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Apostila de Periodontia e Implantodontia Giovana de Oliveira Garcia Colaboradoras: Beatriz Lima e Luiza Nakao Universidade de Santo Amaro 2019 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwimx_24nMTiAhUt1VkKHYEBBnYQjRx6BAgBEAU&url=https://apiceodontologia.com.br/periodontia/&psig=AOvVaw3q4TU9FDRQSJciHrnh-7XP&ust=1559338948030045 Os instrumentos periodontais Finalidade dos instrumentos: Remoção de cálculos; Alisamento de superfícies radiculares; Remoção de tecido doente. Sondas periodontais: Medir a profundidade das bolsas periodontais; Determinar a sua forma. Bolsa periodontal: É o aprofundamento patológico do sulco gengival. Sondagem periodontal: Sonda paralela ao eixo axial do dente; Deslizamento da sonda – distal para mesial; Sondagem de Furcas - Classe 1: pequena penetração da sonda, aproximadamente 1mm; - Classe 2: consiste penetração, sem atingir a outra furca; - Classe 3: comunicação vestíbulo-lingual. Sondagem perimplantar: Sondas de plástico; Sondas com carga controlada; Índice médio de sondagem 3mm Princípios mecânicos: Cabo: 8 a 9 mm de diâmetro; Haste: 35 a 40 mm; Lâmina: alinhada ao longo eixo do instrumento; - Face; - Superfície lateral; - Dorso. Ação: Pesados: Foices, Enxadas e Cinzéis; Leves: Curetas e Limas. Foices: usados preferentemente para remoção de cálculos supra gengivais. Número de angulações da haste: Reta ou ponta morse – interproximal de dentes anteriores; Monoangulada – interproximal de dentes anteriores; Biangulada – interproximal de dentes posteriores. Curetas universais: McCall 13-14; McCall 17-18. Cureta de Gracey: Possuem lâmina compensatória; Face inclinada em relação à haste; Apenas um ângulo de corte. 1-2: Dentes anteriores 3-4: Dentes anteriores 5-6: Dentes anteriores e pré-molares 7-8: Dentes posteriores (vestibular, lingual e palatina) 9-10: Dentes posteriores (vestibular, lingual e palatina) 11-12: Mesiais de dentes posteriores 13-15: Distais de dentes posteriores Limas: Atuam em bolsas profundas e furcas. Hirshfield; Dunlop; Orban Instrumentos plásticos para implantes: é preferido o uso do plástico para evitar riscos ou danos permanentes aos implantes. Instrumentos ultra sônicos: são compostos por um gerador que libera energia em uma forma de alta frequência, que é transmitida para uma peça de mão. Objetivos da afiação: Produzir bordas funcionalmente afiadas para o uso; Preservaar o contorno dos instrumentos; Conservar material da lâmina para maior vida últil. Instrumento “CEGO”: Precisa de mais força; Menos sensibilidade tátil; Exige maior força de trabalho; Pode escapar e causar ferimentos. Técnica de afiação: Iluminação e visualização; Face paralela ao solo; Movimentos curtos; Apoio firme para manter o ângulo; Evitar pressão excessiva; Lubrificar com água ou óleo; Afiar sempre que necessário. Princípios da afiação: Pedra pouco abrasiva; Pedra esterilizada; Estabelecer ângulo entre a pedra e o instrumento. Como verificar o resultado da afiação: Ativando o instrumento contra um tubete anestésico de plástico; Instrumento “cego” reflete a luz, enquanto que o afiado não reflete. Tabela de instrumentais Nome Local utilizado Sonda periodontal Paralela ao eixo axial do dente Sonda de Nabers Lesão de furca WS 14-15 Faces interproximais Foice SH5 Reto: anteriores Curva: posteriores Gracey 3-4 Dentes anteriores (incisivo a canino) Gracey 9-10 Dentes posteriores (pré-molares) Gracey 11-12 Mesiais de dentes posteriores (pré-molares e molares) Gracey 13-14 Distais de dentes posteriores (pré-molares e molares) Hirshfeld 3-7 Interproximal de posteriores Hirshfeld 5-11 Mesial e distal Dunlop 1-2 Mesial Dunlop 2-5F Distal Dunlop 3-7 Vestibular e lingual McCall 13-14 Dentes anteriores McCall 17-18 Dentes posteriores Raspagem e alisamento radicular