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Instrumentos e técnicas em Periodontia

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Apostila de Periodontia e Implantodontia 
Giovana de Oliveira Garcia 
Colaboradoras: Beatriz Lima e Luiza Nakao 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade de Santo Amaro 
2019 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwimx_24nMTiAhUt1VkKHYEBBnYQjRx6BAgBEAU&url=https://apiceodontologia.com.br/periodontia/&psig=AOvVaw3q4TU9FDRQSJciHrnh-7XP&ust=1559338948030045
Os instrumentos periodontais 
Finalidade dos instrumentos: 
 Remoção de cálculos; 
 Alisamento de superfícies radiculares; 
 Remoção de tecido doente. 
 
Sondas periodontais: 
 Medir a profundidade das bolsas periodontais; 
 Determinar a sua forma. 
 
Bolsa periodontal: 
 É o aprofundamento patológico do sulco gengival. 
 
Sondagem periodontal: 
 Sonda paralela ao eixo axial do dente; 
 Deslizamento da sonda – distal para mesial; 
 Sondagem de Furcas 
- Classe 1: pequena penetração da sonda, aproximadamente 1mm; 
- Classe 2: consiste penetração, sem atingir a outra furca; 
- Classe 3: comunicação vestíbulo-lingual. 
 
Sondagem perimplantar: 
 Sondas de plástico; 
 Sondas com carga controlada; 
 Índice médio de sondagem 3mm 
 
Princípios mecânicos: 
 Cabo: 8 a 9 mm de diâmetro; 
 Haste: 35 a 40 mm; 
 Lâmina: alinhada ao longo eixo do instrumento; 
- Face; 
- Superfície lateral; 
- Dorso. 
 
Ação: 
 Pesados: Foices, Enxadas e Cinzéis; 
 Leves: Curetas e Limas. 
Foices: usados preferentemente para remoção de cálculos supra gengivais. 
 
Número de angulações da haste: 
 Reta ou ponta morse – interproximal de dentes anteriores; 
 Monoangulada – interproximal de dentes anteriores; 
 Biangulada – interproximal de dentes posteriores. 
 
Curetas universais: 
 McCall 13-14; 
 McCall 17-18. 
 
Cureta de Gracey: 
 Possuem lâmina compensatória; 
 Face inclinada em relação à haste; 
 Apenas um ângulo de corte. 
 
1-2: Dentes anteriores 
3-4: Dentes anteriores 
5-6: Dentes anteriores e pré-molares 
7-8: Dentes posteriores (vestibular, lingual e palatina) 
9-10: Dentes posteriores (vestibular, lingual e palatina) 
11-12: Mesiais de dentes posteriores 
13-15: Distais de dentes posteriores 
 
Limas: 
Atuam em bolsas profundas e furcas. 
 Hirshfield; 
 Dunlop; 
 Orban 
 
Instrumentos plásticos para implantes: é preferido o uso do plástico para evitar riscos ou 
danos permanentes aos implantes. 
Instrumentos ultra sônicos: são compostos por um gerador que libera energia em uma forma 
de alta frequência, que é transmitida para uma peça de mão. 
 
Objetivos da afiação: 
 Produzir bordas funcionalmente afiadas para o uso; 
 Preservaar o contorno dos instrumentos; 
 Conservar material da lâmina para maior vida últil. 
 
Instrumento “CEGO”: 
 Precisa de mais força; 
 Menos sensibilidade tátil; 
 Exige maior força de trabalho; 
 Pode escapar e causar ferimentos. 
 
Técnica de afiação: 
 Iluminação e visualização; 
 Face paralela ao solo; 
 Movimentos curtos; 
 Apoio firme para manter o ângulo; 
 Evitar pressão excessiva; 
 Lubrificar com água ou óleo; 
 Afiar sempre que necessário. 
 
 
 
 
Princípios da afiação: 
 Pedra pouco abrasiva; 
 Pedra esterilizada; 
 Estabelecer ângulo entre a pedra e o instrumento. 
 
Como verificar o resultado da afiação: 
 Ativando o instrumento contra um tubete anestésico de plástico; 
 Instrumento “cego” reflete a luz, enquanto que o afiado não reflete. 
 
