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Disciplina: Contabilidade Societária II Aula 8: Consolidação das Demonstrações Contábeis e Demonstrações Separadas. Apresentação O tema sobre o qual estudaremos, nesta aula, é muito relevante na análise dos negócios de uma entidade, seja por investidores internos, seja para os gestores da entidade. Falaremos da Consolidação de Balanços, procedimento necessário para grupos empresariais ou mesmo alguma entidade que possua controle sobre outra. Lembrando ainda, temos que observar sempre o princípio da essência sobre a forma, desta maneira, mesmo que no conceito acionário não seja perceptível o controle, podemos notá-lo se exercer relevância em relação a decisões estratégicas, políticas �nanceiras e operacionais na entidade “controlada”. O processo de consolidação visa evidenciar posições em separado e conjuntas das companhias. Objetivos Reconhecer a Contabilidade Societária aplicável à consolidação de balanços de entidades coligadas; Reconhecer os aspectos regulatórios das consolidações. Entendendo o tema Para melhor compreensão do tema, veremos os termos a seguir utilizados no CPC 36 com as de�nições mais importantes sobre as quais estudaremos nesta aula: Demonstrações consolidadas São as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica. Controle É o poder de governar as políticas �nanceiras e operacionais da entidade de forma a obter benefício das suas atividades. Grupo Econômico É a controladora e todas as suas controladas. Participação de não controlador É a parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. Controladora É uma entidade que tem uma ou mais controladas. Demonstrações separadas São aquelas apresentadas por controladora, investidor em coligada ou empreendedor em entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do interesse direto no patrimônio das investidas, em vez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações individuais (consultar Pronunciamento Técnico CPC 35 – Demonstrações Separadas). 1 Controlada http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon339/aula8.html É a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Coligada São todas as entidades sobre as quais um grupo ou outra entidade tem in�uência signi�cativa, mas não o controle. Saiba mais Devido às alterações recentes, na Contabilidade, em função da Lei 11.638/07, percebemos uma preocupação maior quanto à forma e apresentação dos Demonstrativos Contábeis consolidados e também das demonstrações em separado. Atualmente, temos o Pronunciamento Técnico CPC 36 que dispõe especi�camente sobre o tema, cujo qual antes era disciplinado pela Instrução da CVM no. 247/96. Segundo o FIPECAFI, 2011, p. 649 a 652: “O objetivo da consolidação é apresentar aos usuários da informação contábil, principalmente acionistas e credores, os resultados das operações e a posição �nanceira da sociedade controladora e de suas controladas, como se o grupo econômico fosse uma única entidade. Isso permite uma visão mais geral e abrangente e melhor compreensão do que inúmeros balanços isolados de cada empresa do grupo.” Temos ainda a obrigatoriedade de consolidação conforme estabelecido na Lei das S/As: a) Conforme art. 249 para as companhias abertas. b) Grupos de Sociedades, na forma do Capítulo XXI, da Lei no. 6.404/76. Vejamos o que o pronunciamento técnico CPC 36 disciplina quanto à apresentação das Demonstrações Consolidadas. Para isto, vamos nos utilizar do resumo da norma feito pelo FIPECAFI, 2011, p. 650: “O pronunciamento técnico CPC 36 deve ser aplicado na elaboração e apresentação de demonstrações contábeis consolidadas de um grupo econômico de entidades sob o controle de uma controladora. Portanto, a controladora deve apresentar as demonstrações contábeis consolidadas, nas quais os investimentos em controladas estão consolidados de acordo com as exigências do CPC 36. “Com a emissão do CPC 36, há um enorme avanço, porque todas as sociedades por ações, mesmo as fechadas, agora estão obrigadas à publicação das demonstrações consolidadas, com raríssimas exceções, quando tiverem investimentos em controladas. Até as limitadas, se divulgarem informações, terão que fazê-lo, já que esse Pronunciamento foi aprovado pelo CFC que tem poderes sobre os pro�ssionais contábeis brasileiros.” Como pode perceber, o tema ganhou relevância e normatizações sérias. Procedimentos de Consolidação Uma vez esclarecidas as normas societárias para obrigatoriedade da consolidação dos Demonstrativos Contábeis e sua importância para tratativa da informação pelos seus usuários, passa a ser nosso foco de aprendizado conhecer como deve ser feita a consolidação. Conforme o FIPECAFI, 2011, p. 652, são pontos de observância: Procedimentos de Consolidação - Transações Vejamos quais são as transações entre partes que precisam ser eliminadas no processo de consolidação, conforme análise da Lei das S/As feita pelo FIPECAFI, 2011, p. 656: Art. 250. Das demonstrações �nanceiras consolidadas serão excluídas: I – as participações de uma sociedade em outra; II – os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. Estas transações �caram mais claras e identi�cadas no CPC 36, no seu item 18, onde determina que alguns procedimentos sejam feitos. Advogado de terno fullsize (Fonte: Shutterstock). Procedimentos de Consolidação - Divulgações Vejamos quais são as transações entre partes que precisam ser eliminadas no processo de consolidação, conforme análise da Lei das S/As feita pelo FIPECAFI, 2011, p. 656: 01 A natureza da relação entre a controladora e a controlada, quando a controladora não possuir, direta ou indiretamente(por meio de suas controladas), mais da metade do poder de voto da controlada 02 As razões pelas quais, embora possua a propriedade, direta ou indireta (por meio de suas controladas), de mais dametade do poder de voto ou potencial poder de voto de investida, não detém o controle. 03 A data de encerramento do período abrangido pelas demonstrações contábeis da controlada utilizadas para elaboração das demonstrações consolidadas, quando forem de data de encerramento ou de período diferente das demonstrações contábeis da controladora e o motivo para utilizar uma data ou período diferente. Análise de indicadores financeiros. Shuterstock 04 A natureza e a extensão de qualquer restrição signi�cativa (resultante de contratos de empréstimos ou exigência de órgãos reguladores, por exemplo) sobre a capacidade da controlada de transferir fundos para a controladora na forma de dividendos ou do pagamento de empréstimos ou adiantamentos 05 Um quadro evidenciando cronologicamente as mudanças na relação de propriedade da controladora sobre a controlada (participação relativa) e seus efeitos, bem como a alteração do patrimônio líquido consolidado atribuível aos proprietários da controladora, mas que não resultaram na perda do controle 06 Qualquer ganho ou perda decorrente da perda do controle da controlada, reconhecido de acordo com o item 34, detalhando:(I) a parte do ganho ou perda decorrente do reconhecimento, ao valor justo, do investimento remanescente na ex-controlada, se houver, na data em que o controle foi perdido; e(II) a linha do item ou itens na demonstração do resultado em que o ganho ou a perda foi reconhecido, no caso de ele não estar apresentadoem uma linha separada na demonstração do resultado. Notas interesse direto no patrimônio1 Directy equity Interest Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências Próxima aula Os impactos contábeis sobre a Contabilidade Tributária; O RTT - Regime Tributário de Transição - instituído pela RFB; As preocupações contábeis ao segregar as contabilidades legais e tributárias. Explore mais
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