Raspagem periodontal é o processo pelo qual a placa e o cálculo são removidos das superfícies dentárias supra ou sub gengivais. Objetivo da raspagem: Resolução da inflamação; Sustentar a destruição progressiva do Periodonto de sustentação. Condições dos instrumentos: Escolha da área a ser raspada; Escolha do instrumento; Afiação. Instrumentos de raspagem desenhados para finalidades específicas: Remoção de cálculos; Alisamento das raízes; Curetagem de gengiva ou remoção de tecido doente. Podem ser de aço inox ou aço carbono. Classificação quanto à ação: Pesados (foices, enxadas e cinzéis); Leves (curetas e limas). After five: haste foi aumentada em 3mm com o objetivo de alcançar bolsas mais profundas. Tem a lâmina mais fina e delicada. Mini five: curetas com mini lâminas. Apresenta metade da lâmina da after five. A lâmina menor permite introdução e adaptação mais fácil em bolsas estreitas e profundas. Princípios de raspagem: Posicionamento: paciente e operador; Iluminação; Separação; Visibilidade; Sucção; Conhecimento anatômico; Empunhadura (caneta modificada); Apoio. Movimentos de uma raspagem: Ápico - Oclusal/Incisal - Vertical Disto - Mesial - Horizontal Diagonal - Oblíquo Dependendo da localização dos depósitos, a raspagem pode ser executada por instrumentação supra gengival ou sub gengival. Supra: geralmente é menos retentivo e menos calcificado do que o cálculo sub gengival; Foices, curetas e instrumentos ultra sônicos são mais comumente usados para a remoção de cálculos supra gengivais. Sub: é mais duro que o cálculo supra e está frequentemente preso em irregularidades da raiz, portanto, mais retentivo e mais fácil de remover. A inflamação não é causada pela eventual rugosidade do cálculo ou do material restaurador, mas pelo biofilme dentário, que se instala na interface dente/restauração, sobre a própria restauração no interior e sobre o cálculo. Alisamento radicular: Técnica de instrumentação em que se remove o cemento contaminado. Dificuldades para se executar a técnica de RACR: Forma dos instrumentos; Localização da área a ser raspada; Área de bi ou trifurcação; Bordas de coroas e restaurações; Visualização da área a ser raspada; Relevo da superfície radicular. Bolsa periodontal é o aprofundamento patológico do sulco gengival! Instrumentos rotatórios: Os instrumentos rotatórios de grana fina, ou de aço desgastados podem ser os melhores para sulcos e superfícies radiculares; Em bolsas estreitas e profundas (limas). Área de atuação das Limas: Bolsas estreitas e profundas; Furcas. Instrumentos ultra sônicos: São compostos de um gerador elétrico que libera energia em uma forma de alta frequência (ultra sônica), que é transmitida para uma peça de mão. Padrão de vibração das unidades ultra sônicos: Magnetostritivo: A vibração na ponta do instrumento é elíptica; Piezoelétrica: A vibração na ponta do instrumento é linear. Alcançam freqüência de 20.000 a 45.000 ciclos por segundo (HERTZ); A tecnologia Magneto-estrictiva, tem como característica o movimento elíptico de suas pontas; O movimento elíptico permite maior contato da ponta com o dente, aumentando a performance; Pontas fáceis de trocar, adequadas para a remoção de cálculos leves, moderados e severos nas regiões supra e subgengivais; Pontas subgengivais: são mais finas e delicadas, não distende o tecido inflamado; Facilitam o acesso a furcas e à regiões interproximais; Fluxo de água direcionado, que permite uma excelente visualização da área de trabalho. Objetivos do controle do biofilme dentário, da raspagem e da escovação: Eliminar a inflamação gengival, restabelecendo a saúde; Inibir a transição de gengivite para periodontite; Inibir a progressão da periodontite; Eliminar bolsas edematosas; Alcançar maneabilidade cirúrgica. Alisamento radicular: É o processo pelo qual o