Tabela de instrumentais 
 
Nome Local utilizado 
Sonda periodontal Paralela ao eixo axial do dente 
Sonda de Nabers Lesão de furca 
WS 14-15 Faces interproximais 
Foice SH5 Reto: anteriores 
Curva: posteriores 
Gracey 3-4 Dentes anteriores (incisivo a canino) 
Gracey 9-10 Dentes posteriores (pré-molares) 
Gracey 11-12 Mesiais de dentes posteriores (pré-molares e molares) 
Gracey 13-14 Distais de dentes posteriores (pré-molares e molares) 
Hirshfeld 3-7 Interproximal de posteriores 
Hirshfeld 5-11 Mesial e distal 
Dunlop 1-2 Mesial 
Dunlop 2-5F Distal 
Dunlop 3-7 Vestibular e lingual 
McCall 13-14 Dentes anteriores 
McCall 17-18 Dentes posteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raspagem e alisamento radicular 
Raspagem periodontal é o processo pelo qual a placa e o cálculo são removidos das superfícies 
dentárias supra ou sub gengivais. 
Objetivo da raspagem: 
 Resolução da inflamação; 
 Sustentar a destruição progressiva do Periodonto de sustentação. 
 
Condições dos instrumentos: 
 Escolha da área a ser raspada; 
 Escolha do instrumento; 
 Afiação. 
 
Instrumentos de raspagem desenhados para finalidades específicas: 
 Remoção de cálculos; 
 Alisamento das raízes; 
 Curetagem de gengiva ou remoção de tecido doente. 
Podem ser de aço inox ou aço carbono. 
 
Classificação quanto à ação: 
 Pesados (foices, enxadas e cinzéis); 
 Leves (curetas e limas). 
After five: haste foi aumentada em 3mm com o objetivo de alcançar bolsas mais profundas. Tem 
a lâmina mais fina e delicada. 
Mini five: curetas com mini lâminas. Apresenta metade da lâmina da after five. A lâmina menor 
permite introdução e adaptação mais fácil em bolsas estreitas e profundas. 
 
Princípios de raspagem: 
 Posicionamento: paciente e operador; 
 Iluminação; 
 Separação; 
 Visibilidade; 
 Sucção; 
 Conhecimento anatômico; 
 Empunhadura (caneta modificada); 
 Apoio. 
 
Movimentos de uma raspagem: 
 Ápico 
- Oclusal/Incisal 
- Vertical 
 Disto 
- Mesial 
- Horizontal 
 Diagonal 
- Oblíquo 
 
 
Dependendo da localização dos depósitos, a raspagem pode ser executada por instrumentação 
supra gengival ou sub gengival. 
 
Supra: geralmente é menos retentivo e menos calcificado do que o cálculo sub gengival; 
Foices, curetas e instrumentos ultra sônicos são mais comumente usados para a remoção de 
cálculos supra gengivais. 
 
Sub: é mais duro que o cálculo supra e está frequentemente preso em irregularidades da raiz, 
portanto, mais retentivo e mais fácil de remover. 
 
A inflamação não é causada pela eventual rugosidade do cálculo ou do material restaurador, mas 
pelo biofilme dentário, que se instala na interface dente/restauração, sobre a própria restauração 
no interior e sobre o cálculo. 
 
Alisamento radicular: Técnica de instrumentação em que se remove o cemento contaminado. 
 
Dificuldades para se executar a técnica de RACR: 
 Forma dos instrumentos; 
 Localização da área a ser raspada; 
 Área de bi ou trifurcação; 
 Bordas de coroas e restaurações; 
 Visualização da área a ser raspada; 
 Relevo da superfície radicular. 
Bolsa periodontal é o aprofundamento patológico do sulco gengival! 
Instrumentos rotatórios: 
 Os instrumentos rotatórios de grana fina, ou de aço desgastados podem ser os melhores para 
sulcos e superfícies radiculares; 
 Em bolsas estreitas e profundas (limas). 
Área de atuação das Limas: 
 Bolsas estreitas e profundas; 
 Furcas. 
Instrumentos ultra sônicos: São compostos de um gerador elétrico que libera energia em uma 
forma de alta frequência (ultra sônica), que é transmitida para uma peça de mão. 
Padrão de vibração das unidades ultra sônicos: 
 Magnetostritivo: A vibração na ponta do instrumento é elíptica; 
 Piezoelétrica: A vibração na ponta do instrumento é linear. 
 Alcançam freqüência de 20.000 a 45.000 ciclos por segundo (HERTZ); 
 A tecnologia Magneto-estrictiva, tem como característica o movimento elíptico de suas pontas; 
 O movimento elíptico permite maior contato da ponta com o dente, aumentando a 
performance; 
 Pontas fáceis de trocar, adequadas para a remoção de cálculos leves, moderados e severos 
nas regiões supra e subgengivais; 
 Pontas subgengivais: são mais finas e delicadas, não distende o tecido inflamado; 
 Facilitam o acesso a furcas e à regiões interproximais; 
 Fluxo de água
direcionado, que permite uma excelente visualização da área de trabalho. 
 
