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ATENDIMENTO-PRÉ-HOSPITALAR-TRANSPORTE-E-CLASSIFICAÇÃO-DE-RISCOS-DIAGRAMADA

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Atendimento Pré-Hospita-
lar, transporte e Classifica-
ção de Riscos 
 
 02 
 
 
 
1. Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Fixo 4 
 
2. Triagem de Vítimas do Trauma 10 
Método START 11 
 
3. Tipos de Transportes 14 
Transporte Intra-Hospitalar 15 
Transporte Inter-Hospitalar 16 
Normatização do Transporte de Pacientes 18 
 
4. Protocolo de Atendimento Introdutório 
no Pronto-Socorro 24 
 
5. Protocolo de Manchester 31 
 
6. Referências Bibliográficas 40 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
1. Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Fixo 
 
 
Fonte: Paulista Enfermagem1 
 
e acordo com Freire (2019), as 
Unidades Pré-Hospitalares de 
Urgência representam uma estru-
tura intermediária entre o hospital e 
o setor de atenção básica, a base de 
acesso a esses serviços é o acolhi-
mento através da avaliação e classi-
ficação de risco, um tipo de tecnolo-
gia que pode determinar a priori-
dade do atendimento esperado. Es-
sas unidades estão preparadas para 
prestar um atendimento adequado 
em urgências e emergências. Os ser-
viços de urgência e emergência exi-
gem atuação firme e eficaz dos pro-
fissionais de enfermagem. Devido 
aos acidentes de trânsito, violência e 
 
1 Retirado em https//www.paulistaenfermagem.com.br 
doenças de diversas causas (princi-
palmente doenças cardiovascula-
res), o número de atendimentos de 
emergência e urgência no país está 
aumentando, logo, uma assistência 
profissional e rápida é necessária 
com urgência no Brasil, a esses paci-
entes com traumas e doenças súbi-
tas ainda no local do ocorrido. O 
atendimento pré-hospitalar, móvel 
ou fixo, baseia-se no fato de poder 
tratar lesões e traumas sem causar 
sequelas graves a partir do apoio 
imediato à vítima. 
O serviço de atendimento pré-
hospitalar é uma importante ligação 
entre os diversos níveis de atenção 
D 
 
 
5 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
do SUS. A atuação do enfermeiro 
está relacionada, mas não se limi-
tando, à assistência direta ao paci-
ente crítico em risco de morte. Nesse 
sistema, além de prestar assistência 
às vítimas em situações de emergên-
cia, os enfermeiros também reali-
zam atividades educativas como ins-
trutores, participam da revisão de 
convênios de atendimento, redigem 
materiais didáticos e cooperam com 
equipes multidisciplinares em caso 
de desastre e acidentes graves, além 
de ser o responsável pela liderança e 
coordenação das equipes relaciona-
das (MORAES, 2010). 
Segundo o Grupo de Resgate e 
Atenção as Urgências e Emergências 
- GRU (2015), o SAMU é uma forte 
representação na rede de saúde, por 
se tratar de um serviço organizado 
por uma visão centrada no médico, 
embora tenha diferentes categorias 
profissionais e precisa ser enquadra-
do nesse plano, pois desempenham 
um papel importante na relação do 
serviço. Sua função é criar e modifi-
car o caminho lógico adotado pelo 
serviço de saúde no sistema de sa-
úde, e mudar a ideia de que os paci-
entes precisam ir ao médico ou mar-
car uma consulta por conta própria. 
Ao mudar a ordem estabelecida para 
atender às necessidades dos usuá-
rios, e conduzindo-o aos serviços fi-
xos, ele estabelece uma outra relação 
com usuários e profissionais que não 
podem recusá-lo. Portanto, uma das 
habilidades importantes para o 
exercício da prática de enfermagem 
no atendimento pré-hospitalar é a 
capacidade de raciocínio clínico 
para a tomada de decisão e a capaci-
dade de implementar medidas de in-
tervenção rapidamente. 
Segundo autores como Iuamo-
to, Imakuma e Jacomo (2016), a en-
fermagem desempenha um papel 
importante na gestão no SAMU/ 
APH e demais atividades que fogem 
ao âmbito da assistência ao usuário. 
A categoria também participa no en-
sino em serviço intersetorial e na ca-
pacitação do atendimento direto às 
emergências, tais como: guardas 
municipais, fiscais de trânsito, pro-
fessores de escolas e outros. O enfer-
meiro é responsável por prestar as-
sistência, que visa ressuscitar e esta-
bilizar o paciente no local da ocor-
rência e antes da transferência para 
o atendimento fixo. Sendo assim, o 
papel do enfermeiro de atendimento 
pré-hospitalar móvel na área pú-
blica, pode ser caracterizado por 
avaliar as necessidades das vítimas, 
determinar prioridades, tomar as 
medidas de intervenção necessárias 
e realizar reavaliações contínuas du-
rante a remoção e o transporte defi-
nitivo. Ele se divide em diversos pro-
cessos de trabalho, como cuidado, 
assistência, administração, gerên-
cia, pesquisa e ensino. No âmbito 
 
 
6 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
das suas tarefas no atendimento 
pré-hospitalar móvel, o enfermeiro 
tem a função de formular protocolos 
internos de atendimento, que preci-
sam ser desenvolvidos e organizados 
baseados em uma rápida avaliação, 
agilidade das técnicas para estabili-
dade das condições respiratórias, 
circulatórias e hemodinâmicas com 
o menor tempo empregado, eficiên-
cia, qualidade e minimização dos er-
ros. 
O serviço móvel de atendi-
mento pré-hospitalar, visa chegar o 
mais rápido possível à vítima, depois 
de um acidente grave ou algum tipo 
de problema relacionado à saúde, 
que causa sofrimento, sequela ou até 
mesmo a morte do paciente. Tem a 
função de atender e transportar as 
vítimas até os serviços de saúde. As 
unidades de atendimento pré-hospi-
talar móvel, tem a função de atender 
problemas como: parada cardiorres-
piratória, dificuldade respiratória 
severa, convulsões, lesões por aci-
dentes de trânsito e quedas, queima-
duras, afogamentos, agressões, cho-
ques elétricos, além de outras situa-
ções envolvendo risco de vida imi-
nente (NAEMT, 2016). 
De acordo com Sueoka (2019), 
seguindo o modelo francês da polí-
tica nacional de urgências e emer-
gência, os enfermeiros foram inseri-
dos APH móvel. Desde então, enfer-
meiros e equipes móveis de atendi-
mento pré-hospitalar participam em 
diversos ambientes, com espaço fí-
sico limitado e em situações limites 
de tempo da vítima e cena. Essas si-
tuações destacam a necessidade de 
tomar decisões imediatas com base 
em protocolos, conhecimento e ava-
liações rápidas. Para o enfermeiro é 
satisfatório atuar na unidade móvel 
de atendimento pré-hospitalar, pois 
trabalha diretamente na assistência 
de pacientes que são vítimas de al-
gum acidente ou urgência relacio-
nada a alguma doença. Ele enxerga 
oportunidades para desempenhar as 
funções práticas de enfermagem e 
usar o conhecimento técnico-cientí-
fico de sua formação, o que não 
acontece em outros serviços que de-
sempenham na rede, ocupando mui-
tas vezes funções administrativas. 
Para os autores Góis, Brígido e 
Menezes (2019), os serviços de aten-
dimento móvel são um local privile-
giado para estabelecer relações de 
poder, refletindo a individualidade e 
o conflito intrínseco ao trabalho de 
uma equipe profissional que desen-
volve suas práticas dentro dos es-
treitos limites das relações com ou-
tros profissionais e outros níveis de 
atenção. Os pontos positivo do tra-
balho de atendimento móvel, são: 
 Dinamismo do serviço - fluxo 
de trabalho de acordo com a 
 
 
 
7 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
demanda e a imprevisibilidade 
no cotidiano de trabalho; 
 Resolutividade - diz respeito à 
imediata resposta dada à soli-
citação dos usuários, seja por 
orientação telefônica ou pelo 
envio do transporte de acordo 
com a necessidade; 
 Visão geral da rede de atenção 
- elo dinâmico da rede de aten-
ção à saúde, função facilmente 
reconhecida pelos funcioná-
rios que estão diariamente em 
contato com os pontos fixos da 
rede de serviços de saúde e 
com a população; 
 Oportunidade de exercerem 
funções assistenciais. 
 
