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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Polarização Política no Brasil �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Polarização Política no Brasil
As eleições presidenciais brasileiras estão a tornar-se “muito perigosas”, adverte na revista Época/
Globo a americana Monica de Bolle, diretora dos estudos latino-americanos na Universidade John 
Hopkins, de Baltimore� “Está difícil de acreditar num segundo turno que não seja um referendo 
sobre o PT ou sobre o regime militar�” Há dois anos que se repete o mesmo diagnóstico do Brasil: o 
Poder Executivo e o Legislativo perderam a credibilidade; agudiza-se a polarização da sociedade; a 
política está suspensa dos tribunais; o Exército é a instituição mais prestigiada�
Durante duas décadas, o mapa político brasileiro esteve polarizado entre o Partido da Social De-
mocracia Brasileira, que elegeu o Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), e o PT, que 
elegeu Lula (2003-2010) e, depois, Dilma (2011-2016)� Desta vez, a polarização estabelece-se de forma 
muito mais agressiva entre o PT e uma direita conservadora liderada por Jair Bolsonaro, a mais 
“pesada” novidade destas eleições� São também os candidatos com maior fidelização dos seus elei-
tores e, ao mesmo tempo, os que recolhem maiores taxas de rejeição� Anunciou-se uma final entre 
“ódios”: a rejeição de Bolsonaro contra a rejeição do PT�
A primeira dúvida sobre Haddad, a transferência dos eleitores de Lula, parece esclarecida� “A 
estratégia do PT deu certo”, diz à BBC Brasil o politólogo Wanderley Reis� “Levou a candidatura de 
Lula até ao último dia que era possível� Deixou os eleitores convictos antes de transferir os votos� 
Além disso, escondeu a vidraça — deu menos tempo para Haddad ser atacado por adversários�”
O dilema de Haddad está reservado para a segunda volta� Na primeira, para transferir os votos, o 
PT faz a assimilação: “Lula é Haddad, Haddad é Lula�” Que fará na segunda volta? Conseguirá eman-
cipar-se da sombra do PT? À medida que Haddad sobe nas sondagens, a sua taxa de rejeição cresce 
também� Quem é rejeitado? É ele ou o partido? Quase metade do eleitorado é hostil ao regresso do 
PT ao poder� Os esquemas de corrupção e a arrogância no exercício do poder deixaram feridas que 
os seus inimigos agora exploram� O PT sempre recusou fazer autocrítica�
Bolsonaro, que fez uma breve carreira militar no fim da ditadura e entrou na política como 
deputado em 1991, fez a sua carreira com uma retórica incendiária, elogiando a ditadura ou procla-
mando que Fernando Henrique Cardoso devia ser fuzilado por ter privatizado empresas estatais� 
Disse que Pinochet “devia ter matado mais gente”� Ou que “o erro da ditadura [militar brasileira] foi 
torturar e não matar”� Era uma técnica de captar a atenção e aparecer nas manchetes da imprensa 
por meio de provocações e bravatas� Mas, nessa altura, “ele era um marginal e praticamente conside-
rado inofensivo”, recorda o sociólogo Ignacio Cano�
Entretanto, o contexto mudou radicalmente� No plano internacional, faz parte de uma vaga que 
vai de Donald Trump a Viktor Orbán, do italiano Matteo Salvini ao filipino Rodrigo Duterte� A 
emergência desta tendência muda tudo� As bravatas passam a ser levadas à letra por uma parte da 
sociedade� A “direita dura” brasileira nunca teve verdadeira representação política desde o fim da 
ditadura� Agora, emerge Bolsonaro como líder de um bloco conservador radical e paladino de um 
“governo forte” e autoritário�
A circunstância transforma a bravata em ameaça e confere potencial às pulsões autoritárias e 
repressivas, hoje mais disseminadas na sociedade brasileira� Ele e o seu candidato a vice-presidente, 
o general na reserva Hamilton Mourão, declaram querer uma revisão radical da Constituição, res-
tringindo as liberdades civis� Mourão evocou também a possibilidade de as Forças Armadas fazerem 
“uma intervenção” se o sistema judicial não puder acabar com a corrupção política�
“No meio de crescentes crimes e contínuas revelações de corrupção, a candidatura de Bolsonaro 
oferece uma fórmula simples para os eleitores, enquanto atrai poderosos setores empresariais com 
promessas de políticas econômicas liberais e, acima de tudo, impede o retorno do partido de Lula e 
de seus planos de um maior papel do Estado na economia”, anota o politólogo Carlos Melo�
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Exercícios
Observe a imagem abaixo:
Em 2016, durante as manifestações do Impeachment, pela primeira vez na história de Brasília 
(DF) um muro de metal dividiu ao meio a Esplanada dos Ministérios�
Desde 2013 o país vive uma crise política marcada por momentos-chave: os protestos de junho 
de 2013, os panelaços antigoverno, o Impeachment de Dilma Rousseff (2016), a prisão do ex-presi-
dente Lula (2018) e a greve dos caminhoneiros� (2018)� Muitas manifestações reverberaram o nível 
de descontentamento e frustração social de grande parte da população� De lá para a cá, a tensão 
política no Brasil aumentou progressivamente e atingiu um grau inédito em nossa história recente, 
que culminou com as eleições desse ano�
Sobre os acirramentos das questões políticas no Brasil julgue os itens que se seguem�
01. A internet contribuiu para a divisão política no Brasil� Esses meios digitais têm sido importan-
te palco para campanhas eleitorais e políticas no país�
Certo ( ) Errado ( )
02. A disseminação de notícias falsas, as chamadas Fake News, representa um grande desafio para 
a credibilidade do debate político�
Certo ( ) Errado ( )
03. Durante as eleições de 2018, uma enxurrada de notícias de conteúdo fraudulento foi compar-
tilhada nas redes sociais para manipular a opinião pública, que não costuma questionar e nem 
checar a veracidade das fontes�
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Certo
03 - Certo

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