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APOL ANALISE LITERÁRIA

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Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a “teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.
	
	B
	As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado autoritarismo.
	
	C
	A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um caráter evidentemente descritivo.
Você acertou!
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren, faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se [...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).
	
	D
	A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.
	
	E
	Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos até se tornar equivalente à teoria moderna.
 
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“[...] a grande obra de arte literária (ficcional) é o lugar em que nos defrontamos com seres humanos de contornos definidos e definitivos, em ampla medida transparentes, vivendo situações exemplares de um modo exemplar (exemplar também no sentido negativo). Como seres humanos, encontram-se integrados num denso tecido de valores de ordem cognoscitiva, religiosa, moral, político-social e tomam determinadas atitudes em face desses valores”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 1995. p. 45.
Tendo por referência o trecho de texto e de acordo com os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “a personagem”, sabe-se que é um dos principais elementos constitutivos da narrativa. Analise a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão do estudo da personagem, no Brasil, contou com a iniciativa pioneira dos integrantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
	
	B
	A crítica marxista buscou explicar o modo de ser das personagens pelo modo de ser do autor.
	
	C
	O caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes, é desprezado nas narrativas de ficção medievais.
	
	D
	A crítica biográfica surge no século XXI, buscando explicar o comportamento das personagens em razão de seus aspectos biográficos e do meio em que vivem.
	
	E
	Em qualquer tipo de narrativa de ficção, a personagem é quem promove ou sofre as ações relatadas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Quem promove ou sofre as ações relatadas na prosa ficcional é a personagem. Esse componente da narrativa desde cedo mereceu a atenção dos teóricos, condicionados à importância do herói. A lição da Antiguidade grega, calcada no princípio da imitação, a mimesis aristotélica, herdada pelo poeta latino Horácio, que associou ao entretenimento a função pedagógica da arte poética, teve longo curso. Nas narrativas medievais, entrando na Idade Moderna, acentuam-se o caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes” (livro-base, p. 70).
 
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“[...] o romancista pode acompanhar as personagens desde o seu nascimento até a morte, detendo-se nos aspectos que julgar relevantes para a história que conta; pode abranger 8 ou 80 anos da vida de suas personagens, sem outra restrição que aquela imposta pela coerência interna da obra”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1970. p. 178.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a abordagem da instância temporal feita por Jean Pouillon em O tempo do romance, sabe-se que o crítico propõe uma classificação em dois tipos. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que apresenta corretamente tal classificação:
Nota:1 0.0
	
	A
	romances psicológicos e romances urbanos.
	
	B
	romances de duração e romances de destino.
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “[...] aparece O tempo no romance (1948, com tradução brasileira em 1974), de Jean Pouillon [...]. Para chegar à ‘Expressão do tempo’, título da referida segunda parte, em que propõe classificação em dois tipos – ‘romances de duração’ e ‘romances de destino’ – divisão decorrente da forma como o tempo é apresentado na narrativa, o autor parte do procedimento que denomina ‘compreensão dos personagens’. No primeiro grupo estão os romances ‘que se propõem apenas a descrever a evolução de um personagem, talvez sem pretender insistir sobre a sua contingência, mas, em todo caso, sem nela querer ver a todo custo a marca de uma fatalidade’ [...]. No segundo grupo estão os romances que ‘se empenham em desvendar o que presidiria necessariamente a [...] evolução [da personagem]’ [...]” (livro-base, p. 168).
	
	C
	romances de ficção científica e romances policiais.
	
	D
	romances regionalistas e romances históricos.
	
	E
	romances sentimentais e romances de aventura.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] enquanto a força do contar estórias se faz, permanecendo, necessária e vigorosa, através dos séculos, paralelamente uma outra história se monta: a que tenta explicar a história destas estórias, problematizando a questão desse modo de narrar – um modo de narrar caracterizado, em princípio, pela própria natureza desta narrativa: a de simplesmente contar estórias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GOTLIB, Nadia Battella. Teoria do conto. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1190. p. 7,8.
De acordo com a passagem textual e com os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre possíveis acepções da palavra “conto”, analise as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto é, antes de tudo, a transformação da poesia em prosa.
	
	B
	O conto é o relato oral de um acontecimento ocorrido com o autor.
	
	C
	O conto de fadas, por sua gênese oral, pode dispensar a figura do narrador.
	
	D
	O conto é o relato de um acontecimento.
Você acertou!
Comentário: “Em Teoria do conto [...], Nádia Battela Gotlib faz interessante levantamento sobre a caracterização do conto ao longo do tempo e transcreve recomendações dirigidas a contistas, pronunciamentos de contistas renomados, como Mário de Andrade, Julio Cortázar e Horácio Quiroga. Seu ponto de partida lista três acepções da palavra conto, buscadas em Cortázar via Julio Casares: ‘1. relato de um acontecimento; 2. narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. fábula que se conta às crianças para diverti-las’” (livro-base, p. 49). A afirmativa C está incorreta, uma vez que a figura do narrador é imprescindível ao conto, qualquer que seja o tipo, por se tratar de narrativa.
	
	E
	O conto é o texto produzido como forma de síntese de grandes romances, com objetivo de conquistar leitores.
 
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento do romance Lucíola, de José de Alencar:
“Fora no dia da minha chegada. Jantara com um companheiro de viagem, e ávidos ambos de conhecer a corte, saímos de braço dado a percorrer a cidade. Íamos, se não me engano, pela Rua das Mangueiras, quando, voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo, e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão que brincava com um leque de penas escarlates.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José. Lucíola. 12 ed. São Paulo: Ática, 1988. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000137.pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 5 – José de Alencar e o projeto literário brasileiro, é correto afirmar sobre o romance Lucíola:
Nota: 10.0
	
	A
	é lido por parte da crítica literária como um representante da fase histórica.
	
	B
	é aludido como uma quebra no projeto alencariano, já que se afasta da estética romântica a partir da estratégia de fluxo de consciência.
	
	C
	apresenta uma crítica direta ao comportamento libertário de algumas mulheres no século XIX.
	
	D
	usa um narrador em terceira pessoa, escolhendo a cidade de São Paulo como o espaço no qual as personagens transitam. 
	
	E
	juntamente com Senhora e Diva, é categorizado como um dos romances de “perfis de mulheres”.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 5, Tema 2 (Lucíola - 1’ a 2’), o romance Lucíola é uma obra de característica urbana, publicada em 1862, e foi caracterizado pelo próprio Alencar com um dos romances de “perfis de mulheres”.
 