 
Objetivos do controle do biofilme dentário, da raspagem e da escovação: 
 Eliminar a inflamação gengival, restabelecendo a saúde; 
 Inibir a transição de gengivite para periodontite; 
 Inibir a progressão da periodontite; 
 Eliminar bolsas edematosas; 
 Alcançar maneabilidade cirúrgica. 
 
Alisamento radicular: 
É o processo pelo qual o cálculo residual incrustado e porções de cemento amolecido e 
contaminado são removidos da raiz, para produzir uma superfície lisa, dura e limpa. 
 
Avaliação procedimentos de raspagem e alisamento radicular: 
 Avaliação imediata 
- Inspeção visual; 
- Inspeção tátil. 
 Avaliação tardia 
- Inspeção visual; 
- Inspeção tátil; 
- Após um período de cicatrização do tecido mole. 
 
Avaliação dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular: 
 A eficiência da raspagem é avaliada quando o procedimento é executado e novamente mais 
tarde, após um período de cicatrização do tecido mole; 
 A uniformidade radicular é o critério pelo qual a raspagem e alisamento é avaliado 
imediatamente; 
 A última avaliação é baseada sempre na RESPOSTA TECIDUAL, que consiste na sondagem 
que não deve ser executada antes de 3 a 4 semanas após o procedimento. 
 
 
 
 
 
 
Cemento radicular: removê-lo ou não na instrumentação radicular? 
A remoção do cemento radicular na terapia periodontal, 
foi até então justificado, pela capacidade de 
toxinas bacterianas penetrarem em 
seu interior, contaminando-o. 
 
Macro e micro estruturas do periodonto 
 
Grupos 
Proteção (gengiva) 
- Macro estruturas 
 Gengiva marginal; 
 Gengiva inserida; 
 Gengiva interdental. 
 - Micro estruturas 
 Epitélio; 
 Conjuntivo. 
 
Sustentação 
- Macro e micro 
 Ligamento periodontal; 
 Cemento; 
 Osso alveolar. 
Periodonto 
 Gengiva (proteger tecido subjacente); 
 Ligamento periodontal (inserção); 
 Cemento (inserção – suporte para as fibras do ligamento periodontal); 
 Osso alveolar (inserção). 
Divisão 
 Gengiva marginal (livre); 
 Gengiva inserida (aderida); 
 Gengiva interdental (papilar). 
Parâmetros clínicos 
 Cor; 
 Tamanho/volume; 
 Contorno; 
 Forma; 
 Consistência; 
 Posição; 
 Ausência de sangramento. 
Doença periodontal  em volta do dente! 
 
Uso incorreto do fio dental pode seccionar a gengiva papilar. 
Mucosa: revestir órgãos e cavidade. Libera muco para proteção do órgão de cavidade 
 Mucosa mastigatória (gengiva, palato duro); 
 Mucosa especializada (dorso da língua); 
 Mucosa de revestimento (todo o resto). 
Periodonto de proteção (macro) 
Gengiva Marginal (livre) 
 Circuncida o dente como um colarinho; 
 Mais ou menos 1mm de comprimento; 
 Um pouco mais elevada que a inserida; 
 Aspecto liso; 
 Se afasta facilmente do dente; 
 Epitélio externo (queratinizado). 
Gengiva inserida (aderida) 
 Apical a gengiva marginal livre; 
 Textura de casca de laranja (fibras colágenas); 
 Firme e sem mobilidade; 
 Inicio no limite coronário e término na linha muco-gengival. 
Gengiva interdental 
 Entre os dentes; 
 Mistura entre gengiva marginal e inserida; 
 Forma piramidal nos dentes anteriores; 
 Forma de sela (COL) nos dentes posteriores. 
 