De acordo com Moraes (2010), 
os achados, a colisãoautomobilís-
tica é um grande fator de risco no 
que diz respeito ao atendimento au-
tomóvel, uma vez que a ambulância 
segue em uma velocidade alta para 
socorrer a vítima no mínimo tempo 
possível. Envolvendo o risco quími-
co, o contato com substâncias quí-
micas representadas pelo hipoclo-
rito de sódio (usado para desinfetar 
veículos) e substâncias representa-
das pelo glutaraldeído para desinfe-
tar os materiais, e o contato com 
substâncias provenientes da com-
bustão de automóveis. Entre os ris-
cos psicossociais descobertos, além 
do ruído, tanto os riscos de agressão 
física quanto verbal são constantes. 
Outro risco encontrado no atendi-
mento móvel é o contato com doen-
ças infecciosas, em pacientes sem di-
agnóstico prévio, esse é outro fator 
de risco biológico, e quando se trata 
de doenças infecciosas como tuber-
culose, meninges meningocócicas e 
gripe A1N1, os profissionais podem 
correr o risco de se exporem aciden-
talmente ao entrar em contato com 
o paciente pela primeira vez. Quanto 
aos riscos relacionados a ergonomia, 
devido ao tempo despendido, para a 
improvisação, devido à falta de ma-
teriais ou a falha de certas funções 
podem levar ao cansaço psicológico, 
o que deixa o profissional frustrado, 
impotente e afeta a qualidade da as-
sistência prestada. Os profissionais 
de atendimento pré-hospitalar tam-
bém experimentam fadiga física e 
estresse devido a muitas atividades, 
e precisam realizar tarefas mais ra-
pidamente, o que pode levar à desa-
tenção e falta de planejamento. 
Um fator que prejudica muito 
o trabalho dos profissionais do aten-
dimento móvel é o desconhecimento 
da população, de maneira geral, de 
suas funções e serviços, levando ao 
deslocamento desnecessário desses 
profissionais, prejudicando assim 
quem realmente está em uma situa-
ção de emergência, além de refletir 
diretamente na qualidade e no su-
cesso do atendimento. Outro fator 
 
 
8 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
que dificulta o trabalho desses pro-
fissionais está associado aos proble-
mas na recepção dos pacientes pelas 
unidades fixas. Os profissionais re-
latam que a interação com as ques-
tões da rede de atenção básica de sa-
úde, muitas vezes é precária, pois os 
profissionais dos serviços de saúde 
ainda não têm uma concepção clara 
da missão do serviço de atendimen-
to móvel, o que gera conflito no rela-
cionamento. O trabalho do enfer-
meiro do atendimento móvel é ca-
racterizado por constantes desafios, 
que trazem oportunidades de apren-
dizado e satisfação, mas, por outro 
lado, é caracterizado por movimen-
tos muito complexos, gerando es-
tresse, pressão física e emocional. A 
satisfação com os aspectos positivos 
do trabalho está relacionada ao pro-
pósito do trabalho, enquanto a insa-
tisfação com os aspectos negativos 
geralmente está relacionada às con-
dições do trabalho, à relação inter-
pessoal e profissional e à comunica-
ção (IUAMOTO, IMAKUMA e JA-
COMO, 2016). 
Segundo Iuamoto (2016), a 
mídia pode ser usada como uma 
possível estratégia para melhorar a 
qualidade do serviço móvel, pois por 
meio da informação pode ajudar as 
pessoas a entenderem o verdadeiro 
papel desse tipo de atividade. Para 
tanto, os programas de formação 
para não profissionais devem envol-
ver pessoas que trabalhem em esco-
las, empresas e instituições públicas. 
Portanto, a mídia surgiu como uma 
estratégia possível por possuir ca-
racterísticas que constituem a reali-
dade. Enquanto constrói a realida-
de, dá sentido de avaliação, indican-
do se determinada situação ou pro-
duto é bom ou ruim, certo ou errado. 
Toda informação tem uma dimen-
são de valor, que afeta o comporta-
mento e a motivação das pessoas, 
tem as funções básicas de comunica-
ção, notificação e análise, por isso 
desempenha um papel extremamen-
te importante na sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 10 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
2. Triagem de Vítimas do Trauma 
 
 
Fonte: WP2 
 
e acordo com a Organização 
das Nações Unidas (ONU), os 
desastres são definidos como uma: 
 
“Interrupção no funcionamen-
to de uma comunidade ou so- 
ciedade causando uma grande 
quantidade de mortes, bem co-
mo perdas e impactos mate- 
riais, econômicos e ambientais 
que excedem a capacidade da 
comunidade ou sociedade afe-
tada de fazer frente à situação 
mediante o uso de seus pró-
prios recursos”. (ONU, 2018). 
 
2 Retirado em https://i1.wp.com 
Segundo Baitello, Lopes, Car-
valho Lopes e Tallo (2017), o desas-
tre é um evento traumático que 
causa múltiplas vítimas. Podem ter 
causas naturais (terremotos, chuvas, 
inundações, furacões), fatores hu-
manos (ferrovias, ar, incidentes re-
lacionados ao tráfego) ou terroris-
tas. Tecnicamente falando, o atendi-
mento a desastres tem quatro eta-
pas: prevenção, preparação, respos-
ta e reconstrução. O atendimento a 
D 
 
 11 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
desastres deve ser multidisciplinar, 
exigindo grande número de equipes 
e a interação de múltiplos recursos: 
defesa civil (municipal, estadual e 
nacional), corpo de bombeiros, polí-
cia civil e militar, forças armadas e 
instituições da administração pú-
blica (Municipal, Estaduais e Fede-
rais) e organizações públicas e priva-
das qualificadas para responder a 
emergências e crises humanitárias. 
Para os autores Hargreaves e 
Dantas (2016), o sistema de atendi-
mento a catástrofes com múltiplas 
vítimas é composto pelas seguintes 
fases: 
 Busca e resgate - a eficácia des-
sa fase depende da organiza-
ção da equipe envolvida e a 
chance de encontrar sobrevi-
ventes diminui com o tempo. 
 Triagem e estabilização inicial 
- O objetivo dessa fase é pres-
tar o melhor serviço ao maior 
número de vítimas possível. 
Existe uma relação entre a gra-
vidade das vítimas e os recur-
sos disponíveis. 
 Tratamento médico definitivo 
- consiste no tratamento defi-
nitivo das lesões apresentadas. 
Em algumas situações, pode 
ser necessária a montagem de 
um centro de tratamento não 
hospitalar, similar aos hospi-
tais de campanha. 
 Evacuação do local - é o enca-
minhamento das vítimas da 
cena para a unidade de saúde 
de atendimento destinada. 
Com isso, pode-se ofertar me-
lhores cuidados às vítimas gra-
ves e remover pacientes que 
estão consumindo muitos re-
cursos, o que permite dar 
atenção a outras vítimas no lo-
cal. 
 
Os eventos com múltiplas víti-
mas são definidos como eventos 
onde os recursos disponíveis e a de-
manda são desproporcionais. Eles 
são comuns em desastres, mas po-
dem existir em outras situações. A 
triagem em uma situação de múlti-
plas vítimas de trauma consiste em 
detectar as mais graves de forma 
simples e rápida (HARGREAVES, 
2016). 
 
Método START 
 
De acordo com Teixeira Ju-
nior, Oliveira e Parolin (2017), o 
Simple Triage and Rapid Trea-
tmenT, conhecido como método 
START, consiste em classificar as ví-
timas por cores e pode ser usado por 
pessoas leigas, desde que sejam ade-
quadamente treinadas. É baseado 
na avaliação do projeto "ABCDE" de 
forma simples: identificar se o paci-
ente está respirando, sua frequência 
respiratória (FR), qual é o tempo de 
enchimento capilar, se segue co-
mandos simples e consegue andar. 
Com base nas respostas obtidas, 
existe uma classificação nas cores 
 
 12 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
vermelha, amarela, verde, preta ou 
cinza. 
 Vermelha - vítima com com-
prometimento de A, B, C ou D, 
ou seja, um dos itens abaixo 
está alterado: A - Não respira, 
a não ser que sua via aérea seja 
posicionada; B - FR aumenta-
da (> 30 IRM); C - Enchimen-
to capilar aumentado (> 2 s); 
D - Não obedece a ordens sim-
ples. 
 Amarela - não consegue andar, 
porém todos os itens avaliados 
do ABCD encontram-se dentro 
da normalidade, ou seja: A- 
Respira sem auxílio; B - FR < 
30 IRM; C - Enchimento capi-
lar < 2 s; D - Obedece a ordens 
simples. 
 Verde - consegue andar, inde-
pendentemente de lesões apa-
rentes e condições apresenta-
das, como gestação ou idade. 
 Preta ou cinza - vítima não res-
pira mesmo com posiciona-
mento correto das vias aéreas. 
 
A fim de facilitar o reconheci-
mento por cores, a maioria das insti-
tuições utiliza cartões de identifica-
ção de vítimas. Os profissionais res-
ponsáveis pela classificação podem 
usar os cartões de identificação des-
tacando a etiqueta na parte inferior 
do cartão. Os cartões possuem nú-
mero de identificação das vítimas, e 
a cor remanescente identifica a clas-
sificação da vítima. 
 