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“A nova concepção de personagem instaurada por Lukács, apesar de reavivar o diálogo a respeito da questão e de fugir às repetições do legado aristotélico e horaciano, submete a estrutura do romance, e consequentemente a personagem, à influência determinante das estruturas sociais. Com isso, apesar da nova ótica, a personagem continua sujeita ao modelo humano”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 39.
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre diversificadas classificações das personagens de ficção, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Personagem plana
2. Personagem redonda
3. Personagem antagonista
4. Personagem anti-herói
( ) É aquela apresentada como opositora do herói. Suas ações podem se restringir a um único indivíduo ou não, ou seja, tal personagem pode ser a coletividade.
( ) É aquela que se caracteriza pela opressão de forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes.
( ) É aquela que apresenta um alto grau de densidade psicológica e tanto o seu comportamento quanto os seus sentimentos são imprevisíveis.
( ) É aquela que apresenta baixo grau de densidade psicológica e é construída em torno de uma qualidade ou tendência, sem sofrer alterações.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 4
	
	B
	3 – 4 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, uma vez que a sequência 3 – 4 – 2 – 1 está correta: “[1] As personagens planas, sejam elas descritas logo no início, sejam mostradas em ação para que o leitor as perceba, são construídas em torno de uma única qualidade ou tendência, permanecendo inalteradas ao longo de toda a narrativa. São previsíveis, não comportam surpresas [...]. [2] As personagens redondas são aquelas cujas ações, reações e sentimentos não são previsíveis; seu percurso ao longo da narrativa as caracteriza como portadoras de várias qualidades, positivas ou negativas, inclusive contraditórias entre si, com a variedade de riqueza que é própria do ser humano” (livro-base, p. 79). Além desses, existem outros tipos: “Quando ao termo [herói] é agregado o prefixo anti-, não é usado para indicar o oponente do herói. [3] O opositor do herói é o antagonista, que pode ser um indivíduo, um grupo, uma coletividade. [4] A expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico. Ele é desqualificado, banalizado, mostrado em seus defeitos e limitações” (p. 83).
	
	C
	1 – 2 – 3 – 4
	
	D
	4 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 4 – 1 – 3
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“[...] o que chamamos romance histórico é um gênero narrativo híbrido, surgido de um processo de combinação entre história e ficção. [...]. E embora desperte mais interesse ao homem contemporâneo que quaisquer outras formas mais objetivas de linguagem, não se deve esquecer de que o substantivo nessa expressão é o romance. Assim, por mais que ele se sustente em fatos ou personagens históricos, trata-se de romance, ou seja, de ficção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ESTEVES, Antônio R. O romance histórico brasileiro contemporâneo (1975-2000). São Paulo: Ed. UNESP, 2010. p. 30,31.
Considerando a afirmação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a constituição da personagem no romance histórico, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O discurso romanesco, que se apresenta como biografia, autobiografia ou memórias está se tornando cada vez menos frequente nas obras atuais.
	
	B
	No romance histórico tradicional, as personagens históricas ocupam posições de centralidade na narrativa: elas são tratadas como protagonistas das ações.
	
	C
	Ao produzir um romance histórico, o ficcionista não tem qualquer compromisso com a “verdade histórica”, podendo, ou não, subverter os discursos históricos oficiais.
Você acertou!
Comentário: A alternativa é verdadeira, pois: “[...] o ficcionista não tem nenhum compromisso com a chamada verdade histórica; ele pode subverter, ou não, os discursos biográficos e históricos correntes” (p. 87). Apropriada pela ficção, deverá guardar coerência em relação ao cenário narrativo para o qual foi transposta, independentemente de correspondência com a imagem construída pela História ou que a sociedade tem dela, o que não quer dizer que o espelhamento sem distorção também não possa ocorrer” (p. 88).
	
	D
	No romance histórico, a personagem que é apropriada pela ficção é a mesma personagem referencial da História, mas o conflito relacionado a ela pode mudar.
	
	E
	O espelhamento sem distorção da personagem histórica não tem lugar no romance histórico.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando
é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção da história, o narrador deve parecer impessoal.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que se confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão incorretas, pois afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o narrador do romance.
	
	C
	Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da narrativa.
	
	D
	No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa, por considerá-la desfavorável à dispersão.
	
	E
	Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“Memórias póstumas de Brás Cubas, romance de Machado de Assis, inaugura tempos modernos. Sepulta em ironia a maneira antiga de ler e de escrever romances, satirizando as convenções românticas, às quais o próprio Machado pagara tributo em obras anteriores [...]. Temos agora, pela voz de Brás Cubas, a estreia de um romancista em plena maturidade, escrevendo para um público que, como ele, precisava aprender a desvestir-se de hábitos e valores provincianos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAJOLO, Marisa. O romance que vem inaugurar os tempos modernos. In:ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas, São Paulo: FDT, 1991. p. 10.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a fase “realista” de Machado de Assis, analise a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Na fase realista, as personagens machadianas são mais elaboradas, porém a técnica de composição ainda é antiga, estruturando a narrativa em capítulos longos.
	
	B
	Os romances machadianos da fase realista são cinco: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, A mão e a luva e Iaiá Garcia.
	
	C
	Nos romances, Machado ataca a hipocrisia humana e desmascara o jogo das relações sociais, apresentando indivíduos falsos que têm intenções contraditórias.
Você acertou!
Comentário: “No que tange às obras, principalmente romances e contos da fase realista de Machado, segundo Alfredo Bosi [...], trata-se do ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira. É com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1981) que o autor muda o rumo de sua obra. Aparecem personagens mais elaboradas, bem como uma nova técnica de composição dos romances passa a vigorar na construção das narrativas, seja pelo contato do narrador com o leitor, seja pela estrutura organizada em capítulos e frases curtos. As obras dessa fase fogem à linearidade temporal, garantida pelo uso de digressões. Ainda, os temas ganham a profundidade da alma humana em sua beleza e em sua mesquinhez. É desnudando esse universo, por vezes não tão belo, que Machado revela com maestria as mazelas humanas. [...] Assim, são considerados romances do ciclo realista Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Além dos romances, a partir de 1869 Machado escreveu cerca de 200 contos, sendo ainda publicada, dentro do período romântico, a coletânea Contos fluminenses. Entre os mais variados contos de Machado, a crítica reverencia, principalmente, ‘O espelho’, ‘A cartomante’, ‘Missa do Galo’, ‘O alienista’, ‘A causa secreta’ e ‘Entre Santos’” (livro-base, p. 214, 215). A propósito os romances A mão e a luva e Iaiá Garcia pertencem à fase romântica do escritor. Lembra-se ainda que “Tanto nos romances quanto nos contos, a narrativa de Machado é marcada pela elegância e estilo na escrita, descrevendo o comportamento das personagens em pormenores, acentuando-lhes a dimensão humana, sem moralismos. A narrativa ganha um maior tom de verossimilhança, afastando-se da superficialidade que, geralmente, marcava a construção dos enredos e/ou episódios de obras românticas. Nos romances, cria um discurso ferino ao atacar a hipocrisia humana e desmascarar o jogo das relações sociais, sugerindo indivíduos falsos que têm intenções opostas às que aparentam. Ainda, ao desenvolver personagens femininas sedutoras, sensuais, astuciosas, ambíguas e com personalidade forte, Machado abre o álbum das mulheres símbolo dentro de sua escrita. Nos contos, identificam-se personagens femininas fortes, com força de interiorização. São mulheres racionais, ambíguas e calculistas, como é o caso de Conceição, de ‘Missa do galo’, ou de D. Paula, cujo conto leva seu nome “ (livro-base, p. 215,216).
	