Periodonto de proteção (micro) 
 
Epitélio oral 
 Parte externa da gengiva (visível); 
 Voltado para a cavidade oral; 
 Linha muco – gengival até margem gengival; 
 Possui cristas epiteliais (se inserem no conjuntivo e criam papilas conjuntivas); 
 Queratinizado; 
 Langherhan e merckel. 
 
 
 
 
Epitélio de sulco 
 Preenche o espaço entre dente e gengiva marginal; 
 Parte da gengiva interna que não se adere ao dente; 
 Não é visível; 
 Não queratinizado/ 
 Semipermeável (permite passagem de fluídos); 
 Espaço do sulco gengival. 
 
Epitélio juncional 
 Começa no fim do epitélio sulcular; 
 Termina na inserção conjuntiva; 
 Aderido a superfície dental; 
 Faz parte do espaço biológico (epitélio juncional + inserção conjuntiva); 
 Não queratinizado; 
 Delgado (fino); 
 Semipermeável. 
Periodontite: inflamação ao redor do dente. 
Mucosite: inflamação ao redor do implante. 
Implante 
 Na ausência do dente a gengiva é denominada mucosa; 
 Ao redor do implante temos margem da mucosa e não gengiva marginal; 
 Mucosa condicionada (entre dois implantes) é a gengiva papilar (interdental) ao redor do 
implante pois tem fibras; 
 Mucosa de revestimento; 
 Não tem fibras, portanto não é papila. 
Espaço cicatricial  ao redor não tem fibras. 
Sulco gengival 
 Espaço raso ao redor do dente; 
 Delimitado pela superfície dental e pelo epitélio de revestimento da gengiva marginal livre; 
 Mal permite a entrada de uma sonda periodontal; 
 A determinação clínica da profundidade do sulco gengival é um importante parâmetro de 
diagnóstico; 
 Quando aumentado forma uma bolsa. 
Fibra parte de cemento, não parte de esmalte! 
A gengiva se une ao dente por meio do epitélio juncional e da inserção conjuntiva (fibras dento 
gengivais). 
 
 
Espaço biológico 
 Epitélio juncional (0,97mm) + inserção conjuntiva (1,07mm); 
 Espaço virtual existente na vertente interna do periodonto de proteção, compreendido entre 
o pico gengival e a crista óssea alveolar; 
 3mm. 
Suprimento vascular do epitélio juncional 
 Arteríolas supraperiósticas; 
 Vasos do ligamento; 
 Arteríolas do septo interdental. 
Fibras gengivais 
 Dento gengivais; 
 Circulares. 
COL  Depressão. 
Periodonto de sustentação 
 Ligamento periodontal; 
 Transmitir forças oclusais para o osso; 
 União dente-osso; 
 Manter os tecidos gengivais; 
 Resistência a impactos; 
 Abrigar vasos e nervos; 
 Tecido frouxo e vascularizado; 
 Composto por fibras que liga o osso ao cemento radicular; 
 Fibras oxitalânicas; 
 Elásticas; 
 Colágenas; 
 Fibras da crista alveolar; 
 Fibras horizontais (terço cervical); 
 Fibras oblíquas; 
 Fibras apicais (no ápice do dente); 
 Fibras da furca (interadiculares); 
 Fibras de sharpey; 
 Porção do ligamento que está dentro do tecido calcificado. 
Suprimento vascular do ligamento 
 Vasos apicais; 
 Vasos transalveolares; 
 Vasos gengivais. 
Frenestação: Janela no osso; 
 
Deiscidência: “Não tem batente”. 
Tecido conjuntivo 
 Região de preenchimento que fica abaixo do epitélio; 
 Composto por 
- Fibras colágenas (60%); 
- Fibroblastos (5%); 
- Vasos e nervos (35%); 
- Células de defesa; 
- Substância fundamental amorfa; 
 
 Fibras colágenas 
- Conectar a gengiva no dente; 
- Fornecer rigidez a gengiva; 
- Presentes na inserção conjuntiva; 
- Nomeadas de acordo com o sentido; 
- Fibras circulares (dão a volta no dente); 
- Fibras dentogengivais (cemento – gengiva livre); 
- Fibras dentoperiostiais (cemento – gengiva inserida); 
- Fibras transseptais (cemento – cemento). 
 