 Vítima Verde - última tarjeta 
no cartão é verde. 
 Vítima Amarela - última tar-
jeta no cartão é amarela. 
 Vítima Vermelha - última tar-
jeta no cartão é vermelha. 
 Vítima preta - última tarjeta 
no cartão é preta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
3. Tipos de Transportes 
 
 
Fonte: Saúde Business3 
 
e acordo com Malagutti 
(2015), o transporte de pacien-
tes deve ser instruído, planejado e 
executado para minimizar os riscos 
para o transportado, ele deve ser se-
guro e eficiente, sem expor o pacien-
te a riscos desnecessários, evitando 
agravar seu estado clínico. Indepen-
dentemente do tipo, o transporte 
pode se tornar um risco adicional 
para o paciente crítico, por isso deve 
ser visto como uma extensão do cui-
dado da unidade de terapia intensi-
va. Para pacientes que não estão em 
estado crítico, eles também podem 
ser um problema, pois correm o ris-
co de cair ou piorar as condições clí-
nicas. 
 
3 Retirado em https://saudebusiness.com 
 Segundo James (2009), o 
transporte hospitalar, é muito fre-
quente e exige treinamento e habili-
dades especiais de toda a equipe 
para ser feito com maior segurança e 
minimização de risco. Portanto, na 
perspectiva de que os riscos do 
transporte não devem exceder os 
possíveis benefícios da intervenção, 
o objetivo do transporte hospitalar é 
melhorar o prognóstico do paciente. 
O transporte de pacientes é classifi-
cado em: 
 Transporte intra-hospitalar - é 
aquele realizado entre as uni-
dades internas (de internação 
e de apoio diagnóstico e cirúr-
gico); 
 
D 
 
 15 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 Transporte inter-hospitalar é 
aquele realizado entre hospi-
tais. 
 
Transporte Intra-Hospita-
lar 
 
Para Knobel (2016), o trans-
porte intra-hospitalar pode ser: 
 Transporte de pacientes críti-
cos - pacientes que saem das 
unidades de terapia intensiva, 
centro cirúrgico, sala de recu-
peração anestésica, unidades 
de cuidados especiais ou uni-
dades de internação fazendo 
uso de ventilação invasiva 
(ventilador ou bipap), pacien-
tes sem ventilação invasiva 
mas considerados instáveis na 
avaliação médica. 
 Transporte de pacientes não 
críticos - pacientes sem venti-
lação invasiva considerados 
estáveis na avaliação médica. 
 
De acordo com Azevedo, La-
deira e Pinheiro (2019), o transporte 
de pacientes em ventilação mecâni-
ca segue alguns critérios, conforme o 
tipo de paciente que é transportado: 
 
1. Adulto e Criança em uso de 
Ventilação Mecânica 
 
 Deverá ser transportado por 
médico, técnico de enferma-
gem da unidade e técnico de 
enfermagem do transporte. 
 
2. BIPAP 
 
 Deverá ser transportado por 
médico ou fisioterapeuta e en-
fermeiro, técnico de enferma-
gem da unidade e técnico de 
enfermagem do transporte. 
 
3. Transporte de Recém-Nasci-
dos 
 
 Os recém-nascidos devem ser 
transportados usando a incu-
badora de transporte, e com 
todos os cuidados necessários 
de acordo com a criticidade. 
 RN em Ventilação mecânica 
deverá ser transportado por 
médico, técnico de enferma-
gem da unidade e técnico de 
enfermagem do transporte. 
 RN em CPAP deverá ser trans-
portado por médico ou fisiote-
rapeuta e enfermeiro, técnico 
de enfermagem da unidade e 
técnico de enfermagem do 
transporte. 
 
4. Transporte de Pacientes Não 
Críticos 
 
 Inclui a transferência progra-
mada e de rotina de pacientes 
não críticos que chegam das 
unidades de internação, bem 
como situações de emergên-
cia, que precisam ser transpor-
tados para exames diagnósti-
cos ou submetidos a cirurgias 
eletivas, bem como aqueles 
que receberem alta hospitalar 
ou serão transportados do 
 
 16 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
pronto-socorro para a unidade 
de enfermagem do setor. Po-
dem ser transportados na pró-
pria cama (exceto na alta hos-
pitalar) ou em maca conforme 
as condições, devendo essas 
condições ser determinadas 
pelo enfermeiro auxiliar; 
 Inclui também pacientes não 
críticos em sala de recupera-
ção pós-anestésica, que serão 
encaminhados para a unidade 
de internação, e devem ser 
transportados em uma maca; 
 Menores de 36 meses devem 
ser transportados no colo do 
responsável e este em cadeira 
de rodas, com os cintos de se-
gurança; 
 No caso do RN advindo do 
centro cirúrgico obstétrico ou 
do Centro de Parto Normal, 
para ser encaminhado à inter-
nação obstétrica, o transporte 
deverá ser realizado com o 
mesmo deitado sobre a mãe, 
com esta protegendo-o com os 
braços, de forma que não deixe 
riscos para queda. O transpor-
te deverá ser realizado utili-
zando maca. A mãe deverá es-
tar em plenas condições de ga-
rantir o transporte seguro; 
 No caso do RN fisiologicamen-
te normal, advindo do centro 
cirúrgico obstétrico ou do Cen-
tro de Parto Normal ou da in-
ternação obstétrica encami-
nhando para qualquer setor do 
hospital em que a mãe esteja 
impossibilitada de estar no 
transporte, o transporte deve-
rá ser realizado usando o pró-
prio berço de acrílico; 
 Maiores de 36 meses, deve ser 
transportado no próprio berço 
(exceto nas altas) ou em cadei-
ras de rodas, no colo do res-
ponsável, dependendo da ava-
liação clínica da enfermagem; 
 Os pacientes provenientes dos 
consultórios médicos, na 
emergência, que não necessi-
tem de maca ou cadeira de ro-
das, deverão ser acompanha-
dos pelo controlista de acesso 
até a unidade de atendimento 
dentro deste setor. Quando 
houver a necessidade de ca-
deira de rodas ou maca, o 
transporte deverá ser reali-
zado pelo técnico de enferma-
gem de transporte; 
 Não é necessária a presença de 
médico neste tipo de trans-
porte. 
 
Transporte Inter-Hospitalar 
 
Conforme Azevedo e Ladeira 
(2019), no planejamento do trans-
porte inter-hospitalar do paciente, 
os seguintes pontos devem ser con-
siderados e sempre verificados, tais 
como: segurança e contraindicações 
de transporte. O transporte de paci-
ente é considerado seguro quando: 
 A equipe multidisciplinar res-
ponsável pelo paciente sabe 
quando e como realizar o tra-
tamento, e foi devidamente 
treinada para desenvolver as 
habilidades do procedimento; 
 
 17 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 Existe indicação e planeja-
mento para o deslocamento; 
 A integridade do paciente é as-
segurada, evitando o agrava-
mento de seu quadro clínico; 
 Existe rotina operacional para 
realizá-lo. 
 
Segundo Ladeira e Pinheiro 
(2019), o transporte de paciente é 
contraindicado, em casos de: 
 Instabilidade hemodinâmica; 
 Incapacidade de monitorizar e 
manter oxigenação, ventilação 
e hemodinâmica adequada pa-
ra o paciente durante o trans-
porte ou permanência no setor 
de destino; 
 Incapacidade de controlar as 
vias aéreas durante o trans-
porte ou permanência no setor 
de destino pelo tempo neces-
sário; 
 Número insuficiente de profis-
sionais treinados para manter 
as condições acima descritas 
durante o transporte ou du-
rante a permanência no setor 
de destino (médico, enfermei-
ro, fisioterapeuta); 
 Incapacidade de permitir o 
controle dos riscos de queda; 
 A inexistência de incubadorasde transporte nos casos de pa-
cientes neonatais; 
 A inexistência do médico para 
acompanhar o transporte de 
pacientes críticos. 
 
Para os autores Fonseca, Pe-
terlini e Costa (2014), com o intuito 
de garantir que todos os pontos se-
jam verificados, os fatores que de-
vem ser considerados durante o 
transporte, são os seguintes: 
 Indicação do transporte; 
 Doença de base e condições 
associadas; 
 Treinamento da equipe de 
transporte; 
 Material e equipamentos dis-
poníveis na unidade de trans-
porte; 
 Avaliação do risco/benefício 
do transporte para o paciente; 
 Tempo de transporte e distân-
cia; 
 Recursos do local de origem e 
do local de destino; 
 Possibilidade de complicações 
durante o transporte; 
 Condições do trajeto a ser per-
corrido (trânsito); 
 Avaliação dos possíveis fatores 
desfavoráveis durante o trans-
porte: ruídos, vibrações, varia-
ções da luminosidade e tempe-
ratura ambiente. 
 
De acordo com Baitello, Lopes, 
Carvalho Lopes e Tallo (2017), os pa-
cientes críticos são aqueles que 
apresentam uma das seguintes con-
dições: 
 Uso de drogas vasoativas; 
 Necessidade de suplementa-
ção de O2 com pressão de su-
porte; 
 Rebaixamento sensório; 
 Desconforto respiratório mo-
derado a grave (SPO2 < 90%). 
 
