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Infecções de partes moles Celulite pág. 287 e 288; Erisipela pág. 287 e 288, 449, 462; Fasceíte necrotizante pág. 449, 463; Úlcera de pressão pág. 415; Infecção após mordedura; Infecção em cirurgia pág. 144-150. Erisipela · Acomete mais lactentes e idosos. · Infecta a derme e o tecido celular subcutâneo superior (derme, epiderme e vasos linfáticos superficiais). · Mais superficial, é mais epiderme. · Se deve ao Streptococcus pyogenes, principalmente. · Fatores de risco: insuficiência vascular, imunossupressão... · Clínica: inicia com febre elevada acompanhada de mal-estar e astenia. Depois aparece eritema, edema, calor e rubor no local afetado. Margens da lesão são bem definidas e elevadas, mostrando comprometimento dérmico, mais superficial. Podem ocorrer bolhas com conteúdo seroso e hemorrágico, mas a doença dificilmente se estende para tecidos moles mais fundos. · Podem estar presentes linfangite e adenomelagia regional. · Sinais flogísticos mais presentes. · Acometimento agudo. · Tem mais vesícula e bolha. · Diagnóstico: clínico. Hemograma pode mostrar leucocitose com desvio à esquerda. Cultura para bactérias pode resultar positiva. Biópsia da lesão cutânea com cultura pode dar negativa. Hemoculturas apresenta baixa positividade (?). · Tratamento: cefalexina (cefalexina de 1a) · Tudo que pegue cocco gram-positivo. · Sempre interna (risco de toxicidade sistêmica). · 1a opção: oxacilina (melhor que a penicilina cristalina p/ pegar strepto ainda) · obs.: lembrar que a oxacilina é a melhor p/ staphylo · Às vezes, precisa de debridamento cirúrgico, e depois enxerto. · Elevação do membro, repouso. · Pode evoluir com trombose venosa Celulite · Distúrbio inflamatório agudo da pele · Afeta tecido celular subcutâneo. Infecção da derme. · Mais comum em adultos. · Ausência de foco supurativo. · Casos graves: vesículas, equimoses e petéquias. Internação p/ antibioticoterapia venosa. · Agentes: flora nativa que coloniza a pele e os apêndices cutâneo (ex.: Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes) ou por outras bactérias endógenas. · Principal Staphylococcus aureus e Streptococcus beta hemolítico. · Fatores de risco: imunodepressão (DM, obesidade, tabagismo etc.), lesões cutâneas, gravidez, deficiência na drenagem venosa (ex.: varizes) – porque causa estase venosa, micoses. · Obs.: o sangue, parado, é um importante meio de proliferação bacteriana. · Clínica: inicia com febre elevada acompanhada de mal-estar e astenia. Depois aparece eritema, edema, calor e rubor no local afetado. Margem da lesão difusa e mal delimitada, mostrando comprometimento dérmico, mais superficial. Podem ocorrer bolhas com conteúdo seroso e hemorrágico, mas a doença dificilmente se estende para tecidos moles mais fundos. · Sinais flogísticos menos chamativos. · Processo lento, não aparece abruptamente. · A área de eritema na pele pode ser causada por um efeito direto de toxinas extracelulares ou de mediadores inflamatórios produzidos pelo hospedeiro. · Diagnóstico: clínico. Hemograma pode mostrar leucocitose com desvio à esquerda. Cultura para bactérias pode resultar positiva. Biópsia da lesão cutânea com cultura pode dar negativa. Hemoculturas apresenta baixa positividade. · Tratamento: cefalexina (cefalexina de 1a) · Tudo que pegue cocco gram-positivo. · 1a opção: cefalosporina de 1a (cefalexina) ou clindamicina · Elevação do membro, repouso. · Casos mais graves (Staphylo): oxacilina · Resistentes (MARS): vancomicina. · Se precisar de mais, linezolida Fasciíte necrotizante · É uma infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e da fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade. · É quando a infecção atinge a fáscia antes do músculo, não está mais delimitada à pele antes da fáscia. · Infecção + necrose do TCSC e da fáscia muscular. · Comprometimento da musculatura adjacente (mionecrose). · Trombose de vasos sanguíneos. · Agentes etiológicos: Streptococcus (grupo A, C, G e S), enterobactérias (Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli), Bacteroides, Clostridium perfringens. A flora depende de onde é a lesão. Polimicrobiana (pode ter mais de uma bactéria agindo na mesma lesão) e multimicrobiana (porque várias bactérias podem dar isso). · Tipo I: comum, pós-op., DM e doença vascular, imunocomprometido. · Não tem muito sinal sistêmico, é mais localizada. · Tipo II: MRSA. Geralmente dá no paciente internado no hospital que foi submetido a algum procedimento. Muito grave. · Fatores de risco: doenças crônicas; abuso de álcool; condições imunossupressoras; uso de drogas endovenosas; cirurgias; varicela em crianças; úlceras isquêmicas e de decúbito; psoríase etc. · Pode acometer qualquer idade, mas há aumento da incidência > 65 anos, assim como em pacientes com pelo menos uma doença de base. · Mortalidade chega a 100% se não tratar cirurgicamente. · Clínica: inicia como