 Cemento radicular 
- Reveste a raiz dentária; 
- Não possui vasos e nervos; 
- Composto principalmente por hidróxiapatita; 
- Inserção das fibras do ligamento na raiz; 
- Reparo da raiz; 
- Proteção da dentina; 
- Classificado em 
Celular (cementócitos aprisionados na matriz) 
 Acelular (terço cervical) 
- Quando o dente está erupcionando a deposição de cemento é mais rápida; 
- Cemento nunca para de se formar. 
 
 Osso alveolar 
- Distribuir e absorver as forças da mastigação 
- Tecido conjuntivo especializado 
- Dente dependente 
- Possui trabéculas (quanto mais, melhor a reparação) 
- Furos, espaços 
- Células mesenquimais 
- Exposição do cemento. 
 
 
Gengivectomia 
Definição 
 Excisão da parte mole (gengiva) da bolsa periodontal; 
 Bisel externo; 
 Tomar cuidado para não modificar e prejudicar a estética; 
 Tomar cuidado para não causar problemas; 
 Remoção da gengiva em altura. 
Indicação 
 Gengiva hiperplásica; 
 Periodontite inicial/moderada com reabsorção óssea horizontal e em mesmo nível; 
 Necessidade
de gengiva inserida; 
 Melanose gengival fisiológica; 
 Aumento de coroa clínica (desde que não necessite de acesso ao osso) 
 
Contra indicação 
 Inflamação gengival; 
 Falta de gengiva inserida; 
 Bolsa infra-óssea ou crateras ósseas; 
 Necessidade de acesso ao tecido ósseo; 
 Controle do biofilme. 
Técnica cirúrgica 
1. Sondagem 
 Marcação em toda gengiva; 
 Vestibular e palatino; 
2. Incisão 
Primária 
 Retilínea; 
 Contornada contínua; 
 Contornada descontínua; 
 Gengivótomo de Kirkland; 
 Apicalmente ao ponto sangrante; 
 Bisel externo. 
Secundária 
 Gengivótomo de Orban; 
 Região interdental; 
 Apicalmente ao ponto sangrante. 
 
 
3. Remodelamento da gengiva: gengivoplastia 
 Scraping; 
 Remoção da gengiva em espessura; 
 Gengivótomo de Kirkland; 
 Não necessita de sutura: reparação por 2º intenção. 
 
4. Recobrimento da gengiva 
 Cimento cirúrgico 
- Proteger a fenda cirúrgica; 
- Utilizado em outras técnicas; 
- Oferecer conforto ao paciente. 
Gengivoplastia 
 
Toda gengivectomia termina com gengivoplastia, mas nem toda gengivoplastia necessita de uma 
gengivectomia. 
Definição 
 Remodelação cirúrgica da gengiva; 
 Não elimina bolsa periodontal; 
 Retirada em espessura. 
Bisturi elétrico 
 Pode ser utilizado; 
 Muito delicada e necessita de extremo cuidado; 
 Pós operatório dolorido; 
 Ponta em forma de diamante; 
 Se tocar no osso necrosa o mesmo. 
Laser 
 Pode ser utilizado; 
 Muito caro; 
 Bom resultado. 
Reparação - cicatrização 
 Formação de coágulo sanguíneo; 
 Migração do epitélio a partir da borda da fenda cirúrgica; 
 Blow up: formação de fibras. 
 