	D
	Nos contos, Machado apresenta personagens femininas internamente frágeis. São mulheres irracionais, sentimentais. Assim é Aurélia, de Senhora.
	
	E
	A mão e a luva é um dos romances realistas de Machado de Assis que retrata o tráfico de escravos.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“O anti-herói não se define como a personagem que carrega defeitos ou taras, ou comete delitos e crimes, mas a que possui debilidade ou indiferenciação de caráter, a ponto de assemelhar-se a toda a gente. [...] Na verdade, o herói identifica-se por atos de grandeza no bem ou no mal, enquanto o anti-herói não alcança emprestar altitude ao seu comportamento, seja positivo, seja negativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a personagem caracterizada como “anti-herói”, analise as assertivas e assinale a correta.
  
Nota: 10.0
	
	A
	O uso do termo herói indica que essa personagem será heroica no sentido épico.
	
	B
	O aparecimento do anti-herói resultou da progressiva desmitificação do herói romântico, ou seja, de sua crescente humanização.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “a expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico” (livro-base, p. 83).
	
	C
	Na estrutura narrativa, a posição do anti-herói é, do ponto de vista funcional, totalmente diferente da posição do herói, pois o anti-herói atua como
antagonista.
	
	D
	A personagem caracterizada como anti-herói foi marcante e frequente na produção anterior ao Renascimento; a partir daí, a figura do herói prevaleceu.
	
	E
	O herói romântico é marcado pela desqualificação, banalização, defeitos e limitações.
2 TENTATIVA
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“Memórias póstumas de Brás Cubas, romance de Machado de Assis, inaugura tempos modernos. Sepulta em ironia a maneira antiga de ler e de escrever romances, satirizando as convenções românticas, às quais o próprio Machado pagara tributo em obras anteriores [...]. Temos agora, pela voz de Brás Cubas, a estreia de um romancista em plena maturidade, escrevendo para um público que, como ele, precisava aprender a desvestir-se de hábitos e valores provincianos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAJOLO, Marisa. O romance que vem inaugurar os tempos modernos. In:ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas, São Paulo: FDT, 1991. p. 10.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a fase “realista” de Machado de Assis, analise a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Na fase realista, as personagens machadianas são mais elaboradas, porém a técnica de composição ainda é antiga, estruturando a narrativa em capítulos longos.
	
	B
	Os romances machadianos da fase realista são cinco: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, A mão e a luva e Iaiá Garcia.
	
	C
	Nos romances, Machado ataca a hipocrisia humana e desmascara o jogo das relações sociais, apresentando indivíduos falsos que têm intenções contraditórias.
Você acertou!
Comentário: “No que tange às obras, principalmente romances e contos da fase realista de Machado, segundo Alfredo Bosi [...], trata-se do ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira. É com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1981) que o autor muda o rumo de sua obra. Aparecem personagens mais elaboradas, bem como uma nova técnica de composição dos romances passa a vigorar na construção das narrativas, seja pelo contato do narrador com o leitor, seja pela estrutura organizada em capítulos e frases curtos. As obras dessa fase fogem à linearidade temporal, garantida pelo uso de digressões. Ainda, os temas ganham a profundidade da alma humana em sua beleza e em sua mesquinhez. É desnudando esse universo, por vezes não tão belo, que Machado revela com maestria as mazelas humanas. [...] Assim, são considerados romances do ciclo realista Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Além dos romances, a partir de 1869 Machado escreveu cerca de 200 contos, sendo ainda publicada, dentro do período romântico, a coletânea Contos fluminenses. Entre os mais variados contos de Machado, a crítica reverencia, principalmente, ‘O espelho’, ‘A cartomante’, ‘Missa do Galo’, ‘O alienista’, ‘A causa secreta’ e ‘Entre Santos’” (livro-base, p. 214, 215). A propósito os romances A mão e a luva e Iaiá Garcia pertencem à fase romântica do escritor. Lembra-se ainda que “Tanto nos romances quanto nos contos, a narrativa de Machado é marcada pela elegância e estilo na escrita, descrevendo o comportamento das personagens em pormenores, acentuando-lhes a dimensão humana, sem moralismos. A narrativa ganha um maior tom de verossimilhança, afastando-se da superficialidade que, geralmente, marcava a construção dos enredos e/ou episódios de obras românticas. Nos romances, cria um discurso ferino ao atacar a hipocrisia humana e desmascarar o jogo das relações sociais, sugerindo indivíduos falsos que têm intenções opostas às que aparentam. Ainda, ao desenvolver personagens femininas sedutoras, sensuais, astuciosas, ambíguas e com personalidade forte, Machado abre o álbum das mulheres símbolo dentro de sua escrita. Nos contos, identificam-se personagens femininas fortes, com força de interiorização. São mulheres racionais, ambíguas e calculistas, como é o caso de Conceição, de ‘Missa do galo’, ou de D. Paula, cujo conto leva seu nome “ (livro-base, p. 215,216).
	
	D
	Nos contos, Machado apresenta personagens femininas internamente frágeis. São mulheres irracionais, sentimentais. Assim é Aurélia, de Senhora.
	
	E
	A mão e a luva é um dos romances realistas de Machado de Assis que retrata o tráfico de escravos.
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a “teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.
	
	B
	As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado autoritarismo.
	
	C
	A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um caráter evidentemente descritivo.
Você acertou!
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren, faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se [...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).
	
	D
	A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.
	
	E
	Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos até se tornar equivalente à teoria moderna.
 
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 118.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as novelas de cavalaria, sabe-se que elas são constituídas exclusivamente por um determinado tipo de personagem. Sendo assim, analise as afirmativas e sinalize a alternativa correta:
Nota:
10.0
	
	A
	As novelas de cavalaria, pelo fato de pretenderem destacar a bravura dos cavaleiros, apresentam exclusivamente personagens heróis.
	
	B
	Por serem obras que pretendem provocar questionamentos, as novelas de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens redondas.
	