 18 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Conforme Baitello e Lopes 
(2017), o transporte de pacientes crí-
ticos, deve seguir os seguintes crité-
rios: 
 O transporte destes pacientes 
é sempre de risco, devido ao 
quadro clínico complexo e, na 
maior parte das vezes, com 
grande instabilidade; 
 A decisão de transportá-los 
sempre deve seguir normas e 
procedimentos extremamente 
rígidos e elaborados pelos pro-
fissionais da unidade intensiva 
de origem e corpo clínico do 
hospital; 
 Deve-se lembrar que a decisão 
de transporte é de responsabi-
lidade médica intransferível, 
cabendo a este profissional 
avaliar todas as variáveis en-
volvidas; 
 Deve-se seguir o checklist de 
transporte seguro para pacien-
tes críticos, garantindo que to-
dos os pontos sejam cumpri-
dos. É de preenchimento do 
enfermeiro da unidade que es-
tá transferindo, do técnico de 
transporte e do enfermeiro da 
unidade que está recebendo; 
 O procedimento de transporte 
deve ser registrado no pron-
tuário do paciente; 
 Esses pacientes deverão ser 
transportados com o técnico 
de enfermagem da unidade e o 
técnico de enfermagem do 
transporte. 
 
Para Carvalho Lopes e Tallo 
(2017), o transporte de pacientes 
não críticos, devem ser de acordo 
com os seguintes critérios: 
 Os deslocamentos de pacien-
tes estáveis são considerados 
sempre eletivos; 
 O paciente será transportado 
pelo técnico de enfermagem 
de transporte. Somente haverá 
a necessidade do acompanha-
mento do técnico de enferma-
gem do leito ou de outro pro-
fissional quando se referir a 
pacientes com condições espe-
ciais, a ser determinado pelo 
enfermeiro do setor. 
 
Normatização do Transporte 
de Pacientes 
 
Segundo Fonseca, Peterlini e 
Costa (2014), durante a internação, 
desde a admissão até a alta, o trans-
porte dos pacientes é de responsabi-
lidade da instituição. Para garantir o 
transporte seguro desses pacientes 
fica estabelecido que: 
Na Admissão: 
 Todo paciente admitido deve-
rá ser acompanhado pelo téc-
nico de enfermagem de trans-
porte até o leito, exceto os ad-
mitidos no centro cirúrgico 
ambulatorial, que serão con-
duzidos da recepção até a en-
trada da sala de preparo pelo 
controlista de acesso; 
 
 
 
 19 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 Os pacientes advindos dos 
consultórios médicos na emer-
gência e/ou ambulatório, que 
não necessitem de maca ou ca-
deira de rodas, deverão ser 
acompanhados pelo contro-
lista de acesso até a unidade de 
atendimento dentro deste se-
tor. Quando há a necessidade 
de cadeira de rodas ou maca, o 
transporte deverá ser real-
izado pelo técnico de enferma-
gem de transporte. 
 
Procedimentos com sedação: 
 Paciente submetido a procedi-
mento com sedação deverá ser 
transferido na própria cama 
ou berço. Na impossibilidade, 
o transporte deverá ser real-
izado utilizando-se a maca. 
 
Na alta hospitalar: 
 Paciente adulto que deambula 
deve ser acompanhado, no 
momento da alta hospitalar, 
pelo técnico de enfermagem 
de transporte (na impossibili-
dade imediata, pelo técnico de 
enfermagem do leito) até a re-
cepção, utilizando a cadeira de 
rodas; 
 Pacientes advindos das áreas 
de internação e das observa-
ções intermediárias da emer-
gência adulto devem ser trans-
portados em cadeira de rodas; 
 Devido à proximidade da re-
cepção e o grande fluxo de pa-
cientes na observação breve 
adultos, os pacientes de alta 
deverão ser conduzidos até a 
saída por um controlista de 
acesso. Caso seja necessária a 
condução por meio de cadeira 
de rodas ou de maca, de acor-
do com avaliação do enfermei-
ro, o técnico de transporte de-
verá ser acionado; 
 Pacientes pediátricos e da ne-
onatologia oriundos das uni-
dades de internação deverão 
ser acompanhados, no mo-
mento da alta hospitalar, pelo 
responsável e pelo técnico de 
enfermagem de transporte (na 
impossibilidade imediata, pelo 
técnico de enfermagem do lei-
to) até a recepção; 
 Menores de 36 meses devem 
ser transportados no colo do 
responsável e este em cadeira 
de rodas, com os cintos de se-
gurança, quando advindos das 
unidades de internação e da 
intermediária pediátrica; 
 Maiores de 36 meses devem 
ser transportados em cadeira 
de rodas tamanhos pediátricos 
ou no colo do responsável, de-
pendendo da avaliação clínica 
da enfermagem, quando ad-
vindos das unidades de inter-
nação e da intermediária pedi-
átrica; 
 Devido à proximidade da re-
cepção e ao grande fluxo de 
pacientes na observação breve 
pediátrica, os pacientes de alta 
deverão ser conduzidos, acom-
panhados pelos seus respecti-
vos responsáveis, até a saída 
por um controlista de acesso. 
Caso seja necessária a condu-
 
 20 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
ção por meio de cadeira de ro-
das ou maca, de acordo com 
avaliação do enfermeiro, o téc-
nico de transporte deverá ser 
acionado. 
 
Conforme Malagutti (2015), 
em todos os tipos de transporte, o 
profissional responsável deve verifi-
car a identidade do paciente por 
meio da pulseira de identificação. Se 
não houver pulseira, deve solicitar 
ao serviço responsável para colocar 
a pulseira no paciente antes de ini-
ciar o transporte, exceto para paci-
entes que correm risco de morte. Pa-
ra pacientes que estão em isolamen-
to (contato ou respiração) para exa-
mes eletivos, eles devem ser realiza-
dos após os pacientes não isolados, e 
medidas preventivas padronizadas 
pela CCIH devem ser tomadas. Os 
prontuários que entram em contato 
com pacientes isolados devem ser 
transportados em sacos plásticos 
para evitar contato com os pacien-
tes. 
De acordo com Schettino, Car-
doso, Mattar Junior e Ganem 
(2015), o material de transporte pa-
ra pacientes críticos, conta com uma 
maleta de transporte, que será utili-
zada para transporte de pacientes 
críticos. A maleta deve ficar na far-
mácia satélite das unidades, sendo 
que a conferência das medicações 
será realizada pelo farmacêutico res-
ponsável pela farmácia do setor, a 
cada utilização. Os materiais e medi-
cações da maleta, devem ser: 
 Adulto - tubo endotraqueal: nº 
6,0; 6,5; 7,0; 7,5; 8,0; Larin-
goscópio com lâmina 3 e 4 
curva; fio guia e fixação para 
TOT; Fentanil: 02 ampolas; 
Midazolam 15mg: 01 ampola; 
Glicose 50%: 02 ampolas; Epi-
nefrina: 02 ampolas; Atropi-
na: 04 ampolas; Diazepam: 02 
ampolas; Soro Fisiológico: 02 
ampolas; Água Destilada: 05 
ampolas; Seringas 3mL e 05 
mL: 05 unidades; Seringas de 
10 e 20 mL: 02 unidades; Agu-
lha 40/12: 05 unidades. 
 Pediátrico - tubo endotra-
queal: nº 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 
5,0; 5,5; 6,0; Fentanil: 02 am-
polas; Midazolam 15mg: 01 
ampola; Glicose 50%: 02 am-
polas;Laringoscópio com lâ-
minas 0, 1, 2 retas e 2 curva; 
Epinefrina: 02 ampolas; Atro-
pina: 02 ampolas; Diazepam: 
02 ampolas; Soro Fisiológico: 
02 ampolas; Água Destilada: 
05 ampolas; Seringas 3ml e 05 
ml: 05 unidades; Seringas de 
10 e 20 ml: 02 unidades; Agu-
lha 40/12: 05 unidades. 
 Neonatal – tubo endotraqueal: 
nº 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; Laringos-
cópio com lâmina 0 e 1 retas; 
Fentanil: 02 ampolas; Midazo-
lam 15mg: 01 ampola; glicose 
50%: 02 ampolas; Epinefrina: 
02 ampolas; Atropina: 02 am-
polas; Diazepam:02 ampolas; 
Soro Fisiológico: 02 ampolas; 
Água Destilada: 05 ampolas; 
 
 21 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Seringas 3mL e 05 mL: 05 uni-
dades; Seringas de 10 e 20 ml: 
02 unidades; Agulha 40/12: 
05 unidades. 
 
Segundo Schettino, e Ganem 
(2015), é preciso que o enfermeiro 
do setor adicione: 
 Ressuscitador manual (de 
acordo com o público alvo); 
 Cilindro de oxigênio; 
 Monitor de transporte; 
 Ventilador de transporte, 
quando necessário. 
 