 
 
 
 
 
Retalhos periodontais 
Doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas em periodontia: 
 Gengivite e suas formas; 
 Periodontite e suas formas. 
Como tratar as doenças 
 Controle do biofilme e instrução de higiene oral; 
 Raspagem e alisamento radicular; 
 Manutenção. 
Após a raspagem, o que pode acontecer 
 Descontaminação total e aderência gengival; 
 Descontaminação parcial e gengiva não adere  nova raspagem. 
Retalho periodontal 
 Raspagem insuficiente; 
 Afastar cirurgicamente a gengiva dos tecidos para ter acesso e visualização do osso e da 
superfície radicular; 
Objetivos 
 Acesso as raízes para realizar RAR; 
 Eliminar ou diminuir a bolsa periodontal; 
 Acesso e manipulação do tecido ósseo (osteotomia e osteoplastia). 
Em uma incisão relaxante, ou inclui ou exclui a papila, nunca no meio da coroa ou no meio da 
papila. 
Técnica 
Incisão interna 
Horizontal 
 Primária: bizel interno; 
 Secundária: sulcular; 
 Terciária: interdental. 
Vertical (relaxante) 
 Cortes laterais e levantamento do tecido; 
 Menos utilizado; 
 Limita a vascularização do tecido. 
 
 
 
 
Classificação do retalho quanto ao afastamento 
Espessura total (mucoperiósteo) 
 Incisão termina no osso; 
 Deslocamento de todo o retalho. 
Espessura parcial (mucoso/dividido) 
 Incisão termina na superfície radicular; 
 Periósteo permanece no osso. 
Tipos de retalho 
Radicais 
 Eliminação de bolsa periodontal; 
 Retalho periodontal comum; 
- O tecido afastado é colocado na mesma posição e suturado; 
 Retalho deslocado apicalmente 
- O tecido afastado é colocado em direção a base apical e suturado 
Conservadoras 
 Epitélio juncional longo; 
 Retalho recolocado (dentro do sulco); 
 Retalho de Widman modificado. 
Afinamento do retalho 
 Normalmente em face palatina; 
 Gengiva mais espessa; 
 Quando feito o afinamento a gengiva “gruda” ao dente. 
Cunha 
 Mesial ou distal; 
 Procedimento cirúrgico que visa eliminação ou redução de bolsa periodontal em regiões 
mesiais e distais. 
Sutura 
 Interrompida direta; 
 Suspensório. 
 
 
 
 
Osteotomia, osteoplastia e odontoplastia 
 Osteotomia: corte do osso; 
 Osteoplastia: remodelação do osso; 
 Odontoplastia: remodelação do dente. 
Principal diferença entre gengivectomia e retalho: bisel interno e externo! 
 Reabsorção óssea segue os trajetos de vasos; 
 Remover os defeitos da gengiva em crateras; 
- Sensibilidade; 
- Mobilidade; 
 A qualidade do periodonto de sustentação é mais importante que a quantidade; 
 A qualidade que determina a mobilidade. 
 Para a remoção do osso é usado a lima de Schluger/mini cinzel (ou cinzel); 
 Para que obtenha o aumento de coroa clínica a técnica de eleição é a mais usada; 
 Retalho periodontal posicionado apicalmente; 
 Com ou sem osteotomia. 
Osteotomia 
 Eliminação dos defeitos ósseos; 
 Remodelação do processo alveolar; 
 Busca reconstruir a anatomia fisiológica; 
 Elimina parte do tecido ósseo de sustentação. 
Osteoplastia 
 Remodelação do processo alveolar; 
 Busca reconstruir a anatomia fisiológica, sem eliminar tecido ósseo de sustentação; 
 Indicações: 
- Exostose; 
- Torus; 
- Rebordos marginais engrossados; 
- Abaulamento do contorno ósseo; 
- Acabamento plástico das osteotomias. 
 
 
 
 
 
 
 
Osseointegração 
Conexão direta, funcional e estruturada entre osso organizado e vital e a superfície de implantes 
sujeitos a cargas funcionais (mastigatória). 
Princípios da osseointegração 
 Menor nível de contaminação possível; 
 Não deve haver trauma (mastigação); 
 Cirurgia atraumática (sem superaquecimento); 
 Respeitar o tempo de osseointegração; 
- 6 meses maxila; 
-4 meses mandíbula. 
Tipos de implante 
 Hexágono externo; 
 Hexágono interno; 
 Conexão cone morse; 
- Melhor e mais utilizado 
- Mais retentivo 
Biocompatibilidade 
 Propriedade de o material entrar em contato com os tecidos e não ser rejeitado; 
 Rejeição NÃO ocorre pois o material não libera partículas de metal que sensibilizariam o 
sistema imunológico causando a resposta inflamatória; 
 O que pode ocorrer são falhas 
- Falha por trauma (antes, durante ou depois); 
- Falha por infecção (presença de bactérias). 
Implantes 
 Implantes de titânio puro; 
 Implantes de liga de titânio (titânio + alumínio + volat). 
Perfuração 
 Única  + força + energia + calor; 
 Escalonada  - trauma nas paredes; 
 Para controlar o superaquecimento, irrigar com soro fisiológico estéril durante todo o 
procedimento. 
 