cálculo residual incrustado e porções de cemento amolecido e contaminado são removidos da raiz, para produzir uma superfície lisa, dura e limpa. Avaliação procedimentos de raspagem e alisamento radicular: Avaliação imediata - Inspeção visual; - Inspeção tátil. Avaliação tardia - Inspeção visual; - Inspeção tátil; - Após um período de cicatrização do tecido mole. Avaliação dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular: A eficiência da raspagem é avaliada quando o procedimento é executado e novamente mais tarde, após um período de cicatrização do tecido mole; A uniformidade radicular é o critério pelo qual a raspagem e alisamento é avaliado imediatamente; A última avaliação é baseada sempre na RESPOSTA TECIDUAL, que consiste na sondagem que não deve ser executada antes de 3 a 4 semanas após o procedimento. Cemento radicular: removê-lo ou não na instrumentação radicular? A remoção do cemento radicular na terapia periodontal, foi até então justificado, pela capacidade de toxinas bacterianas penetrarem em seu interior, contaminando-o. Macro e micro estruturas do periodonto Grupos Proteção (gengiva) - Macro estruturas Gengiva marginal; Gengiva inserida; Gengiva interdental. - Micro estruturas Epitélio; Conjuntivo. Sustentação - Macro e micro Ligamento periodontal; Cemento; Osso alveolar. Periodonto Gengiva (proteger tecido subjacente); Ligamento periodontal (inserção); Cemento (inserção – suporte para as fibras do ligamento periodontal); Osso alveolar (inserção). Divisão Gengiva marginal (livre); Gengiva inserida (aderida); Gengiva interdental (papilar). Parâmetros clínicos Cor; Tamanho/volume; Contorno; Forma; Consistência; Posição; Ausência de sangramento. Doença periodontal em volta do dente! Uso incorreto do fio dental pode seccionar a gengiva papilar. Mucosa: revestir órgãos e cavidade. Libera muco para proteção do órgão de cavidade Mucosa mastigatória (gengiva, palato duro); Mucosa especializada (dorso da língua); Mucosa de revestimento (todo o resto). Periodonto de proteção (macro) Gengiva Marginal (livre) Circuncida o dente como um colarinho; Mais ou menos 1mm de comprimento; Um pouco mais elevada que a inserida; Aspecto liso; Se afasta facilmente do dente; Epitélio externo (queratinizado). Gengiva inserida (aderida) Apical a gengiva marginal livre; Textura de casca de laranja (fibras colágenas); Firme e sem mobilidade; Inicio no limite coronário e término na linha muco-gengival. Gengiva interdental Entre os dentes; Mistura entre gengiva marginal e inserida; Forma piramidal nos dentes anteriores; Forma de sela (COL) nos dentes posteriores. Periodonto de proteção (micro) Epitélio oral Parte externa da gengiva (visível); Voltado para a cavidade oral; Linha muco – gengival até margem gengival; Possui cristas epiteliais (se inserem no conjuntivo e criam papilas conjuntivas); Queratinizado; Langherhan e merckel. Epitélio de sulco Preenche o espaço entre dente e gengiva marginal; Parte da gengiva interna que não se adere ao dente; Não é visível; Não queratinizado/ Semipermeável (permite passagem de fluídos); Espaço do sulco gengival. Epitélio juncional Começa no fim do epitélio sulcular; Termina na inserção conjuntiva; Aderido a superfície dental; Faz parte do espaço biológico (epitélio juncional + inserção conjuntiva); Não queratinizado; Delgado (fino); Semipermeável. Periodontite: inflamação ao redor do dente. Mucosite: inflamação ao redor do implante. Implante Na ausência do dente a gengiva é denominada mucosa; Ao redor do implante temos margem da mucosa e não gengiva marginal; Mucosa condicionada (entre dois implantes) é a gengiva papilar (interdental) ao redor do implante pois tem fibras; Mucosa de revestimento; Não tem fibras, portanto não é papila. Espaço cicatricial ao redor não tem fibras. Sulco gengival Espaço