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Lipídios: Tipos e Funções

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· Lipídios
	Incluem óleos, gorduras, ceras e compostos relacionados. Aproximadamente 98% dos lipídios da dieta ocorrem sob a forma de triacilglicerol, enquanto cerca de 90% da gordura corporal total residem nos depósitos de tecido adiposo nos tecidos subcutâneos.
	São insolúveis a água, mas solúveis nos solventes orgânicos apolares, como acetona, éter, clorofórmio e benzeno.
· Lipídio simples
	Os lipídios simples ou “gorduras neutras” consistem principalmente em triacilgliceróis (grupo glicerol + ácidos graxos), que constituem o principal modo de armazenamento da gordura nas células adiposas (adipócitos).
	Ácidos graxos saturados ocorrem principalmente nos produtos animais, óleos tropicais, gordura vegetal e margarina hidrogenada, bolos, tortas e doces industrializados. Possuem apenas ligações covalentes simples entre os átomos de carbono; todas as demais ligações fixam-se ao hidrogênio.
	Ácidos graxos insaturados contêm uma ou mais ligações duplas ao longo de sua cadeia principal de carbonos, que reduzem o número de locais potenciais para a ligação do hidrogênio, sendo assim, insaturada em relação ao hidrogênio.
		Ácidos graxos monoinsaturados contêm 1 ligação dupla ao longo da cadeia principal de carbonos. São: óleo de canola, azeite de oliva, óleo de amendoim e o óleo presente em amêndoas, nozes-pecã e abacates.
		Ácidos graxos poli-insaturados contêm duas ou mais ligações duplas ao longo da cadeia principal de carbonos. São: óleos de açafrão, de girassol, de soja e de milho. Vários deles, com mais evidência o ácido linoleico (óleos de cozinha e para salada), tem de provir de fontes nutricionais, visto servirem como precursores para outros ácidos graxos que o corpo é incapaz de sintetizar e que, por isso, são denominados ácidos graxos essenciais. O ácido linoleico mantém a integridade das membranas plasmáticas e sustenta o crescimento, a reprodução, a manutenção da pele e o funcionamento geral do corpo.
Esterificação: síntese de triacilglicerol; aumenta após uma refeição, pois: 1. A absorção do alimento aumenta os níveis sanguíneos de ácidos graxos e glicose e; 2. Os níveis circulantes relativamente altos de insulina facilitam a síntese de triacilglicerol.
Lipólise: catabolismo (pela HSL, lipase sensível a hormônio) do triacilglicerol para produzir glicerol e as moléculas de ácidos graxos ricas em energia. Esse processo predomina em 4 condições: 1. Atividade física com intensidade de leve a moderada; 2. Dieta hipocalórica ou jejum; 3. Estresse induzido pelo frio; 4 exercícios prolongado que causa depleção das reservas de glicogênio.
	Ácido graxo livre (AGL) é a combinação da albumina (proteína sanguínea) com ácido graxo, quando o ácido graxo, após lipólise, deixa o adipócito e incorpora-se ao sangue para seu transporte até os tecidos de todo o corpo.
	A lipólise também ocorre em outros tecidos além dos adipócitos: no intestino delgado pela lipase pancreática; nas paredes dos capilares pela lipoproteína lipase (o tecido adiposo e as células musculares adjacentes “captam” os ácidos graxos liberados e os ressintetizam em triacilgliceróis para armazenamento de energia).
	Ácidos graxos trans derivam da hidrogenação parcial dos óleos insaturados de milho, soja ou girassol. Suas fontes mais ricas incluem gorduras vegetais, algumas margarinas e bolachas, doces, biscoitos, alimentos para lanches, alimento frios, produtos de padaria, molhos para salada e outros alimentos processados elaborados com óleos vegetais parcialmente hidrogenados. Eles elevam a concentração de LDL e reduzem o HDL (diferente das gorduras saturadas que apenas elevam o LDL).
· Lipídios compostos
	São triacilglicerídios combinados com outras substâncias químicas, que representam 10% da gordura corporal total. Os fosfolipídios são formados em todas as células, porém a maioria é sintetizada no fígado. Possuem 4 funções:
1. Interagem tanto com água quanto com os lipídios para modular o movimento dos líquidos através das membranas celulares;
2. Mantém a integridade estrutural da célula;
3. Desempenham importante papel na coagulação do sangue;
4. Dão integridade estrutural à bainha de mielina das fibras nervosas.
	Outros lipídios compostos incluem os glicolipídios e as lipoproteínas hidrossolúveis, que proporcionam o principal meio de transporte dos lipídios no sangue.