Para Mattar Junior e Ganem 
(2015), a regulação do transporte in-
tra-hospitalar deve ser realizada por 
uma central que treinará funcioná-
rios para atender os chamados do 
setor de serviços e enviará técnicos 
de enfermagem de transporte para 
realizar trabalhos de remoção, além 
de utilizar como referência uma pla-
nilha que relaciona as prioridades 
dos trabalhos de remoção. Os se-
guintes critérios para priorização da 
remoção são definidos da seguinte 
maneira: 
 Vermelho: Imediato 
 Amarelo: Em até 10 minutos 
 Verde: Em até 20 minutos 
 Azul: Em até 30 minutos 
 
De acordo com Malagutti 
(2015), as recomendações e grau de 
evidência das ações preventivas rea-
lizadas antes do transporte inter-
hospitalar de pacientes críticos, são 
as seguintes: 
 Monitorização das condições 
hemodinâmicas e respirató-
rias. 
 Conhecimento do quadro clí-
nico do paciente. 
 Avaliação do risco/benefício 
do transporte. 
 Treinamento e Aperfeiçoa-
mento dos profissionais. 
 Precauções quanto às compli-
cações fisiológicas e falha nos 
equipamentos. 
 Organização e divisão de tare-
fas pela equipe no transporte. 
 Composição da equipe de 
transporte. 
 Uso da maca de transporte. 
 Uso de bombas de infusão e 
respiradores portáteis. 
 Uso do monitor/desfibrilador 
e oxímetro de pulso. 
 Presença da maleta de medica-
mentos durante o transporte. 
 Conferência da maleta de me-
dicamentos e material de intu-
bação antes do procedimento. 
 
 Checagem de nível de gases no 
cilindro. 
 Uso da maca e bombas de in-
fusão convencionais. 
 Uso da ventilação manual e 
capnógrafo. 
 Manutenção periódica dos 
materiais. 
 
Conforme Fonseca, Peterlini e 
Costa (2014), dependendo da gravi-
 
 22 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
dade e complexidade da situação clí-
nica do paciente e do número de 
equipamentos necessários, é que o 
número de participantes do trans-
porte será definido, mas são neces-
sárias pelo menos três pessoas (in-
cluindo o motorista). O tipo de 
transporte é classificado de acordo 
com as condições clínicas do cliente: 
 Baixo Risco (A) - clientes está-
veis, sem alterações críticas 
nas últimas 48 horas e que não 
sejam dependentes de oxige-
noterapia. Aferição dos dados 
vitais antes e após o transporte 
ou quando equipe verificar a 
necessidade. 
 Médio Risco (B) - clientes es-
táveis, sem alterações críticas 
nas últimas 24 horas, porém, 
com necessidade de monitora-
ção hemodinâmica ou oxige-
noterapia. Aferição dos dados 
vitais antes, durante e após o 
transporte. 
 Alto Risco (C) - cliente em uso 
de drogas vasoativas e/ou as-
sistência ventilatória mecâni-
ca. Aferição dos dados vitais 
antes, durante e após o trans-
porte. 
 
Segundo Fonseca e Costa 
(2014), as responsabilidades do en-
fermeiro da unidade de origem do 
paciente, são: 
 Organizar e definir a distribui-
ção de atribuições da equipe 
antes, durante e depois do 
transporte; 
 Para o transporte intra-hospi-
talar comunicar ao enfermeiro 
da unidade de destino as infor-
mações relativas ao cliente e 
ao seu transporte; 
 Avaliar o paciente e classificar 
o tipo de transporte (baixo; 
médio e alto risco); 
 Estabelecer comunicação efe-
tiva com as equipes dos locais 
de origem e de destino; 
 Realizar o planejamento do 
transporte: meio de locomo-
ção, trajeto, tempo de perma-
nência fora da unidade, mate-
riais e equipamentos necessá-
rios, cuidados específicos e nú-
mero e categoria dos profissio-
nais envolvidos. O planeja-
mento deverá ser individuali-
zado; 
 Acompanhar o cliente no 
transporte de médio e de alto 
risco; independentemente da 
presença de outros profissio-
nais da equipe multiprofissio-
nal na realização do trans-
porte; 
 Acompanhar as atividades re-
alizadas pela sua equipe de en-
fermagem; 
 Treinar/capacitar a sua equipe 
de enfermagem; 
 Ser capacitado/conhecimento 
em suporte avançado de vida e 
em ventilação pulmonar assis-
tida; 
 Preencher o Check-list do 
Transporte, assinar e anexar 
ao prontuário. 
 
23 
 
 
 
 24 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
4. Protocolo de Atendimento Introdutório no Pron-
to-Socorro 
 
 
Fonte: Fotos Publicas4 
 
e acordo com Velasco, Brandão 
Neto, Souza, Marino, Marchini 
e Alencar (2020), o acolhimento co-
mo ato ou efeito de acolher expressa 
uma ação de aproximação, um “estar 
com” e “perto de”, ou seja, uma ati-
tude de inclusão. E é exatamente 
nesse sentido que o acolhimento é 
uma das diretrizes de maior relevân-
cia política, ética e estética da Polí-
tica Nacional de Humanização da 
Atenção e Gestão do SUS no Brasil. 
 
4 Retirado em https://fotospublicas.com 
O acolhimento do usuário é uma for-
ma de operacionalizar o fluxo de tra-
balho na saúde, tem por objetivo 
atender a todos que procuram o ser-
viço de saúde, ouvir os usuários e 
adotar uma postura que possa 
acolher, ouvir e responder de forma 
mais adequada aos usuários. O 
acolhimento é uma estratégia para 
mudar o fluxo de trabalho e a relação 
entre profissionais e usuários. 
D 
 
 25 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Segundo Pires e Starling 
(2017), uma vez que a equipe médica 
deve usar todo o seu conhecimento 
para prestar serviços médicos de 
qualidade, com o objetivo de am-
pliar as intervenções por meio da 
promoção da saúde de forma ágil, 
direcionada e humana. O acolhi-
mento significa fornecer atendimen-
to decisivo e responsável aos pacien-
tes, orientando usuários e familiares 
a outros serviços de saúde quando 
apropriado para garantir a continui-
dade do atendimento e estabelecer 
contato com esses serviços para ga-
rantir a eficácia desses encaminha-
mentos. Ele é uma diretriz política e 
operacional do Sistema Único de 
Saúde (SUS), é uma atitude que ga-
rante o acesso aos serviços de saúde, 
a qualidade e integridade do atendi-
mento de forma ética. Para o autor, 
a recepção do usuário nos serviços 
de saúde, inicia quando ele chega, 
momento em que os profissionais 
ouvem suas queixas, permitem que 
expressem suas preocupações e a 
partir daí o serviço se responsabiliza 
integralmente por ele. 
É importante destacar que as 
entradas de serviços de urgência e 
emergência estão sendo mais de-
mandadas pelos usuários a cada dia, 
devido a diversos fatores, como: au-
mento da expectativa de vida da po-
pulação, o que consequentemente 
aumenta o aumento das comorbida-
des crônicas e seu agravamento; 
aumento da violência urbana; inefi-
ciência da rede no atendimento às 
necessidades dos usuários diante do 
aumento da demanda. Devido ao 
processo de mudanças demográficas 
e epidemiológicas em todo o mundo, 
a expectativa de vida dos indivíduos 
aumentou muito. Como resultado, a 
prevalência de doenças crônicas e 
degenerativas é maior, a violência 
urbana aumentou eo número de 
acidentes de trânsito aumentou de 
forma preocupante. Diante de todos 
os fatores, o atendimento hospitalar 
é a principal referência para o trata-
mento de casos agudos, complica-
ções de doenças crônicas e causas 
externas (LIU, BARROS e VEN-
DRAME, 2018). 
Conforme Schvartsman 
(2018), em um ambiente hospitalar, 
especialmente em serviços de urgên-
cia e emergência, a alta demanda 
dos usuários por pelos atendimento 
afeta diretamente a qualidade dos 
serviços prestados, principalmente 
quando a abordagem do profissional 
se concentra apenas na ordem de 
chegada do usuário e não na gravi-
dade do problema. Vale ressaltar 
que embora os serviços de urgência 
e emergência sejam unidades desti-
nadas a atender pessoas com graves 
problemas de saúde, têm sido vistos 
como uma porta de entrada para o 
SUS, o que é uma alternativa à falta 
 