raso ao redor do dente; Delimitado pela superfície dental e pelo epitélio de revestimento da gengiva marginal livre; Mal permite a entrada de uma sonda periodontal; A determinação clínica da profundidade do sulco gengival é um importante parâmetro de diagnóstico; Quando aumentado forma uma bolsa. Fibra parte de cemento, não parte de esmalte! A gengiva se une ao dente por meio do epitélio juncional e da inserção conjuntiva (fibras dento gengivais). Espaço biológico Epitélio juncional (0,97mm) + inserção conjuntiva (1,07mm); Espaço virtual existente na vertente interna do periodonto de proteção, compreendido entre o pico gengival e a crista óssea alveolar; 3mm. Suprimento vascular do epitélio juncional Arteríolas supraperiósticas; Vasos do ligamento; Arteríolas do septo interdental. Fibras gengivais Dento gengivais; Circulares. COL Depressão. Periodonto de sustentação Ligamento periodontal; Transmitir forças oclusais para o osso; União dente-osso; Manter os tecidos gengivais; Resistência a impactos; Abrigar vasos e nervos; Tecido frouxo e vascularizado; Composto por fibras que liga o osso ao cemento radicular; Fibras oxitalânicas; Elásticas; Colágenas; Fibras da crista alveolar; Fibras horizontais (terço cervical); Fibras oblíquas; Fibras apicais (no ápice do dente); Fibras da furca (interadiculares); Fibras de sharpey; Porção do ligamento que está dentro do tecido calcificado. Suprimento vascular do ligamento Vasos apicais; Vasos transalveolares; Vasos gengivais. Frenestação: Janela no osso; Deiscidência: “Não tem batente”. Tecido conjuntivo Região de preenchimento que fica abaixo do epitélio; Composto por - Fibras colágenas (60%); - Fibroblastos (5%); - Vasos e nervos (35%); - Células de defesa; - Substância fundamental amorfa; Fibras colágenas - Conectar a gengiva no dente; - Fornecer rigidez a gengiva; - Presentes na inserção conjuntiva; - Nomeadas de acordo com o sentido; - Fibras circulares (dão a volta no dente); - Fibras dentogengivais (cemento – gengiva livre); - Fibras dentoperiostiais (cemento – gengiva inserida); - Fibras transseptais (cemento – cemento). Cemento radicular - Reveste a raiz dentária; - Não possui vasos e nervos; - Composto principalmente por hidróxiapatita; - Inserção das fibras do ligamento na raiz; - Reparo da raiz; - Proteção da dentina; - Classificado em Celular (cementócitos aprisionados na matriz) Acelular (terço cervical) - Quando o dente está erupcionando a deposição de cemento é mais rápida; - Cemento nunca para de se formar. Osso alveolar - Distribuir e absorver as forças da mastigação - Tecido conjuntivo especializado - Dente dependente - Possui trabéculas (quanto mais, melhor a reparação) - Furos, espaços - Células mesenquimais - Exposição do cemento. Gengivectomia Definição Excisão da parte mole (gengiva) da bolsa periodontal; Bisel externo; Tomar cuidado para não modificar e prejudicar a estética; Tomar cuidado para não causar problemas; Remoção da gengiva em altura. Indicação Gengiva hiperplásica; Periodontite inicial/moderada com reabsorção óssea horizontal e em mesmo nível; Necessidade de gengiva inserida; Melanose gengival fisiológica; Aumento de coroa clínica (desde que não necessite de acesso ao osso) Contra indicação Inflamação gengival; Falta de gengiva inserida; Bolsa infra-óssea ou crateras ósseas; Necessidade de acesso ao tecido ósseo; Controle do biofilme. Técnica cirúrgica 1. Sondagem Marcação em toda gengiva; Vestibular e palatino; 2. Incisão Primária Retilínea; Contornada contínua; Contornada descontínua; Gengivótomo de Kirkland; Apicalmente ao ponto sangrante; Bisel externo. Secundária Gengivótomo de Orban; Região interdental; Apicalmente ao ponto sangrante. 3. Remodelamento da gengiva: gengivoplastia Scraping; Remoção da gengiva em espessura; Gengivótomo de Kirkland; Não necessita de sutura: reparação por 2º intenção. 