantes) Cavidade abdominal ocupado por “caldo de galinha’ Peritonite supurativa (infecção secundária) Necrose das células acinares Inflamação aguda intensa Necrose extensa de dipócitos Hemorragias Peritonite química Sepse a partir da falência orgânica Abcesso pancreático Comprometimentos sistêmicos Síndrome da angustia respiratória Insuficiência renal aguda Pseudocistos pancreáticos Fístulas Choque Colelitíase: Existem os cálculos de colesterol, contendo monoidrato de colesterol cristalino, e cálculos de pigmento, contendo sais de cálcio de bilirrubina. Quando as concentrações de colesterol excedem a capacidade de solubilização da bile, o colesterol não pode mais ficar disperso e é nucleado em cristais sólidos. A formação desses cálculos é acentuada pela hipomotilidade da vesícula biliar (estase), que promove a nucleação e a hipersecreção de muco, que permitem sua agregação em cálculos. A formação de cálculos de pigmentos acontece mais frequentemente na presença de bilirrubina não conjugada na árvore biliar, como ocorre nas anemias hemolíticas e infecções biliares. Os precipitados são primeiramente sais de cálcio de bilirrubina insolúveis. Fatores de risco: idade avançada, sexo feminino, obesidade e resistência a insulina, rápida perda de peso, estase da vesícula biliar, hemólise crônica, infecção biliar, doenças do TGI. Quadro clínico: grande maioria assintomático. Dor, geralmente excruciante, tipicamente localizada no quadrante superior direito ou na região epigástrica, e pode ser constante ou espasmódica. Tal dor “biliar” é causada pela obstrução da vesícula biliar ou árvore biliar, ou pela inflamação da vesícula biliar em si. As complicações mais graves incluem empiema, perfuração, fístulas, inflamação da árvore biliar e colestase obstrutiva ou pancreatite. Pancreatite Crônica: caracterizada por inflamação duradoura, por fibrose e pela destruição do pâncreas exócrino. Em estágios mais avançados, o parênquima endócrino também é perdido. Embora a pancreatite crônica possa resultar de crises recorrentes de pancreatite aguda, a principal distinção entre a aguda e a crônica é o dano irreversível da função pancreática causado por esta última. De longe, a causa mais comum da pancreatite crônica é o abuso do álcool por longo período de tempo. Causas menos comuns de pancreatite crônica incluem: Obstrução duradoura do ducto pancreático obstruído (p. ex., por pseudocistos, cálculos, neoplasias ou pâncreas divisum), Pancreatite tropical (subgrupo de casos que têm base genética), Pancreatite hereditária causada por mutações, Pancreatite crônica associada a mutações. Quase 40% das pessoas com pancreatite crônica não têm nenhum fator de predisposição reconhecível. Quadro clínico: pode anunciar-se por repetidos surtos de icterícia transitória, vaga indigestão, dores abdominal e dorsal persistentes ou recorrentes, ou pode seguir totalmente silenciosa até causar insuficiência pancreática ou diabetes melito (devido destruição das ilhotas). Um achado muito útil é a visualização de calcificações no interior do pâncreas por meio de tomografia computadorizada ou ultrassonografia. Perda de peso e edema hipoalbuminêmico da má absorção causada por insuficiência pancreática exócrina também podem apontar para a doença
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