 26 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
de suporte da atenção básica, fazer 
uma consulta médica no mesmo dia, 
fazer um exame e receber o resul-
tado no mesmo dia. No entanto, esse 
fenômeno acaba trazendo muitas 
dificuldades para esse tipo de servi-
ço, limitando sua capacidade de 
prestar assistência de qualidade aos 
usuários. Sendo assim, o principal 
desafio para os departamentos de 
urgência e emergência é fornecer 
ajuda de alta qualidade onde as ne-
cessidades da própria emergência se 
misturam com a emergência social e 
pessoal do usuário. 
Para Santos (2018), a classifi-
cação de risco tem sido utilizada co-
mo uma ferramenta consagrada pa-
ra economizar muito tempo na iden-
tificação de usuários graves, nos 
quais o tempo de intervenção pode 
ter um impacto decisivo em sua saú-
de, permite uma gestão adequada 
dos recursos e evita a alienação 
frente ao processo de enfrentamento 
de trabalho, que favorece para me-
lhorar a satisfação dos usuários e 
trabalhadores. O acolhimento não é 
um espaço ou lugar, mas uma postu-
ra ética, ele acontece sem escolher 
hora ou profissional específico para 
fazê-lo, mas implica necessariamen-
te no compartilhamento de saberes, 
angústias e intervenções. Quem rea-
liza o acolhimento assume a respon-
sabilidade de proteger os demais de 
seus requisitos e fornecer as solu-
ções necessárias para o caso. Por-
tanto, esse é o motivo da diferença 
da triagem, pois se constitui em uma 
ação de incorporação, que não se 
esgota na etapa de recebimento, mas 
deve ocorrer em todos os locais e 
momentos do serviço de saúde. 
A classificação de risco é um 
instrumento usado em serviços de 
urgência e emergência para avaliar e 
determinar os usuários que preci-
sam de atendimento prioritário com 
base na gravidade clínica, riscos po-
tenciais, agravos à saúde ou grau de 
sofrimento. Ou seja, após uma ava-
liação rápida e eficaz da avaliação do 
usuário, deve-se priorizar o atendi-
mento, que deve ser realizado do 
ponto de vista técnico e científico 
por profissionais devidamente trei-
nados. Portanto, é esperado que 
através da aplicação deste tipo de 
atendimento, os riscos assistenciais 
que o usuário fica exposto ao neces-
sitar de assistência em uma unidade 
de urgência e emergência sejam mi-
nimizados, com o objetivo de reali-
zar um atendimento que potencia-
lize as chances de tratamento e reso-
lutividade na recuperação destes 
usuários, devendo ser administrada 
racional e ordenadamente, e os re-
cursos materiais e humanos dispo-
níveis devem ser fornecidos para ter 
um impacto positivo na saúde dos 
usuários (CIANCIARULLO, WHI-
TAKER e GATTO, 2015). 
 
 27 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Para Mesquita (2015), o aco-
lhimento deve ocorrer em todos os 
departamentos e por todo o pessoal 
que atende os usuários. Principal-
mente no pronto-socorro, a equipe 
multidisciplinar deve se envolver 
amplamente, pois o cuidado e a as-
sistência do usuário não se limitam 
a atitudes técnicas, mas também na 
mudança do comportamento profis-
sional e cultural da instituição, fo-
cando na responsabilidade dos re-
sultados obtidos através de uma 
análise qualitativa e quantitativa da 
produção de saúde. 
De acordo com Rocha, Coelho, 
Hara, Tallo, Lopes e Carlos Lopes 
(2014), os objetivos de um protocolo 
de atendimento nas unidades de 
urgências e emergências, são: 
 Organizar e ordenar o fluxo de 
atendimento de todos os 
usuários acolhidos no Pronto 
Socorro, seguindo os critérios 
da classificação de risco. 
 Orientar, e encaminhar os 
usuários que não precisam de 
atendimento de urgência e 
emergência, após avaliação do 
médico responsável, buscando 
descongestionar o Pronto So-
corro e instruindo-os sob o flu-
xo de acesso junto aos serviços 
de saúde de baixa complexi-
dade. 
 Estabelecer avaliação do risco 
dos usuários seguindo precei-
tos preconizados de forma 
 
igualitária e unânime através 
da aplicação de protocolo ge-
renciado. 
 Divulgar a relevância da exe-
cução do protocolo para toda a 
comunidade, disseminando 
através da informação o pro-
cesso de trabalho aos usuários 
e seus familiares. 
 Melhorar a sensibilização de 
toda a equipe de saúde sobre a 
relevância da aplicação do 
Protocolo de Atendimento 
usado pela instituição. 
 Aprimorar a efetividade do 
serviço. 
 Padronizar informações, pro-
porcionando condições de in-
vestigação de casos para futu-
ras intervenções de ações de 
melhorias. 
 Informar o tempo de espera 
aos usuários já classificados e 
seus familiares. 
 Organizar o ambiente de tra-
balho, direcionando os usuá-
rios aos seus respectivos Eixos 
de Risco, oferecendo melhores 
condições de atendimento, 
proporcionando uma assistên-
cia mais rápida e segura. 
 Deixar de usar o critério cro-
nológico como definidor para 
a ordem dos atendimentos, 
sendo usados os critérios de 
avaliação clínica para tal 
prática. 
 Promover orientações e edu-
cação em saúde a toda popu-
lação que procura este serviço 
de Pronto Socorro. 
 
 
 28 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Conforme Abreu, Tomasich, 
Nasr e Collaço (2013), para alcançar 
os objetivos esperados com o proto-
colo de atendimento em urgências e 
emergências, é necessário uma es-
trutura adequada, com: 
 Equipe multidisciplinar de 
Saúde capacitada para execu-
ção do Protocolo. (Enfermei-
ros, Médicos, Técnicos em 
Enfermagem, Atendentes do 
registro, Atendentes da Porta-
ria, Serviço Social, Psicólogos 
e outros) 
 Duas salas de acolhimento na 
porta do Pronto Socorro. 
 Material para execução do 
protocolo: esfignomanômetro, 
estetoscópio, glicosímetro, 
oxímetro, termômetro e com-
putador. 
 Sala de Emergência, Sala de 
apoio, unidade de repouso, e 
se necessário o corredor do 
Pronto Socorro, conforme sua 
estratificação. 
 
Segundo Santos (2013), o 
responsável pelo gerenciamento do 
Protocolo de Atendimento utilizado 
pela instituição, pode ser um profis-
sional classificador ou o enfermeiro 
do Pronto Socorro. E o responsável 
pela contra referência de usuários 
para serviços de baixa complexida-
de, deve ser o médico de plantão no 
Pronto Socorro, em escala predeter-
minada. Ainda de acordo com o au-
tor, a equipe multidisciplinar que 
atua na unidade de urgência e emer-
gência, possui as seguintes atribui-
ções: 
 A equipe multidisciplinar de 
saúde envolvida no protocolo 
de atendimento da instituição 
deve desenvolver comunica-
ção eficaz (clara e objetiva) 
com usuário, familiares e de-
mais membros da equipe. 
 Manter comportamento ético 
com discrição, preservando a 
privacidade dos usuários, se 
desvencilhando de qualquer 
possível julgamento de valor, 
seja ele de qual ordem for: 
religioso, sexual, social, cul-
tural. 
 Respeitar e aceitar a queixa e o 
nível de dor em especial. 
 Acionar serviços de apoio de 
acordo com a demanda apre-
sentada. 
 Registrar fichas de atendimen-
to procurando sempre atuali-
zar os cadastros dos usuários, 
acrescentandocontato de fa-
miliares para facilitar a comu-
nicação entre a instituição e os 
familiares dos usuários. 
 Manter-se sensibilizados so-
bre a necessidade do trabalho 
em equipe. 
 Desenvolver aptidão para as 
tomadas de decisões funda-
mentadas nos mais diversos 
conceitos, técnicos e huma-
nísticos, dando ênfase ao aco-
lhimento classificatório por 
gravidade e sofrimento inten-
so. 
 
 
 29 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
Para Schvartsman (2018), é 
muito importante que na recepção, 
sejam tomados alguns cuidados pa-
ra realizar o registro do usuário: 
 Preencher corretamente a 
ficha de atendimento com 
agilidade e clareza nos dados, 
colocando a queixa principal 
do usuário conforme sua pró-
pria fala; 
 Colocar pulseira de identifica-
ção do usuário; 
 Orientar o usuário para que 
aguarde ser chamado pela 
equipe de enfermagem; 
 Atuar de forma integrada com 
os profissionais classificadores 
buscando melhor resolutivida-
de aos problemas dos usuá-
rios; 
 Caso perceba algum usuário 
com sinais de desmaio, com 
queixa de dor excessiva, ou 
que o acompanhante relate 
que o usuário está “muito mal” 
no carro, acionar imediata-
mente o profissional classifi-
cador ou o enfermeiro do 
pronto-socorro; 
 Organizar e arquivar, confor-
me rotina do serviço, a ficha de 
atendimento. 
 
Para os autores Cianciarullo, 
Whitaker e Gatto (2015), a função do 
enfermeiro que atua nas unidades 
de urgência e emergência seguindo 
algum tipo de protocolo padroniza-
do de atendimento, são: 
 Receber as fichas de atendi-
mento, avaliando de forma 
ágil e responsável, priorizando 
o usuário, de acordo com a 
queixa relatada, complexidade 
e gravidade do caso e o grau de 
sofrimento. 
 Acolher o usuário e acompa-
nhante (quando houver) com 
respeito e empatia. 
 Classificar com rapidez e efi-
ciência, seguindo o protocolo 
adotado; 
 Registrar os dados da classifi-
cação na ficha de atendimento 
e sinalizá-la por meio de cores 
conforme protocolo utilizado. 
 Identificar as pulseiras com a 
cor conforme estratificação da 
classificação. 
 Orientar o usuário de forma 
clara quanto à sua situação e 
ao provável tempo de espera 
do atendimento; 
 Encaminhar o usuário para o 
eixo correspondente ao escore 
classificatório. 
 Atentar para situações espe-
ciais (possível doença trans-
missível com necessidade de 
isolamento, vítimas de violên-
cia, usuários do sistema prisio-
nal, grupo especial) e sinais e 
sintomas de alerta (conforme 
protocolos internos); 
 Reclassificar os usuários em 
especial aqueles fora do eixo 
urgência/emergência sempre 
que forem identificadas altera-
ções do quadro inicial; 
 Manter a sala de classificação 
limpa e organizada; 
 Realizar passagem de plantão. 
 