4. Recobrimento da gengiva Cimento cirúrgico - Proteger a fenda cirúrgica; - Utilizado em outras técnicas; - Oferecer conforto ao paciente. Gengivoplastia Toda gengivectomia termina com gengivoplastia, mas nem toda gengivoplastia necessita de uma gengivectomia. Definição Remodelação cirúrgica da gengiva; Não elimina bolsa periodontal; Retirada em espessura. Bisturi elétrico Pode ser utilizado; Muito delicada e necessita de extremo cuidado; Pós operatório dolorido; Ponta em forma de diamante; Se tocar no osso necrosa o mesmo. Laser Pode ser utilizado; Muito caro; Bom resultado. Reparação - cicatrização Formação de coágulo sanguíneo; Migração do epitélio a partir da borda da fenda cirúrgica; Blow up: formação de fibras. Retalhos periodontais Doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas em periodontia: Gengivite e suas formas; Periodontite e suas formas. Como tratar as doenças Controle do biofilme e instrução de higiene oral; Raspagem e alisamento radicular; Manutenção. Após a raspagem, o que pode acontecer Descontaminação total e aderência gengival; Descontaminação parcial e gengiva não adere nova raspagem. Retalho periodontal Raspagem insuficiente; Afastar cirurgicamente a gengiva dos tecidos para ter acesso e visualização do osso e da superfície radicular; Objetivos Acesso as raízes para realizar RAR; Eliminar ou diminuir a bolsa periodontal; Acesso e manipulação do tecido ósseo (osteotomia e osteoplastia). Em uma incisão relaxante, ou inclui ou exclui a papila, nunca no meio da coroa ou no meio da papila. Técnica Incisão interna Horizontal Primária: bizel interno; Secundária: sulcular; Terciária: interdental. Vertical (relaxante) Cortes laterais e levantamento do tecido; Menos utilizado; Limita a vascularização do tecido. Classificação do retalho quanto ao afastamento Espessura total (mucoperiósteo) Incisão termina no osso; Deslocamento de todo o retalho. Espessura parcial (mucoso/dividido) Incisão termina na superfície radicular; Periósteo permanece no osso. Tipos de retalho Radicais Eliminação de bolsa periodontal; Retalho periodontal comum; - O tecido afastado é colocado na mesma posição e suturado; Retalho deslocado apicalmente - O tecido afastado é colocado em direção a base apical e suturado Conservadoras Epitélio juncional longo; Retalho recolocado (dentro do sulco); Retalho de Widman modificado. Afinamento do retalho Normalmente em face palatina; Gengiva mais espessa; Quando feito o afinamento a gengiva “gruda” ao dente. Cunha Mesial ou distal; Procedimento cirúrgico que visa eliminação ou redução de bolsa periodontal em regiões mesiais e distais. Sutura Interrompida direta; Suspensório. Osteotomia, osteoplastia e odontoplastia Osteotomia: corte do osso; Osteoplastia: remodelação do osso; Odontoplastia: remodelação do dente. Principal diferença entre gengivectomia e retalho: bisel interno e externo! Reabsorção óssea segue os trajetos de vasos; Remover os defeitos da gengiva em crateras; - Sensibilidade; - Mobilidade; A qualidade do periodonto de sustentação é mais importante que a quantidade; A qualidade que determina a mobilidade. Para a remoção do osso é usado a lima de Schluger/mini cinzel (ou cinzel); Para que obtenha o aumento de coroa clínica a técnica de eleição é a mais usada; Retalho periodontal posicionado apicalmente; Com ou sem osteotomia. Osteotomia Eliminação dos defeitos ósseos; Remodelação do processo alveolar; Busca reconstruir a anatomia fisiológica; Elimina parte do tecido ósseo de sustentação. Osteoplastia Remodelação do processo alveolar; Busca reconstruir a anatomia fisiológica, sem eliminar tecido ósseo de sustentação; Indicações: - Exostose; - Torus; - Rebordos marginais engrossados; - Abaulamento do contorno ósseo; - Acabamento plástico das