	C
	Sem a pretensão de mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento, as novelas de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens planas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a (c), tendo em vista que “há narrativas povoadas exclusivamente por personagens planas. É o caso das novelas de cavalaria, de muitos romances de aventuras, das narrativas seriadas, em que a cada episódio os fatos variam, enquanto as personagens mantêm sua caracterização de tal forma que o leitor se sentirá traído se houver um desvio do comportamento esperado. São obras que não pretendem provocar questionamentos, mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento” (livro-base, p. 79).
	
	D
	As personagens da novela de cavalaria lutam contra os poderes constituídos e, por esse motivo, os textos são constituídos exclusivamente por antagonistas.
	
	E
	As novelas de cavalaria, antecipando os romances de aventura, são constituídas exclusivamente por personagens planas e redondas.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“A nova concepção de personagem instaurada por Lukács, apesar de reavivar o diálogo a respeito da questão e de fugir às repetições do legado aristotélico e horaciano, submete a estrutura do romance, e consequentemente a personagem, à influência determinante das estruturas sociais. Com isso, apesar da nova ótica, a personagem continua sujeita ao modelo humano”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 39.
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre diversificadas classificações das personagens de ficção, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Personagem plana
2. Personagem redonda
3. Personagem antagonista
4. Personagem anti-herói
( ) É aquela apresentada como opositora do herói. Suas ações podem se restringir a um único indivíduo ou não, ou seja, tal personagem pode ser a coletividade.
( ) É aquela que se caracteriza pela opressão de forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes.
( ) É aquela que apresenta um alto grau de densidade psicológica e tanto o seu comportamento quanto os seus sentimentos são imprevisíveis.
( ) É aquela que apresenta baixo grau de densidade psicológica e é construída em torno de uma qualidade ou tendência, sem sofrer alterações.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 4
	
	B
	3 – 4 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, uma vez que a sequência 3 – 4 – 2 – 1 está correta: “[1] As personagens planas, sejam elas descritas logo no início, sejam mostradas em ação para que o leitor as perceba, são construídas em torno de uma única qualidade ou tendência, permanecendo inalteradas ao longo de toda a narrativa. São previsíveis, não comportam surpresas [...]. [2] As personagens redondas são aquelas cujas ações, reações e sentimentos não são previsíveis; seu percurso ao longo da narrativa as caracteriza como portadoras de várias qualidades, positivas ou negativas, inclusive contraditórias entre si, com a variedade de riqueza que é própria do ser humano” (livro-base, p. 79). Além desses, existem outros tipos: “Quando ao termo [herói] é agregado o prefixo anti-, não é usado para indicar o oponente do herói. [3] O opositor do herói é o antagonista, que pode ser um indivíduo, um grupo, uma coletividade. [4] A expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico. Ele é desqualificado, banalizado, mostrado em seus defeitos e limitações” (p. 83).
	
	C
	1 – 2 – 3 – 4
	
	D
	4 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 4 – 1 – 3
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“O anti-herói não se define como a personagem que carrega defeitos ou taras, ou comete delitos e crimes, mas a que possui debilidade ou indiferenciação de caráter, a ponto de assemelhar-se a toda a gente. [...] Na verdade, o herói identifica-se por atos de grandeza no bem ou no mal, enquanto o anti-herói não alcança emprestar altitude ao seu comportamento, seja positivo, seja negativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a personagem caracterizada como “anti-herói”, analise as assertivas e assinale a correta.
  
Nota: 10.0
	
	A
	O uso do termo herói indica que essa personagem será heroica no sentido épico.
	
	B
	O aparecimento do anti-herói resultou da progressiva desmitificação do herói romântico, ou seja, de sua crescente humanização.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “a expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico” (livro-base, p. 83).
	
	C
	Na estrutura narrativa, a posição do anti-herói é, do ponto de vista funcional, totalmente diferente da posição do herói, pois o anti-herói atua como antagonista.
	
	D
	A personagem caracterizada como anti-herói foi marcante e frequente na produção anterior ao Renascimento; a partir daí, a figura do herói prevaleceu.
	
	E
	O herói romântico é marcado pela desqualificação, banalização, defeitos e limitações.
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe o extrato de texto:
“[...] quer a narrativa sentimental, quer a narrativa realista, embora sem o nome de romance, tem origens muito remotas. Ocorre que esse tipo de ficção em prosa viveu por longo tempo ofuscado pelos gêneros literários clássicos e não recebeu a devida apreciação crítica: todas as teorias poéticas da época do classicismo se preocupavam apenas com os textos versificados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 116,117.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a narrativa de ficção, analise as assertivas, assinalando a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	No que se refere à estrutura, o romance helenístico difere do romance moderno, este último que foi largamente propagado a partir do século XVIII.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Existe uma modalidade de romance na produção clássica, o chamado romance helenístico, cuja estrutura é diferente da do romance moderno, este último considerado como a forma ficcional intensamente praticada a partir do fim do século XVIII. Constatarmos que não há continuidade não significa negarmos qualquer efeito de eco. Certamente há alguns traços de identificação entre o romance grego e o contemporâneo” (livro-base, p. 43).
	
	B
	Não existem traços de identificação entre o romance helenístico e o romance contemporâneo, devido à distância e a lacuna temporal entre eles.
	
	C
	A obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, provavelmente escrita no início do século XIV, é considerada o ponto de partida para o romance moderno.
	
	D
	Na Idade Média, a produção narrativa ficou circunscrita aos relatos históricos e bíblicos, por isso não há registros de narrativas ficcionais.
	
	E
	O romance moderno é a forma ficcional que intensamente praticada durante a Baixa Idade Média.
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“A autobiografia literária não é, portanto, a invenção de algo não vivido, mas os fatos revistos, à distância, pelo sujeito que lhes imprime tonalidades da imaginação. Como afirma Luiz Costa Lima: ‘Entre a ficção e a autobiografia, o eu se impõe como barra separadora’. O eu se estabelece na mediação destes territórios vizinhos, criando o entre lugar do discurso autobiográfico, resultado da relação sujeito e objeto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: TURCHI. Maria Zaíra. Graciliano Ramos: memórias cruzadas. In: REMÉDIOS, Maria Luiza. Literatura confessional: autobiografia e ficcionalidade. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997. p. 209.
Tendo por referência o trecho textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero do romance Tropical sol da liberdade, selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	O livro Tropical sol da liberdade, ainda que apresente outras personagens envolvidas na trama, pode ser considerado como uma “autobiografia” de Ana Maria Machado, de acordo com os moldes tradicionais desse gênero.
	