30 
 
 
 
 31 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
5. Protocolo de Manchester 
 
 
Fonte: Tribuna PR5 
 
e acordo com Mackway-Jones 
e Windle (2010), o Protocolo 
de Manchester recebeu este nome 
por ter sido aplicado pela primeira 
vez na cidade de Manchester, em 
1997. Após chegar ao departamento 
médico, o enfermeiro irá avaliar o 
paciente, após uma breve avaliação, 
irá encaminhar o paciente para um 
profissional de nível superior que 
deve ter boa capacidade de avalia-
ção, comunicação e agilidade, como 
um enfermeiro-chefe ou um médico 
que possua conhecimentos clínicos e 
 
5 Retirado em https://www.tribunapr.com.br 
éticos suficientes. A classificação é 
feita de acordo com os sintomas e 
principais queixas do paciente, si-
nais vitais, saturação de O2, nível de 
dor, etc. Após a avaliação inicial, o 
paciente receberá a pulseira de iden-
tificação do hospital com a cor espe-
cífica que corresponde ao seu qua-
dro clínico, e segue para o atendi-
mento ou aguarda o momento de ser 
atendido, de acordo com os critérios 
do Protocolo de Manchester. 
Conforme Medeiros (2018), 
no Brasil, o primeiro estado a im- 
D 
 
 32 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
plantar o Protocolo de Manchester 
foi Minas Gerais, com o intuito de 
organizar o fluxo de pacientes. Além 
de Minas Gerais, já foram implanta-
dos projetos pilotos do Protocolo 
Manchester em Curitiba e São Ber-
nardo, em São Paulo. Em cada lugar, 
o projeto encontra situações particu-
lares e desafios ímpares, mas, no ge-
ral, as implantações de projetos com 
o Protocolo Manchester parecem ter 
sucesso nas redes pública e particu-
lar, em todos os lugares onde são ini-
ciadas. 
Segundo Hinrichsen (2012), a 
implantação do Protocolo de Man-
chester pode tornar o atendimento 
mais eficaz, pois, em termos de sa-
úde, o tempo pode representar a di-
ferença entre salvar vidas e perder 
pacientes. Além disso, como o sis-
tema fornece arranjos de prioridade 
apropriados, os pacientes podem ser 
encaminhados para outras unidades 
médicas para que as necessidades 
possam ser compartilhadas entre as 
unidades médicas próximas, caso 
seja necessário. Pois, com a redução 
do risco clínico, evita-se o uso de re-
cursos emergenciais ocasionados 
pela não observação do estado do 
paciente antes do agravamento do 
quadro. Com a implementação do 
Protocolo de Manchester, os pacien-
tes também serão beneficiados, pois 
esse método de classificação de risco 
garante que não apresentem risco de 
vida e também farão uma previsão 
média do tempo necessário para ob-
ter o atendimento, reduzindo as ex-
pectativas. Considerando que inde-
pendente do horário, dia da semana 
ou profissional de plantão, as insti-
tuições de saúde terão o mesmo pa-
drão de atendimento em termos de 
atendimento, portanto, a utilização 
do Protocolo de Manchester é uma 
garantia de prestação de serviços 
homogêneos. 
Para Lustoza Xavier, Feitosa e 
Pereira (2019), o Protocolo de Man-
chester utiliza a classificação por co-
res para orientar a prioridade do 
atendimento: 
 Vermelho - indica emergência, 
caso gravíssimo, com necessi-
dade de atendimento imediato 
e risco de morte. 
 Laranja - casos muito urgen-
tes, graves, com risco signifi-
cativo de evoluir para morte e 
que exige atendimento ur-
gente. 
 Amarelo - significa urgente pa-
ra casos de gravidade mode-
rada, com necessidade de 
atendimento médico mas sem 
risco imediato. 
 Verde - pouco urgente, para 
atendimento preferencial nas 
unidades de atenção básica. 
 Azul - indicativa para casos 
não urgentes, com orientação 
para atendimento na unidade 
de saúde mais próxima da re-
sidência. 
 
 
 33 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
De acordo com Mackway-Jo-
nes (2010), a gravidade pode ser 
identificada colocando um pulseira 
colorida no pulso do usuário e um 
adesivo da mesma cor no canto su-
perior esquerdo da ficha de classifi-
cação de risco. Esta ficha é enviada 
para a recepção, onde os dados pes-
soais do usuário serão coletados e 
preenchidos para a geração de seu 
prontuário, que posteriormente será 
encaminhado ao consultório mé-
dico. As recomendações específicas 
para o atendimento baseado no Pro-
tocolo de Manchester, são: 
 No momento do acesso do 
usuário ao serviço de saúde 
deverá se atentar para situa-
ções especiais, poderá ser con-
siderado como Atendimento 
prioritário: mulheres com cri-
anças de colo, idosos, pessoas 
com deficiência, portadores de 
transtornos mentais, pacien-
tes encaminhados através de 
transporte sanitário, gestan-
tes, pessoas com dificuldade 
de locomoção e quem está sob 
condição carcerária; 
 Os usuários que se enquadra-
rem em situações de urgência, 
pouco urgente ou não urgente, 
serão acolhidos, inicialmente, 
pelo técnico de enfermagem 
na recepção, que verificará os 
seus sinais vitais, e posterior-
mente, os encaminhará para a 
sala de classificação de risco 
do enfermeiro. Este profissio- 
 
nal, utilizando os critérios pré-
estabelecidos, além das infor-
mações coletadas atravésde 
escuta qualificada e dos dados 
vitais, de acordo com o proto-
colo e realizará a classificação 
de risco; 
 O enfermeiro inicia a anam-
nese do usuário, preenchendo 
a ficha de classificação de ris-
co, momento em que são com-
preendidas e associadas as di-
versas queixas com as condi-
ções clínicas, favorecendo o 
estabelecimento dos níveis de 
classificação, na busca da agi-
lidade do atendimento. 
 
Conforme Medeiros (2018), 
após a classificação, os usuários de-
vem ser informados do tempo esti-
mado de espera e encaminhado para 
o atendimento médico: 
 O paciente classificado como 
verde deve ser atendido com 
brevidade (de preferência, em 
até 2 horas após a sua classifi-
cação de risco); 
 O paciente classificado como 
azul deve, de preferência, ser 
atendido no mesmo dia, den-
tro do menor tempo possível 
para a situação de demanda do 
serviço, conforme agenda local 
e marcação prévia; 
 Os pacientes classificados co-
mo azuis ou verdes, podem ser 
encaminhados a outro serviço 
dentro da rede de atenção, po-
rém o serviço de urgência que 
 
 
 34 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
encaminha deve garantir que o 
usuário receba o atendimento; 
 Em relação à Classificação de 
Risco, ainda, é necessário fa-
zer a distinção dos pacientes 
que são submetidos ao pro-
cesso de Classificação de Risco 
e têm como resultado avalia-
tivo o indicador “Azul” e, por 
opção estratégica e em acordo 
com o usuário, são encami-
nhados para outra unidade de 
saúde com garantia de acesso 
daqueles que também são sub-
metidos ao processo de Classi-
ficação de Risco, mas não 
apresentam nenhuma necessi-
dade de atendimento clínico 
ou de outra ordem, por exem-
plo: demanda administrativa, 
solicitação de exames subsidi-
ários originados em outras 
instituições, procura por espe-
cialista sem regime ambulato-
rial etc. 
 Os pacientes graves deverão 
ser acolhidos na porta de en-
trada, colocados em maca 
apropriada e, imediatamente 
levados para sala vermelha 
(reanimação/ressuscitação) 
por entrada específica que per-
mite acesso rápido ao local re-
ferido. A classificação de risco 
deverá ser realizada posterior-
mente pelo enfermeiro da 
equipe com objetivo de gerar 
ficha de atendimento para ser 
anexada ao prontuário clínico 
do paciente. 
 