osteotomias. Osseointegração Conexão direta, funcional e estruturada entre osso organizado e vital e a superfície de implantes sujeitos a cargas funcionais (mastigatória). Princípios da osseointegração Menor nível de contaminação possível; Não deve haver trauma (mastigação); Cirurgia atraumática (sem superaquecimento); Respeitar o tempo de osseointegração; - 6 meses maxila; -4 meses mandíbula. Tipos de implante Hexágono externo; Hexágono interno; Conexão cone morse; - Melhor e mais utilizado - Mais retentivo Biocompatibilidade Propriedade de o material entrar em contato com os tecidos e não ser rejeitado; Rejeição NÃO ocorre pois o material não libera partículas de metal que sensibilizariam o sistema imunológico causando a resposta inflamatória; O que pode ocorrer são falhas - Falha por trauma (antes, durante ou depois); - Falha por infecção (presença de bactérias). Implantes Implantes de titânio puro; Implantes de liga de titânio (titânio + alumínio + volat). Perfuração Única + força + energia + calor; Escalonada - trauma nas paredes; Para controlar o superaquecimento, irrigar com soro fisiológico estéril durante todo o procedimento. Quanto maior o tempo de trabalho no local maior vai ser o aquecimento Passo a passo da cicatrização Após a perfuração 1. Atividade osteoclástica predominante por 3 semanas; Pré – osteoclastos: macrófagos, linfócitos, neutrófilos... 2. Queda do suprimento de O2 e do pH; 3. Migração de células endoteliais Confecção de novos vasos sanguíneos e irrigação do tecido; Células competentes para formação óssea; 4. Migração de plaquetas Hemostasia + fatores de crescimento; 5. Formação da rede de fibrina; 6. Plaquetas soltam fatores de crescimento e células mesenquimais se diferenciam em odontoblastos; 7. Atividade odontoblástica predominante por 3 meses; 8. Osteoblastos se depositam na rede de fibrinas e se tornam calcificáveis Para ocorrer calcificação é necessário que o colágeno atraia ions de cálcio, o que só acontece com a presença da vitamina D ou com a presença de uma enzima semelhante a insulina. Tipos de osteogênese a) Osteogênese a distância Osteoblasto vai em direção ao implante, pois possui vasos b) Osteogênese de contato Implante com paredes ásperas Osteoblastos se instalam nos vales Osteoblasto vai do implante em direção ao tecido Tipos de estabilidade a) Primária Vedamento pela rosca Ocorre no momento do implante Seu potencial tende a cair a partir da 3ª semana b) Secundária Formação de matriz calcificante Seu potencial tende a aumentar a partir da 3ª semana Ambas acontecem simultaneamente, porém a osteogênese de contato é exacerbada pelo desenho dos implantes Implante ideal Sem inflamação; Não sangrante; Sem edema; Sem dor; Ausência de mobilidade. Fatores que determinam a osseointegração Quantidade e qualidade de osso; Técnica cirúrgica; Obtenção da estabilidade primária - Na cirurgia tem que oferecer resistência para sair; Adaptação do período de reparação Estabilidade secundária - Depois de 4 meses; Condições de carga - Prótese. Fatores que interferem na osseointegração Fator térmico - Não pode ocorrer o aumento da temperatura; - Queima de osteoblastos; - Irrigação intensa; - Velocidade de perfuração adequada; - Serie gradativa de brocas. Controle das forças de inserção - Não forçar; - O implante deve entrar no osso girando. Gengiva, osso e implante 30% da população é geneticamente susceptível a ter doença periodontal; Periodontite em fase inicial para moderada afeta 80% dos adultos; Prevalência de gengivite em crianças na fase escolar – 40% a 60%. Abscesso periodontal Terceira maior causa de falta ao trabalho Fibras gengivais Dentogengivais; Dentoperiodontais; Alvéologengivais; Circulares/ semicirculares; Periosteogengivais; Transseptal; Transgengivais. Instalação de implantes em pacientes susceptíveis