	B
	Neste romance as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b). “[...] Tropical sol da liberdade, romance em que as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora” (livro-base, p. 253). “O texto é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente seletivo, para usar a tipologia de Friedman. Sua intenção é passar as impressões, os pensamentos e os detalhes das personagens. Às vezes, é utilizado o discurso indireto livre, fundindo-se a voz do narrador com as palavras e os pensamentos da personagem. O enredo traz a vida de uma mulher chamada Lena, que experimentou os anos de chumbo da ditadura militar” (livro-base, p. 255).
	
	C
	O enredo do romance é o registro da vida da própria escritora durante os anos de da Guerra Fria, incluindo as experiências vividas em seu autoexílio na França.
	
	D
	A publicação de Tropical sol da liberdade fez com que a autora se distanciasse da literatura infantojuvenil a ponto de se contrapor às convicções literárias de Lobato.
	
	E
	O livro é narrado em primeira pessoa, característica de uma autobiografia.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A coincidência perfeita entre o desenvolvimento cronológico da diegese e a sucessão, no discurso, dos acontecimentos diegéticos, não se encontra possivelmente em nenhum romance. Aos desencontros entre a ordem dos acontecimentos no plano da diegese e a ordem por que aparecem narrados no discurso, daremos a designação de anacronias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 751.
Considerando essa citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distância entre o “tempo da narração” e o “tempo do narrado”, segundo Mendilow, analise as assertivas e assinale a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As distâncias entre tais tempos resultam em modalidades romanescas distintas.
Você acertou!
Comentário: A questão está correta, uma vez que “É abordado [por Mendilow] [...] o aspecto da distância entre o tempo da narração e o tempo do narrado, resultando em diferentes modalidades romanescas (livro-base, p. 180).
	
	B
	O romance autobiográfico é retrospectivo e não há distância entre os tempos.
	
	C
	No romance epistolar, não existe aproximação entre um tempo e outro.
	
	D
	No romance que se apresenta na forma de diário, existe uma distância ainda maior entre esses dois tempos.
	
	E
	Não há a possibilidade de a narração focalizar o futuro, pois este nunca será o “tempo do autor”.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“Friedman sistematiza os principais problemas relativos ao assunto [ponto de vista], por meio das seguintes perguntas: 1) Quem fala ao leitor? 2) De que posição (ou ângulo) narra? 3) Que canais de informação usa o narrador para levar a história ao seu leitor? 4) A que distância coloca ele o leitor, em relação à história?”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 8,9.
Tendo em vista o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os estudos realizados por Norman Friedman no que diz respeito ao foco narrativo selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Friedman discute a falta de técnica na elaboração de textos. Essa ausência de zelo na produção faz com que haja um desinteresse pelos textos narrativos.
	
	B
	Friedman descreve quatro tipos de foco narrativo, ou seja: autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha e narrador-protagonista.
	
	C
	Para Norman Friedman, autor e narrador não são termos equivalentes, cada um deles possui suas próprias especificidades.
Você acertou!
Comentário: “O texto traz introdução, expondo o problema, e primeira parte com detalhado histórico das abordagens da questão, enquanto na segunda descreve os oito tipos de foco narrativo que distingue [...] [autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha, narrador-protagonista, onisciência seletiva múltipla, onisciência seletiva, o modo dramático e a câmera] sempre com farta exemplificação extraída da literatura anglo-americana” (livro-base, p. 125). A explicação de cada um desses tipos pode ser encontrada no livro-base, p. 125-137. “Há ainda um último bloco em que se discute a adequação das escolhas dos escritores de criação, bem como as falhas decorrentes da inadequação entre propósitos e técnica adotada” (p. 123). “Note-se que aparecem os dois termos, narrador e autor, não como equivalentes, cada um guardando suas especificidades” (p. 126). Sobre o ‘narrador onisciente neutro’, “a diferença essencial entre o tipo anterior [autor onisciente intruso] e este é a ‘ausência de intromissões autorais diretas, [o que] não implica necessariamente, contudo, que o autor negue a si mesmo uma voz’ [...]. Ou seja, não há comentários pessoais do autor” (p. 130).
	
	D
	Segundo Friedman a diferença entre “autor onipresente intruso” e “narrador onipresente crítico” já que a narração linear apresenta a vida do autor.
	
	E
	A especificidade do texto narrativo, pode ser entendida, pela posição em que os personagens são apresentados e pelo modo como sua presença torna o narrador desnecessário.
 
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] enquanto a força do contar estórias se faz, permanecendo, necessária e vigorosa, através dos séculos, paralelamente uma outra história se monta: a que tenta explicar a história destas estórias, problematizando a questão desse modo de narrar – um modo de narrar caracterizado, em princípio, pela própria natureza desta narrativa: a de simplesmente contar estórias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GOTLIB, Nadia Battella. Teoria do conto. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1190. p. 7,8.
De acordo com a passagem textual e com os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre possíveis acepções da palavra “conto”, analise as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto é, antes de tudo, a transformação da poesia em prosa.
	
	B
	O conto é o relato oral de um acontecimento ocorrido com o autor.
	
	C
	O conto de fadas, por sua gênese oral, pode dispensar a figura do narrador.
	
	D
	O conto é o relato de um acontecimento.
Você acertou!
Comentário: “Em Teoria do conto [...], Nádia Battela Gotlib faz interessante
levantamento sobre a caracterização do conto ao longo do tempo e transcreve recomendações dirigidas a contistas, pronunciamentos de contistas renomados, como Mário de Andrade, Julio Cortázar e Horácio Quiroga. Seu ponto de partida lista três acepções da palavra conto, buscadas em Cortázar via Julio Casares: ‘1. relato de um acontecimento; 2. narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. fábula que se conta às crianças para diverti-las’” (livro-base, p. 49). A afirmativa C está incorreta, uma vez que a figura do narrador é imprescindível ao conto, qualquer que seja o tipo, por se tratar de narrativa.
	
	E
	O conto é o texto produzido como forma de síntese de grandes romances, com objetivo de conquistar leitores.
 
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“Memórias póstumas de Brás Cubas, romance de Machado de Assis, inaugura tempos modernos. Sepulta em ironia a maneira antiga de ler e de escrever romances, satirizando as convenções românticas, às quais o próprio Machado pagara tributo em obras anteriores [...]. Temos agora, pela voz de Brás Cubas, a estreia de um romancista em plena maturidade, escrevendo para um público que, como ele, precisava aprender a desvestir-se de hábitos e valores provincianos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAJOLO, Marisa. O romance que vem inaugurar os tempos modernos. In:ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas, São Paulo: FDT, 1991. p. 10.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a fase “realista” de Machado de Assis, analise a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Na fase realista, as personagens machadianas são mais elaboradas, porém a técnica de composição ainda é antiga, estruturando a narrativa em capítulos longos.
	