	Os níveis sanguíneos elevados de colesterol concentram-no nas paredes arteriais, reduzindo, assim, o fluxo sanguíneo. As LDL liberam o colesterol no tecido arterial, onde as suas partículas são: 1. Oxidadas para alterar suas propriedades físico-químicas e; 2. Captadas pelos macrófagos existentes ali para formar a placa aterosclerótica. A oxidação das LDL contribui para a proliferação das células musculares lisas e outras alterações celulares desfavoráveis que lesionam e estreitam a luz das artérias.
	As HDL atuam como depuradores no transporte reverso do colesterol, removendo-o da parede arterial e liberando-o no fígado para sua incorporação na bile e na excreção subsequente pelo sistema digestório.
· Lipídios derivados
	São formados por lipídios simples e compostos; o mais comum é o colesterol, mas que não contém ácidos graxos. Encontrado na membrana plasmática de todas as células animais, origina-se da dieta ou da síntese celular. A dieta rica em ácidos graxos saturados e trans, facilitam a síntese de LDL no fígado.
	O colesterol possui funções como a formação das membranas plasmáticas e atuação como precursor na síntese de vitamina D, hormônios das suprarrenais e hormônios sexuais.
		O papel dos lipídios no organismo:
1. Fonte e reserva de energia:
· É fonte energética ideal porque transporta muita energia por unidade de peso; é transportado e armazenado facilmente e é fonte imediata de energia. Fornece até 80 a 90% das necessidades energéticas de uma pessoa bem nutrida em estado de repouso (mais que o dobro provindo da quantidade igual de carboidratos ou proteínas). O seu gasto “preserva” a proteína para que esta possa desempenhar suas importantes funções na síntese e no reparo tecidual.
2. Proteção dos órgãos vitais e isolamento térmico
· Até 4% da gordura corporal protege os órgãos vitais contra traumatismos.
· A gordura subcutânea proporciona isolamento térmico, possibilitando tolerar extremos de frio.
· O excesso de gordura corporal dificulta a regulação da temperatura durante o estresse causado pelo calor.
3. Carreador de vitaminas e depressor da fome
· O consumo diário de aproximadamente 20g de gordura dietética proporciona uma fonte e um meio de transporte suficientes para as 4 vitaminas lipossolúveis: A, D, E, K.
Dinâmica das gorduras durante o exercício físico
	O aumento do fluxo sanguíneo através do tecido adiposo observado com o exercício eleva a liberação de AGL transportados até o músculo e utilizados por ele.
	Em exercícios leves/moderados, a quantidade de gordura usada como energia é o triplo em comparação ao repouso. Conforme a intensidade aumenta, a liberação de AGL pelo tecido adiposo não aumenta muito acima dos níveis de repouso, resultando em sua diminuição, que, por sua vez, estimula utilização maior do glicogênio muscular.
	A maior parte da energia para o exercício de leve a moderado, provém de ácidos graxos liberados dos locais de armazenamento dos triacilgliceróis e transportados até o músculo como AGL e triacilgliceróis intramusculares. O início do exercício produz queda inicial transitória da concentração plasmática de AGL, dada a maior captação de AGL pelos músculos ativos. Em seguida, ocorre maior liberação de AGL do tecido adiposo por 2 fatores: 1. Estimulação hormonal pelo sistema nervoso simpático e; 2. Diminuição dos níveis plasmáticos de insulina.
	Com a intensidade moderada, a energia é suprida por quantidades aproximadamente iguais de carboidratos e gordura. Quando a atividade prossegue por mais de 1 hora, o catabolismo das gorduras fornece gradualmente uma fonte maior de energia, devido a depleção de glicogênio. Esse catabolismo da gordura no exercício prolongado resulta em queda da glicemia e redução da insulina (potente inibidorda lipólise), com aumento correspondente na produção de glucagon. Essas respostas reduzem o catabolismo da glicose e seu efeito inibitório da lipólise, estimulando ainda mais a liberação de AGL para obter energia.
	Após treinamento de resistência, durante o exercício aeróbico, há aumento do catabolismo de gorduras em comparação à realização do aeróbico antes do de resistência. Isso pode ocorrer por 7 fatores:
1. Mobilização facilitada dos ácidos graxos do tecido adiposo por meio de aumento na taxa de lipólise nos adipócitos
2. Proliferação de capilares no músculo estriado esquelético treinado, o que aumenta o número total e a densidade desses microvasos para a liberação de substrato energético.
3. Melhor transporte dos AGL através da membrana plasmática das fibras musculares;
4. Transporte aumentado dos ácidos graxos na célula muscular, mediado pela carnitina e carnitina aciltransferase.
5. Aumento no tamanho e número das mitocôndrias;
6. Quantidade aumentada de enzimas envolvidas na betaoxidação, no metabolismo do ciclo de Krebs e na cadeia de transporte de elétrons nas fibras musculares especificamente treinadas;
7. Manutenção da integridade e da função das células, o que melhora o desempenho da resistência, independentemente da conservação das reservas de glicogênio.

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