à periodontite Tratamentos com implantes não são contra indicados após completo tratamento periodontal; Controle da infecção é fundamental; Alta incidência de peri-implantite pode comprometer a longevidade das próteses sobre implantes. Implantes tem melhor prognóstico do que dentes com pouco suporte ósseo As taxas de sobrevivência de dentes em pacientes periodontais bem mantidos são geralmente mais altas do que o implante; Baseado em poucos estudos; O dentista deve aconselhar o paciente a manter seus dentes. Extração precoce preserva osso para posterior instalação de implantes Não existe evidência disponível para justificar essa abordagem agressiva; Dentes comprometidos e não tratáveis devem ser extra; - Fratura no longo eixo da raiz. Consenso na literatura Sobrevivência de implantes > 90%; Risco de peri-implantite em pacientes com história de periodontite; Sobrevivência do implante; Controle radiográfico dos níveis ósseos; Ocorrencia de peri-implantite; Cirurgias plásticas periodontais Aumento de coroa clínica; Enxertos gengivais; Reconstrução do contorno gengival; Reconstrução do rebordo; Recolocamento radicular; Implantes. Importante avaliar Fenótipo gengival Fino ou espesso; Estreito ou largo; Cor; Textura; Posição; Formato; Contorno; Resiliência; Quantidade de osso; Defeitos estéticos; Morfologia dentária; Formato do arco. Pequenos enxertos ósseos Preparo da região para receber implantes; Durante a instalação do implante Após a instalação do implante. Materiais utilizados Osso autógeno; Osso de banco; Osso liofilizado (alógeno ou xenógeno) - Melhor utilizar o osso autógeno pois o osso ainda está vivo e traz os fatores de crescimento formando novos vasos mais rápido; - O osso de banco está morto. Associações Membranas (barreiras); Biomateriais (alógeno, xenógeno e artificiais); Fatores de crescimento (BMP); Plasma rico em plaquetas; Reconstrução de tecido mole (enxerto interposto de conjuntivo). - prévio ao enxerto ósseo - após enxerto ósseo - após segundo estágio do implante Observações As plaquetas fazem hemostasia e quando chegam ao local injuriado liberam fatores de crescimento para iniciar a cicatrização; Para enxerto de gengiva podemos fazer retalho de espessura parcial e total, sendo melhor o parcial; O retalho deve ser apenas estabilizado pela sutura e não tracionado. Mediadores de reabsorção óssea Estimuladores Interleucina 1 (I-II); Interleucina 6 (III-6); Fator de necrose tumoral (TNF); Paratormonio (PTH); Proteína relacionada ao Paratormonio (Pthrp); Prostaglandina E2 (PGE-2); Fator de estímulo de colônia macrofágica (M-CSE). Inibidores Interferon (INF); Osteoprotegerina (OPG); Estrógenos; Andrógenos; Calcitonina; Ciclosporina. Ciclo de remodelação óssea Apenas após 4 meses é indicado a colocação do implante! Questionário de periodontia 1. Explique o que é gengivectomia e como é a técnica cirúrgica. 2. A gengivoplastia depende da gengivectomia? Explique o procedimento. 3. Quais são os pontos positivos e negativos do bisturi elétrico e do laser na gengivoplastia? 4. Como é a cicatrização na gengivoplastia? 5. Qual deve ter o procedimento quando não há aderência da gengiva após a RAR? 6. Explique a técnica cirúrgica utilizada em um retalho periodontal. 7. Defina osteotomia, osteoplastia e odontoplastia. 8. O que é osseointegração e como ocorre? 9. Quais são os tipos de implante? 10. O que é biocompatibilidade e quais são os motivos das falhas? 11. Diferencie perfuração única de escalonada, citando aspectos positivos e negativos. 12. Explique osteogênese a distância e de contato. 13. Quais são os tipos de estabilidade? 14. É melhor utilizar um osso autógeno ou um osso do banco de dados? 15. Quais são os estimuladores e quais são os inibidores da reabsorção óssea?
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