Segundo Lustoza Xavier e Pe-
reira (2019), a equipe necessária 
deve ser composta por médicos, en- 
fermeiros, técnicos de enfermagem e 
assistentes sociais, além de receber 
suporte de pessoal de apoio, que tor-
nam-se essenciais dentro do proces-
so como: maqueiros/auxiliares de 
transporte, auxiliares administrati-
vos, seguranças, recepcionistas e 
porteiros. 
Para Feitosa e Pereira (2019), 
a classificação de risco é usada para 
tentar reorganizar o atendimento na 
entrada do sistema de saúde, sendo 
o enfermeiro o profissional mais 
adequado para realizar este proces-
so. O processo é pautado pela utili-
zação de protocolos, nos quais o en-
fermeiro pode identificar sinais e 
sintomas, para que seja especificada 
a prioridade clínica no atendimento 
e o tempo máximo de espera deter-
minado pela cor até o primeiro aten-
dimento médico. Uma vez que a 
classificação de risco não pode con-
firmar o diagnóstico e requer conhe-
cimento clínico profissional, habili-
dades de semiologia e habilidades 
semi-técnicas para avaliar os princi-
pais sintomas, o enfermeiro é um 
profissional preparado para assumir 
essa função. Todo o processo de 
Acolhimento da Classificação do 
Risco (ACCR) deve ser de responsa- 
 
 
 35 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
bilidade de toda a equipe, incluindo 
os serviços de suporte que integram 
a área de farmácia, laboratório e 
bioimagem. Todos os trabalhadores 
devem compreender o significado 
das cores nos procedimentos de 
emergência para que possam dar as-
sistência resolutiva aos usuários, di-
minuir o tempo na unidade e tam-
bém contribuir para a redução do 
congestionamento. Para que o pro-
cesso de ACCR seja implementado 
com êxito, espera-se que toda a equi-
pe tenha as seguintes habilidades e 
capacidades: 
 Treinamento teórico e prático 
de situações de urgência e 
emergência; 
 Esclarecimento e divulgação 
do funcionamento de todos os 
fluxos de regulação, grade de 
referência e desenho da rede 
de atenção local; 
 Habilidade organizacional, 
agilidade e julgamento crítico; 
 Aprofundar questões ético-le-
gais nos atendimentos de ur-
gência e emergência. 
 
De acordo com autores como 
Velasco, Brandão Neto, Souza, Ma-
rino, Marchini, e Alencar (2020), ca-
da membro da equipe possuem atri-
buições necessária para este tipo de 
atendimento. Cabe aos médicos dos 
consultórios de Classificação de 
Risco: 
 Acolher o usuário de forma 
responsável, escutando as 
suas queixas, os medos e ex-
pectativas; 
 Responsabilizar-se em res-
ponder de forma pactuada ao 
problema, conjugando as ne-
cessidades imediatas dos usu-
ários com a possibilidade de 
ofertas do serviço; 
 Realizar o atendimento aos 
usuários vítimas de violência 
física e sexual, conforme pro-
tocolo da unidade em conjunto 
com o serviço social e a enfer-
magem; 
 Solicitar exames nos pedidos 
marcados pelas cores, con-
forme fluxo interno da uni-
dade; 
 Trabalhar sempre em equipe, 
buscando a integração de to-
dos os profissionais de saúde; 
 Reavaliar os usuários das 
áreas verde e amarela, respei-
tando os tempos estabelecidos 
neste documento, objetivando 
uma assistência eficiente e re-
solutiva; 
 Redigir relatório médico para 
admissão de pacientes nos de-
mais setores com caligrafia le-
gível, procurando resumir o 
quadro clínico de forma obje-
tiva e que conste: o atual es-
tado do paciente, a justifica-
tiva da solicitação e as condu-
tas já adotadas. Se a perma-
nência do paciente ultrapassar 
24 h, deverá ser redigida um 
novo relatório para atualiza-
ção do sistema de regulação; 
 Participar de reuniões e colegi-
ado da unidade, estimulando o 
 
 36 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
envolvimento dos demais co-
legas na gestão e do processo 
de trabalho. 
 
Conforme Velasco (2020), ca-
be ao enfermeiro da Sala de Classifi-
cação de Risco: 
 Acolher o usuário de forma 
responsável, escutando as 
suas queixas, os medos e ex-
pectativas; 
 Responsabilizar-se em res-
ponder de forma pactuada ao 
problema, conjugando as ne-
cessidades imediatas dos usu-
ários com a possibilidade de 
ofertas do serviço; 
 Realizar o atendimento aos 
usuários vítimas de violência 
física e sexual, conforme pro-
tocolo da unidade em conjunto 
com o serviço social e o mé-
dico; 
 Classificar o risco do paciente 
com rapidez e eficiência, atra-
vés de objetividade nas per-
guntas, observação aguçada, 
olhando e interagindo com o 
paciente, interessando-se pelo 
que ele traz; 
 Utilizar ficha de anamnese pa-
dronizada do Protocolo de 
Classificação de Risco com o 
objetivo de classificar o usuá-
rio em até 03 minutos, dando 
celeridade ao processo; 
 Após classificação do usuário, 
identificá-lo com a pulseira 
com a cor correspondente, 
bem como o seu acompanhan- 
 
 
te com uma pulseira de cor 
branca, não permitindo aglo-
merações de pessoas no es-
paço da emergência. Sugere-se 
a permissão de apenas 01 
acompanhante por paciente, 
quais sejam: menores de 18 
anos, maiores de 60 anos ou 
pacientes que se enquadram 
nos critérios de Atendimento 
Prioritário; 
 Identificar a ficha de classifi-
cação de risco com adesivo da 
cor correspondente (azul, ver-
de, amarelo, vermelho e la-
ranja); 
 Procurar relacionar-se de for-
ma harmônica com seus cole-
gas de trabalho e com toda a 
equipe do acolhimento; 
 Participar de reuniões e colegi-
ado da unidade, estimulando o 
envolvimento dos demais co-
legas na gestão e do processo 
de trabalho. 
 
Segundo Brandão Neto 
(2020), cabe ao técnico de enferma-
gem, que trabalham em unidade de 
Classificação de Risco: 
 Atender ao usuáriode forma 
cordial, acolhedora e educada, 
 Responsabilizar-se em res-
ponder de forma pactuada ao 
problema, conjugando as ne-
cessidades imediatas dos usu-
ários com a possibilidade de 
ofertas do serviço; 
 Ficar na recepção para o aco-
lhimento e identificação de 
 
 
 37 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
possíveis situações de urgên-
cia, realizando os sinais vitais, 
observando o paciente e libe-
rando-o para a sala de classifi-
cação de risco, quando julgar 
prioridade; 
 Encaminhar ao enfermeiro as 
informações obtidas para que 
este possa classificar o risco de 
acordo com o Protocolo de 
Classificação de Risco; 
 Procurar relacionar-se de for-
ma harmônica com seus cole-
gas de trabalho e com toda a 
equipe do acolhimento; 
 Participar de reuniões e colegi-
ado da unidade, estimulando o 
envolvimento dos demais co-
legas na gestão e do processo 
de trabalho. 
 
Para Souza (2020), as funções 
do assistente social, nas unidades 
que trabalham com Protocolo de 
Controle de Risco, são: 
 Informar e orientar o paciente, 
acompanhante e responsável 
quanto à dinâmica de funcio-
namento e normas da uni-
dade; 
 Praticar escuta responsável, 
qualificada e reflexiva em to-
dos os atendimentos que reali-
zar, acerca da demanda, ne-
cessidade do paciente ou fami-
liar; 
 Atendimento psicossocial ao 
paciente e/ou acompanhante/ 
visitante nas seguintes situa-
ções: diagnóstico e/ou prog-
nóstico grave, conflito intrafa-
miliar, negligência da família 
quanto aos cuidados com o pa-
ciente, dificuldade em levar o 
paciente por ocasião de alta 
hospitalar, abandono e óbito. 
 Solicitar e/ou intervir junta-
mente com a psicologia, caso 
necessário; 
 Contatar e referenciar o paci-
ente pós-alta hospitalar ao 
Centro de Saúde, Equipe ESF 
de sua referência, articulando 
a continuidade da atenção na 
rede SUS; 
 Orientar e encaminhar o paci-
ente/familiar ou responsável, 
quanto aos direitos sociais, 
previdenciários, Defensoria 
Pública e Direitos humanos; 
 Orientar os usuários quanto 
aos seus direitos previdenciá-
rios: auxílio-doença, perícia 
médica, procedimentos para 
solicitação de aposentadoria, 
LOAS, Bolsa Família, dentre 
outros; 
 Ser a referência para a infor-
mação aos usuários, escuta 
qualificada aos usuários, pos-
tura acolhedora, junto aos ou-
tros profissionais de saúde e 
de apoio; 
 Articular a continuidade da 
atenção na rede SUS e na rede 
de proteção social, mediante 
encaminhamentos com garan-
tia de atendimento na unidade 
de saúde específica, via con-
tato telefônico prioritaria-
mente; 
 
 
 38 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 Atualizar informações sobre a 
rede SUS local e regional, bem 
como a rede de proteção social 
existente para efetivação de 
encaminhamentos necessá-
rios; 
 Identificar cuidadores, condi-
ções de moradia, avaliar área 
de risco, unidade de saúde de 
referência/PSF, realizando in-
terlocução com médico para 
admissão no Serviço de Aten-
ção Domiciliar (SAD); 
 Realizar atendimento aos usu-
ários vítimas de violência se-
xual, juntamente como médico 
e o enfermeiro, sejam crian-
ças, adolescentes e mulheres, 
conforme protocolo interno da 
unidade, anexando a “ficha de 
notificação de violência”; 
 Procurar relacionar-se de 
forma harmônica com seus co-
legas de trabalho e com toda a 
equipe do acolhimento; 
 Participar de reuniões e colegi-
ado da unidade, estimulando o 
envolvimento dos demais co-
legas na gestão e do processo 
de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
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