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Terceira Edição RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr. CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr. Deflexão de Vigas por Integração R esistên cia d o s M ateriais 7 - 2 Capítulo 7 – Deflexão de Vigas por Integração 7.1 – Introdução 7.2 – Deformação de uma Viga devido a Carregamentos Transversais 7.3 – Equação da Linha Elástica 7.4 – Método de Superposição R esistên cia d o s M ateriais 7 - 3 7.1 – Introdução • Determinar a deflexão de vigas prismáticas submetidas a um dado carregamento. • No cap. 4, uma viga prismática sob flexão pura se encurva tomando a forma de um arco de circunferência. • Para o caso de uma viga sob carregamento transversal, a curvatura da S.N. é: EI xM )(1 Sendo: M – momento fletor na seção; E – módulo de elasticidade longitudinal; I – momento de inércia da seção transversal em relação à L.N. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 4 7.2 – Deformação de uma Viga devido a Carregamentos Transversais Para a viga em balanço da figura: 1 ( ) 1M x Px EI EI A equação obtida mostra que a curvatura da S.N. varia linearmente com x Na extremidade livre A, A A ρ ρ ,0 1 Na extremidade engastada B, 1 , B B P L E I E I P L onde x é a distância da extremidade esquerda da viga até a seção considerada. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 5 Para a viga biapoiada da figura: • Reações de apoio em A e C; 7.2 – Deformação de uma Viga devido a Carregamentos Transversais • Diagrama de momento fletor (DMF); R esistên cia d o s M ateriais 7 - 6 • A curvatura é zero nos pontos onde o momento é nulo (extremidades da viga e ponto E). EI xM )(1 M positivo (entre A e E) – concavidade voltada para cima; M negativo (entre E e D) – concavidade voltada para baixo; • A curvatura é máxima (menor raio de curvatura) onde o momento é máximo. • A curvatura fornece uma idéia razoável da forma da viga deformada. 7.2 – Deformação de uma Viga devido a Carregamentos Transversais R esistên cia d o s M ateriais 7 - 7 7.3 – Equação da Linha Elástica • Nos capítulos anteriores y representava a distância de uma certa fibra da seção transversal até a L.N.; 2 2 1 ( )M x d y EI dx Como: • Do cálculo diferencial, a expressão da curvatura de uma curva é dada por: 2 2 232 2 2 1 1 dx yd dx dy dx yd • Neste capítulo, y representa o deslocamento vertical de um ponto (deformação transversal ou flecha) R esistên cia d o s M ateriais 7 - 8 7.3 – Equação da Linha Elástica 1 0 1 2 0 0 1 2 0 0 1 1 1 ou x x x x x dy M x dx C dx EI y dx M x dx C x C EI y M x dx C dx C EI Integrando, e sabendo que θ é o ângulo (em radianos) que a tangente à curva elástica no ponto Q forma com a horizontal: A primeira equação define a declividade θ da viga no ponto Q; A segunda equação define a flecha y da viga no mesmo ponto. • Equação diferencial da linha elástica de uma viga: 2 2 ( )d y M x dx EI R esistên cia d o s M ateriais 7 - 9 1 2 0 0 1 x x y M x dx C dx C EI • As constantes C1 e C2 são determinadas a partir das condições de contorno da viga. – Viga simplesmente apoiada: 0,0 BA yy – Viga biapoiada: 0,0 BA yy – Viga em balanço: 0,0 AAy Caso geral de carregamento faz-se necessário dividir a viga em várias partes (seções ou componentes) para representar a equação do momento para cada uma. Com isso, outras constantes de integração surgem, o que exige a aplicação da condição de continuidade da Linha Elástica e da Declividade como condições de contorno. 7.3 – Equação da Linha Elástica R esistên cia d o s M ateriais 7 - 10 Exemplo 7.1 A viga em balanço AB tem seção transversal uniforme e suporta a força P. Determinar a flecha e a declividade da viga no ponto A. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 11 Exemplo 7.2 A viga prismática AB simplesmente apoiada suporta uma carga uniformemente distribuída q por unidade de comprimento. Determinar a equação da linha elástica e a flecha máxima. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 12 Exemplo 7.3 Determine para a viga prismática, com carregamento indicado, a flecha e a declividade no ponto D. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 13 Exemplo 7.4 A viga ABC suporta uma carga concentrada P na extremidade do balanço. Para a parte AB da viga, pede-se: (a) A equação da linha elástica; (b) A flecha máxima; (c) O valor numérico de ymax para os seguintes dados. 6 4360 101 306 10 m 200 GPa 220 kN 4,5 m 1, 2 m zW I E P L a x y R esistên cia d o s M ateriais 7 - 14 7.4 – Método de Superposição Princípio da Superposição: • A deformação e a declividade de vigas submetidas a vários carre- gamentos podem ser obtidas pela superposição do efeito de cada carregamento individualmente, que após somados dão o resultado do carregamento como um todo. • Este procedimento é facilitado pela existência de tabelas que mostram o efeito de vários tipos de cargas e condições de apoio de vigas. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 15 Exemplo 7.5 Para a viga e carregamento mostrado, determine a declividade e a flecha no ponto B. SOLUÇÃO: Superponha as deformações devido ao Carregamento I e Carregamento II como mostrado. R esistên cia d o s M ateriais 7 - 16 Carregamento I EI wL IB 6 3 EI wL y IB 8 4 SOLUÇÃO: Carregamento II EI wL IIC 48 3 EI wL y IIC 128 4 No segmento CB da viga, o momento fletor é zero e a linha elástica é uma linha reta. EI wL IICIIB 48 3 EI wLL EI wL EI wL y IIB 384 7 248128 434 R esistên cia d o s M ateriais 7 - 17 EI wL EI wL IIBIBB 486 33 EI wL EI wL yyy IIBIBB 384 7 8 44 EI wL B 48 7 3 EI wL yB 384 41 4 Combine as duas soluções, SOLUÇÃO: R esistên cia d o s M ateriais 7 - 18
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