área eritematosa, dolorosa e localizada, que aumenta em horas ou dias, associada a edema tecidual importante. Em seguida, há cianose local e formação de bolhas de conteúdo amarelado ou avermelhado-escuro. A área envolvida torna-se rapidamente demarcada, circundada por borda eritematosa e recoberta por tecido necrótico. Nesse momento, desenvolve-se anestesia da pele que recobre a lesão, devido à destruição do tecido subcutâneo subjacente e trombose dos vasos nutrientes, causando necrose das fibras nervosas. · Dor intensa (desproporcional à lesão), febre, sepse grave (sinais sistêmicos de toxemia), eritema difuso ou localizado, bolhas, elevação de CPK e INR. · Alta mortalidade. · Diagnóstico: clínico, confirmado à intervenção cirúrgica, com a evidência de necrose da fáscia superficial. · Diagnóstico diferencial: celulite. · Testes: bacteriológicos (diretos e culturas), a partir do exsudato da ferida, fluido da bolha, tecido excisado, material aspirado do subcutâneo e sangue essencial p/ diagnóstico apropriado. RM (diagnóstico precoce). · Mas não pede nunca a RM · Raio x simples (presença de ar no tecido subcutâneo) · Não falou desses outros aí. · Tratamento: precoce, com antibiótico, debridamento cirúrgico agressivo (tira tudo que está podre) e medidas de suporte clínico e nutricional. · Amplicina + surbactam, piperacilina + tazobactam, ertapenem, clindamicina + ciprofloxacina (se acometimento ósseo). Infecção em cirurgia Medcurso cirurgia vol. 2 · É uma das complicações pós-operatórias mais comuns. · Definição: infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados durante a operação, dentro de 30 dias a um ano após a cirurgia, neste último caso em operações que envolvem implante de material sintético. · Categorias: · Critérios: · Fatores de risco: · Principais fatores de risco: idade avançada, desnutrição, DM, obesidade mórbida, imunossupressão, infecção remota coexistente (urinária, pulmonar), colonização da ferida com bactérias e radioterapia prévia. · Experiência e habilidade do cirurgião fazem diferença tempo cirúrgico menor, manipulação delicada dos tecidos, hemostasia adequada, remoção de tecido necróticos. · Preparo do paciente: compensação clínica, banhos com antissépticos (controverso ainda). · Preparo da pele do campo cirúrgico: em dois tempos. · Primeiro: solução degermante. · Segundo: solução alcoólica da mesma substancia usada na degermação. · Principais substancias: derivadas de iodo (ex.: PVP-I) e clorexidina. · Preparo da equipe cirúrgica: escovação por 5-10 minutos das mãos e antebraços com solução degermante e paramentação adequada (avental e luvas estéreis, gorro e máscara. · Antibiotixoprofilaxia: · Cirurgias limpas: os microrganismos envolvidos são os que colonizam a pele Staphylococcus aureus, Streptococcus etc. · Se contato com trato GI, podem ter outros envolvidos, como gram-negativos (E. coli, Enterococcus) · Obs.: a ISC por Streptococcus é incomum, mas quando ocorre causa quadros graves, como a fasciíte necrosante. · Quadro clínico: depende da profundidade da ISC. Febre, eritema, edema, drenagem purulenta, hipersensibilidade local, abscessos etc. · Tratamento: depende de qual plano anatômico foi atingido. Desbridamento de tecidos desvitalizados, drenagem de coleçoe spurulentas, abordagem de perfurações etc. Úlceras de pressão (úlceras de decúbito ou escaras) Medcurso cirurgia vol. 3 · São consideradas feridas complexas. · O nome não é adequado, pois essas lesões não ocorrem somente em pacientes acamados. · Úlcera de pressão corresponde a uma área de morte tecidual (partes moles) que ocorre quando este tecido é comprimido, por um determinado período de tempo, entre uma proeminência óssea e uma superfície rígida. · Indivíduos com maior risco: os que utilizam cronicamente cadeiras de rodas, os acamados e pacientes internados por longos períodos. · Fatores de risco para a formação de úlceras: limitação de movimentos, desnutrição, idade avançada, alteração do nível de consciência, perda de sensibilidade e umidade local. · As lesões se desenvolvem em partes moles que se encontram constantemente em contato com proeminências ósseas. · Regiões sacra, isquiática e occipital, cotovelos, calcâneo e trocanter. · Quando a pressão excede a pressão capilar (32 mmHg), começam a ocorrer alterações teciduais, que vão desde eritema e edema até isquemia e necrose. · Se não cuidar, as alterações ficam irreversíveis, levando à morte tecidual. · Classificação: · Tratamento: · Se necrose tecidual debridamento cirúrgico e enviar material para a cultura (se infecção, tratar). · Cuidar do estado nutricional de todos os pacientes · Mudança de decúbito do paciente a cada 2h + utilização de apoios que diminuam a pressão sobre a ferida · Se for um paciente acabado por tempo indeterminado, após tratar o processo infeccioso é preciso fechamento cirúrgico da úlcera com retalho.
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