	B
	Os romances machadianos da fase realista são cinco: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, A mão e a luva e Iaiá Garcia.
	
	C
	Nos romances, Machado ataca a hipocrisia humana e desmascara o jogo das relações sociais, apresentando indivíduos falsos que têm intenções contraditórias.
Você acertou!
Comentário: “No que tange às obras, principalmente romances e contos da fase realista de Machado, segundo Alfredo Bosi [...], trata-se do ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira. É com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1981) que o autor muda o rumo de sua obra. Aparecem personagens mais elaboradas, bem como uma nova técnica de composição dos romances passa a vigorar na construção das narrativas, seja pelo contato do narrador com o leitor, seja pela estrutura organizada em capítulos e frases curtos. As obras dessa fase fogem à linearidade temporal, garantida pelo uso de digressões. Ainda, os temas ganham a profundidade da alma humana em sua beleza e em sua mesquinhez. É desnudando esse universo, por vezes não tão belo, que Machado revela com maestria as mazelas humanas. [...] Assim, são considerados romances do ciclo realista Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Além dos romances, a partir de 1869 Machado escreveu cerca de 200 contos, sendo ainda publicada, dentro do período romântico, a coletânea Contos fluminenses. Entre os mais variados contos de Machado, a crítica reverencia, principalmente, ‘O espelho’, ‘A cartomante’, ‘Missa do Galo’, ‘O alienista’, ‘A causa secreta’ e ‘Entre Santos’” (livro-base, p. 214, 215). A propósito os romances A mão e a luva e Iaiá Garcia pertencem à fase romântica do escritor. Lembra-se ainda que “Tanto nos romances quanto nos contos, a narrativa de Machado é marcada pela elegância e estilo na escrita, descrevendo o comportamento das personagens em pormenores, acentuando-lhes a dimensão humana, sem moralismos. A narrativa ganha um maior tom de verossimilhança, afastando-se da superficialidade que, geralmente, marcava a construção dos enredos e/ou episódios de obras românticas. Nos romances, cria um discurso ferino ao atacar a hipocrisia humana e desmascarar o jogo das relações sociais, sugerindo indivíduos falsos que têm intenções opostas às que aparentam. Ainda, ao desenvolver personagens femininas sedutoras, sensuais, astuciosas, ambíguas e com personalidade forte, Machado abre o álbum das mulheres símbolo dentro de sua escrita. Nos contos, identificam-se personagens femininas fortes, com força de interiorização. São mulheres racionais, ambíguas e calculistas, como é o caso de Conceição, de ‘Missa do galo’, ou de D. Paula, cujo conto leva seu nome “ (livro-base, p. 215,216).
	
	D
	Nos contos, Machado apresenta personagens femininas internamente frágeis. São mulheres irracionais, sentimentais. Assim é Aurélia, de Senhora.
	
	E
	A mão e a luva é um dos romances realistas de Machado de Assis que retrata o tráfico de escravos.
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“[...] Doctor Faustus está ligado à ascensão do nazismo na Alemanha e à última guerra mundial. [...] o narrador do Doctor Faustus escreve: ‘Em certas passagens, o leitor talvez tenha subestimado o número de dias e de semanas que já tive de consagrar à biografia do meu amigo; de igual modo, talvez me creia aquém da época em que traço as presentes linhas. Com risco de vê-lo sorrir da minha pedanteria, julgo oportuno indicar que, desde o dia em que comecei estas notas, quase um ano se passou e que, enquanto escrevia os últimos capítulos, entrávamos em Abril de 1944. Naturalmente, entendo por esta data aquela em que a minha atividade se exerce, não aquela em que deixei a minha narrativa e que se situa no Outono de 1912, vinte meses antes do detonar outra guerra [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 188,189.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo do assunto do romance” e o “tempo do autor”, segundo Mendilow, analise as assertivas, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Na narrativa moderna há um compromisso com a continuidade, uma convenção derivada da épica.
	
	B
	Para Mendilow, existe apenas uma única modalidade de romance praticada atualmente.
	
	C
	Para o crítico, a distância entre o tempo da narração e o tempo narrado é sempre o mesmo nos romances modernos.
	
	D
	Para Mendilow, a narração pode focalizar o passado, como ocorre no romance histórico.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “há a possibilidade de a narração focalizar o passado, caso do romance histórico, ou o futuro, que o autor qualifica como romance utópico, mas podemos pensar na ficção científica” (livro-base, p. 180).
	
	E
	A narração não pode focalizar o futuro, uma vez que é intangível para o autor.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 118.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as novelas de cavalaria, sabe-se que elas são constituídas exclusivamente por um determinado tipo de personagem. Sendo assim, analise as afirmativas e sinalize a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As novelas de cavalaria, pelo fato de pretenderem
destacar a bravura dos cavaleiros, apresentam exclusivamente personagens heróis.
	
	B
	Por serem obras que pretendem provocar questionamentos, as novelas de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens redondas.
	
	C
	Sem a pretensão de mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento, as novelas de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens planas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a (c), tendo em vista que “há narrativas povoadas exclusivamente por personagens planas. É o caso das novelas de cavalaria, de muitos romances de aventuras, das narrativas seriadas, em que a cada episódio os fatos variam, enquanto as personagens mantêm sua caracterização de tal forma que o leitor se sentirá traído se houver um desvio do comportamento esperado. São obras que não pretendem provocar questionamentos, mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento” (livro-base, p. 79).
	
	D
	As personagens da novela de cavalaria lutam contra os poderes constituídos e, por esse motivo, os textos são constituídos exclusivamente por antagonistas.
	
	E
	As novelas de cavalaria, antecipando os romances de aventura, são constituídas exclusivamente por personagens planas e redondas.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento do romance Lucíola, de José de Alencar:
“Fora no dia da minha chegada. Jantara com um companheiro de viagem, e ávidos ambos de conhecer a corte, saímos de braço dado a percorrer a cidade. Íamos, se não me engano, pela Rua das Mangueiras, quando, voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo, e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão que brincava com um leque de penas escarlates.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José. Lucíola. 12 ed. São Paulo: Ática, 1988. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000137.pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 5 – José de Alencar e o projeto literário brasileiro, é correto afirmar sobre o romance Lucíola:
Nota: 10.0
	
	A
	é lido por parte da crítica literária como um representante da fase histórica.
	
	B
	é aludido como uma quebra no projeto alencariano, já que se afasta da estética romântica a partir da estratégia de fluxo de consciência.
	
	C
	apresenta uma crítica direta ao comportamento libertário de algumas mulheres no século XIX.
	
	D
	usa um narrador em terceira pessoa, escolhendo a cidade de São Paulo como o espaço no qual as personagens transitam. 
	