 
 
 
Quanto maior o tempo de trabalho no local maior vai ser o aquecimento 
 
Passo a passo da cicatrização 
Após a perfuração 
1. Atividade osteoclástica predominante por 3 semanas; 
 Pré – osteoclastos: macrófagos, linfócitos, neutrófilos... 
2. Queda do suprimento de O2 e do pH; 
3. Migração de células endoteliais 
 Confecção de novos vasos sanguíneos e irrigação do tecido; 
 Células competentes para formação óssea; 
4. Migração de plaquetas 
 Hemostasia + fatores de crescimento; 
5. Formação da rede de fibrina; 
6. Plaquetas soltam fatores de crescimento e células mesenquimais se diferenciam em 
odontoblastos; 
7. Atividade odontoblástica predominante por 3 meses; 
8. Osteoblastos se depositam na rede de fibrinas e se tornam calcificáveis 
 Para ocorrer calcificação é necessário que o colágeno atraia ions de cálcio, o que só 
acontece com a presença da vitamina D ou com a presença de uma enzima semelhante 
a insulina. 
Tipos de osteogênese 
a) Osteogênese a distância 
 Osteoblasto vai em direção ao implante, pois possui vasos 
 
b) Osteogênese de contato 
 Implante com paredes ásperas 
 Osteoblastos se instalam nos vales 
 Osteoblasto vai do implante em direção ao tecido 
Tipos de estabilidade 
a) Primária 
 Vedamento pela rosca 
 Ocorre no momento do implante 
 Seu potencial tende a cair a partir da 3ª semana 
 
b) Secundária 
 Formação de matriz calcificante 
 Seu potencial tende a aumentar a partir da 3ª semana 
 
 
 
Ambas acontecem simultaneamente, porém 
a osteogênese de contato é exacerbada 
pelo desenho dos implantes 
 
Implante ideal 
 Sem inflamação; 
 Não sangrante; 
 Sem edema;
 Sem dor; 
 Ausência de mobilidade. 
Fatores que determinam a osseointegração 
 Quantidade e qualidade de osso; 
 Técnica cirúrgica; 
 Obtenção da estabilidade primária 
- Na cirurgia tem que oferecer resistência para sair; 
 Adaptação do período de reparação 
 Estabilidade secundária 
- Depois de 4 meses; 
 Condições de carga 
- Prótese. 
Fatores que interferem na osseointegração 
 Fator térmico 
- Não pode ocorrer o aumento da temperatura; 
- Queima de osteoblastos; 
- Irrigação intensa; 
- Velocidade de perfuração adequada; 
- Serie gradativa de brocas. 
 
 Controle das forças de inserção 
- Não forçar; 
- O implante deve entrar no osso girando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gengiva, osso e implante 
 30% da população é geneticamente susceptível a ter doença periodontal; 
 Periodontite em fase inicial para moderada afeta 80% dos adultos; 
 Prevalência de gengivite em crianças na fase escolar – 40% a 60%. 
Abscesso periodontal 
 Terceira maior causa de falta ao trabalho 
Fibras gengivais 
 Dentogengivais; 
 Dentoperiodontais; 
 Alvéologengivais; 
 Circulares/ semicirculares; 
 Periosteogengivais; 
 Transseptal; 
 Transgengivais. 
Instalação de implantes em pacientes susceptíveis à periodontite 
 Tratamentos com implantes não são contra indicados após completo tratamento periodontal; 
 Controle da infecção é fundamental; 
 Alta incidência de peri-implantite pode comprometer a longevidade das próteses sobre 
implantes. 
Implantes tem melhor prognóstico do que dentes com pouco suporte ósseo 
 As taxas de sobrevivência de dentes em pacientes periodontais bem mantidos são geralmente 
mais altas do que o implante; 
 Baseado em poucos estudos; 
 O dentista deve aconselhar o paciente a manter seus dentes. 
Extração precoce preserva osso para posterior instalação de implantes 
 Não existe evidência disponível para justificar essa abordagem agressiva; 
 Dentes comprometidos e não tratáveis devem ser extra; 
- Fratura no longo eixo da raiz. 
Consenso na literatura 
 Sobrevivência de implantes > 90%; 
 Risco de peri-implantite em pacientes com história de periodontite; 
 Sobrevivência do implante; 
 Controle radiográfico dos níveis ósseos; 
 Ocorrencia de peri-implantite; 
 
