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CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr. Terceira Edição Flambagem de Colunas R esistência dos M ateriais 8 - 2 Capítulo 8 – Flambagem de Colunas 8.1 – Introdução 8.2 – Estabilidade das Estruturas 8.3 – Equação de Euler 8.4 – Tensão Crítica e Índice de Esbeltez 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem R esistência dos M ateriais 8 - 3 8.1 – Introdução • Neste capítulo, estamos preocupados com a estabilidade da estrutura; capacidade de suportar um determinado esforço de compressão sem sofrer uma súbita mudança na sua configuração inicial. • Depois destes cálculos de projeto, podemos descobrir se a coluna fica instável sob o carregamento e se ela torna-se subitamente bastante encurvada, ocorrendo o fenômeno da flambagem. - Deformação permanece dentro das especificações adm PL AE • No projeto de colunas, a área da seção transver- sal é selecionado tal que - Tensão admissível não é excedida adm P A R esistência dos M ateriais 8 - 4 8.2 – Estabilidade das Estruturas Compreendendo o fenômeno da flambagem: Seja o modelo simplificado que consiste de duas barras rígidas, AC e BC, ligadas em C por um pino e uma mola de torção de constante K. 2 momento exercido pela mola para restaurar a barra à sua posição inicial sen momento para afastar a barra 2 2 da vertical K L LP P O sistema é estável (tende a retornar à posição de equilíbrio original) se 42 2 cr L KP K P P L Ângulo de deflexão da mola • Carga crítica: valor da carga para o qual os dois conjugados se equilibram. Depois de uma pequena perturbação, R esistência dos M ateriais 8 - 5 8.3 – Equação de Euler • Considere uma viga carregada axialmente. Seja determinar a menor força P, para a qual a coluna biarticulada AB venha a perder a estabilidade. R esistência dos M ateriais 8 - 6 8.3 – Equação de Euler • Depois de uma pequena perturbação, o sistema alcança uma configuração, tal que 02 2 2 2 y EI P dx yd y EI P EI M dx yd • Solução da equação diferencial: Fazendo teremos 2 Pp EI que é uma equação diferencial homogênea de segunda ordem de coeficientes constantes. 2 2 2 0 d y p y dx R esistência dos M ateriais 8 - 7 8.3 – Equação de Euler • Solução da equação diferencial: A solução geral é As condições de contorno são: • Para x = 0: y = 0 • Para x = L: y = 0 Substituindo na solução: 2 2 2 0 d y p y dx 1 2sen cosy C px C px 2 1 0 sen 0 C C pL R esistência dos M ateriais 8 - 8 8.3 – Equação de Euler • Solução da equação diferencial: Para a segunda condição: Se O deslocamento lateral y da coluna é nulo para qualquer valor de x; coluna permanece reta para qualquer valor de P. Usaremos então o valor de L depende das condições de contorno e será denotado por lf . 1 sen 0C pL 1 0C sen 0pL R esistência dos M ateriais 8 - 9 8.3 – Equação de Euler • Solução da equação diferencial: Para A solução é Como Vem que n = 0 – sem carga; coluna reta n = 1 – primeiro modo de flambagem n = 2 – segundo modo de flambagem sen 0fpl 0,1, 2,fpl n n 2 2 2 2 2 e f n Pp p l EI 2 2 2 f n EIP l R esistência dos M ateriais 8 - 10 8.3 – Equação de Euler • Solução da equação diferencial: Como desejamos o menor valor de P para a qual a peça perde a estabilidade, devemos usar n = 1. Temos, portanto, a equação de Euler Sendo que • lf – comprimento efetivo de flambagem (distância entre pontos de momentos nulos); • E – módulo de elasticidade longitudinal; • I – momento de inércia mínimo da área da seção transversal. 2 2cr f EIP l R esistência dos M ateriais 8 - 11 8.3 – Equação de Euler • Condição de instabilidade: • Condição de estabilidade (coluna reta) • Podemos dizer então que a carga crítica Pcr é o menor valor de carga que pode produzir flambagem na peça. • Observação: Peças sob tração não estão sujeitas ao fenômeno da flambagem. 2 2cr f EIP P l 2 2cr f EIP P l R esistência dos M ateriais 8 - 12 8.4 – Tensão Crítica e Índice de Esbeltez 2 2 2 2 2 22 2 cr f cr cr cr f f f EIP P l PP A A EI E E Al A l l kI • O valor de tensão correspondente à car- ga crítica é chamada de tensão crítica, • k é o raio de giração da área da seção transversal em relação ao eixo centroidal perpendicular ao plano de flambagem. 2 f Ik A l índice de esbeltez k R esistência dos M ateriais 8 - 13 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem • O comprimento efetivo de flambagem pode ser colocado na forma geral como • Sendo c - constante que depende das condições de vinculação das extremidades da coluna; L - comprimento da coluna. fl cL R esistência dos M ateriais 8 - 14 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem • Coluna bi-rotulada (caso (a)) O índice de esbeltez da coluna é De acordo com a equação de Euler, a carga crítica: 1 f c l L fl L k k 2 2 2 2 2 2 22 cr f cr EI EIP l L E E L k R esistência dos M ateriais 8 - 15 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem • Coluna engastada e livre (caso (b)) O índice de esbeltez da coluna é De acordo com a equação de Euler, a carga crítica: 2 2f c l L 2fl L k k ( )2 2 2 2 2 2 22 4 4 2 caso a cr cr f cr PEI EIP l L E E L k R esistência dos M ateriais 8 - 16 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem • Coluna engastada nas extremidades (caso (c)) O índice de esbeltez da coluna é De acordo com a equação de Euler, a carga crítica: 1 0,52 2f c Ll 2 fl L k k 2 2 ( ) 2 2 2 2 22 4 4 2 caso a cr cr f cr EI EIP P l L E E L k R esistência dos M ateriais 8 - 17 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem • Coluna engastada rotulada (caso (d)) O índice de esbeltez da coluna é De acordo com a equação de Euler, a carga crítica: 0,7 0,7f c l L 0,7fl L k k 2 2 ( ) 22 2 2 22 4 1, 20 0,7 0,7 caso a cr cr f cr EI EIP P l L E E L k R esistência dos M ateriais 8 - 18 8.5 – Comprimento Efetivos de Flambagem 1c 2c 0,7c 0,5c R esistência dos M ateriais 8 - 19 Exemplo 8.1 É aplicada uma carga centrada P em uma coluna de alumínio. A extremidade A pode deslizar livremente no plano xz. a) Determinar a relação a/b entre os lados da seção transversal para que não ocorra a flambagem; b) Dimensionar a seção transversal da coluna, sabendo que L = 500 mm, E = 70 GPa, P = 20 kN e que o coeficiente de segurança é 2,5. R esistência dos M ateriais 8 - 20 Exemplo 8.2 Cada uma das barras da treliça tem seção circular. Para o carregamento mostrado, determinar o coeficiente de segurança contra a flambagem na estrutura. Usar E = 210 GPa e considerar somente a flambagem no plano da estrutura. As áreas da seção transversal das barras BC e CD são 2000 mm2 e 2500 mm2, respectivamente.
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