	E
	juntamente com Senhora e Diva, é categorizado como um dos romances de “perfis de mulheres”.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 5, Tema 2 (Lucíola - 1’ a 2’), o romance Lucíola é uma obra de característica urbana, publicada em 1862, e foi caracterizado pelo próprio Alencar com um dos romances de “perfis de mulheres”.
 
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“[...] a grande obra de arte literária (ficcional) é o lugar em que nos defrontamos com seres humanos de contornos definidos e definitivos, em ampla medida transparentes, vivendo situações exemplares de um modo exemplar (exemplar também no sentido negativo). Como seres humanos, encontram-se integrados num denso tecido de valores de ordem cognoscitiva, religiosa, moral, político-social e tomam determinadas atitudes em face desses valores”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 1995. p. 45.
Tendo por referência o trecho de texto e de acordo com os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “a personagem”, sabe-se que é um dos principais elementos constitutivos da narrativa. Analise a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão do estudo da personagem, no Brasil, contou com a iniciativa pioneira dos integrantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
	
	B
	A crítica marxista buscou explicar o modo de ser das personagens pelo modo de ser do autor.
	
	C
	O caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes, é desprezado nas narrativas de ficção medievais.
	
	D
	A crítica biográfica surge no século XXI, buscando explicar o comportamento das personagens em razão de seus aspectos biográficos e do meio em que vivem.
	
	E
	Em qualquer tipo de narrativa de ficção, a personagem é quem promove ou sofre as ações relatadas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Quem promove ou sofre as ações relatadas na prosa ficcional é a personagem. Esse componente da narrativa desde cedo mereceu a atenção dos teóricos, condicionados à importância do herói. A lição da Antiguidade grega, calcada no princípio da imitação, a mimesis aristotélica, herdada pelo poeta latino Horácio, que associou ao entretenimento a função pedagógica da arte poética, teve longo curso. Nas narrativas medievais, entrando na Idade Moderna, acentuam-se o caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes” (livro-base, p. 70).
 
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“Friedman sistematiza os principais problemas relativos ao assunto [ponto de vista], por meio das seguintes perguntas: 1) Quem fala ao leitor? 2) De que posição (ou ângulo) narra? 3) Que canais de informação usa o narrador para levar a história ao seu leitor? 4) A que distância coloca ele o leitor, em relação à história?”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 8,9.
Tendo em vista o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os estudos realizados por Norman Friedman no que diz respeito ao foco narrativo selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Friedman discute a falta de técnica na elaboração de textos. Essa ausência de zelo na produção faz com que haja um desinteresse pelos textos narrativos.
	
	B
	Friedman descreve quatro tipos de foco narrativo, ou seja: autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha e narrador-protagonista.
	
	C
	Para Norman Friedman, autor e narrador não são termos equivalentes, cada um deles possui suas próprias especificidades.
Você acertou!
Comentário: “O texto traz introdução, expondo o problema, e primeira parte com detalhado histórico das abordagens da questão, enquanto na segunda descreve os oito tipos de foco narrativo que distingue [...] [autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha, narrador-protagonista, onisciência seletiva múltipla, onisciência seletiva, o modo dramático e a câmera] sempre com farta exemplificação extraída da literatura anglo-americana” (livro-base, p. 125). A explicação de cada um desses tipos pode ser encontrada no livro-base, p. 125-137. “Há ainda um último bloco em que se discute a adequação das escolhas dos escritores de criação, bem como as falhas decorrentes da inadequação entre propósitos e técnica adotada” (p. 123). “Note-se que aparecem os dois termos, narrador e autor, não como equivalentes, cada um guardando suas especificidades” (p. 126). Sobre o ‘narrador onisciente neutro’, “a diferença essencial entre o tipo anterior [autor onisciente intruso] e este é a ‘ausência de intromissões autorais diretas, [o que] não implica necessariamente, contudo, que o autor negue a si mesmo uma voz’ [...]. Ou seja, não há comentários pessoais do autor” (p. 130).
	
	D
	Segundo Friedman a diferença entre “autor onipresente intruso” e “narrador onipresente crítico” já que a narração linear apresenta a vida do autor.
	
	E
	A especificidade do texto narrativo, pode ser entendida, pela posição em
que os personagens são apresentados e pelo modo como sua presença torna o narrador desnecessário.
 
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a “teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.
	
	B
	As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado autoritarismo.
	
	C
	A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um caráter evidentemente descritivo.
Você acertou!
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren, faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se [...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).
	
	D
	A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.
	
	E
	Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos até se tornar equivalente à teoria moderna.
 
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A coincidência perfeita entre o desenvolvimento cronológico da diegese e a sucessão, no discurso, dos acontecimentos diegéticos, não se encontra possivelmente em nenhum romance. Aos desencontros entre a ordem dos acontecimentos no plano da diegese e a ordem por que aparecem narrados no discurso, daremos a designação de anacronias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 751.
Considerando essa citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distância entre o “tempo da narração” e o “tempo do narrado”, segundo Mendilow, analise as assertivas e assinale a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As distâncias entre tais tempos resultam em modalidades romanescas distintas.
Você acertou!
Comentário: A questão está correta, uma vez que “É abordado [por Mendilow] [...] o aspecto da distância entre o tempo da narração e o tempo do narrado, resultando em diferentes modalidades romanescas (livro-base, p. 180).
	
	B
	O romance autobiográfico é retrospectivo e não há distância entre os tempos.
	
	C
	No romance epistolar, não existe aproximação entre um tempo e outro.
	
	D
	No romance que se apresenta na forma de diário, existe uma distância ainda maior entre esses dois tempos.
	
	E
	Não há a possibilidade de a narração focalizar o futuro, pois este nunca será o “tempo do autor”.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“O anti-herói não se define como a personagem que carrega defeitos ou taras, ou comete delitos e crimes, mas a que possui debilidade ou indiferenciação de caráter, a ponto de assemelhar-se a toda a gente. [...] Na verdade, o herói identifica-se por atos de grandeza no bem ou no mal, enquanto o anti-herói não alcança emprestar altitude ao seu comportamento, seja positivo, seja negativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a personagem caracterizada como “anti-herói”, analise as assertivas e assinale a correta.
  
Nota: 10.0
	
	A
	O uso do termo herói indica que essa personagem será heroica no sentido épico.
	
	B
	O aparecimento do anti-herói resultou da progressiva desmitificação do herói romântico, ou seja, de sua crescente humanização.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “a expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico” (livro-base, p. 83).
	
	C
	Na estrutura narrativa, a posição do anti-herói é, do ponto de vista funcional, totalmente diferente da posição do herói, pois o anti-herói atua como antagonista.
	