 
Cirurgias plásticas periodontais 
 Aumento de coroa clínica; 
 Enxertos gengivais; 
 Reconstrução do contorno gengival; 
 Reconstrução do rebordo; 
 Recolocamento radicular; 
 Implantes. 
Importante avaliar 
Fenótipo gengival 
 Fino ou espesso; 
 Estreito ou largo; 
 Cor; 
 Textura; 
 Posição; 
 Formato; 
 Contorno; 
 Resiliência; 
 Quantidade de osso; 
 Defeitos estéticos; 
 Morfologia dentária; 
 Formato do arco. 
Pequenos enxertos ósseos 
 Preparo da região para receber implantes; 
 Durante a instalação do implante 
 Após a instalação do implante. 
Materiais utilizados 
 Osso autógeno; 
 Osso de banco; 
 Osso liofilizado (alógeno ou xenógeno) 
- Melhor utilizar o osso autógeno pois o osso ainda está vivo e traz os fatores de crescimento 
formando novos vasos mais rápido; 
- O osso de banco está morto. 
Associações 
 Membranas (barreiras); 
 Biomateriais (alógeno, xenógeno e artificiais); 
 Fatores de crescimento (BMP); 
 Plasma rico em plaquetas; 
 Reconstrução de tecido mole (enxerto interposto de conjuntivo). 
- prévio ao enxerto ósseo 
- após enxerto ósseo 
- após segundo estágio do implante 
 
Observações 
 As plaquetas fazem hemostasia e quando chegam ao local injuriado liberam fatores de 
crescimento para iniciar a cicatrização; 
 Para enxerto de gengiva podemos fazer retalho de espessura parcial e total, sendo melhor o 
parcial; 
 O retalho deve ser apenas estabilizado pela sutura e não tracionado. 
Mediadores de reabsorção óssea 
Estimuladores 
 Interleucina 1 (I-II); 
 Interleucina 6 (III-6); 
 Fator de necrose tumoral (TNF); 
 Paratormonio (PTH); 
 Proteína relacionada ao Paratormonio (Pthrp); 
 Prostaglandina E2 (PGE-2); 
 Fator de estímulo de colônia macrofágica (M-CSE). 
Inibidores 
 Interferon (INF); 
 Osteoprotegerina (OPG); 
 Estrógenos; 
 Andrógenos; 
 Calcitonina; 
 Ciclosporina. 
Ciclo de remodelação óssea 
 
Apenas após 4 meses é indicado a colocação do implante! 
 
 
 
 
 
Questionário de periodontia 
1. Explique o que é gengivectomia e como é a técnica cirúrgica. 
2. A gengivoplastia depende da gengivectomia? Explique o procedimento. 
3. Quais são os pontos positivos e negativos do bisturi elétrico e do laser na gengivoplastia? 
4. Como é a cicatrização na gengivoplastia? 
5. Qual deve ter o procedimento quando não há aderência da gengiva após a RAR? 
6. Explique a técnica cirúrgica utilizada em um retalho periodontal. 
7. Defina osteotomia, osteoplastia e odontoplastia. 
8. O que é osseointegração e como ocorre? 
9. Quais são os tipos de implante? 
10. O que é biocompatibilidade e quais são os motivos das falhas? 
11. Diferencie perfuração única de escalonada, citando aspectos positivos e negativos. 
12. Explique osteogênese a distância e de contato. 
13. Quais são os tipos de estabilidade? 
14. É melhor utilizar um osso autógeno ou um osso do banco de dados? 
15. Quais são os estimuladores e quais são os inibidores da reabsorção óssea?

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