	D
	A personagem caracterizada como anti-herói foi marcante e frequente na produção anterior ao Renascimento; a partir daí, a figura do herói prevaleceu.
	
	E
	O herói romântico é marcado pela desqualificação, banalização, defeitos e limitações.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe o extrato de texto:
“[...] quer a narrativa sentimental, quer a narrativa realista, embora sem o nome de romance, tem origens muito remotas. Ocorre que esse tipo de ficção em prosa viveu por longo tempo ofuscado pelos gêneros literários clássicos e não recebeu a devida apreciação crítica: todas as teorias poéticas da época do classicismo se preocupavam apenas com os textos versificados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 116,117.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a narrativa de ficção, analise as assertivas, assinalando a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	No que se refere à estrutura, o romance helenístico difere do romance moderno, este último que foi largamente propagado a partir do século XVIII.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Existe uma modalidade de romance na produção clássica, o chamado romance helenístico, cuja estrutura é diferente da do romance moderno, este último considerado como a forma ficcional intensamente praticada a partir do fim do século XVIII. Constatarmos que não há continuidade não significa negarmos qualquer efeito de eco. Certamente há alguns traços de identificação entre o romance grego e o contemporâneo” (livro-base, p. 43).
	
	B
	Não existem traços de identificação entre o romance helenístico e o romance contemporâneo, devido à distância e a lacuna temporal entre eles.
	
	C
	A obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, provavelmente escrita no início do século XIV, é considerada o ponto de partida para o romance moderno.
	
	D
	Na Idade Média, a produção narrativa ficou circunscrita aos relatos históricos e bíblicos, por isso não há registros de narrativas ficcionais.
	
	E
	O romance moderno é a forma ficcional que
intensamente praticada durante a Baixa Idade Média.
 
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A coincidência perfeita entre o desenvolvimento cronológico da diegese e a sucessão, no discurso, dos acontecimentos diegéticos, não se encontra possivelmente em nenhum romance. Aos desencontros entre a ordem dos acontecimentos no plano da diegese e a ordem por que aparecem narrados no discurso, daremos a designação de anacronias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 751.
Considerando essa citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distância entre o “tempo da narração” e o “tempo do narrado”, segundo Mendilow, analise as assertivas e assinale a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As distâncias entre tais tempos resultam em modalidades romanescas distintas.
Você acertou!
Comentário: A questão está correta, uma vez que “É abordado [por Mendilow] [...] o aspecto da distância entre o tempo da narração e o tempo do narrado, resultando em diferentes modalidades romanescas (livro-base, p. 180).
	
	B
	O romance autobiográfico é retrospectivo e não há distância entre os tempos.
	
	C
	No romance epistolar, não existe aproximação entre um tempo e outro.
	
	D
	No romance que se apresenta na forma de diário, existe uma distância ainda maior entre esses dois tempos.
	
	E
	Não há a possibilidade de a narração focalizar o futuro, pois este nunca será o “tempo do autor”.
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“A teoria da narrativa (‘narratologia’) é um ramo ativo da teoria literária e o estudo literário se apoia em teorias da estrutura narrativa: em noções de enredo, de diferentes tipos de narradores, de técnicas narrativas. A poética da narrativa, como poderíamos chamá-la, tanto tenta compreender os componentes na narrativa quanto analisa como narrativas obtêm seus efeitos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 86.
Partindo do trecho textual citado e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as categorias constitutivas da narrativa de ficção ou, mais especificamente, sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O objeto de estudo da narratologia são: personagem, autor, enredo e espaço.
	
	B
	As categorias constitutivas da narrativa ficcional são apenas: o tempo e o espaço.
	
	C
	O objeto de estudo da narratologia está centrado na relação entre autor e leitor.
	
	D
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: o enredo, o narrador e as personagens.
	
	E
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: personagem, narrador, tempo e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (e), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo com se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e espaço – cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p.).
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“O anti-herói não se define como a personagem que carrega defeitos ou taras, ou comete delitos e crimes, mas a que possui debilidade ou indiferenciação de caráter, a ponto de assemelhar-se a toda a gente. [...] Na verdade, o herói identifica-se por atos de grandeza no bem ou no mal, enquanto o anti-herói não alcança emprestar altitude ao seu comportamento, seja positivo, seja negativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a personagem caracterizada como “anti-herói”, analise as assertivas e assinale a correta.
  
Nota: 0.0
	
	A
	O uso do termo herói indica que essa personagem será heroica no sentido épico.
	
	B
	O aparecimento do anti-herói resultou da progressiva desmitificação do herói romântico, ou seja, de sua crescente humanização.
Comentário: A alternativa está correta, pois “a expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico” (livro-base, p. 83).
	
	C
	Na estrutura narrativa, a posição do anti-herói é, do ponto de vista funcional, totalmente diferente da posição do herói, pois o anti-herói atua como antagonista.
	
	D
	A personagem caracterizada como anti-herói foi marcante e frequente na produção anterior ao Renascimento; a partir daí, a figura do herói prevaleceu.
	
	E
	O herói romântico é marcado pela desqualificação, banalização, defeitos e limitações.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“[...] Doctor Faustus está ligado à ascensão do nazismo na Alemanha e à última guerra mundial. [...] o narrador do Doctor Faustus escreve: ‘Em certas passagens, o leitor talvez tenha subestimado o número de dias e de semanas que já tive de consagrar à biografia do meu amigo; de igual modo, talvez me creia aquém da época em que traço as presentes linhas. Com risco de vê-lo sorrir da minha pedanteria, julgo oportuno indicar que, desde o dia em que comecei estas notas, quase um ano se passou e que, enquanto escrevia os últimos capítulos, entrávamos em Abril de 1944. Naturalmente, entendo por esta data aquela em que a minha atividade se exerce, não aquela em que deixei a minha narrativa e que se situa no Outono de 1912, vinte meses antes do detonar outra guerra [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 188,189.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo do assunto do romance” e o “tempo do autor”, segundo Mendilow, analise as assertivas, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Na narrativa moderna há um compromisso com a continuidade, uma convenção derivada da épica.
	
	B
	Para Mendilow, existe apenas uma única modalidade de romance praticada atualmente.
	
	C
	Para o crítico, a distância entre o tempo da narração e o tempo narrado é sempre o mesmo nos romances modernos.
	
	D
	Para Mendilow, a narração pode focalizar o passado, como ocorre no romance histórico.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “há a possibilidade de a narração focalizar o passado, caso do romance histórico, ou o futuro, que o autor qualifica como romance utópico, mas podemos pensar na ficção científica” (livro-base, p. 180).
	
	E
	A narração não pode focalizar o futuro, uma vez que é intangível para o autor.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.

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